A Coleção Pindorama de Estudos Decoloniais tem como objetivo publicar obras de autores decoloniai... more A Coleção Pindorama de Estudos Decoloniais tem como objetivo publicar obras de autores decoloniais e pós-coloniais. Entendemos que a coleção irá suprir uma lacuna, visto que apesar de os estudos pós-coloniais terem alguma inserção no mercado editorial brasileiro, o dos estudos decoloniais é relativamente desconhecido. O pressuposto comum do decolonialismo e do pós-colonialismo é o de que vivemos uma realidade geopolítica marcada pela violência epistêmica e pelo colonialismo discursivo dos países do Norte Global. Entendemos que a produção de conhecimento é afetada pela divisão internacional do trabalho e pelo capitalismo global de tal maneira que países do Sul Global marcados por um passado colonial acabam sendo englobados em uma universalidade das ciências produzidas no Norte global. Nossa realidade social é marcada pela invisibilização e silenciamento dos subalternos, o subproletariado urbano e camponeses expulsos de suas terras pelo agronegócio, os dissidentes sexuais e os corpos racializados. A coleção Pindorama almeja mostrar a história não contada sobre a experiência e história dos povos racializados e submetidos ao racismo de assimilação.
Este segundo volume é um Dossiê e reúne uma coletânea de textos que foram apresentados na II Jornada de Feminismos Decoloniais, evento organizado pelas professoras Susana de Castro (UFRJ) e Caroline Marim (UFPE) através do Grupo de Estudos Decoloniais Carolina Maria de Jesus e teve como Comissão Técnico-Científica Susana de Castro, Mary Garcia Castro, Caroline Izidoro Marim, Heloísa Buarque de Hollanda, Tatiana Roque, Beatriz Resende, Ana Cecilia Impellizieri Martins e Miriam Grossi. A II Jornada Feminismos Decoloniais foi uma continuidade do evento Fórum Mulher, que aconteceu entre os dias 21 e 27 de novembro de 2019 e teve e tem como propósito discutir o pensamento feminista em espaços abertos, gratuitos e democráticos para que o pensamento feminista, suas teorias e narrativas, sejam debatidos nas universidades e em pontos estratégicos do centro e das periferias do Rio de Janeiro. Naquela ocasião o Fórum Mulher, uma realização do Laboratório de Teoria e Práticas Feministas do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) Letras/ UFRJ, associou-se ao Fórum de Ciência e Cultura, espaço de estudos superiores e debates da UFRJ e ao #AgoraÉQueSãoElas, um dos mais importantes polos do ativismo feminista da web. O Fórum Mulher é um espaço político acadêmico e político que tem ocupado a cidade e o universo das mídias sociais e a II Jornadas Feministas Decoloniais tem como objetivo dar continuidade a esse debate convidando pensadoras de diferentes localidades e perspectivas procurando ampliar ainda mais o debate do feminismo decolonial na Universidade e não somente nela. O evento contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) pelo Edital de Apoio a organização de eventos e do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Também contou com as parcerias da Editora Bazar do Tempo, Ape’Ku Editora, Grupo de pesquisa, Epistemologias Afetivas Feministas, Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero (UFRJ), Vozes de Mulheres (UFRJ) e Coleção Pindorama. A II Jornada Feminismos Decoloniais aconteceu entre os dias 28 de junho e 2 de julho virtualmente, com todas as atividades gratuitas, dentre elas: oficinas, lançamentos de livros e apresentação de podcast, pelo grupo de extensão da UFRJ vozes de mulheres. Entre as convidadas das mesas redondas e conferências estão nomes como Oyèrónkẹ Oyěwùmí, Rita Segato, Paola Bucchetta, Monica Cejas e na mesa redonda de encerramento contamos ainda com a participação das reitoras Denise Pires (UFRJ), Marcia (UnB), e Sandra Goulart (UFMG) para discutir sobre a construção de uma perspectiva feminista decolonial na Universidade em mesa mediada por Marisa Santana e Heloisa Buarque de Hollanda. O objetivo do evento foi aproximar grupos de pesquisa feministas de diferentes localidades e perspectivas para questionar: Qual Universidade queremos? Quais epistemologias, saberes e práticas nos aproximam e podem sustentar uma Universidade Decolonial? E, a partir disso construir um espaço de troca, debate teórico-metodológico e formação de alianças acadêmicas em torno de questões feministas problematizadas sob a perspectiva decolonial, a programação foi pensada como um entrelaçamento de espaços diálógicos. A II Jornada ofereceu oficinas e fóruns de discussão ativa e mesas redondas e conferências sempre acompanhadas de mediações e diálogos. Neste volume compartilhamos alguns dos trabalhos e pesquisas que foram apresentados na jornada dando continuidade e aprofundando o debate feminista decolonial, que ainda se encontra em construção. Entre eles, “A Universidade que não queremos”: Como pensar em fronteiras no espaço universitário?, de Marise de Santana; A construção do/a pesquisador/a encarnado/a em uma universidade pública e periférica: experimentações e modelagens no saber fazer das ciências corporificadas, por Suely Aldir Messeder, Cauê Ribeiro e Margarete Carvalho; Beatriz Nascimento, intérprete decolonial do Brasil, Susana de Castro; Rita Segato. Potencia feminista decolonial en acto, por Karina Bidaseca; Circulações Anzaldúanas na Ilha da Tartaruga e na França: Alguns elementos para uma Historiografia Densa e uma Contextualidade-Histórica Densa por Paola Bacchetta; Descolonizando o olhar: a construção de um ethos estético-político feminista que cria estratégias de luta e resistências pela palavra por meio do reconhecimento de outras vozes e escritas do corpo, Caroline Marim; Descolonizar a Vênus: As categorias estéticas da figura da Vênus sob a mira colonial: uma experiência vivida erótica e feminina, Raisa Inocêncio; Pretuguês - por uma literatura que rompe fronteiras, por Raffaella Fernandez, Drica Madeira, Victória França Xavier; Uma escrita antropofágica e marginal, de Aline de Oliveira Rosa, Victória Felippe França Xavier; e por fim, Porque devemos mudar o modo como contamos história: o exemplo decolonial do filme Isto não é um enterro, é uma ressurreição, de Humberto Giancristofaro.
Este trabalho pretende apresentar e por em discussao uma critica acerca do uso de dispositivos de... more Este trabalho pretende apresentar e por em discussao uma critica acerca do uso de dispositivos de difusao da informacao, criacao e reproducao de verdades atraves das redes sociais. Instrumentos capazes de produzir, a partir da narrativa do odio, um linchamento virtual, que transformado em acao pratica, passa a atacar os sujeitos na realidade concreta. Essa reflexao sera feita a partir do filme ―Aos teus olhos, lancado em 2017, inspirado em obras realizadas em outros paises (Dinamarca e Espanha) informando que temas como o assedio, abuso e linchamento social sao correntes na contemporaneidade. E, no caso brasileiro, a internet passa a ser uma tribuna, onde as narrativas construidas nem sempre sao reais proporcionando, em grande medida, construcoes ficcionais.
A Coleção Pindorama de Estudos Decoloniais tem como objetivo publicar obras de autores decoloniai... more A Coleção Pindorama de Estudos Decoloniais tem como objetivo publicar obras de autores decoloniais e pós-coloniais. Entendemos que a coleção irá suprir uma lacuna, visto que apesar de os estudos pós-coloniais terem alguma inserção no mercado editorial brasileiro, o dos estudos decoloniais é relativamente desconhecido. O pressuposto comum do decolonialismo e do pós-colonialismo é o de que vivemos uma realidade geopolítica marcada pela violência epistêmica e pelo colonialismo discursivo dos países do Norte Global. Entendemos que a produção de conhecimento é afetada pela divisão internacional do trabalho e pelo capitalismo global de tal maneira que países do Sul Global marcados por um passado colonial acabam sendo englobados em uma universalidade das ciências produzidas no Norte global. Nossa realidade social é marcada pela invisibilização e silenciamento dos subalternos, o subproletariado urbano e camponeses expulsos de suas terras pelo agronegócio, os dissidentes sexuais e os corpos racializados. A coleção Pindorama almeja mostrar a história não contada sobre a experiência e história dos povos racializados e submetidos ao racismo de assimilação.
Este segundo volume é um Dossiê e reúne uma coletânea de textos que foram apresentados na II Jornada de Feminismos Decoloniais, evento organizado pelas professoras Susana de Castro (UFRJ) e Caroline Marim (UFPE) através do Grupo de Estudos Decoloniais Carolina Maria de Jesus e teve como Comissão Técnico-Científica Susana de Castro, Mary Garcia Castro, Caroline Izidoro Marim, Heloísa Buarque de Hollanda, Tatiana Roque, Beatriz Resende, Ana Cecilia Impellizieri Martins e Miriam Grossi. A II Jornada Feminismos Decoloniais foi uma continuidade do evento Fórum Mulher, que aconteceu entre os dias 21 e 27 de novembro de 2019 e teve e tem como propósito discutir o pensamento feminista em espaços abertos, gratuitos e democráticos para que o pensamento feminista, suas teorias e narrativas, sejam debatidos nas universidades e em pontos estratégicos do centro e das periferias do Rio de Janeiro. Naquela ocasião o Fórum Mulher, uma realização do Laboratório de Teoria e Práticas Feministas do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) Letras/ UFRJ, associou-se ao Fórum de Ciência e Cultura, espaço de estudos superiores e debates da UFRJ e ao #AgoraÉQueSãoElas, um dos mais importantes polos do ativismo feminista da web. O Fórum Mulher é um espaço político acadêmico e político que tem ocupado a cidade e o universo das mídias sociais e a II Jornadas Feministas Decoloniais tem como objetivo dar continuidade a esse debate convidando pensadoras de diferentes localidades e perspectivas procurando ampliar ainda mais o debate do feminismo decolonial na Universidade e não somente nela. O evento contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) pelo Edital de Apoio a organização de eventos e do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Também contou com as parcerias da Editora Bazar do Tempo, Ape’Ku Editora, Grupo de pesquisa, Epistemologias Afetivas Feministas, Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero (UFRJ), Vozes de Mulheres (UFRJ) e Coleção Pindorama. A II Jornada Feminismos Decoloniais aconteceu entre os dias 28 de junho e 2 de julho virtualmente, com todas as atividades gratuitas, dentre elas: oficinas, lançamentos de livros e apresentação de podcast, pelo grupo de extensão da UFRJ vozes de mulheres. Entre as convidadas das mesas redondas e conferências estão nomes como Oyèrónkẹ Oyěwùmí, Rita Segato, Paola Bucchetta, Monica Cejas e na mesa redonda de encerramento contamos ainda com a participação das reitoras Denise Pires (UFRJ), Marcia (UnB), e Sandra Goulart (UFMG) para discutir sobre a construção de uma perspectiva feminista decolonial na Universidade em mesa mediada por Marisa Santana e Heloisa Buarque de Hollanda. O objetivo do evento foi aproximar grupos de pesquisa feministas de diferentes localidades e perspectivas para questionar: Qual Universidade queremos? Quais epistemologias, saberes e práticas nos aproximam e podem sustentar uma Universidade Decolonial? E, a partir disso construir um espaço de troca, debate teórico-metodológico e formação de alianças acadêmicas em torno de questões feministas problematizadas sob a perspectiva decolonial, a programação foi pensada como um entrelaçamento de espaços diálógicos. A II Jornada ofereceu oficinas e fóruns de discussão ativa e mesas redondas e conferências sempre acompanhadas de mediações e diálogos. Neste volume compartilhamos alguns dos trabalhos e pesquisas que foram apresentados na jornada dando continuidade e aprofundando o debate feminista decolonial, que ainda se encontra em construção. Entre eles, “A Universidade que não queremos”: Como pensar em fronteiras no espaço universitário?, de Marise de Santana; A construção do/a pesquisador/a encarnado/a em uma universidade pública e periférica: experimentações e modelagens no saber fazer das ciências corporificadas, por Suely Aldir Messeder, Cauê Ribeiro e Margarete Carvalho; Beatriz Nascimento, intérprete decolonial do Brasil, Susana de Castro; Rita Segato. Potencia feminista decolonial en acto, por Karina Bidaseca; Circulações Anzaldúanas na Ilha da Tartaruga e na França: Alguns elementos para uma Historiografia Densa e uma Contextualidade-Histórica Densa por Paola Bacchetta; Descolonizando o olhar: a construção de um ethos estético-político feminista que cria estratégias de luta e resistências pela palavra por meio do reconhecimento de outras vozes e escritas do corpo, Caroline Marim; Descolonizar a Vênus: As categorias estéticas da figura da Vênus sob a mira colonial: uma experiência vivida erótica e feminina, Raisa Inocêncio; Pretuguês - por uma literatura que rompe fronteiras, por Raffaella Fernandez, Drica Madeira, Victória França Xavier; Uma escrita antropofágica e marginal, de Aline de Oliveira Rosa, Victória Felippe França Xavier; e por fim, Porque devemos mudar o modo como contamos história: o exemplo decolonial do filme Isto não é um enterro, é uma ressurreição, de Humberto Giancristofaro.
Este trabalho pretende apresentar e por em discussao uma critica acerca do uso de dispositivos de... more Este trabalho pretende apresentar e por em discussao uma critica acerca do uso de dispositivos de difusao da informacao, criacao e reproducao de verdades atraves das redes sociais. Instrumentos capazes de produzir, a partir da narrativa do odio, um linchamento virtual, que transformado em acao pratica, passa a atacar os sujeitos na realidade concreta. Essa reflexao sera feita a partir do filme ―Aos teus olhos, lancado em 2017, inspirado em obras realizadas em outros paises (Dinamarca e Espanha) informando que temas como o assedio, abuso e linchamento social sao correntes na contemporaneidade. E, no caso brasileiro, a internet passa a ser uma tribuna, onde as narrativas construidas nem sempre sao reais proporcionando, em grande medida, construcoes ficcionais.
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relativamente desconhecido. O pressuposto comum do decolonialismo e do pós-colonialismo é o de que vivemos uma realidade geopolítica marcada pela violência epistêmica e pelo colonialismo discursivo dos países do Norte Global.
Entendemos que a produção de conhecimento é afetada pela divisão internacional do trabalho e pelo capitalismo global de tal maneira que países do Sul Global marcados por um passado colonial acabam sendo englobados em uma universalidade das ciências produzidas no Norte global. Nossa realidade social é marcada pela invisibilização e silenciamento dos subalternos, o subproletariado urbano e camponeses expulsos de suas terras pelo agronegócio, os dissidentes sexuais e os corpos racializados. A coleção Pindorama almeja mostrar a história não contada sobre a
experiência e história dos povos racializados e submetidos ao racismo de assimilação.
Este segundo volume é um Dossiê e reúne uma coletânea de textos
que foram apresentados na II Jornada de Feminismos Decoloniais, evento
organizado pelas professoras Susana de Castro (UFRJ) e Caroline Marim
(UFPE) através do Grupo de Estudos Decoloniais Carolina Maria de Jesus e
teve como Comissão Técnico-Científica Susana de Castro, Mary Garcia Castro, Caroline Izidoro Marim, Heloísa Buarque de Hollanda, Tatiana Roque,
Beatriz Resende, Ana Cecilia Impellizieri Martins e Miriam Grossi.
A II Jornada Feminismos Decoloniais foi uma continuidade do
evento Fórum Mulher, que aconteceu entre os dias 21 e 27 de novembro
de 2019 e teve e tem como propósito discutir o pensamento feminista em
espaços abertos, gratuitos e democráticos para que o pensamento feminista, suas teorias e narrativas, sejam debatidos nas universidades e em pontos estratégicos do centro e das periferias do Rio de Janeiro. Naquela ocasião o Fórum Mulher, uma realização do Laboratório de Teoria e Práticas Feministas do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) Letras/ UFRJ, associou-se ao Fórum de Ciência e Cultura, espaço de estudos superiores e debates da UFRJ e ao #AgoraÉQueSãoElas, um dos mais importantes polos do ativismo feminista da web. O Fórum Mulher é um espaço político acadêmico e político que tem ocupado a cidade e o universo das mídias sociais e a II Jornadas Feministas Decoloniais tem como objetivo dar continuidade a esse debate convidando pensadoras de diferentes localidades e perspectivas procurando ampliar ainda mais o debate do feminismo decolonial na Universidade e não somente nela.
O evento contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) pelo Edital de Apoio a organização de
eventos e do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Também contou com as
parcerias da Editora Bazar do Tempo, Ape’Ku Editora, Grupo de pesquisa,
Epistemologias Afetivas Feministas, Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero (UFRJ), Vozes de Mulheres (UFRJ) e Coleção Pindorama.
A II Jornada Feminismos Decoloniais aconteceu entre os dias
28 de junho e 2 de julho virtualmente, com todas as atividades gratuitas,
dentre elas: oficinas, lançamentos de livros e apresentação de podcast, pelo grupo de extensão da UFRJ vozes de mulheres. Entre as convidadas das mesas redondas e conferências estão nomes como Oyèrónkẹ Oyěwùmí, Rita Segato, Paola Bucchetta, Monica Cejas e na mesa redonda de encerramento contamos ainda com a participação das reitoras Denise Pires (UFRJ), Marcia (UnB), e Sandra Goulart (UFMG) para discutir sobre a construção de uma perspectiva feminista decolonial na Universidade em mesa mediada por Marisa Santana e Heloisa Buarque de Hollanda.
O objetivo do evento foi aproximar grupos de pesquisa feministas
de diferentes localidades e perspectivas para questionar: Qual Universidade
queremos? Quais epistemologias, saberes e práticas nos aproximam e podem sustentar uma Universidade Decolonial? E, a partir disso construir um espaço de troca, debate teórico-metodológico e formação de alianças acadêmicas em torno de questões feministas problematizadas sob a perspectiva decolonial, a programação foi pensada como um entrelaçamento de espaços diálógicos.
A II Jornada ofereceu oficinas e fóruns de discussão ativa e mesas redondas e conferências sempre acompanhadas de mediações e diálogos.
Neste volume compartilhamos alguns dos trabalhos e pesquisas que
foram apresentados na jornada dando continuidade e aprofundando o debate feminista decolonial, que ainda se encontra em construção. Entre eles, “A Universidade que não queremos”: Como pensar em fronteiras no espaço universitário?, de Marise de Santana; A construção do/a pesquisador/a encarnado/a em uma universidade pública e periférica: experimentações e modelagens no saber fazer das ciências corporificadas, por Suely Aldir Messeder, Cauê Ribeiro e Margarete Carvalho; Beatriz Nascimento, intérprete decolonial do Brasil, Susana de Castro; Rita Segato. Potencia feminista decolonial en acto, por Karina Bidaseca; Circulações
Anzaldúanas na Ilha da Tartaruga e na França: Alguns elementos para uma
Historiografia Densa e uma Contextualidade-Histórica Densa por Paola Bacchetta; Descolonizando o olhar: a construção de um ethos estético-político feminista que cria estratégias de luta e resistências pela palavra por meio do reconhecimento de outras vozes e escritas do corpo, Caroline Marim; Descolonizar a Vênus: As categorias estéticas da figura da Vênus sob a mira colonial: uma experiência vivida erótica e feminina, Raisa Inocêncio; Pretuguês - por uma literatura que rompe fronteiras, por Raffaella Fernandez, Drica Madeira, Victória França Xavier; Uma escrita antropofágica e marginal, de Aline de Oliveira Rosa, Victória Felippe França Xavier; e por fim, Porque devemos mudar o modo como contamos história: o exemplo decolonial do filme Isto não é um enterro, é uma ressurreição, de Humberto Giancristofaro.
relativamente desconhecido. O pressuposto comum do decolonialismo e do pós-colonialismo é o de que vivemos uma realidade geopolítica marcada pela violência epistêmica e pelo colonialismo discursivo dos países do Norte Global.
Entendemos que a produção de conhecimento é afetada pela divisão internacional do trabalho e pelo capitalismo global de tal maneira que países do Sul Global marcados por um passado colonial acabam sendo englobados em uma universalidade das ciências produzidas no Norte global. Nossa realidade social é marcada pela invisibilização e silenciamento dos subalternos, o subproletariado urbano e camponeses expulsos de suas terras pelo agronegócio, os dissidentes sexuais e os corpos racializados. A coleção Pindorama almeja mostrar a história não contada sobre a
experiência e história dos povos racializados e submetidos ao racismo de assimilação.
Este segundo volume é um Dossiê e reúne uma coletânea de textos
que foram apresentados na II Jornada de Feminismos Decoloniais, evento
organizado pelas professoras Susana de Castro (UFRJ) e Caroline Marim
(UFPE) através do Grupo de Estudos Decoloniais Carolina Maria de Jesus e
teve como Comissão Técnico-Científica Susana de Castro, Mary Garcia Castro, Caroline Izidoro Marim, Heloísa Buarque de Hollanda, Tatiana Roque,
Beatriz Resende, Ana Cecilia Impellizieri Martins e Miriam Grossi.
A II Jornada Feminismos Decoloniais foi uma continuidade do
evento Fórum Mulher, que aconteceu entre os dias 21 e 27 de novembro
de 2019 e teve e tem como propósito discutir o pensamento feminista em
espaços abertos, gratuitos e democráticos para que o pensamento feminista, suas teorias e narrativas, sejam debatidos nas universidades e em pontos estratégicos do centro e das periferias do Rio de Janeiro. Naquela ocasião o Fórum Mulher, uma realização do Laboratório de Teoria e Práticas Feministas do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) Letras/ UFRJ, associou-se ao Fórum de Ciência e Cultura, espaço de estudos superiores e debates da UFRJ e ao #AgoraÉQueSãoElas, um dos mais importantes polos do ativismo feminista da web. O Fórum Mulher é um espaço político acadêmico e político que tem ocupado a cidade e o universo das mídias sociais e a II Jornadas Feministas Decoloniais tem como objetivo dar continuidade a esse debate convidando pensadoras de diferentes localidades e perspectivas procurando ampliar ainda mais o debate do feminismo decolonial na Universidade e não somente nela.
O evento contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) pelo Edital de Apoio a organização de
eventos e do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ. Também contou com as
parcerias da Editora Bazar do Tempo, Ape’Ku Editora, Grupo de pesquisa,
Epistemologias Afetivas Feministas, Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero (UFRJ), Vozes de Mulheres (UFRJ) e Coleção Pindorama.
A II Jornada Feminismos Decoloniais aconteceu entre os dias
28 de junho e 2 de julho virtualmente, com todas as atividades gratuitas,
dentre elas: oficinas, lançamentos de livros e apresentação de podcast, pelo grupo de extensão da UFRJ vozes de mulheres. Entre as convidadas das mesas redondas e conferências estão nomes como Oyèrónkẹ Oyěwùmí, Rita Segato, Paola Bucchetta, Monica Cejas e na mesa redonda de encerramento contamos ainda com a participação das reitoras Denise Pires (UFRJ), Marcia (UnB), e Sandra Goulart (UFMG) para discutir sobre a construção de uma perspectiva feminista decolonial na Universidade em mesa mediada por Marisa Santana e Heloisa Buarque de Hollanda.
O objetivo do evento foi aproximar grupos de pesquisa feministas
de diferentes localidades e perspectivas para questionar: Qual Universidade
queremos? Quais epistemologias, saberes e práticas nos aproximam e podem sustentar uma Universidade Decolonial? E, a partir disso construir um espaço de troca, debate teórico-metodológico e formação de alianças acadêmicas em torno de questões feministas problematizadas sob a perspectiva decolonial, a programação foi pensada como um entrelaçamento de espaços diálógicos.
A II Jornada ofereceu oficinas e fóruns de discussão ativa e mesas redondas e conferências sempre acompanhadas de mediações e diálogos.
Neste volume compartilhamos alguns dos trabalhos e pesquisas que
foram apresentados na jornada dando continuidade e aprofundando o debate feminista decolonial, que ainda se encontra em construção. Entre eles, “A Universidade que não queremos”: Como pensar em fronteiras no espaço universitário?, de Marise de Santana; A construção do/a pesquisador/a encarnado/a em uma universidade pública e periférica: experimentações e modelagens no saber fazer das ciências corporificadas, por Suely Aldir Messeder, Cauê Ribeiro e Margarete Carvalho; Beatriz Nascimento, intérprete decolonial do Brasil, Susana de Castro; Rita Segato. Potencia feminista decolonial en acto, por Karina Bidaseca; Circulações
Anzaldúanas na Ilha da Tartaruga e na França: Alguns elementos para uma
Historiografia Densa e uma Contextualidade-Histórica Densa por Paola Bacchetta; Descolonizando o olhar: a construção de um ethos estético-político feminista que cria estratégias de luta e resistências pela palavra por meio do reconhecimento de outras vozes e escritas do corpo, Caroline Marim; Descolonizar a Vênus: As categorias estéticas da figura da Vênus sob a mira colonial: uma experiência vivida erótica e feminina, Raisa Inocêncio; Pretuguês - por uma literatura que rompe fronteiras, por Raffaella Fernandez, Drica Madeira, Victória França Xavier; Uma escrita antropofágica e marginal, de Aline de Oliveira Rosa, Victória Felippe França Xavier; e por fim, Porque devemos mudar o modo como contamos história: o exemplo decolonial do filme Isto não é um enterro, é uma ressurreição, de Humberto Giancristofaro.