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Marileide cassoli

Resumo Nosso objetivo, no artigo que se segue, é compreender as interfaces existentes entre as dinâmicas sociais, culturais e políticas, que marcaram a organização do serviço doméstico feminino em Belo Horizonte e suas conexões com os... more
Resumo Nosso objetivo, no artigo que se segue, é compreender as interfaces existentes entre as dinâmicas sociais, culturais e políticas, que marcaram a organização do serviço doméstico feminino em Belo Horizonte e suas conexões com os distintos espaços e atores sociais que compunham o universo no qual estas mulheres se movimentavam. Por ser um serviço desempenhado no interior dos lares, essas trabalhadoras "de portas adentro" encontravam-se duplamente controladas: pelo poder público, em função da legislação relacionada ao trabalho, como também, pelos "poderes privados" desempenhados por pais, irmãos e patrões. Para a mulher trabalhadora era impraticável circular pelos espaços públicos acompanhada, conforme estabelecido pelos padrões burgueses de moralidade. Com o processo crescente de urbanização, já ao final do século XIX, operárias, domésticas, lavadeiras, vendedoras, circulavam com um grau também crescente de autonomia. Controlá-las tornava-se uma tarefa árdua para familiares e autoridades. Necessitava-se, dessa forma, de um tipo de controle que não passava mais pela contenção física, mas sim, por práticas "pedagógicas" que incutissem e fortalecessem os valores éticos e morais relacionados à honra e ao trabalho. Práticas estas resultantes de uma ação conjunta envolvendo Estado, Igreja e Polícia. Nesse sentido, os autos criminais, ao serem confrontados com outros tipos de fontes, como jornais, relatórios policiais, leis municipais, registros da Igreja Católica sobre as ações filantrópicas de seus fiéis, permitem compreender as vivências dos atores sociais neles envolvidos não como mero desviantes, mas sim, como protagonistas de suas histórias de vida.
Resumo: A partir principalmente da decada de 1980, muitos dos estudos historicos relacionados a historia do trabalho e dos trabalhadores no Brasil elegeram as fontes judiciais como informantes preciosos, nao somente da criminalidade ou... more
Resumo: A partir principalmente da decada de 1980, muitos dos estudos historicos relacionados a historia do trabalho e dos trabalhadores no Brasil elegeram as fontes judiciais como informantes preciosos, nao somente da criminalidade ou dos mecanismos juridicos como tambem da percepcao e das nocoes de direito e de justica que foram construidas por senhores, por escravos e por libertos acerca do dominio senhorial nos seculos XVIII e XIX. Este artigo tem por objetivo analisar as percepcoes de direitos e de justica, no universo escravista do Termo de Mariana, nas ultimas decadas da escravidao no Brasil, analisando regionalmente as acomodacoes ou as resistencias que foram construidas a partir de uma intervencao cada vez mais marcante do Estado Imperial nas relacoes entre senhores e escravos via leis, e, sobretudo, a partir da Lei do Ventre Livre em 1871.
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... Enquanto Page 4. Marileide Lázara Cassoli 252 ... Nos textos de Camila Fernanda Guimarães Santiago, José Newton Coelho Menezes e Fabiano Gomes da Silva, o mundo do trabalho é também Page 5. P OLIt EIA : História e Sociedade, Vitória da Conquista, v. 10, n. 1, p ...
RESUMO Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de “construção da liberdade” que norteou a formação do mercado de trabalho livre no Brasil, ao longo do século XIX e início do século XX, tendo como foco o município de Mariana,... more
RESUMO Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de “construção da liberdade” que norteou a formação do mercado de trabalho livre no Brasil, ao longo do século XIX e início do século XX, tendo como foco o município de Mariana, Minas Gerais, entre 1871 e 1920. A partir da análise de corpos documentais diversificados, como os registros paroquiais, registros civis, processos criminais, investigamos os laços familiares e as redes de sociabilidade constituídas pelos antigos cativos, assim como os impactos dessas “vivências” da escravidão na vida em liberdade.
Lançar luzes sobre essas dinâmicas sociais é a tarefa a que se propõe o grupo de autores deste dossiê. A partir de diferentes projetos de pesquisa, desenvolvidos por professores vinculados a importantes grupos de pesquisa do campo da... more
Lançar luzes sobre essas dinâmicas sociais é a tarefa a que se propõe o grupo de autores deste dossiê. A partir de diferentes projetos de pesquisa, desenvolvidos por professores vinculados a importantes grupos de pesquisa do campo da Educação, bem como da História, foram descobertas e reunidas aqui diferentes histórias e personagens; narrativas que ao serem entrecruzadas permitem identificar e reconstituir algumas das muitas facetas das dinâmicas sociais e históricas, nas quais estiveram imersos homens e mulheres, velhos, jovens e, especialmente, crianças. Importa destacar a originalidade dos artigos reunidos nesse dossiê, assim como, a diversidade de fontes históricas as quais os autores recorreram no intuito de trazer à tona as vivências dos atores sociais em foco. Finalmente, esperamos contribuir para que este campo de investigação, ainda incipiente, se consolide entre os pesquisadores da Educação e da História.
Os diálogos entre a História da Educação e a História Cultural possibilitam desvelar aspectos diversos das práticas educacionais fora da escola e da escolarização, revitalizando, dessa forma, as abordagens em História da Educação. A... more
Os diálogos entre a História da Educação e a História Cultural possibilitam desvelar aspectos diversos das práticas educacionais fora da escola e da escolarização, revitalizando, dessa forma, as abordagens em História da Educação. A partir dessa perspectiva, buscamos compreender as interfaces existentes entre as dinâmicas sociais, culturais, políticas e “educacionais”, que marcaram as vivências das mulheres afrodescendentes, que se dedicaram aos serviços domésticos, em Belo Horizonte, Minas Gerais, entre os anos de 1897 a 1920, no âmbito do processo de formação do mercado de trabalho livre no Brasil. As histórias das mulheres afrodescendentes permitem “esboçar” múltiplos retratos das liberdades por elas construídas naquele contexto. Contudo, para aquelas que se dedicaram ao serviço doméstico no pós-abolição, a conduta moral e o controle sobre o corpo feminino possibilitaram traçar um “fio condutor” em comum para as suas distintas histórias de vida e de trabalhadoras.“A girl of color...
Entre matrículas, cadernetas e digitais Artur Leite de Barros Júnior, membro de família ilustre da cidade de Campinas, interior de São Paulo, foi nomeado delegado em 1925. Ganhou fama, já no ano seguinte, ao comandar o cerco policial que... more
Entre matrículas, cadernetas e digitais Artur Leite de Barros Júnior, membro de família ilustre da cidade de Campinas, interior de São Paulo, foi nomeado delegado em 1925. Ganhou fama, já no ano seguinte, ao comandar o cerco policial que levaria Gino Meneghetti 3 a ser preso mais uma vez. Em 1933, foi nomeado secretário de Segurança Pública do governo Vargas, e , entre os anos de 1949 a 1951, foi redator-chefe da revista cultural Investigações, publicação vinculada ao departamento de investigações da polícia de São Paulo, a qual visava conferir à discussão sobre a criminalidade um tom intelectual. Neste sentido, as colaborações de historiadores, escritores e críticos literários, artistas plásticos, juízes e professores, além de delegados oriundos do Estado Novo, tinham como propósito conferir prestígio
Organizado por Lúcia Helena Oliveira Silva; Jaime Rodrigues; Airton Felix Silva Souza. Apresentação pelos organizadores: "Gênero e corpo, memória e trabalho são temas fundamentais em uma história da escravidão e da liberdade no Brasil e,... more
Organizado por Lúcia Helena Oliveira Silva; Jaime Rodrigues; Airton Felix Silva Souza.
Apresentação pelos organizadores:
"Gênero e corpo, memória e trabalho são temas fundamentais em uma história da escravidão e da liberdade no Brasil e, de modo mais amplo, nas Américas. Neste livro, reunimos textos sobre essas temáticas escritos por participantes da décima edição do encontro Escravidão e liberdade no Brasil Meridional, revistos e reformulados a partir das discussões ocorridas nas sessões de apresentação, nas
mesas redondas e conferências do evento, em maio de 2021".
As celebrações dos “300 anos de Minas”, motivadas pelo tricentenário de criação da antiga capitania por D. João V em 1720, foi o ponto de origem à chamada de textos para esta coletânea. No presente volume, as dinâmicas escravistas... more
As celebrações dos “300 anos de Minas”, motivadas pelo tricentenário de criação da antiga capitania por D. João V em 1720, foi  o ponto de origem à chamada de textos para esta coletânea. No presente volume, as dinâmicas escravistas mineiras, profundamente pesquisadas e debatidas, são revisitadas a partir de novos pontos de observação, redimensionando questões clássicas da historiografia, tais como família, paternalismo, clientelismo, alforrias, mestiçagens e precariedade da liberdade.
Todos os textos, mais ou menos diretamente, revisitam o tema clássico da violência e do trauma do processo escravista pensando-o em primeira pessoa, o que permite descortinar novos sentidos e abordagens para a experiência histórica do racismo e para a compreensão do protagonismo negro na história mineira e da mineiridade.