Papers by Edmon Neto
Terceira Margem, Oct 31, 2019
Este texto é uma defesa do uso do gênero ensaio em pesquisas acadêmicas de literatura e outras ar... more Este texto é uma defesa do uso do gênero ensaio em pesquisas acadêmicas de literatura e outras artes. Em primeiro lugar, faz-se uma exposição das condições de emergência desse tipo de escrita no século XVII e da sua herança nos séculos seguintes. Em segundo lugar, pensa-se o ensaio a partir da virada pós-estruturalista na segunda metade do século XX e como tal gênero pode ser um modo de conceber, hoje, novos horizontes para os estudos literários, tendo em vista a possibilidade de escritas ao mesmo tempo inventivas e cientificamente rigorosas. Assim, a discussão é legitimada por meio do apelo a pensadores como Espinosa, Nietzsche, Foucault, Barthes, Deleuze e Agamben.
Este trabalho faz uma leitura criadora do disco “Da lama ao caos”, de Chico Science, revisitando ... more Este trabalho faz uma leitura criadora do disco “Da lama ao caos”, de Chico Science, revisitando o pensamento antropofagico de Oswald de Andrade do comeco do seculo XX, seus desdobramentos na decada de cinquenta, bem como o Tropicalismo setentista, considerando, tanto este ultimo movimento quanto o chamado movimento Manguebeat, como herdeiros da logica de devoracao inaugurada pelo autor do “Manifesto Antropofagico”.
Texto Poético, 2021
Resenha do livro DAMASCENO, Rodrigo Lobo. Casa do Norte. São Paulo: Corsário-Satã, 2020.
Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea, 2018
Este ensaio teórico-experimental busca uma aproximação entre a literatura e o esporte. Para isso,... more Este ensaio teórico-experimental busca uma aproximação entre a literatura e o esporte. Para isso, criou-se um texto em paralelo com um poema de Alberto Pucheu, que aborda o surfe de ondas gigantes (tow-in), pensando em uma relação indiscernível entre a tarefa do crítico literário e a do poeta. Apropriando-se de uma gama de referências narrativas, poéticas, filosóficas e artísticas, o que se sugere, por meio da escrita inventiva, são movimentos análogos aos movimentos de um corpo em uma performance atlética. O texto também explica todo o processo de criação que se deu por respaldo mínimo na teoria da imagem, bem como expõe as referências utilizadas para que a correspondência propositiva entre surfista/piloto do surfista e poeta/crítico fosse construída.
Signótica, 2017
O presente trabalho faz uma leitura da obra de Alberto Pucheu, trazendo à luz a discussão sobre o... more O presente trabalho faz uma leitura da obra de Alberto Pucheu, trazendo à luz a discussão sobre o fazer poético e crítico, vistos como uma atitude primordialmente criadora. Para o autor, existe uma indistinção entre poesia e crítica, que são saberes que se encontram em um “desguarnecimento de fronteiras”, cujo encontro se dá no interior da própria criação. Nessa perspectiva híbrida, buscar-se-á compreender a maneira pela qual ocorre a fusão entre esses campos, privilegiando o pensamento de pós-estruturalistas, como Roland Barthes, Gilles Deleuze e Giorgio Agamben.
IPOTESI – REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS, 2019
Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto Pucheu, l... more Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto Pucheu, levantando um perfil de escrita que se manifesta desde as suas primeiras publicações até as mais recentes, como a que consta do poema “É preciso aprender a ficar submerso”, analisado a partir de abordagem cujo foco se concentra na relação entre literatura e imagem, sendo o vídeo produzido pela artista Danielle Fonseca (2015) o objeto de comparação, além da abordagem imanente concentrada nos aspectos internos ao texto. Palavras-chave: Poesia. Imagem. Pensamento. Intermidialidade. Alberto Pucheu. Referências AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução Selvino José Assmann. Belo Horizonte: UFMG, 2007. BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Tradução Maria João da Costa. Lisboa: Relógio d’Agua, 1991. BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2009. CARLOS, Erasmo. Meus lados B. Produção ...
Terceira Margem, 2019
Este texto é uma defesa do uso do gênero ensaio em pesquisas acadêmicas de literatura e outras ar... more Este texto é uma defesa do uso do gênero ensaio em pesquisas acadêmicas de literatura e outras artes. Em primeiro lugar, faz-se uma exposição das condições de emergência desse tipo de escrita no século XVII e da sua herança nos séculos seguintes. Em segundo lugar, pensa-se o ensaio a partir da virada pós-estruturalista na segunda metade do século XX e como tal gênero pode ser um modo de conceber, hoje, novos horizontes para os estudos literários, tendo em vista a possibilidade de escritas ao mesmo tempo inventivas e cientificamente rigorosas. Assim, a discussão é legitimada por meio do apelo a pensadores como Espinosa, Nietzsche, Foucault, Barthes, Deleuze e Agamben.
Revista Ipotesi, 2019
RESUMO: Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto P... more RESUMO: Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto Pucheu, levantando um perfil de escrita que se manifesta desde as suas primeiras publicações até as mais recentes, como a que consta do poema "É preciso aprender a ficar submerso", analisado a partir de abordagem cujo foco se concentra na relação entre literatura e imagem, sendo o vídeo produzido pela artista Danielle Fonseca (2015) o objeto de comparação, além da abordagem imanente concentrada nos aspectos internos ao texto. Palavras-chave: Poesia. Imagem. Pensamento. Intermidialidade. Alberto Pucheu. Palavras pensantes Um passeio pela obra poética de Alberto Pucheu nos faz perceber uma miríade de poemas produzidos em versos livres cujas ressonâncias evocam grandes poetas da tradição literária, como o heterônimo pessoano Álvaro de Campos e Walt Whitman. Em sua poesia observamos pontos temáticos como a aproximação entre poesia e filosofia, homem e cidade, real e linguagem, carne e máquina, além da escrita de apropriação intitulada arranjo. Desde os anos 1990 o poeta apresenta muitas facetas estéticas, sempre reafirmando o contato direto da literatura com a vida. Uma primeira observação sobre a poesia pucheuneana concentra-se no conjunto intitulado "Escritos": poemas breves, fragmentados, que exploram sobremaneira a técnica do enjambement e cujo alcance os aproxima de uma dimensão aforística. Os "Escritos" estão presentes, principalmente, nos livros Escritos da frequentação, A fronteira desguarnecida (principalmente a seção "Excertos a ponto de página"), mas aparecem de maneira mais prosaica em Escritos da indiscernibilidade, livros que foram republicados em sua Poesia reunida (2007). Na primeira dessas obras, a questão urbana surge como uma das mais recorrentes temáticas exploradas pelo poeta-"Uma cidade é sem começo / ele disse / todo começo já está na cidade" (PUCHEU, 2007, p. 34)-, relacionando o espaço citadino com a própria linguagem criada sobre ele. Em certas construções, o que percebemos é o perpasse de um plano físico a um plano carnal ou vice-versa-"Uma parede, uma hélice, um vidro de janela querem sair por minha boca" (p. 53)-, na construção de uma imagem poética angustiante da presença do homem na urbe. Além disso, como um mecanismo singular de metalinguagem a partir do qual o sujeito poético fala sobre o próprio ato de escritura, ao mesmo tempo em que procura evidenciar o trabalho de composição e abordar a luta vã com a escrita, certo enunciador da poesia de Alberto Pucheu assume a incapacidade de dominar as palavras, mas ser aquele que por elas é dominado: Os subúrbios do homem têm mais curvas que os dos bairros
Em busca de um paradigma para a relação entre o surfista e o piloto do surfista ou Tradução monstruosa de um arranjo de Alberto Pucheu, 2018
O poema de Alberto Pucheu intitulado "Arranjo em busca de um paradigma para a relação entre o crí... more O poema de Alberto Pucheu intitulado "Arranjo em busca de um paradigma para a relação entre o crítico literário e o poeta", que integra o livro Mais cotidiano que o cotidiano (2013), diz respeito a dois surfistas e suas performances: aquele que surfa a onda e aquele que pilota o jet-sky para o surfista.
Remixagem e Remasterização Antropofágica, 2017
Este trabalho faz uma leitura do disco "Da lama ao caos", de Chico Science, revisitando o pensame... more Este trabalho faz uma leitura do disco "Da lama ao caos", de Chico Science, revisitando o pensamento antropofágico de Oswald de Andrade do começo do século XX, seus desdobramentos na década de cinquenta, bem como o Tropicalismo setentista, considerando, tanto este último movimento quanto o chamado movimento Manguebeat, como continuadores da lógica de devoração inaugurada pelo autor do "Manifesto Antropofágico".
PALAVRAS-CHAVE: Antropofagia, Tropicalismo, Manguebeat, Remixagem, Remasterização
Poesia e Prosa Porosas: um manifesto de alberto Pucheu em favor da criação, 2017
O presente trabalho faz uma leitura da obra de Alberto Pucheu, trazendo à luz a discussão sobre o... more O presente trabalho faz uma leitura da obra de Alberto Pucheu, trazendo à luz a discussão sobre o fazer poético e crítico, vistos como uma atitude primordialmente criadora. Para o autor, existe uma indistinção entre poesia e crítica, que são saberes que se encontram em um "desguarnecimento de fronteiras", cujo encontro se dá no interior da própria criação. Nessa perspectiva híbrida, buscar-se-á compreender a maneira pela qual ocorre a fusão entre esses campos, privilegiando o pensamento de pós-estruturalistas, como Roland Barthes, Gilles Deleuze e Giorgio Agamben.
Palavras-chave: Poesia, Crítica literária, Filosofia, Interdisciplinaridade, Alberto Pucheu.
Book Reviews by Edmon Neto
Texto Poético , 2021
Resenha do livro Casa do Norte, de Rodrigo Lobo Damasceno. Corsário-Satã, 2020.
O selvagem a falar do selvagem, 2015
Não é incomum, na obra de Alberto Pucheu, a valorização dos afetos intelectuais e da amizade, com... more Não é incomum, na obra de Alberto Pucheu, a valorização dos afetos intelectuais e da amizade, como ingredientes que dão sustância à escrita. Privilegiando a criação em detrimento do conhecimento demonstrativo, do universitário como um predador da obra abordada, do complexo de rebocado ou da síndrome cinzenta, "falar da outra obra é enrabar seu autor" (PUCHEU, 2012, p. 87). Nessa atitude, o que se cria, com a crítica, é um filho monstruoso, termo emprestado de Deleuze em "Carta a um crítico severo" (1992); filho que, trazendo consigo a carga genética dos dois pais-a obra criticada e o texto crítico-, mantém as aproximações parentais entre aqueles, ao mesmo tempo em que afirma suas irredutíveis distâncias, deixando aparecer singularidades, diferenças e anomalias, que dão a luz essas crias como filhos monstruosos. Em "Um crítico, para que serve?" (2010), texto que poderia também ser chamado de "Carta a um crítico ressentido", o carioca escreve àquele que, certa vez, lhe dirigiu uma crítica "com a pena da inveja, o ácido da vingança pessoal, a maledicência jornalística" (p. 75), ou talvez se referindo àquele que, mesmo não tendo escrito nada a esse respeito, odeia tudo o que é produzido na contemporaneidade, nutre um desprezo pelos novos autores, acha que pode julgar a literatura e cuja fraqueza "é daquelas que querem avaliar o mundo com a medida do aniquilamento alheio, do enfraquecimento alheio, da despotencialização do alheio" (p. 73). Sobre esse crítico bem-sucedido, ferino, que se acha quase charmoso, "Antes, a sua incompreensão do que a sua simpatia" (p. 77). Ora, a relação entre crítica e obra se dá entre dois foras, não pela vontade de se atingir um dentro. A crítica poética e filosófica, defendida por Pucheu, está no afeto que se cria entre as duas partes envolvidas, na medida em que, a exemplo de Baudelaire, prioriza-se a imaginação, ou que a "melhor crítica é a que é divertida e poética" (BAUDELAIRE apud PUCHEU, 2012, p. 89), garantindo o fosso entre os dois textos, o aberto, o inapropriável. Nessa relação, nunca será a serventia de apenas um crítico que fará o triunfo da crítica, mas a relação de mútua reverência, ou, ainda, menos por uma gentlemania em excesso, mais pela concorrência sem prêmio, pela disputa sem vencedor, pela corrida cujo pódio é de todos. Roberto Corrêa dos Santos: o poema contemporâneo enquanto o "ensaio teórico-crítico-experimental" (2012) é o livro de Alberto Pucheu, a respeito da obra do poeta e crítico mencionado no título. Através de uma escrita intensamente criadora, Pucheu lê Corrêa dos Santos a partir da mesma ética que envolve este quando dedicado a falar sobre arte ou literatura: depositando toda a confiança na escrita e fazendo com que a força do pensamento, em seu mais alto grau de potência, seja revelada na escrita, repensando a forma e explorando uma sintaxe e uma semântica vigorosas.
Thesis Chapters by Edmon Neto
Escrita crítica, escrita criativa e leituras sobre (e com) o esporte, 2018
Escrita crítica, escrita criativa e leituras sobre (e com) o esporte: o corpo em movimento ressen... more Escrita crítica, escrita criativa e leituras sobre (e com) o esporte: o corpo em movimento ressensualizando a razão, Tese de doutorado, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2018.
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Papers by Edmon Neto
PALAVRAS-CHAVE: Antropofagia, Tropicalismo, Manguebeat, Remixagem, Remasterização
Palavras-chave: Poesia, Crítica literária, Filosofia, Interdisciplinaridade, Alberto Pucheu.
Book Reviews by Edmon Neto
Thesis Chapters by Edmon Neto
PALAVRAS-CHAVE: Antropofagia, Tropicalismo, Manguebeat, Remixagem, Remasterização
Palavras-chave: Poesia, Crítica literária, Filosofia, Interdisciplinaridade, Alberto Pucheu.