Sabedoria viva
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Sobre este e-book
Neste livro especial, há 365 oportunidades de leitura que ajudarão o leitor a direcionar os pensamentos para o Alto.
São textos inéditos escritos pelo reverendo Hernandes Dias Lopes, especialmente para esse projeto.
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Sabedoria viva - Hernandes Dias Lopes
LOPES
Ansiedade, o estrangulamento da alma
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar
um côvado ao curso da sua vida? (Lc 12.25).
Você é uma pessoa ansiosa? Vive se remoendo por dentro? A palavra ansiedade
, na língua grega, significa estrangulamento
. Ansiedade é apertar o pescoço, tirar o oxigênio, sufocar. A ansiedade é o mal mais democrático do século, pois atinge grandes e pequenos, pobres e ricos, doutores e iletrados, religiosos e ateus. Jesus disse que a ansiedade é inútil, pois ninguém pode acrescentar um centímetro à sua existência por mais ansioso que esteja. Também a ansiedade é prejudicial, pois é uma forma de preocupação com o que ainda não está acontecendo. Está provado que 75% das coisas que nos deixam ansiosos nunca vão acontecer. E, se acontecerem, vamos sofrer duas vezes, já sem forças para enfrentá-las. Ansiedade é apostar no fracasso e assumir o controle da vida em vez de confiar em Deus e descansar em sua bondosa providência. Ansiedade é pecado, pois é um sinal de incredulidade. Jesus disse que os gentios que não conhecem Deus é que se preocupam com todas essas coisas — que comeremos, que beberemos, com que nos vestiremos. Devemos, antes, buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Devemos lançar aos pés do Senhor toda a nossa ansiedade, sabendo que ele cuida de nós.
Ansiedade, asfixia emocional
Lançando sobre ele [Deus] toda a vossa
ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (1Pe 5.7).
Somos a geração mais afetada da história pela ansiedade. Muitas pessoas vivem sob o poder dos calmantes. Não vivem tranquilas hoje por causa do medo do amanhã. Antecipam problemas e sofrem por eles em vez de enfrentá-los na hora certa. Ansiedade, porém, não fortalece nossos braços; desidrata nossas forças. Ansiedade é apertar o pescoço, tirar o oxigênio e sufocar. Talvez você esteja assim, sem ar para respirar. Talvez você esteja esmagado debaixo de um rolo compressor, achatado por circunstâncias adversas e relacionamentos rompidos, com suas emoções amassadas e seu coração partido. Talvez o medo e a dúvida assaltem todos os dias a sua alma e você não consiga mais conciliar o sono. Jesus tem o remédio certo para a sua cura. Ele disse: Não andeis ansiosos pela vossa vida. O apóstolo Paulo exorta: Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. O apóstolo Pedro diz: [Lançai] sobre ele [Deus] toda a vossa ansiedade, pois ele tem cuidado de vós. Você não precisa viver estrangulado pela ansiedade. Você pode confiar em Deus e descansar nele.
Lance fora o medo!
Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?
Como é que não tendes fé? (Mc 4.40).
Omar estava agitado, e os discípulos de Cristo entraram em pânico. O barco estava enchendo-se de água, e o naufrágio parecia inevitável. Depois de dissipar toda a esperança de salvamento, os discípulos, apavorados, clamaram a Jesus, num tom de censura: Mestre, não te importas, que pereçamos? Jesus repreendeu o vento e fez sossegar o mar, e então perguntou aos discípulos: Por que sois assim tímidos. Como é que não tendes fé? Por que aqueles discípulos deveriam ter fé, e não medo? Eles deveriam ter fé, e não medo, por causa da ordem de Jesus para passarem para a outra margem. O medo é um subproduto da incredulidade. Eles deveriam ter fé, e não medo, por causa da presença de Jesus com eles. O medo nos assalta quando perdemos a perspectiva de que Jesus está conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Eles deveriam ter fé, e não medo, por causa da paz de Jesus, o qual, mesmo no fragor daquela tempestade, dormia sereno, confiante na providência do Pai. Eles deveriam ter fé, e não medo, porque aquele que estava com eles tinha e tem todo o poder nos céus e na terra. Ainda cruzamos mares revoltos e o medo nos assalta, mas, se fixarmos os olhos em Jesus, poderemos ter fé e lançarmos fora o medo. Portanto, não tenha medo, mas fé!
Calma, Jesus está no controle!
Mas Jesus imediatamente lhes disse:
Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! (Mt 14.27).
As tempestades da vida, muitas vezes, são inevitáveis, imprevisíveis e inadministráveis. Chegam de súbito e nem sempre conseguimos triunfar sobre elas. As tempestades revelam nossa impotência e assolam a nossa alma com muitos temores. Os discípulos de Jesus estavam no meio da tempestade, no agitado mar da Galileia, assaltados pelo medo. As ondas açoitavam implacavelmente o barco deles e o naufrágio parecia ser o desfecho inevitável dessa tragédia. Quando a esperança de salvamento já se havia dissipado, depois das 3 horas da madrugada, Jesus foi ao encontro deles andando sobre o mar revolto. Quando eles o viram, mais assombrados ficaram e, tomados de medo, gritaram: É um fantasma! Jesus, porém, lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Jesus vislumbrou uma tempestade mais avassaladora dentro deles do que fora deles. O maior problema deles não era a circunstância, mas o sentimento. Jesus os liberta do medo com sua presença e com sua palavra, mas os liberta da circunstância tempestuosa caminhando sobre as águas. Jesus estava mostrando que as ondas que conspiravam contra seus discípulos estavam literalmente debaixo dos seus pés. Jesus é maior do que nossos problemas. Por isso, não precisamos ter medo, pois ele está no controle!
Não temas, crê somente
Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe
da sinagoga: Não temas, crê somente (Mc 5.36).
Avida não é isenta de dor. Circunstâncias ruins acontecem com pessoas boas. Tragédias desabam sobre a cabeça de crentes e descrentes. Jairo era chefe da sinagoga. Era um homem temente a Deus e amado pelo povo. Jairo estava aflito. Sua única filha estava à beira da morte. Tinha apenas 12 anos. Embora Jairo fosse um homem rico e religioso, estava em apuros. Seu dinheiro não pôde socorrê-lo, nem sua religião ajudá-lo. A morte estava rondando a sua casa para levar precocemente sua filhinha. Nessa hora de desespero, Jairo vai a Jesus, se ajoelha diante dele e suplica por ajuda. Quando Jesus estava a caminho da sua casa, Jairo recebeu o recado de que sua filha já estava morta. Foi nesse momento de desespero que Jesus lhe disse: [Jairo] Não temas, crê somente. Quando Jesus caminha conosco, não precisamos ter medo de más notícias. Quando Jesus caminha conosco, a morte não tem a última palavra. Quando Jesus caminha conosco, a fé triunfa sobre o medo e a esperança prevalece sobre o desespero. Jesus ressuscitou a filha de Jairo, e a alegria voltou àquele lar. Jesus é o mesmo ontem, hoje e para sempre. E ele agora diz a você também: Não tenha medo, apenas creia! Entregue seus temores a Jesus. Para ele não tem causa perdida. Não tenha medo. Tenha fé!
O medo da morte
Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (1Co 15.55).
Amorte é o rei dos terrores. Ela nos impõe muito medo. Ela não respeita idade nem posição social. Chega repentinamente ou vai se instalando vagarosamente, minando nossas forças. Ela arranca de nossos braços pessoas a quem amamos e um dia também virá nos buscar. Muitos chegam a pensar que a morte é o fim e tem a última palavra. Pensam que quando ela chega precisamos dar um adeus, e não um até logo. Há aqueles que têm tanto medo da morte que não conseguem viver. São prisioneiros do medo e vivem no cárcere do desespero. É preciso dizer que a morte já foi vencida. Jesus triunfou sobre ela. Jesus arrancou o aguilhão venenoso da morte. Jesus matou a morte com sua morte ao ressuscitar dentre os mortos. Agora, a morte foi tragada pela vitória. Para você, que confia em Jesus, a morte não é mais perda, mas lucro. A morte já não é mais incerteza, mas deixar o corpo e habitar com o Senhor. A morte não é vagar pelo vazio do nada, mas partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. A morte dos salvos é preciosa aos olhos do Senhor. Aqueles que morrem no Senhor são bem-aventurados. Não precisamos mais temer a morte, pois já temos a promessa segura da ressurreição. Aquele que vive e crê em Jesus, a ressurreição e a vida, nunca morrerá eternamente!
A vitória sobre o medo
No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento (1Jo 4.18).
Omedo é mais do que um sentimento; é um espírito que atormenta milhões de pessoas. Temos medo do que existe e do que não existe. Medo do que vemos e do que não vemos. Medo do que está dentro de nós e medo do que está fora de nós. Medo de luz e medo de escuridão. Medo de lugares abertos e medo de lugares fechados. Medo da vida e medo da morte. O medo, muitas vezes, torna-se doentio e se transforma em fobia. Congela o sangue em nossas veias e nos paralisa. Mas não precisamos ser escravos do medo. O apóstolo Paulo diz que Deus não nos tem dado espírito de covardia (2Tm 1.7). O medo mantém em suas garras muitas pessoas. Por isso, a ordem mais repetida em toda a Bíblia é esta: Não temas, ou seja, não tenhas medo
. Deus sabe que somos assaltados por esse espírito do medo. Como podemos ser libertos do medo? O profeta Isaías responde: somos libertos do medo quando compreendemos que Deus nos criou, nos formou, nos chamou, nos remiu e nos constituiu sua propriedade exclusiva (Is 43.1,2). Quando compreendemos quem é Deus e o que ele fez por nós, ainda que passemos pelos rios caudalosos, pelas ondas revoltas ou por fornalhas ardentes, não temeremos. Quando compreendemos o amor que Deus tem por nós e o amamos sobre todas as coisas, lançamos fora o medo!
Solidão, o vazio da alma
Volta, minha alma, ao teu sossego, pois
o SENHOR tem sido generoso para contigo (Sl 116.7).
Omundo tem mais de 7 bilhões de habitantes, mas as pessoas vivem mergulhadas numa profunda solidão. As multidões se acotovelam nas ruas, nas praças, mas as pessoas não se conhecem nem desenvolvem relacionamentos saudáveis. A solidão é um sentimento que tortura pessoas de todas as classes sociais e de todos os matizes religiosos. No século da comunicação virtual, da internet e do telefone celular, quando tocamos o mundo com a ponta dos nossos dedos, somos arruinados pelo drama da solidão. Preparamos uma animada conversa virtual de uma hora, mas não conseguimos mais assentar-nos ao redor de uma mesa para um bate-papo de cinco minutos. Enfrentamos ruas congestionadas e somos espremidos por uma multidão no ônibus, no metrô, mas caminhamos entre essa multidão pela estrada da solidão. Pior do que não saber conviver com o outro é não saber lidar com nós mesmos. Pior do que não abraçar o outro é não se sentir confortável na presença daquele que vemos no espelho. O vazio da alma só pode ser preenchido por Deus. Nem mesmo as pessoas podem tapar essa brecha. O apóstolo Paulo estava numa masmorra romana, no corredor da morte, mas, mesmo curtindo a dor da solidão e sofrendo o desamparo dos homens, tinha paz na alma por causa da assistência de Deus.
Traição, uma dor amarga
Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos
males; o Senhor lhe dará a paga segundo
as suas obras (2Tm 4.14).
Oimperador Júlio César arrancou Brutus do ostracismo e fez dele um senador. Um dia o senado romano conspirou contra o imperador para matá-lo. Entre os algozes que apunhalavam o imperador, estava Brutus. Na agonia da morte, sendo cravejado pelo punhal assassino, Júlio César voltou-se para o algoz e perguntou: Tu também, Brutus?
Paulo estava preso em Roma, aguardando o seu martírio. Em sua última carta, confessa que Alexandre, o latoeiro, lhe havia causado muitos males. Os estudiosos afirmam que foi esse homem quem delatou Paulo, culminando em sua segunda prisão e em seu consequente martírio. Paulo foi traído e confessa a dor amarga que isso lhe causou. A traição é como uma punhalada nas costas, efetuada por alguém de quem esperávamos um afetuoso abraço. Há muitas vítimas da traição que jamais conseguiram se recuperar dessa profunda dor. São cônjuges abandonados, filhos rejeitados, amigos desprezados. A Palavra de Deus, porém, nos diz que, ainda que pai e mãe nos desamparem, Deus jamais nos desamparará. Mesmo que tenhamos sido vítimas de traição, Deus pode curar nossas memórias amargas e cicatrizar nossas feridas emocionais. Mesmo que tenhamos sofrido injustiças impiedosas, Deus pode nos capacitar a perdoar e a rasgar todos os abscessos da alma.
Mágoa, uma masmorra insalubre
Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim;
porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes
agora, que se conserve muita gente em vida (Gn 50.20).
José do Egito foi vítima de muitas injustiças. Ele sofreu nas mãos de seus irmãos e nas mãos de seu patrão. Ele passou treze anos da sua vida, dos 17 aos 30 anos, açoitado pelo vendaval das crises mais assustadoras. Foi jogado num buraco escuro, vendido como escravo, acusado injustamente e lançado numa prisão imunda. Mas José jamais deixou seu coração azedar. A mágoa jamais teve permissão para se instalar em seu coração. Ele estava preso, mas sua alma, livre. Deus restaurou a sorte de José, e ele foi exaltado à honrosa posição de governador do Egito. Com o poder nas mãos, poderia ter se vingado dos seus irmãos, mas resolveu perdoá-los, dando-lhes o melhor da terra do Egito. José não só perdoou seus irmãos, mas também ergueu um monumento vivo do seu perdão, dando a seu filho primogênito o nome Manassés, cujo significado é Deus me fez esquecer
! A mágoa escraviza, mas o perdão liberta. O perdão é maior do que o ódio. O perdão é assepsia da alma, a faxina da mente, a libertação do coração. Quem não perdoa não tem paz. Quem não perdoa não pode ser perdoado. Tome a decisão de perdoar aos seus ofensores. Faça como José: se o seu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Não se deixe vencer pelo mal; vença o mal com o bem!
O poder devastador da mágoa
Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e,
sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou
arrependido, perdoa-lhe (Lc 17.4).
Ogrande jogador francês Zinédine Zidane confessou que prefere morrer a perdoar o jogador italiano Marco Materazzi, que xingou a sua mãe na decisão da Copa do Mundo de futebol de 2006. O mundo inteiro viu, perplexo, a cena de Zidane dando uma cabeçada no jogador italiano e sendo imediatamente expulso de campo, obstaculizando a seleção francesa de sagrar-se campeã do mundo. Há pessoas que vão levar para o túmulo suas mágoas, porque jamais se dispuseram a rasgar os abscessos da alma. Há pessoas doentes e sem paz por causa do ressentimento. A mágoa atormenta e escraviza. É um verdugo implacável que prende as pessoas na masmorra do ódio. Você é escravo da pessoa de quem nutre mágoa. Se você não perdoa, não é livre nem tem paz. Se você não perdoa, adoece física, emocional e espiritualmente. Se você não perdoa, não pode ser perdoado. A mágoa é uma cela de prisão escura que destrói os relacionamentos. A mágoa é uma espécie de autodestruição. É como tomar uma dose letal de veneno pensando que o outro é quem vai morrer. Não viva como prisioneiro da mágoa. Tome a decisão de perdoar. O perdão cura e liberta. O perdão constrói pontes onde a mágoa cavou abismos. O perdão restaura a alma e cicatriza feridas abertas. O perdão reconcilia você com Deus e com o seu próximo.
Depressão, a dor que dói na alma
Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos
por efeito do desassossego do meu coração (Sl 38.8).
Adepressão atinge mais de 10% da população mundial. Ela é multicausal e provoca muitas outras doenças. A depressão é uma doença que dói mais na alma do que no corpo. É uma dor que aperta o peito, tira o oxigênio, rouba a esperança e empurra suas vítimas para um corredor escuro. A depressão nos faz olhar para a vida com os óculos escuros do pessimismo e pelas lentes do retrovisor. Pensamos que as melhores coisas ficaram no passado. O futuro nos assombra e nos deixa paralisados. Talvez você esteja atormentado pela depressão. Nada empolga seu coração. A alegria foi embora da sua vida. Você está até mesmo flertando com a morte. Parece que não há uma luz no fim desse túnel nem qualquer janela de escape. Mas eu quero lhe dizer que a depressão tem cura. Tem tratamento. A depressão é cíclica; vai passar. Busque ajuda. Procure um tratamento médico adequado. A depressão é tratada com remédio, terapia e fé. Volte-se para Deus. Procure uma pessoa madura na fé com quem você possa abrir o coração. Encontre uma igreja fiel à palavra de Deus para o ajudar na caminhada cristã. Saiba que Deus pode transformar seu deserto num jardim, suas lágrimas em alegria e seu vale num manancial. Não se desespere; espere em Deus!
Depressão, um calabouço escuro
Tira a minha alma do cárcere, para que
eu dê graças ao teu nome (Sl 142.7).
Andrew Solomon diz que a depressão é o parasita que suga o verdor da alma. É como vestir uma roupa de madeira e engolir o próprio funeral. A depressão é uma dor profunda que dói não apenas no corpo, mas, sobretudo, na alma. A depressão obscurece nossos olhos, rouba as nossas forças, tortura nossa mente, desidrata os nossos sonhos e nos aprisiona no cárcere do medo. A depressão tira o chão dos nossos pés e nos impede de ver uma luz no fim do túnel. A depressão é uma doença que atinge pessoas de todas as faixas etárias, de todos os estratos sociais e de todos os credos religiosos. Há muitas pessoas que, ao passarem por esse vale escuro, flertam com a morte e pensam em desistir da vida. Não é que essas pessoas desejam morrer; elas julgam que a vida é mais amarga do que a própria morte. Mas existe uma esperança para as pessoas que lidam com o drama da depressão. Há cura para a depressão. A depressão tem seu ciclo e vai passar. É preciso buscar ajuda médica, emocional e correr para os braços de Deus, onde há uma fonte de esperança. Você pode orar como o salmista: Tira [Senhor] a minha alma do cárcere. Você pode sair desse calabouço. Você pode deixar para trás esse vale escuro e ver o sol do amor de Deus brilhando sobre sua vida.
Violência, uma triste realidade
Por que me mostras a iniquidade
e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e
a violência estão diante de mim; há contendas,
e o litígio se suscita (Hc 1.3).
Parece que o mundo enlouqueceu. As nossas cidades estão se transformando em campos de sangue. A violência está nas ruas, nas escolas, nas famílias, entre as nações. Falamos de paz, mas gastamos bilhões de dólares fabricando armas de destruição. Temos medo de assalto e de sequestro. Temos medo dos bandidos e da polícia. Estamos enjaulados em casa, trancados com cadeados e cercas elétricas. A violência não está apenas do lado de fora dos muros; está dentro de casa. Há pais matando filhos e filhos matando pais. Há maridos matando as esposas e esposas matando os maridos. Os inimigos do homem são os da sua própria casa. Estamos alarmados, pois no passado nos diziam que a violência era resultado da ignorância e da pobreza. Mas a violência cresce no meio de gente culta e rica. O problema é que a violência está dentro do nosso coração. É do coração que procedem os maus desígnios. Não podemos resolver o problema da violência apenas com a educação. Precisamos de transformação. Só Jesus pode mudar o nosso coração. Só ele pode colocar amor onde há ódio. Só ele pode colocar perdão onde há mágoa. Só Jesus pode trazer paz para o coração, para a família e para a sociedade. Ele é o príncipe da paz, e só ele pode dar a paz verdadeira.
Suicídio, o naufrágio da esperança
Porque nenhum de nós vive para si mesmo,
nem morre para si (Rm 14.7).
Há mais suicídios do que assassinatos no mundo. São muitas as causas que levam um indivíduo a tirar sua própria vida. Dentre elas, a depressão é a mais frequente. A depressão embaça a visão, atordoa a mente e rouba a esperança. O desespero habita em muitos corações. A desesperança se aninha em muitas almas aflitas. O medo do futuro está presente na estrada de muitos peregrinos. O suicídio tem sido cogitado por muitos corações aflitos. Talvez você esteja pensando em desistir da vida. Talvez, assaltado por uma autoestima achatada, você esteja pensando que não tem mais jeito para sua vida e que, se morrer, isso vai ser um alívio para muita gente. Mais ainda, que você não vai fazer falta para ninguém. Mas esse é um grande engano. O suicídio é um caminho sem volta. É uma usurpação de um direito exclusivo de Deus. Só ele pode dar e tirar a vida. Há, porém, uma saída, uma porta de escape. Há uma luz no fim do túnel. Não há problema sem solução. Não há causa perdida quando você a coloca nas mãos de Deus. Jesus pode remover essa angústia e tirar o peso da culpa de seu peito. Jesus pode aliviar sua bagagem. Ele pode perdoar seus pecados e dar alívio à sua mente. Fuja da morte e corra para os braços de Jesus. Nele você encontrará uma fonte inesgotável de vida e paz.
A esperança no meio do desespero
… nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos (1Pe 1.3).
Vivemos no melhor dos tempos e no pior dos tempos. Alcançamos o apogeu das conquistas científicas e caímos nas profundezas do relativismo moral. Fizemos viagens à Lua e exploramos o espaço sideral, mas não conseguimos resolver os dilemas mais íntimos da nossa própria alma. O homem, mesmo cheio de orgulho por suas esplêndidas conquistas, está marcado pela desesperança. Estamos sem esperança nos políticos. A educação não conseguiu tranquilizar a alma humana. Quanto mais o mundo avança no conhecimento da ciência, mais as pessoas se afundam no desespero. O alcoolismo assola as famílias. A violência transforma as cidades em campos de sangue. A falta de credibilidade está presente nos palácios e nas casas mais humildes. Nesse cenário de desespero e desesperança, a Bíblia diz que Jesus é a nossa esperança. Ele jamais nos decepciona. Nele podemos confiar. Suas palavras são fiéis e verdadeiras, seu amor é compassivo e suas obras, poderosas. Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Nele temos perdão, salvação e paz. Por meio dele temos livre acesso ao Pai. Ele é o pão para a nossa fome, a água para a nossa sede, o caminho para os nossos passos, a razão da nossa vida, o fundamento da nossa esperança.
A paz que excede todo o entendimento
E a paz de Deus, que excede todo
o entendimento, guardará o vosso coração e
a vossa mente em Cristo Jesus (Fp 4.7).
Ahistória do mundo é a história das guerras. Há conflitos internacionais. Há guerra entre as nações. Há guerras tribais, étnicas e religiosas. Há conflitos dentro da família. pais se levantam contra os filhos e filhos se levantam contra os pais. O mundo está encharcado de ódio e vazio de paz. Há tumulto nos relacionamentos e turbulência dentro do coração. Agora mesmo sua alma pode estar sendo batida pelas tempestades avassaladoras da angústia. Você está precisando de paz. Mas o que é paz? Não é apenas ausência de problemas. O mundo não pode lhe dar paz, pois não conhece a verdadeira paz. Jesus veio para nos dar a paz verdadeira. Ele disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. A paz de Jesus coloca você numa relação correta com Deus, consigo mesmo e com o seu próximo. A verdadeira paz é mais do que um sentimento; é uma pessoa. Jesus é a nossa paz. Quando Jesus governar sua vida, você experimentará essa paz verdadeira. Essa paz reinará em seu coração mesmo quando as sombras da noite caírem sobre sua vida. Ela o confortará quando você tiver de cruzar os vales escuros da dor e inundará sua vida de segurança quando tiver de passar pelas fornalhas ardentes das provações.
Paz mesmo em meio às turbulências
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe
o vosso coração, nem se atemorize (Jo 14.27).
Apaz é um estado de alma, quando desfrutamos plena confiança em Deus, mesmo em meio às turbulências mais ruidosas da vida. A paz não é ausência de tempestade; é o senso da presença protetora de Deus em meio à tempestade. Num mundo marcado pela guerra, ferido pelo ódio e encharcado de aflição, nós podemos experimentar a paz de Deus, que excede todo o entendimento. Em vez de vivermos estrangulados pela ansiedade, podemos ser protegidos pela paz. A paz de Deus é a sentinela que guarda a nossa mente e o nosso coração, a nossa razão e os nossos sentimentos. A paz de Deus é diferente da paz com Deus. Esta fala de um relacionamento certo com Deus; aquela, de um sentimento de descanso em virtude desse relacionamento. A paz com Deus é a raiz, e a paz de Deus é o fruto. A paz com Deus é a causa, e a paz de Deus é o resultado. A paz de Deus substitui a ansiedade, quando nas turbulências da vida deixamos de olhar para as circunstâncias para adorarmos a Deus por quem ele é e rendermos graças pelo que ele faz. Adoração, petição e gratidão são os remédios divinos para a ansiedade, e a paz de Deus é a cura que invade nossa mente e o nosso coração. Você não precisa viver atormentado; pode experimentar agora mesmo a paz de Deus, que excede todo o entendimento.
Paz para dormir
Em paz me deito e logo pego no sono, porque,
SENHOR, só tu me fazes repousar seguro (Sl 4.8).
Somos uma geração marcada pelo estresse. As pessoas andam com os nervos à flor da pele. A ansiedade e o medo são marcas deste tempo. As multidões, como ovelhas sem pastor, andam inquietas e sem paz. Muitas pessoas já não conseguem mais dormir com tranquilidade. Precisam lançar mão de um calmante. Há pessoas perturbadas emocionalmente que não conseguem conviver com sua própria consciência. Há aqueles que vivem atormentados pelos conflitos nos relacionamentos. Não poucos são os que vivem esmagados sob o rolo compressor da culpa, assustados com a cara da morte. Davi, mesmo num tempo de turbulências na vida, disse: Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro. Deus pode dar descanso à sua mente, quietude à sua alma e sono reparador ao seu corpo. Coloque sua ansiedade aos pés do Senhor. Ele é poderoso para cuidar de você. Jesus disse que a ansiedade é inútil e prejudicial. A ansiedade é incredulidade. O apóstolo Paulo disse: Não andeis ansiosos de coisa alguma. Você pode experimentar a paz de Deus que excede todo o