Banco. Memória do jardim
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Sobre este e-book
Todos pensam em dinheiro e guardados; penso em banco.
O que perdura ate desfalecer, cair sem quem mais não pode sustentar.
Aceitar a terra, o pó, o vento que nos leva. Voam os pecados, fazem malabarismos no ar. Por que deixar para trás o que vemos à nossa frente, se está. Presente em nós, na marca registrada do que somos.
Pega, segura. Algo ausente, não deixa partir.
Se a música governa suas lembranças como eram, como fossem o fundo da tela por onde pinta os teus retratos, e os faz tantas vezes. Sei bem. E tudo se revela e ao se desvelar à luz. E ao se apagar faz a fina corrente. Alma, eleva-se, e visto que sobe ao interminável e indistinto, atende. E foi por isso, por causa de nossas memórias, porque sem minha presença eu retomo a ti as minhas alegrias, o sentido delas, o que mais permanece do que voou.
Receba essa carta, esses escritos feitos de sua imagem e de sua falta, quanto mais.
E se a toco por remoer sentimentos, são eles que me mantêm ao desequilíbrio dos passos.
Nada mais sobra senão esse aconchego de banco, de ternura onde ao ar de sua voz descanso. Não há o que possa a ser dito sobre essa aflição do banco, de ternura que acena. Não há mais nada a ser mencionado sobre essa aflição do banco, a suavidade de sua voz. Ouço o seu corpo, que me encontra em seu abandono. Lâmina escassa, ranhuras que não cortam o tempo, nem cessam constante partida.
E se te amei, se amor ha em alguma fala, gesto. em um passar de alguém, eu tive. E por isso tenho. Amor, que me falta e me preenche, toca em mim o riso doce. E nem mais penso sobre o que foi. Vivo agora. Eu a beijo, a encontro. A perco. Volto a mim, como se buscasse o botão da blusa caída ao chão. Volto. Atrás não existem canções, danças. O jardim de pedras. Estão todos aqui, nesse instante. Amor.
Pedro Moreira Nt
Who I amPedro Moreira NtI have been a writer since infancy; my father influenced me with reasonable asks to do that the best possible, and my mother, too, read to me, I have been a writer since infancy; my father influenced me with reasonable asks to do that the best possible, and my mother, too, read to me, and at both comes a song walking my mind, sweetness and lovely goodness. I am critical of that; I desire to create a mist of essay, but my preference for poem structure and sensibility do not long of art. So, I seek romanticizing concepts and developing a new sense of literature that happens in its movement. I leave it to the reader to do part of that; they create a truthful text and can do a good book. It is the interpretation, the way, a leap beyond what a word says, transforming our lives when they share.My first writings, chronic stories, participated in my soul. It was extremely critical and sarcastic about what I saw from reality.I am talking of a fifties age period behind. In a position about what I developed, my evolution was more toward apparent expressionism and realism with wave poetical intermain. I do not know, and I am a writer by chance by life.I wait to create something more dense and fragile so that a reader can discover more insight and make the story.I write all day. I threw out many texts, books, and theatre, left at home friends, gave up on other works, abandoned along the path, and presented in different ways when it was impossible.I have not had a time in which I did not have difficulties showing my art, or I was, for some reason, prohibited from showing, or people made oyster faces and bodies, seeing down shoes, putting me out because, beyond writing, I talk. And when I speak, I create conflict with conceptualistic people. I am intervenient into the academy and ideological corpus, into radicalism free. I am more definitive when I believe in what I say and highly flexible when people do not know what I am saying.My themes are variant, and many circumstances bring me a gift, a motive to write. I wrote in Portuguese two books that I like, "Lirio" - Lille, and "O Peixinho do Pantanal" - The Little Fish from Pantanal (Wetlands), and both meant creation, jump to beyond, overcome, transformation social and personal release.From that, I wrote other books seeking to show different meanings throughout of phantasy necessary, and it to parents and children a fantastic universe of possibilities for a personal construction, making life an adventure.I create a pedagogical process to write and design tangled images where it is possible to seek the theme of a short story. "Lippi and Semma Friendship" talks about that, and I wrote that short story through it. They led me to social problems, injuries, differences, the orthodoxy of community rules, cultural values, the barriers around democracy and its meaning, and the gratitude for a true friendship."Letter to the Moon" is a short love story, but love yourself, and send a letter to the Moon through a pebble launched for.Books about freedom, encountering people, loss, and gains, and becoming someone.Book for radicality of right in that it does not see your bottom."Bakery," for example, talks about that.I finished a short story made of challenges and adventures: "Memories of the Air." - from you start reading until the end, the thing is in action, in movement, an eternal fugue or secrets, and does not reveal its net. The reader will discover.
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Banco. Memória do jardim - Pedro Moreira Nt
Banco
Memória do jardim
Pedro Moreira Nt
An short history as essay
Publicado por
Pedro Moreira Nt
Copyright, 2020
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Banco
Memória do jardim
This book was produced by Pedro Moreira Nt, 2020.
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Amanhã, o que aconteceu virá. O salto, iminência do vôo; certeza dos que ficam.
O feito retoma as vestes desfeitas. Vêm com a cara borrada de choros de cristal. Se vem com defeito a faltar botões, e ocorre algum aperto, dor no peito, porque amarra em si os pecados, se são pássaros e correm o ar. Lembra que a terra lhe desequilibra, ao mesmo tempo que espera. Senta ao banco. Sinta a falta de recostar.
Podia entrar, por favor.
Poderá entrar quando ela não estiver à porta. Entre devagar porque poderá surgir atrás da cortina da sala. Mas venha com calma e não traga outra esperança de nos encontrarmos. Ponha bom perfume, aquele que gosta, assim irremediavelmente disfarçará, e qualquer manifestação será imediata. Teme o desconhecido, o invasor iluminado. Ao abrir o portão faça ranhar as dobradiças, duas, três vezes. Se ela surgir repentinamente, - dará tempo de me despejar bom sentimento. Use algo à cabeça, bem provocativo. Verá que o salto que der em sua direção demorará um pouco mais. O suficiente para que se encerre no mundo externo.
Venha todos os dias, todas as horas com a roupa que desejar, mas use botas. Dessas que seguem a quase joelho. Não deixe de entrar, fale alto e chame o meu nome. Sinal de alarme e batidas de palmas ajudam. Se notar a ausência corra à porta que abro