Hamlet
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Sobre este e-book
William Shakespeare
William Shakespeare is widely regarded as the greatest playwright the world has seen. He produced an astonishing amount of work; 37 plays, 154 sonnets, and 5 poems. He died on 23rd April 1616, aged 52, and was buried in the Holy Trinity Church, Stratford.
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Hamlet - William Shakespeare
Esta é uma publicação Principis, selo exclusivo da Ciranda Cultural
© 2020 Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda.
Texto
William Shakespeare
Adaptação
Júlio Emílio Braz
Preparação
Agnaldo Alves
Revisão
Jéthero Cardoso
Produção editorial e projeto gráfico
Ciranda Cultural
Diagramação
Fernando Laino Editora
Ebook
Jarbas C. Cerino
Imagens
GeekClick/Shutterstock.com;
wtf_design/Shutterstock.com;
RLRRLRLL/Shutterstock.com;
Kovalov Anatolii/Shutterstock.com
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
S527h Shakespeare, William
Hamlet [recurso eletrônico] / William Shakespeare ; adaptado por Júlio Emílio Braz. - Jandira, SP : Principis, 2021.
112 p. ; ePUB ; 2,3 MB. - (Shakespeare, o bardo de Avon)
Adaptação de: Hamlet
Inclui índice. ISBN: 978-65-5552-338-6 (Ebook)
1. Literatura inglesa. 2. Teatro. I. Braz, Júlio Emílio. II. Título. III. Série.
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
1. Literatura inglesa 823
2. Literatura inglesa 821.111
1a edição em 2020
www.cirandacultural.com.br
Todos os direitos reservados.
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Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que o sonhado
por sua vã filosofia.
HAMLET – Ato I – Cena V
Capítulo UM
Há algo podre no reino da Dinamarca
I
Na vastidão sombria e praticamente indevassável do forte nevoeiro, Elsinore erguia-se como ilha solitária e inóspita, os paredões maciços e limosos das muralhas resistindo aqui e ali, desaparecendo mais adiante no cinza gélido e desolador de tão intimidante paisagem. Assustava, como se, com o cair da noite, todo mundo diluísse na neblina, aprisionando cada morador daquele lugar mais facilmente em sua imaginação, na verdade, na parte mais amedrontadora de suas mentes, território fértil e em especial fecundo às ideias mais apavorantes, a aparições sobrenaturais e, de hábito, fantasmagóricas.
Natural, portanto, que assim que o vulto ainda indistinto de Bernardo se materializou no corredor escuro, os passos estalando na laje fria, Francisco tenha se voltado em um salto e, brandindo a alabarda na defensiva, perguntado:
– Quem está aí?
– Ora, vejam só! Quem poderia ser?
– Não, diga-me tu. Pare e mostre-se.
– Vida longa ao rei!
– És tu, Bernardo?
– Eu mesmo e, como podes ver, na minha hora. Anda, vá para a cama, Francisco.
– Que alívio! Está tão frio que até meu coração está doente...
Francisco entregou a alabarda para Bernardo e por um instante lançou um olhar apreensivo para o nevoeiro que aparentava estreitar-se ainda mais em torno do castelo.
– Algum problema? – perguntou Bernardo.
Francisco forçou um sorriso e, sacudindo a cabeça, respondeu:
– Não, nada.
– Tanto melhor. Caso encontres Horácio e Marcelo pelo caminho, diga-lhes que se apressem. Não gostaria de ficar por aqui sozinho por muito tempo.
– O que foi? Estás com medo?
Bernardo lançou-lhe um olhar contrariado e insistiu:
– Apenas peça que se apressem, está bem?
Francisco concordou com um aceno de cabeça e já se encaminhava para a longa escada que descia para o amplo e nevoento pátio interno quando viu Horácio e Marcelo galgando os degraus à sua frente.
– Boa noite, Francisco! – cumprimentou Horácio, um tipo macilento e de vasta cabeleira vermelha. – Quem substitui a ti?
– Bernardo ficou no meu lugar – respondeu Francisco, descendo rapidamente as escadas e desaparecendo depressa na primeira curva.
Os dois recém-chegados se entreolharam, e o grandalhão Marcelo perguntou:
– Por que toda essa pressa? Medo ou sono?
– Talvez as duas coisas – respondeu Horácio, indulgente, apesar da expressão zombeteira no rosto.
Achegaram-se a Bernardo.
– Então, meu amigo, a coisa apareceu de novo nesta noite? – indagou Marcelo.
– Não que eu tenha visto – respondeu Bernardo. – Mas isso não significa grande coisa. Acabei de chegar.
– Horácio não acredita...
– Bobagem! Bobagem das grandes!
– ... ele diz que é tudo fantasia da nossa parte.
– E não é?
– É? – insistiu Bernardo, por trás de uma ponta de receio.
– Não faço ideia. De qualquer forma, foi por isso que o trouxe comigo hoje. Assim, se a aparição surgir mais uma vez, teremos uma testemunha bem mais crível do que nós dois.
– Não vai aparecer, acreditem. Não passa de fantasia de gente assustada ou...
– Ora, sente-se aí e feche a boca, bom Horácio, e permita que enchamos teus ouvidos com a história sobre o que andamos vendo nas últimas duas noites... – pediu Bernardo.
– Pois bem – disse Horácio –, pode me contar a tua história, Bernardo. Fale-me de tua misteriosa aparição.
– Nem tão misteriosa assim... – sugeriu Marcelo.
Os dois se voltaram para Bernardo, que começou a contar que...
– Na noite passada, eu e Marcelo estávamos de guarda quando...
Marcelo interrompeu-o de súbito e, debruçando-se na amurada, os olhos voltados para o nevoeiro, falou baixo:
– Quietos!
Horácio e Bernardo juntaram-se a ele.
– O que houve?
– Olhem, lá vem ele novamente! – Marcelo apontava insistentemente para a frente, um vulto que se movia e se agigantava de modo intimidador, aproximando-se da muralha. – Digam se são meus olhos que me iludem. O que veem?
– Tem a mesma forma do rei morto – repetiu Bernardo, duas ou três vezes, os olhos estatelados, fixos na sombra medonha que ganhava formas mais bem definidas, a imagem de um guerreiro solidamente protegido por uma armadura, uma capa esfarrapada drapejando furiosamente em torno dele, impelida por vigorosa porém ilusória ventania.
– Fale com ele, Horácio – pediu Marcelo. – Diga-lhe que...
– Isso, Horácio – insistiu Bernardo. – Diga-me que estou equivocado e que não estou vendo o rei. Não se parece com o rei?
– Devo admitir... – Horácio se mostrou confuso e comprimiu os olhos como se procurasse enxergar melhor o vulto que crescia diante dos três e efetivamente assumia as formas de um guerreiro metido em uma imponente armadura.
– Ele quer que falemos com ele – observou Bernardo.
Marcelo cutucou Horácio com o cotovelo e pediu:
– Vamos, meu amigo. Pergunte-lhe alguma coisa!...
Adiantando-se aos companheiros, Horácio apoiou-se em uma das ameias e, lançando o corpo com temor para a frente, gritou:
– O que quer, criatura? Quem és tu e por que estás usando a armadura com que o antigo rei da Dinamarca marchava para o campo de batalha? Vamos, fala!
– Tu o ofendeste, Horácio... – observou Marcelo, enquanto o enorme vulto ia mais uma vez desaparecendo dentro do nevoeiro.
– Ele vai embora – acrescentou Bernardo, aflito.
– Fala! – gritou Horácio, contrariado. – Volta e fala!
Os gritos perderam-se na distância e na imensidão nevoenta. Resposta alguma. O vulto foi se desfazendo vagarosamente, até não haver o menor vestígio de sua aparição.
– Ele se foi... – balbuciou Marcelo, entre assustado e decepcionado.
Virando-se para Horácio e tão pálido e assustado quanto ele, Bernardo perguntou:
– O que achas, meu amigo? Não é algo realmente além de nossa imaginação?
– Não sei bem o que vi – admitiu Horácio –, mas está bem distante de ser apenas fruto de minha imaginação.
– Parecia com o nosso rei – insistiu Bernardo.
– A armadura que o fantasma estava usando era em tudo semelhante àquela que nosso rei usava quando combateu o rei da Noruega, e ouso dizer que vi no rosto do fantasma a mesma máscara de grande ódio e fúria em que se transformou o rosto de nosso rei enquanto massacrava os poloneses na última guerra que travamos contra eles. Não sei explicar...
– Preocupa-me muito mais o porquê dessa repentina aparição – afirmou Marcelo. – Teria algo a ver com esses preparativos febris que tomaram conta do reino e em tudo aparentam os preparativos para nova guerra?
– Não estás enganado, meu bom amigo – ajuntou Horácio. – Como bem sabes, nosso rei Hamlet foi desafiado ao combate pelo invejoso rei da Noruega, o famigerado Fortinbras. A vitória foi nossa, e, além de matar o atrevido, apropriou-se de todas as terras que até então pertenciam à Noruega. Pois bem, nos últimos anos o jovem príncipe Fortinbras andou realizando sérios preparativos para vingar o