Histórias do passado
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Histórias do passado - Lúcia Marinzeck de Carvalho
Sumário
1º capítulo
Roberto, por ter adiantado sua volta para casa – não foi muito tempo, somente uns quarenta minutos –, ao passar pelo jardim, olhou para o pé de camélia e notou um galho quebrado.
Sua primeira esposa, Sueli, gostava muito desta planta, que floresce somente alguns meses por ano.
– Pela manhã, esse galho não estava quebrado! – exclamou Roberto.
Não era costume dele falar sozinho. Aproximou-se do pequeno arbusto para observá-lo melhor. Quando saiu pela manhã, fora a cavalo ver o espaço que estava sendo preparado para a plantação, passara por ali e instintivamente aproximou-se do pequeno arvoredo e viu vários botões. Chegou a pegar o galho que crescera rumo à trilha. Agora, horas depois, ele estava quebrado.
Quando chegou, foi para os fundos da casa deixar o cavalo. Evita, a empregada de sua esposa Cacilda, veio correndo avisar.
– Minha ama não está bem.
– Crise novamente? – perguntou Roberto.
– Sim, dei-lhe remédio, acredito que descerá para o almoço.
Ele então nem entrou na casa, contornou-a e foi para o jardim.
O galho foi quebrado por alguém que deve ter passado rápido e não teve o cuidado de afastá-lo. Quem?
Na casa havia poucos empregados: Marcionília, a bondosa Merci, que trabalhava para ele havia muitos anos e era a cozinheira; Evita, que viera junto a Cacilda; e Lourenço, um serviçal faz-tudo. A casa era grande, sempre bem conservada, e, para estar sempre em ordem e limpa, duas diaristas vinham duas vezes por semana para lavar, passar roupas e limpar a casa.
Hoje não tem ninguém extra na casa
, lembrou Roberto.
Verificou o chão.
Parece que aqui passou alguém, e de pés grandes. Não deve ter sido Lourenço, deixei-o limpando o estábulo e agora vi que realmente o fez. Não deve ter tido tempo para andar por aqui.
O jardim da casa não era grande: bem à frente havia canteiros de plantas rasteiras que estavam sempre floridos; do lado direito, havia roseiras; do lado em que ele estava, camélias, eram seis pés. A trilha era de terra e, passando pelas camélias, ia para o pomar com muitas árvores frutíferas. Pela trilha se chegava à estrada, que fazia uma curva fechada e, de lá, não se via a casa.
Roberto olhou para o chão e concluiu: Se alguém saiu por aqui ou entrou, foi para não ser visto
.
Em frente ao jardim estava a estrada e, por ela, depois de uns quinze quilômetros, chegava-se à pequena cidade; seguindo-a pelo lado esquerdo, ia-se para as muitas propriedades rurais. A casa não era cercada e não havia portões.
Pegou o galho que estava ainda preso à planta por uma fibra. Quebrou, está quebrado, não há como unir ao tronco e estava com três botões.
Acabou de tirá-lo e o jogou no solo. Entrou na casa e foi à cozinha. Marcionília se assustou.
– Senhor Roberto, o almoço ainda não está pronto. Dona Cacilda me mandou fazer um doce.
– E você ficou ocupada na cozinha – falou Roberto.
– Foi isso, não saí daqui.
– Não se afobe, espero pelo almoço – ele sorriu tranquilizando a funcionária.
Parece que às vezes Cacilda quer que Merci não saia da cozinha. Será que estou desconfiando sem razão? Ou com razão?
Foi à sala esperar pelo almoço. Não se preocupou em saber como Cacilda estava. Começava a se cansar de suas crises. Olhou para um vaso de porcelana azul, muito bonito, que estava na mesinha ao lado da poltrona.
Era de Sueli ela gostava muito desse vaso. Um dia, ao limpá-lo, deixou-o cair, e ele quebrou em dois lugares. Sueli chorou. Eu, com cuidado, colei as partes. Não ficou perfeito; se observá-lo bem, verá as emendas. Continua sendo um vaso, mas não como antes, ficou colado em dois lugares. Quem não sabe, ao olhá-lo, talvez nem note, mas quem sabe não esquece. Com o galho é diferente, ele não resiste muito tempo sem ser alimentado pelo tronco, pela planta, e não tem como colá-lo, fazê-lo ser parte da planta novamente. Pode nascer outro galho no lugar, mas será outro e não o mesmo.
Marcionília anunciou:
– O almoço está servido!
Para sua surpresa, Cacilda desceu as escadas, a casa era um sobrado, os quartos estavam no andar de cima. Ela olhou para ele e sorriu. Roberto sorriu também, observou-a.
Cacilda parece estar alegre! Muito recuperada para quem sofreu uma crise.
Sentaram-se os dois num canto da mesa, esta era grande, com quatorze cadeiras. Almoçaram calados; na sobremesa, Cacilda perguntou:
– Está preocupado, querido?
– Negócios, somente negócios – respondeu ele.
– Já decidiu o que irá plantar?
– Ainda não.
Não sei por que Cacilda se preocupa com o que vou plantar. Pela vizinhança, todos estão atentos ao que faço.
Isso tinha razão. Roberto era bem informado, lia jornais, estava atento às previsões tanto do tempo como do mercado. Porém, seguia sempre sua intuição. Resolveu plantar, no ano anterior, girassol e ganhou um bom dinheiro; se plantava milho, se dava bem naquele período, e assim era com soja, feijão etc. Tinha na fazenda plantações como café e laranja, que não eram replantadas. Fora ver, pela manhã, o terreno preparado e sabia o que ia plantar, mas não disse a Cacilda. Há anos, seus vizinhos costumavam plantar o que ele cultivava. Não era egoísta, porém naquele ano realmente ele demorou para decidir, porque as previsões de chuvas eram incertas, não souberam informar com mais precisão como seriam as chuvas nos meses seguintes.
Levantou-se da mesa sem sequer olhar para Cacilda. Foi para o escritório e fechou a porta. Sentou-se em frente à escrivaninha, olhou para as fotos dos filhos nos porta-retratos.
Tenho filhos lindos! Que saudade tenho de você, Renata!
, suspirou.
Destrancou uma gaveta. Pegou uma carta e a releu, talvez pela quarta vez. A missiva era uma resposta muito esperada. Escrita à mão e com letra muito bonita, afirmava que poderiam recebê-lo no dia vinte e cinco, às dezesseis horas, para um atendimento particular.
Vinte e cinco é amanhã. Irei!
, decidiu Roberto.
Saiu do escritório e, para seu alívio, não viu a esposa, foi à cozinha.
– Merci, por favor – pediu Roberto –, depois coloque duas trocas de roupas para mim na mala pequena, ponha também um agasalho. Vou viajar amanhã cedo. Pegarei o trem das seis horas.
– Irá ver os meninos? – perguntou Marcionília.
– Não, irei a negócios. Penso em voltar logo.
– Estou saudosa! – exclamou Marcionília. – Faz tempo que não os vejo. Eles não têm gostado de vir aqui, não toleram a madrasta. Renata a detesta. Dona Cacilda até tenta agradá-la, mas não adianta. Júnior trabalha muito, Ronaldo segue o irmão. Pena, senhor Roberto, que os garotos não gostem daqui, pelo menos para morar.
– Não quero forçá-los a nada, Merci; quero que escolham o que querem fazer.
– O senhor não teve escolha, não foi?
– Não – respondeu Roberto –, meu irmão mais velho foi estudar na capital e decidiu ficar por lá, minha irmã se casou e foi para longe. Papai deu um jeito de me segurar aqui. Atualmente não reclamo mais, já reclamei muito, gosto da fazenda, mas sempre senti falta de não ter tido oportunidade de conhecer outra forma de viver. Queria estudar, cursar Medicina, ser médico.
– Como o doutor Milton. São amigos de infância, não é? – perguntou a cozinheira.
– Sim, somos amigos de infância. Ele foi estudar, voltou para ser médico aqui e não escapou de casar com quem seu pai quis. Na época, pensei que ele ia embora, mas algo o segurou aqui. Talvez seja o amor pelo trabalho. Milton, além de ser excelente médico, é dedicado, ama o que faz – Roberto suspirou. – Estou também com saudades das crianças, mas não irei vê-los, vou a outra cidade.
– Crianças! – Marcionília riu. – São adultos: Júnior está com vinte e cinco anos, Ronaldo irá logo completar vinte e quatro anos, e Renata tem vinte e dois anos. Todos solteiros e sem intenção de casar.
– Será por que sempre nos queixamos, Sueli e eu, de que nos casamos muito jovens? – perguntou Roberto.
– Pode ser, o senhor se casou com dezoito anos e dona Sueli com dezesseis anos. Não sei como deu certo.
– Não deu tanto assim! – Roberto forçou um sorriso.
– Mas viveram juntos, o senhor cuidou dela quando adoeceu, ficou viúvo, separaram-se pela morte.
– Você não aprova meu segundo casamento, não é?
– Quem sou eu para aprovar ou não? O senhor é novo demais para ficar sozinho. Deve ter tido motivos para trazer essa senhora para casa.
– Cacilda a trata mal? – Roberto quis saber.
– Não, ela até me agrada, me dá presentes, aceito e agradeço, mas, como as crianças, não gosto dela e não sei explicar o porquê.
Roberto saiu da cozinha, subiu para seu quarto, não tinha nada para fazer ali; andou pelo cômodo, sentia-se inquieto. Saiu e foi ao quarto de Cacilda. Desde que ela fora morar ali, ficaram em quartos separados. Roberto sentia-se incomodado de dormir com outra pessoa. Dormia em um quarto sozinho desde que nascera o primeiro filho, Júnior, que, como todas as crianças, acordava para mamar e chorava; ele não dormia, mas tinha de levantar muito cedo e, ao fazê-lo, acordava Sueli, que dormia quando o neném dormia. Foi então para outro quarto, e não dormiram mais juntos. Gostava de sua privacidade.
Cacilda estava sentada numa poltrona lendo.
– Oi, querido!
Sorriu, e Roberto tentou sorrir.
Não a estou suportando. Meu Deus! Isso não pode continuar!
– Estou lendo esse livro sobre viagens. Como você me prometeu, iremos viajar depois da colheita. Não vejo a hora, quero tanto sair, passear.
Roberto estava de pé, encostou-se numa cômoda alta, escutava Cacilda quando viu as unhas, mas não se mexeu e nada falou. A visão durou um milésimo de segundo. Era a terceira vez que via as unhas pintadas de vermelho e grandes, como Sueli usava e gostava. A primeira vez que viu, levou um grande susto, estava sozinho no escritório, deu um grito e esbarrou num porta-retratos, que caiu e quebrou. Marcionília fora correndo ver o que acontecera, e ele se desculpou, disse que gritara porque deixara cair o porta-retratos onde estava a foto de Sueli. A segunda vez sentiu medo, mas não gritou. Agora, na terceira vez, esforçou-se e conseguiu ficar indiferente. Cacilda ainda falava de viagem.
– Irei amanhã cedo viajar – interrompeu ele.
– Iremos, não é, querido? – Cacilda perguntou com voz carinhosa.
– Não, irei sozinho.
– Já sei, seus filhos não querem me ver. Posso ficar no hotel enquanto você se encontra com eles.
– Não vou à cidade em que eles moram, irei a outra. Será por negócios. Penso em resolver logo o que irei fazer e voltar – informou Roberto.
– Pena, me sinto tão sozinha aqui e ficarei ainda mais sem você.
– Como foi sua crise hoje pela manhã? – perguntou Roberto mudando de assunto.
– Senti alguém perto de mim me sufocando e vi as unhas vermelhas – respondeu Cacilda.
Roberto arrepiou-se ao escutá-la. Ela fez uma pausa e falou em tom de queixume.
– Por isso quero viajar, querido. Penso que, se for estafa, como doutor Milton diagnosticou, irei sarar com certeza.
Ele sorriu.
– Continue a ler, tenho coisas a fazer.
Saiu do quarto dela e voltou ao seu; assim que entrou, sentiu o perfume, o mesmo que Sueli usava.
Foi para o escritório.
Tenho mesmo de ir buscar auxílio
, pensou.
Roberto lera, havia uns quinze dias, um artigo no jornal em que o autor do texto afirmava que um grupo intitulado espírita
, seguidores de um autor chamado Allan Kardec, havia auxiliado a ele e à sua família. Contou que eles não conseguiam ficar em paz na casa em que residiam, pois era assombrada por espíritos que não os deixavam ter sossego; que, após o atendimento, conseguiram dormir sem ser incomodados, voltaram a se sentir bem e estavam contentes.
Ainda bem que ele escreveu o endereço!
, pensou Roberto.
Assim que leu o artigo, escreveu pedindo para ser atendido. Por isso aguardou a resposta, estava esperançoso, esperava receber ajuda.
Se fosse somente Cacilda a ver vultos, sentir-se sufocada e ver as unhas, poderia achar que era para chamar atenção ou fantasias de sua mente imatura, talvez nem tentasse entender, mas já vi as unhas, vi vultos e senti o perfume. Assim mesmo, parece que estou sendo ridículo, por isso não falei a ninguém o que vou fazer.
Foi à estrebaria, arreou ele mesmo o cavalo e saiu, foi atrás de seu gerente e o encontrou refazendo a cerca com mais dois empregados. Falou que iria se ausentar e que cuidasse de tudo.
Os empregados estavam perto de suas moradias. Estas ficavam perto da sede, eram cinco, uma ao lado da outra, todas confortáveis, com três quartos, banheiro, sala e cozinha, cômodos grandes. Estavam quatro ocupadas no momento. Como a cidade era perto, sempre que precisava de mais mão de obra, eram contratadas pessoas que moravam na cidade.
Não querendo voltar para a casa, galopou com seu cavalo pelos campos. Era um dos seus costumes antigos; quando casado com Sueli, fazia sempre isso, era como se fugisse dos problemas e da casa, agora voltava a fazê-lo.
É desamor
, concluiu ele, não as amava e não era, não sou, amado
.
Ao passar pela estrada, viu Siana, uma mulher idosa que morava numa cabana perto da estrada. Fazia tempo que Roberto não se encontrava com ela. Siana andava devagar. Ele parou perto dela, pensando que talvez ela precisasse de algo. Perguntou, após cumprimentá-la:
– Está precisando de alguma coisa?
– Não, senhor Roberto, obrigada; o que o senhor manda para mim todo mês é o suficiente. Oro para o senhor todos os dias. Sou grata. Vim aqui porque me falaram que naquela árvore estava um cão abandonado; preocupada com o bichinho, o vim ver, mas ele não estava mais lá, um homem o pegou e irá cuidar do cãozinho.
– Como tem tanta certeza? – perguntou Roberto.
Indagou sorrindo, porém sabia, como todos por ali, que Siana era vidente, lia sorte e benzia. Ele não acreditava nos dons dela, mas nunca criticou. Como ela morava na divisa de suas terras, era sozinha e idosa, pedia para Marcionília fazer uma cesta com diferentes gêneros alimentícios, e Lourenço a trazia para ela, isto todos os meses. Siana pareceu esperar Roberto pensar para responder:
– Quando cheguei na árvore, vi que um homem tinha pegado o cachorro. Senti que ele era boa pessoa, então cuidará bem do animalzinho. Senhor Roberto – Siana o olhou –, a maioria das vezes recebemos auxílio de pessoas para quem nada fizemos. Eu recebo do senhor. Gostaria de retribuir, ainda não o fiz, mas quem sabe um dia? Já fiz muitas coisas boas para os outros. Se o senhor buscar minha ajuda, a receberá. Aconselho-o a pensar bem no que escutará. Eu poderia falar o que escutará, mas penso que não irá acreditar. O preconceito atrapalha nossa vida. Nunca devemos organizar nossa maneira de viver pensando no que os outros irão achar. O senhor poderá ficar bem perto da pessoa que ama. Boa tarde!
Siana sorriu e foi andando. Roberto ainda ficou parado, pensou até em perguntar o que ela quisera dizer sobre preconceito e não dar importância à opinião dos outros.
Penso que não sou preconceituoso, também não costumo me importar com opiniões alheias, não gosto de fofocas. Porém nunca tive motivos para me importar com comentários ao meu respeito. Quanto a encontrar alguém que ame, parece impossível. A boa Siana quis me agradar.
Olhou-a novamente, vestia-se com simplicidade, estava sempre limpa, roupas discretas, cabelos brancos presos num coque. O que mais impressionava nela era o olhar, sempre sereno, demonstrando alegria.
É uma pessoa agradável!
, concluiu Roberto.
Voltou para casa, tirou o arreio do cavalo e o acomodou no estábulo; procurou por Lourenço, este estava no seu aposento, um pequeno apartamento perto do estábulo. O empregado, ao vê-lo se aproximar, foi ao seu encontro.
– Lourenço, vou à cidade amanhã às cinco horas e trinta minutos. Por favor, neste horário, esteja com a charrete pronta. Vou de trem, você irá me levar, depois passe no armazém para trazer as encomendas de Merci e de Cacilda. Compense as horas, por ter começado mais cedo, parando de trabalhar antes.
– Sim, estarei pronto amanhã, esperando-o.
Roberto olhou para a garagem, que estava com o portão fechado. Dentro, um carro novo, veículo caro, bonito e que raramente saía de lá; às vezes levava Cacilda à cidade, a deixava lá por horas, onde se encontrava com amigas para um chá, sorvete ou mesmo para fazer compras, e depois a buscava. Quando viajava, preferia ir de trem, que, além de ser confortável, não corria o risco de, se chovesse, ficar preso na lama, ou de ter muita poeira, porque as estradas na região eram, a maioria, de terra batida. E, como ninguém sabia ali dirigir o carro, quando ia à cidade para pegar o trem, ia de charrete. Prometera ensinar Cacilda a dirigir, mas não tinha paciência para isso. Não havia ensinado nem seus filhos, estes aprenderam como ele, na autoescola, e, como não tinha uma na cidadezinha perto, era necessário ir de trem a outra cidade ter aula e voltar. Cacilda foi duas vezes e desistiu, deixou para aprender depois da viagem que fariam.
Entrou na casa, foi tomar banho e depois desceu para jantar. Cacilda o esperava, jantaram; ela ainda tentou conversar, mas Roberto nem se esforçou para responder, o fez somente com monossílabas.
– Vou dormir, amanhã levantarei cedo.
– Boa noite, querido! Boa viagem! Pense em mim!
Roberto se esforçou e sorriu, subiu para seu quarto. A maleta estava perto da porta. Colocou o despertador para que fosse acordado às cinco horas. Deitou-se. Sentiu o perfume.
– Por favor! Esse cheiro não! – falou baixinho. – Deixe-me em paz! Não quero você aqui!
O cheiro, por alguns momentos, ficou mais forte. Ele tentou dormir, acomodou-se no leito. O perfume diminuiu, e ele adormeceu.
2º capítulo
O despertador tocou, Roberto se levantou, se trocou, pegou sua maleta e, procurando não fazer barulho, saiu da casa. Lourenço o esperava. Cumprimentaram-se. Não falaram nada, o empregado sabia