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Teologia do Culto - Guia do professor: Teologia, Organização e Música no Culto
Teologia do Culto - Guia do professor: Teologia, Organização e Música no Culto
Teologia do Culto - Guia do professor: Teologia, Organização e Música no Culto
E-book153 páginas1 hora

Teologia do Culto - Guia do professor: Teologia, Organização e Música no Culto

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Sobre este e-book

Cultuar é valorizar o mais importante e ninguém é mais digno da nossa adoração e louvor do que o próprio Deus. "Tu és digno, Senhor!" Estas lições, despertando a consciência para a santidade de Deus, são uma tentativa de levar as nossas igrejas a uma verdadeira adoração- não algo monótono e sem vida, mas apresentando nosso corpo por "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de jul. de 2021
ISBN9786587161990
Teologia do Culto - Guia do professor: Teologia, Organização e Música no Culto

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    Teologia do Culto - Guia do professor - Editora Cristã Evangélica

    1

    Que é um 

    culto cristão?

    Pr. Luiz César Nunes de Araújo

    E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.

    alvo da lição

    Ao estudar esta lição, você conhecerá que elementos devem estar presentes em um genuíno culto cristão.

    Eu vou ao culto. Essa é uma expressão muito comum para nós. Significa ir à igreja e participar da programação. Num sentido genuíno, participar de um culto significa cantar, orar, ouvir a mensagem bíblica, contribuir e manter comunhão com os irmãos. No entanto, às vezes, precisamos parar e pensar no significado mais profundo do culto cristão. Será que qualquer programação da igreja pode ser chamada de culto? Existe algum parâmetro bíblico para que determinada reunião possa ser considerada como um verdadeiro culto cristão? Precisamos, então, definir que elementos devem compor uma reunião cristã para que ela possa ser considerada um culto verdadeiro. Vejamos.

    I. A palavra de Deus

    A palavra de Deus é o elemento essencial e indispensável ao culto cristão. Sem ela o culto é apenas uma reunião, um encontro qualquer. Sem a leitura e a meditação bíblica o nosso culto se esvazia de conteúdo e essência, assemelha-se a um culto não cristão. A palavra de Deus deve ocupar o lugar central do culto, pois é por meio dela que Ele nos fala. Todo o culto deve ser motivado pela palavra de Deus.

    1. Ela atribui autoridade à liturgia.

    2. Ela ilumina os cânticos.

    3. Ela leva-nos a orar.

    4. Ela proporciona comunhão.

    5. Ela orienta cerimônias (ceia e batismo). De maneira prática podemos dizer que, quando uma pessoa prepara ou dirige um culto cristão, ela precisa observar se todas as partes do culto estão afinadas com a palavra de Deus.

    6. Ela é o conteúdo da pregação. Dentre as formas em que a palavra de Deus é apresentada no culto, a mais importante é a pregação. Para o pregador do País de Gales, Martyn Lloyd-Jones, a tarefa primordial da igreja e do ministério cristão é a pregação da palavra de Deus. Essa é a razão pela qual a pregação bíblica jamais poderá ser substituída por qualquer outro elemento.

    Que prejuízo espiritual tem uma pessoa que vai a um culto evangélico e não recebe orientação pela palavra de Deus! Algumas dessas reuniões mais parecem encontros de auto-ajuda ou reuniões de negócios do que um verdadeiro culto cristão. Só a verdadeira pregação bíblica poderá causar impacto positivo e efeito duradouro na vida de quem participa do culto. É bom que prestemos muita atenção ao apóstolo Paulo quando diz que devemos pregar a palavra (2Tm 4.2).

    II. A oração

    Como você se sentiria se passasse uma hora em um culto sem que se fizesse uma só oração? Se na leitura e meditação das Escrituras Deus fala conosco, na oração nós falamos com Ele. Ela é a nossa resposta ao que o Senhor tem falado.

    Parece que na igreja primitiva era impossível se reunir sem que houvesse orações (At 4.23-31). A oração sempre teve primazia na liturgia das igrejas cristãs.

    Sobre as formas de oração do cristão, pensamos em dois níveis: a oração privada e a comunitária.

    1. Na oração privada ou solitária, o homem, em seu desejo de aproximar-se de Deus, só tendo em conta sua própria pessoa, adora e glorifica. Uma só pessoa ora e o faz por sua própria conta.

    2. Na oração comunitária, irmão se junta a irmão. Nela o sujeito é nós. Todos os presentes oram uns pelos outros, além de interceder pelos ausentes. A intenção da oração com a comunidade não é pelo eu, mas pelo nós e por toda a igreja, por todo o corpo de Cristo.

    As formas de oração têm sustentação na própria Bíblia. Boa parte do ensino do Novo Testamento lida diretamente com esse aspecto da adoração e da devoção cristã 

    (Mt 6.5-8; Lc 11.5-13; 18.1-14; 2Co 1.11). Além do relato da oração particular, há o registro da oração coletiva da igreja, quando a congregação unida dá expressão vocal ao louvor e súplica (Mt 18.1-20).

    A oração tem hoje a mesma importância que em tempos passados. A igreja se utiliza dela como parte essencial do culto que presta a Deus. A lição nº 10 (A oração no culto) nos ajudará a entender melhor a prática da oração no culto cristão.

    III. O cântico

    Outro elemento básico no culto cristão é a adoração, quase sempre prestada a Deus por meio da música. Não nos esqueçamos de que todo o culto deve ser em adoração a Deus. Neste ponto trataremos do louvor cantado. A igreja cristã sempre cantou. A prova disso é a sua rica hinologia.

    1. Agradecimento

    (Sl 103.1)

    Pela música, agradecemos a Deus Seus benefícios. A adoração ao Senhor é um ato de obediência e de realização cristã. Paulo fala da diversidade de nossa adoração quando nos ensina a louvar com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5.19). É importante observar esse aspecto do culto.

    2. Conteúdo

    O conteúdo do que cantamos é tão importante quanto a forma do canto. Por conteúdo entende-se a essência do culto, aquela parte que o homem não vê, mas que agrada profundamente a Deus. É a adoração sincera, rendida, fruto de uma vida que confessa o nome de Deus no seu dia a dia (Hb 13.15).

    3. Forma de adoração

    Devemos tomar cuidado com a forma com que adoramos ao Senhor. Paulo fala de ordem e decência no culto cristão (1Co 14.40).

    IV. A comunhão

    Outro objetivo de um grupo de pessoas estar reunido para prestar culto a Deus é a comunhão. É uma prática que agrada a Deus e favorece os participantes.

    1. O valor do culto coletivo para Deus

    Podemos prestar culto a Deus estando sozinhos (Mt 6.5). Grandes experiências com Deus foram adquiridas num encontro pessoal com Ele. No entanto, Deus tem muito prazer também no culto coletivo(Sl 133). Paulo fala da riqueza da diversidade de dons no culto da igreja de Corinto. Diz ele: ... há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos (1Co 12.5-6). Adiante ele escreve que um participante do culto tem a palavra de sabedoria, outro tem a palavra de conhecimento, outro tem a fé, outro dons de cura, discernimento (v.8-11). Deus Se agrada da unidade da igreja e da riqueza de sua liturgia.

    2. O valor do culto coletivo para as pessoas

    Também devemos nos lembrar de que o culto cristão supre algumas necessidades sociais e emocionais das pessoas: necessidade de se sentir apoiado, corrigido e orientado por outros. Quantas pessoas testemunham de bênçãos que experimentaram ao serem cumprimentadas e abençoadas por alguém no culto! Como é bom pertencer a uma igreja que se importa conosco! As igrejas mais aconchegantes têm experimentado um crescimento extraordinário, principalmente quando lá fora os relacionamentos são frios e quase sempre movidos por interesses.

    V. Os cerimoniais

    O culto cristão só reconhece dois cerimoniais: a ceia e o batismo nas águas. Eles foram praticados por Jesus (Mt 3.13-17; 26.26-29) e ordenados por Ele (Mt 28.19; 1Co 11.24). Devemos tomar todo o cuidado para não dar o mesmo valor litúrgico a qualquer outro cerimonial. As únicas duas cerimônias aceitas e

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