Metade pai metade mundo
De Rosa Amanda Strausz e Edusá
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Sobre este e-book
Abre-se um mundo novo para a família – cheio de facilidades e de expectativas –, até que ela se vê diante de um novo pai, ou melhor, a "metade" de um pai até então desconhecido.
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Pré-visualização do livro
Metade pai metade mundo - Rosa Amanda Strausz
ROSA AMANDA STRAUSZ
ILUSTRAÇÕES: EDUSÁ
Metade pai metade mundo
ISBN - 978-65-86023-18-3
1ª edição digital
© 2021 Copyright by
Texto: Rosa Amanda Strausz
Ilustrações: Edusá
da Língua Portuguesa.
Editora
Lourdinha Mendes
Coordenação editorial digital
Vanderlucio Vieira
Revisão de texto
Clarisse Bruno
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem
a prévia autorização do editor, por escrito, sob pena de
constituir violação do copyright (Lei 5.988)
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Sumário
Capa
Página de Rosto
Créditos
Dedicatória
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Biografias
1
Tem gente que ri quando eu falo que acredito em assombração, mas só se for de cidade do interior. Assombração é assombração em qualquer lugar
, dizem. E eu garanto que não é.
Minha tia, que nasceu na roça feito eu, diz que a energia elétrica acabou com mais da metade das almas penadas. As que sobraram se foram com a chegada da televisão. Concordo com ela. Assombração em cidade não faz o mesmo efeito.
Imagine a cena. Você está dormindo. Do nada, um vento gelado passa pelo seu quarto, você abre os olhos e dá de cara com um fantasma, todo branquinho e transparente na sua frente. Se você mora em uma cidade, o que faz? Espicha o braço, acende o abajur da mesinha de cabeceira e a assombração desaparece. Puf!
O vento gelado? Você está com sono demais para pensar nisso. Vira pro outro lado e continua a dormir.
Então, você escuta um grito apavorante. Como a luz do abajur continua acesa (porque você não é besta de apagar), você pensa: Alguém está vendo um filme de terror na tevê.
Em seguida ouve passos, como se alguém arrastasse os pés, mas não liga muito. As cidades são cheias de ruídos, mesmo durante a noite. Deve ser o vizinho do andar de cima.
Agora, imagine a mesma cena num lugarejo do interior que não tem energia elétrica.
Você está dormindo. Do nada, um vento gelado passa pelo seu quarto, você abre os olhos e dá de cara com uma alma penada, toda branquinha e transparente na sua frente. Você cobre a cabeça para não ver mais nada. Então, ouve um grito apavorante e fica torcendo para que seu pai tenha sido acordado por ele. Torcendo para que ele venha até o seu quarto, carregando um candeeiro aceso, para ver se está tudo bem. Mas seu pai não vem. Logo após o grito, o silêncio comprime os seus ouvidos. Você sabe que a alma penada continua ali, no seu quarto, com os olhos fixos, só esperando você se mexer para atacar. Como você está paralisado, ela começa a caminhar, arrastando os pés, na sua direção, chegando cada vez mais perto.
Muitos ataques de coração acontecem assim. No atestado de óbito vem escrito que a pessoa morreu de infarto. Que nada. Morreu de pavor, isso sim.
Se você for muito medroso, pode pedir ao seu pai que deixe um candeeiro aceso ao lado da sua cama. Mas aí vai ter que deixar uma frestinha da janela aberta para ventilar o quarto. E janela aberta é a mesma coisa que vento dentro do quarto. Aí, bem na hora que a alma penada começa a aparecer – no começo meio fraquinha, por causa do candeeiro –, a chama se apaga com o vento que vem da janela e você mergulha na mais