Princípios químicos em produtos cosméticos e sanitários: saúde e beleza na sua mão
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Sobre este e-book
Os motivos mais emergentes de ler este livro podem ser resumidos:
► Aplicar os conhecimentos sobre as funcionalidades dos componentes em produtos cosméticos;
► Incentivar o leitor a produzir algo de valor e utilidade, através do qual desenvolve espírito empreendedor;
► Facilitar a comparação entre os produtos caseiros e industrializados, tanto no preço quanto ao desempenho;
► Despertar interesse e abrir perspectivas para um futuro profissional com o próprio empreendimento.
Note que este livro se restringiu à forma masculina das pessoas, do tipo "o cliente", "o consumidor" ou "o freguês". O único motivo para tal foi proporcionar maior facilidade na leitura deste texto – bem sabendo que a maioria dos consumidores de produtos cosméticos é feminina! Peço sua compreensão, prezado(a) leitor(a) e amig@s dos cosméticos...
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Pré-visualização do livro
Princípios químicos em produtos cosméticos e sanitários - Armin Franz Isenmann
© Armin Franz Isenmann 2021
Produção editorial: Vanessa Pedroso
Imagem de capa: illusman500 (Shutterstock)
Design de Capa: Nathalia B. Cecconello
Editoração: Nathalia B. Cecconello
Conversão para ebook: Cumbuca Studio
CIP-Brasil. Catalogação na Publicação
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
I75p Isenmann, Armin Franz
Princípios químicos em produtos cosméticos e sanitários [recurso eletrônico] : saúde e beleza na sua mão / Armin Franz Isenmann
1. ed. - Porto Alegre [RS] : Buqui, 2021.
recurso digital
Formato: epub
Requisitos do sistema: adobe digital editions
Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-65-89695-44-8 (recurso eletrônico)
1. Cosméticos - Indústria. 2. Cosméticos - Estrutura.
3. Cosméticos - Composição. 4. Produtos de limpeza - Indústria.
5. Produtos de limpeza - Estrutura. 6. Produtos de limpeza - Composição. 7. Livros eletrônicos. I. Título.
21-71764 | CDD: 668.55 | CDU: 665.1.091
Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439
Todos os direitos desta edição reservados à
Buqui Comércio de Livros Eireli.
Rua Dr Timóteo, 475 sala 102
Porto Alegre | RS | Brasil
Fone: +55 51 3508.3991
www.editorabuqui.com.br
www.facebook.com/buquistore
www.instagram.com/editorabuqui
Princípios químicos em produtos cosméticos e sanitáriosApresentação
O Brasil ocupa o quarto lugar no mundo, em volume de negócios de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Atuam neste mercado desde microempresas até as multinacionais. Visto um mercado buscando cada vez mais atender a demanda dos consumidores, este livro foi elaborado para explicar os princípios dos cosméticos e sanitários, como são apresentados ao público. O funcionamento e as necessidades de diversas partes do nosso corpo formam a base para entender o papel de cada ingrediente. E para cada função existem diversos derivados químicos que podem ser usados. Enfim, as variações são infinitas, mas o produto pode ser planejado e orçado. Numerosos exemplos e receitas comprovam o grande potencial destes produtos.
Objetivos deste livro
Este livro é vertido a todos interessados em química, farmácia e cosmética, desde o estudante de graduação até o profissional sénior. São descritas as reações químicas e os processos da fabricação de sabão, detergentes e outros princípios sanitários e mostra quais as formulações dos produtos de limpeza e higiene pessoal que nós usamos no dia-a-dia. A funcionalidade das formulações cosméticas se entende à base do conhecimento sobre as partes externas do nosso corpo – pele, cabelo, unha e dente. Finalmente, o livro apresenta uma coleção de formulações, tanto industriais como caseiras destes produtos.
Os motivos mais emergentes de ler este livro podem ser resumidos:
Aplicar os conhecimentos sobre as funcionalidades dos componentes em produtos cosméticos;
Incentivar o leitor a produzir algo de valor e utilidade, através do qual desenvolve espírito empreendedor;
Facilitar a comparação entre os produtos caseiros e industrializados, tanto no preço quanto ao desempenho;
Despertar interesse e abrir perspectivas para um futuro profissional com o próprio empreendimento.
Note que este livro se restringiu à forma masculina das pessoas, do tipo o cliente
, o consumidor
ou o freguês
. O único motivo para tal foi proporcionar maior facilidade na leitura deste texto – bem sabendo que a maioria dos consumidores de produtos cosméticos é feminina! Peço sua compreensão, prezado(a) leitor(a) e amig@s dos cosméticos...
- O Autor -
Sumário
1 Aspecto econômico da indústria cosmética
1.1 Insumos do setor HPPC
2 Classificação dos cosméticos
3 Cosméticos - seus poderes e suas restrições legais
4 Quem conhece sua pele?
4.1 A pele - nosso maior órgão
4.1.1 Existe uma diferença entre a pele feminina e masculina?
4.1.2 Composição química dos triglicerídeos
4.1.3 Ceramidas da nossa pele e seu papel em produtos cosméticos
4.1.4 Esteróis contidos na gordura da pele
4.1.5 Esqualeno
4.2 Suor
4.3 Disfunções da pele humana - acne
4.3.1 Desenvolvimento clínico da acne vulgaris
4.3.2 Como os cosméticos podem ajudar?
4.4 Envelhecimento da pele
4.5 Caracterização objetiva da pele humana
4.6 Permeação e penetração cutânea por substâncias ativas
4.7 Problemas acerca do cuidado da pele
4.7.1 Limpeza da pele, conforme as diferentes regiões corporais.
5 Creme de pele
5.1 Partes funcionais em produtos aplicados na pele
5.1.1 Ingredientes típicos em cosméticos para a pele
5.1.2 Veículos usados nos produtos cosméticos para pele
5.1.3 Muito grosso ou muito ralo? A reologia dá a resposta.
5.1.4 Estrutura física do creme comum: a emulsão
5.1.5 O papel dos aditivos emolientes em cosméticos tópicos
5.1.6 Sobre os óleos usados em cremes
5.1.7 Lanolina, o aditivo emoliente preferido em cosméticos tópicos
Produção da lanolina
Composição da lanolina
Aplicações da lanolina e seus derivados em cosméticos
5.1.8 Agentes umectantes
5.1.9 Conservantes em cremes
5.1.10 Formulação típica de um creme hidratante diurno:
5.2.1 Vitaminas e sua aplicação tópica
A família dos retinóides, vitamina A
Vitamina B
Vitamina C
Vitamina D
Vitamina E
5.2.2 Hidroxiácidos
Alfa-hidroxiácidos
Beta-hidroxiácidos
5.2.3 Alcoóis e terpenos com efeito benéfico ou terapêutico
5.2.4 Novo astro no céu dos cosméticos: o ácido hialurônico
5.3 Cada vez mais importante: Protetor Solar
5.3.1 Proteção por absorção 18
5.3.2 A nova geração de absorventes UV em cosméticos
5.3.3 Mecanismos de absorção da radiação UV
5.3.4 Bloqueador solar
5.3.5 Filtros UV em formulações cosméticos e o fator FPS
5.4 Antioxidantes
Vitamina C
Glutationa
Vitaminas A e E
Metais como catalisadores da foto-oxidação
5.4.1 Antioxidantes lipofílicos e hidrofílicos
5.5 Cosméticos para corrigir manchas na pele (discromias)
5.5.1 Bronzeador de pele
6 Produtos de limpeza
6.1 O processo de lavagem sob a luz da termodinâmica
6.2 Sabão tradicional
6.2.1 Produção de sabão
6.2.2 Aspectos mecanísticos acerca da produção de sabão a partir de gordura
Saponificação do éster sob catálise básica
Saponificação sob catálise ácida
6.3 Detergentes sintéticos (Syndet
)
6.3.1 Detergentes aniônicos
Sulfatos de monoalquila
Sulfonatos de alquilbenzeno
6.4 Outros tipos de detergentes sintéticos
6.4.1 Detergentes catiônicos
6.4.2 Detergentes zwitteriônicos e betaínas
6.4.3 Detergentes não iônicos
6.4.4 Discriminação dos syndets, conforme caráter hidrofílico da sua cabeça
6.5 Vista geral sobre os detergentes sintéticos
6.6 Comparação entre detergentes sintéticos e o sabão tradicional
6.7 Limpeza da pele humana
6.8 Sabão em pó e o processo de lavar roupa
6.8.1 A base do detergente em pó
6.8.2 Aditivos no detergente em pó
6.8.3 Sistemas de branqueamento em detergentes em pó
6.8.4 Fábrica do sabão em pó
7 Zelar pelo cabelo
7.1 Sobre o cabelo humano
7.1.1 Desenvolvimento de um cabelo saudável
7.2 Objetivos do cuidado de cabelo
7.3 Xampu
7.3.1 Desenvolvimento histórico
7.3.2 Aplicação de xampu
7.3.3 Critérios de qualidade em xampus
7.3.4 Composição do xampu
Água
Agentes tensoativos principais
Agentes tensoativos auxiliares
7.4 Aditivos em xampus
7.4.1 Conservantes
7.4.2 Espessantes
7.4.3 Agentes quelantes
7.4.4 Balanço do pH e o uso de sistemas tampão
7.4.5 Filtros de UV
7.4.6 Aditivos organolépticos
7.5 Fábrica de xampu
7.6 Xampus especiais
7.6.1 Xampu para cabelo oleoso
7.6.2 Xampu para cabelo seco
7.6.3 Xampu para cabelo estressado
7.6.4 Xampu com efeito anti-caspa
7.6.5 Xampu com coloração
7.6.6 Xampu de bebê
7.6.7 Xampus a seco
7.6.8 Outros tipos de xampus
7.7 Condicionador de cabelo
Funcionamento geral do condicionador
Requisitos aos tensoativos catiônicos usados no condicionador
Formas de aplicação do condicionador
7.8 Manipulação da forma do cabelo
7.8.1 Styling gel
7.8.2 Ondulação permanente e alisamento capilar
7.8.3 Laquê de cabelo
8 Coloração de cabelo
8.1 Coloração natural
8.2 Coloração permanente do cabelo
8.2.1 Mecanismo do acoplamento do corante
8.2.2 A etapa de alvejamento
8.3 Coloração semi-permanente
8.4 Coloração demi-permanente
8.5 Coloração temporária
8.6 Depilação e crescimento do cabelo
9 Repelentes de insetos e inseticidas
10 Desodorante
10.1 Excurso: Silicones em cosméticos
11 Higiene bucal
As doenças mais frequentes na boca e suas causas
Manutenção da saúde bucal e o papel da pasta de dente
Diversificações entre as pastas de dente
Um olhar crítico no fluór
Os demais componentes da pasta de dente (função indireta)
Tendências e suplementos na higiene bucal
12 Cosmética decorativa
12.1 Batom
12.2 Esmalte de unha
12.3 Maquiagem
13 Formulações de produtos cosméticos
13.1 Ingredientes comerciais em cosméticos
13.1.1 Moléculas anfifílicas e seus valores HLB
13.1.2 Ingredientes que não saem das polêmicas
Triclosan
Triclocarban
Formaldeído
Liberadores de formaldeído
Alcatrão de carvão ou alcatrão de hulha
Cocamida DEA
BHA e BHT
Chumbo
Fragrâncias
Parabenos
Tolueno
Oxibenzona
Ácido Bórico
Liberadores de dioxano
Lauril sulfato de sódio
Palmitato de retinol
Ftalatos
Flúor
Abreviações usadas nas formulações a seguir
13.2 Preparo de algumas misturas básicas
13.2.1 Equipamento básico
13.2.2 Avisos de segurança
13.2.3 Sobre a pureza da soda cáustica utilizada no fabrico de sabão e detergente
13.2.4 Sobre as gorduras utilizadas para o sabão caseiro
13.2.5 Preparo da lixívia para o processo da saboaria a frio
.
13.2.6 Procedimento saboeiro a frio
.
13.2.7 Dicas para sabões refinados
13.2.8 Como preparar um gel d´água transparente
13.2.9 Faça seu próprio brancol
13.3 Sabão comum para uso geral
13.3.1 Sabão com restos de frituras (óleo usado) 67
13.3.3 Sabão frio
13.3.4 Sabão frio com detergente
13.3.5 Sabão frio com silicato e caulim
13.3.6 Sabão de coco
13.3.7 Sabonete branco
13.3.8 Sabão meio-quente
13.3.9 Sabão quente
13.3.10 Sabão transparente feito em caldeira
13.3.11 Sabão líquido de óleo usado
13.3.12 Sabão com álcool
13.3.13 Base glicerinada fabricada pelo processo alcoólico
13.3.14 Mais fórmulas caseiras para sabão em barra comum
13.4 Produtos cosméticos para cabelo
13.4.1 Xampu para cabelos normais
13.4.2 Sabonete líquido glicerinado
13.4.3 Xampu anti-queda
13.4.4 Xampu de brilho para cabelos secos
13.4.5 Xampu neutro para bebê
13.4.6 Xampu para cabelo mais brilhante
13.4.7 Xampu para cabelo seco e danificado
13.4.8 Xampu para raízes oleosas e pontas secas
13.4.9 Xampu cremoso com manteiga de Karité
13.4.10 Xampu para cabelo longo com nutri DNA
13.4.11 Xampu para cabelo normal
13.4.12 Xampu modificado para cabelo oleoso
13.4.13 Xampu contra caspas
13.4.14 Xampu para casos graves de caspas
13.4.15 Xampu bomba
para crescimento de cabelo
13.4.16 Condicionador de cabelo: Creme rinse desembaracante para uso diário 71
13.4.17 Condicionador de cabelo: Creme rinse 71
13.4.18 Condicionador para cabelos oleosos 71
13.4.19 Condicionador para cabelo seco 71
13.4.20 Condicionador de cabelo leave-in
para hidratar o cabelo 71
13.4.21 Umedecedor de cabelo
13.5 Produtos cosméticos para pele e face
13.5.1 Veículos para produtos de aplicação tópica na pele 71
13.5.2 Produtos hidratantes para a pele corporal 71
13.5.3 Receitas caseiras de beneficiar produtos cosméticos com o ativo Bepantol 73
1. Esfoliante facial hidratante e removedor de manchas
2. Máscara facial noturna para hidratação de peles normais a secas
3. Hidratante intenso para calcanhar, cotovelo e regiões de atrito
4. Esfoliante labial para uma boca lisinha e hidratada
5. Xampu turbinado para cabelos secos ou danificados
6. Demaquilante
7. Creme hidratante antiestrias
8. Máscara hidratante para nutrir e desembaraçar o cabelo
13.5.4 Creme para a pele facial com problema de acne
13.5.5 Pasta para a pele facial com problema de acne
13.5.6 Máscara para a pele facial com problema de acne
13.5.7 Produtos para a pele envelhecida e/ou com efeito anti-envelhecimento
Gel com α-hidroxi ácidos
Creme anti-envelhecimento contendo vitamina A
Creme de pele com efeito anti-envelhecimento contendo vitamina E
Gel hidratante contendo protetor solar
13.5.8 Produtos clareadores e esfoliantes para a pele
Gel-creme clareador (oil-free) 71
Creme com ácido mandêlico
Creme esfoliante 71
Loção cremosa despigmentante 71
Gel-creme clareador (oil-free) 71
13.5.9 Cuidado labial
Bálsamo labial de lavanda - cuidado natural e fragrância para lábios rachados
Protetor labial a base de manteiga de karité e baunilha
Protetor labial com mel
13.5.10 Óleo trifásico
13.5.11 Loção tônica adstringente
13.5.12 Sabonete líquido
13.5.13 Sabonete líquido, receita mais econômica.
13.5.14 Sabonete para a pele facial com problema de acne 71
13.5.15 Gel pós barba
13.5.16 Álcool em gel
13.5.17 Gel para ultrassonografia
13.5.18 Gel de Babosa (Aloe Vera)
13.5.19 Sais de banho
13.5.20 Desodorante Líquido
13.5.21 Repelente natural de insetos
13.6 Produtos da higiene bucal
13.6.1 Motivos para fazer a sua própria pasta de dente
13.6.2 Pasta de dente à base de argila branca
13.6.3 Pasta de dente à base de gel de babosa
13.6.4 Pasta de dente à base de óleo de coco
13.6.5 Enxaguante bucal – caseiro ou comercial?
13.6.6 Enxaguante bucal com bicarbonato de sódio e óleos essenciais
13.6.7 Enxaguante bucal com limão e canela
13.6.8 Enxaguante bucal de ervas
13.6.9 Enxaguante bucal simples com óleos essenciais
13.7 Produtos domissanitários de uso geral
13.7.1 Água sanitária
13.7.2 Alvejante com peróxido de hidrogênio
13.7.3 Sabão em pó
13.7.4 Sabão em pó, receita II
13.7.5 Detergentes líquidos
13.7.6 Detergente neutro 75
13.7.7 Detergente doméstico
13.7.8 Detergente industrial
13.7.9 Detergente econômico
13.7.10 Detergente fera
13.7.11 Detergente líquido, receita caseira I
13.7.12 Detergente líquido, receita caseira II
13.7.13 Sabão líquido para roupas, receita I
13.7.14 Sabão líquido para roupas, receita II
13.7.15 Sabão líquido de coco
13.7.16 Desinfetante de pinho, receita I
13.7.17 Desinfetante de pinho, receita II
13.7.18 Desinfetante de pinho, receita III
13.7.19 Desinfetante de pinho, receita IV
13.7.20 Desinfetante de eucalipto, receita I
13.7.21 Desinfetante de eucalipto, receita II
13.7.22 Detergente Multiuso, receita I
13.7.23 Multiuso, receita II
13.7.24 Multiuso, receita III
13.7.25 Multiuso caseiro
13.7.26 Desinfetante caseiro
13.8 Produtos domissanitários especiais
13.8.1 Pasta de brilho transparente
13.8.2 Sabão pastoso para mecânicos
13.8.3 Solupan I (Fortíssimo)
13.8.4 Solupan, receita II
13.8.5 Limpa-vidros
13.8.6 Cera Líquida
13.8.7 Limpa-tudo à base de amoníaco, receita caseira
13.8.8 Gel suave
para limpeza
13.8.9 Gel forte
para limpeza
13.8.10 Desengraxante ácido
13.8.11 Desengraxante (fórmula industrial básica)
13.8.12 Desengraxante para alvenaria e pedras
13.8.13 Limpa pedras especial, receita I
13.8.14 Limpa pedras especial, receita II
13.8.15 Desengordurante tipo Ajax
, receita I
13.8.16 Desengordurante tipo Ajax
, receita II
13.8.17 Ajax
, receita caseira I
13.8.18 Ajax
, receita caseira II
13.8.19 Limpa chassis de caminhão
13.8.20 Lustra-móveis
13.8.21 Limpa-plásticos
13.8.22 Limpa-carpetes
13.8.23 Amaciante de roupas, receita profissional
13.8.24 Xampu especial para cães e gatos
13.8.25 Xampu para automóveis, receita I
13.8.26 Xampu para automóveis, receita II
13.8.27 Pretinho pneu
13.8.28 Graxa para sapatos
13.8.29 Pasta de limpeza para mecânico
13.8.30 Pó para matar baratas
13.8.31 Pega-moscas
13.8.32 Amaciante de roupas, receita caseira
13.8.33 Pasta para mecânico, receita caseira
13.8.34 Cera para assoalho
13.8.35 Sprays para passar roupas
13.8.36 Produtos Brilha-alumínio
13.8.37 Pasta para brilhar o alumínio, receita caseira
13.8.38 Sabão doido
13.9 Dicas como remover manchas
14 Coleção de sites úteis na internet
Sobre o Autor
1 Aspecto econômico da indústria cosmética
O volume de fatura mundial da indústria cosmética é considerável: em torno de 350 bilhões de US$ (2017) os consumidores gastam por ano para seus produtos de higiene pessoal! Em comparação: o PIB da Irlanda em 2018 foi de 382,5 bilhões US$.
Nos mercados em países industrializados as faturas são estáveis em alto nível, mas nos países em desenvolvimento e no 3° mundo
estão em crescimento de quase 10% por ano.
Mais forte ainda a indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos: nas últimas décadas os números referentes ao setor dos cosméticos no Brasil não param de crescer. Segundo o Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, divulgado anualmente pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) ¹, a indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos teve um crescimento médio, já descontando a inflação, de 10,5% por ano, na média tirada durante os anos 2000 a 2015; o faturamento saltou de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$ 24,9 bilhões em 2009.
Com o melhor desempenho desde 2014, quando se iniciou a crise econômica no país, as vendas no Brasil de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) fecharam 2019 com um crescimento superior a 3,9%, alcançando R$ 116,8 bilhões, em relação aos R$ 112,4 bilhões apurados no ano anterior ². Os dados são da Euromonitor International.
Junto se desenvolveu a participação das mulheres no mercado de trabalho, a utilização de tecnologia de ponta e um aumento da produtividade. Em 2014 o setor cresceu por 11,8% sobre 2013, atingindo um faturamento de 43,2 bilhões de reais (Abihpec ¹).
Os maiores crescimentos em vendas foram registrados pelos segmentos de produtos premium de beleza e higiene pessoal (12%), seguidos pelos dermocosméticos e produtos de prestígio de higiene e beleza. Vale ressaltar a diferença entre os produtos de prestígio e premium. Para a Euromonitor, os produtos de prestígio excluem os de massa e os dermocosméticos e os classificados como premium excluem apenas os de massa. Os piores desempenhos ficaram por conta dos depiladores (-2%) e color cosmetics (-1,1%).
O Brasil permaneceu em 2019 na quarta posição no ranking mundial de consumo de HPPC, que é liderado pelos Estados Unidos, seguidos por China e Japão. A única alteração no top 10 global, em comparação com 2018, foi a Índia, que superou a França e assumiu a sétima posição.
Considerando o desempenho das categorias no mercado global, o Brasil conservou o segundo lugar em fragrâncias e produtos masculinos. Outras categorias melhor posicionadas no ranking global são produtos de beleza e cuidados pessoais de massa, ocupando a terceira posição, e cuidados com os cabelos, na quarta.
Figura 1. Consumo mundial de produtos HPPC em 2017.
Tab. 1. O mercado mundial do setor HPPC em 2013 e seu crescimento. ³
Existem no Brasil cerca de 2.500 empresas atuando no mercado de produtos de HPPC, sendo que 20 empresas de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões, representam 73,0% do faturamento total deste setor. Em 2006 já teve 15 empresas brasileiras de cosméticos que produziam nanocosméticos, principalmente para produtos antirrugas, anticelulite, cremes, loções para o corpo, gel anti-estrias, produtos para a área dos lábios e dos olhos e máscara facial e maquiagem com fotoprotetor, entre outros.
Tab. 2. As maiores empresas do setor HPPC no Brasil (2008). ⁴
A Figura 2 discrimina as faturas dos produtos, conforme a finalidade do cosmético. Ainda mostra a posição do Brasil no ranking do cenário mundial.
Figura 2. Consumo dos cosméticos, conforme sua finalidade e importância do Brasil no cenário mundial (valores de 2017. Fonte: Abihpec)
E mais um valor interessante: o setor HPPC gerou mais de 5,6 milhões de empregos no Brasil, somando os empregos diretos na indústria (121.000), as fraquias (221.000), os revendendores (4,0 milhões) e os salões de beleza (1,3 milhões). Após dois anos consecutivos de queda em empregos diretos, no ano 2017 o setor voltou a apresentar um crescimento de 1,9%.
Figura 3. Desenvolvimento dos empregos diretos no setor HPPC no Brasil (Fonte: https://abihpec.org.br/publicacao/panorama-do-setor-2018/)
Em 2020, devido a pandemia, houve um aumento de 0,6% em faturamento e 2,8% em volume. Apesar de modesto, o crescimento é comemorado. Grande parte deste resultado é reflexo do aumento expressivo na procura por produtos da chamada Cesta COVID-19 de consumo
, abrangendo itens como o álcool em gel e sabonetes líquido e em barra. Esse grupo acumulou crescimento de 21% em valor de vendas nos cinco primeiros meses do ano. O álcool em gel foi a categoria que mais cresceu. Com a falta do produto no mercado, muitas empresas de cosméticos agiram rápido e passaram a fabricá-lo. Outras, que já tinham o item em seu portfólio, intensificaram sua produção, resultando em mais de 6,3 mil toneladas vendidas – um aumento de 3127% em comparação ao mesmo período em 2019.
Também importante na higienização das mãos, o sabonete líquido teve 18,9% de aumento em vendas. O cidadão brasileiro está preocupado com higiene e cuidados pessoais e, com a pandemia, foi possível perceber mudanças de hábitos e no foco de compras em diversos segmentos do setor. Xampus e condicionadores tiveram 2,9% e 9,2% de crescimento em valor de vendas, respectivamente. A categoria de produtos para pele também foi destaque nos cinco primeiros meses do ano, especialmente para peles adultas. Cosméticos antirrugas, anti-idade e antissinais apresentaram alta de 13,4%. E mais uma surpresa: mesmo com isolamento social e o uso de máscaras de proteção, os batons também tiveram um aumento de 12% em volume!
Os números favoráveis também podem ser consequência de uma redução de preços pelos fabricantes de cosméticos ao longo dos últimos meses de 2020, demonstrando dessa forma uma ágil reação do setor em oferecer produtos a um custo menor, ajustando a oferta à realidade que estamos vivendo. Especialmente o e-commerce promete continuar crescendo.
Em 2021, ainda em período de pandemia, a indústria brasileira continua se reinventando e especialmente a de cosméticos deve continuar investindo em pesquisas para trazer produtos que colaborem com a manutenção de cuidados de higiene e beleza dentro de casa. Muitas marcas estão focadas em produzir inovações de forma sustentável pautada em eficácia através do uso da nanotecnologia.
1.1 Insumos do setor HPPC
Estima-se que haja em torno de 1.000 a 1.500 insumos químicos que são utilizados para a produção de emolientes e hidratantes, fragrâncias, surfactantes, veículos, propelentes, agentes de consistência (espessantes), corantes e pigmentos, conservantes e ingredientes de uso específico. A Figura 4 mostra a distribuição das principais substâncias químicas destinadas para o setor de HPPC e adjacentes, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) para o ano de 2007.
Figura 4. Os principais insumos químicos da indústria brasileira de HPPC (% da produção interna destinada à venda interna; dados de 2007)
Utilizando-se dos principais insumos listados pela Abiquim no Anuário de 2008, percebe-se que a produção interna é superior à quantidade importada, como é visto na Tab. 3.
Tab. 3. Produção interna e balança comercial dos principais insumos químicos no ano de 2007 no Brasil (em mil toneladas). ⁴
¹ https://www.abihpec.org.br/novo/wp-content/uploads/2015-PANORAMA-DO-SETOR-PO9RTUGUES-11ago2015.pdf
² https://www.abre.org.br/inovacao/setor-de-hppc-cresce-39-e-atinge-r-1168-bilhoes-em-2019/
³ A.G. Poncioni, Competição na indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos Brasileira. Monografia de bacharelado da UFRJ (2015
⁴ Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Informe Setorial: Estrutura e estratégias da cadeia de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Janeiro de 2010; disponível em http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/setorial/informe-14AI.pdf.
2 Classificação dos cosméticos
O mercado dos cosméticos pode ser classificado conforme a finalidade do produto (com exemplos típicos):
Tratamento de pele: sabonete, creme hidratante, clareador, protetor solar, produtos anti-envelhecimento, produtos de barba;
Cuida de cabelo: condicionador, laqué e gel para cabelo, alizante e ondulador permanente, tintas de cabelo, removedores e fortificantes de cabelo, xampus – até xampus para os animais domésticos;
Higiene bucal: pasta de dente, loção bucal, branqueadores;
Cosmética decorativa: batom, maquiagem, esmalte de unha;
Perfumaria.
(A perfumaria representa uma classe importante dentro dos cosméticos, porém é muito diversificada e não será tratada aqui ⁵).
Daí podemos definir os produtos cosméticos como misturas de substâncias que são aplicadas nas pessoas de modo externo, sem exercerem notáveis efeitos sistêmicos. Essa definição deixa especialmente clara a divisão para a farmácia onde o foco são os produtos que podem curar ou aliviar males, doenças e danos corporais.
O órgão responsável pela parte legislativa e o controle dos cosméticos no Brasil é a ANVISA ⁶ (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que define:
Produtos cosméticos são aqueles de uso externo nas diversas partes do corpo humano (pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral), com o objetivo de limpar, perfumar, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, proteger ou manter em bom estado, conforme RDC nº 211 / 2005.
A ANVISA categoriza os cosméticos em duas classes, conforme seu grau de risco.
Grau 1: produtos com risco mínimo; estes produtos podem ser registrados com maior facilidade.
Exemplos de G1: hidratantes, cremes de massagem, xampus e condicionadores.
Grau 2: abrange os produtos com risco potencial. Geralmente são produtos com indicações específicas que exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados quanto ao modo e restrição de uso. Contém ingredientes considerados irritantes quando utilizados em altas concentrações; o registro geralmente é um procedimento mais demorado.
Sendo assim, foram estabelecidos pela ANVISA testes específicos acerca dos seguintes critérios:
• Fator de FPS em protetores solares;
• Segurança;
• Irritabilidade primária;
• Eficácia.
Exemplos de produtos da categoria G2 são: produtos antissépticos, anticaspa, antiperspirantes, bronzeadores e filtro solares, clareadores de cabelo.
Os fatores que determinam se um cosmético é Grau 1 ou Grau 2 são os dizeres na rotulagem e principalmente os ingredientes utilizados na formulação. Como se vê na Tab. 4, nem sempre é intuitivo e de fácil compreensão para o consumidor quais produtos cosméticos pertencem a quê classe...
Tab. 4. Produtos cosméticos cuja aplicação é semelhante, mas sua classificação conforme o risco é diferente.
No sentido ampliado também constam neste setor industrial, os produtos da higienização do ambiente com os quais nós entramos em contato diariamente:
Sabões para lavar roupa (sabão de coco, sabão em pó, detergente líquido, amaciante);
Limpeza e higienização doméstica (limpa-tudo, detergente de lavar louça, desinfetantes, removedores de manchas);
Protetores de superfície (lustra-móveis, selador de piso, graxa de couro).
Os efeitos dos cosméticos ao consumidor podem ser resumidos em quatro itens:
1. Contribuir à higiene pessoal;
2. Prevenir danos à saúde humana;
3. Aumentar o nosso bem-estar e nossa autoestima;
4. Facilitar a nossa vida social.
Por outro lado, o produto cosmético não deve ter efeitos terapêuticos!
⁵ Leia sobre os princípios químicos dos perfumes, as fontes naturais e ingredientes sintéticos, e as classes de odores: G. Ohloff, W. Pickenhagen, P. Kraft, Scent and Chemistry, Wiley-VCH Zürich 2012.
⁶ http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Cosmeticos
3 Cosméticos - seus poderes e suas restrições legais
Vamos deixar claro em primeiro lugar: um modo de vida saudável e uma alimentação consciente, isso inclui um sono abundante e regular, não podem ser repostos por nada que se diz respeito à beleza externa. Uma falta em algum destes itens se reflete, mais rápido do que nós queremos, na aparência da nossa pele, unhas ou cabelo. Por outro lado, quem se sente 100% dentro da sua pele
, isto seria a melhor prevenção contra um envelhecimento precoce.
A persuasão das propagandas é muito grande, falando que o envelhecimento é uma doença que pode ser tratada. Mas é fato que o nosso corpo, inclusive a nossa pele, sofre mudanças ao longo dos anos - isso é todo natural. Vale uma regra em geral: quem se sente satisfeito e estiver com sua consciência em paz, também tem um visual bom e dispõe de uma áurea positiva!
No entanto, a cosmética pode contribuir uma pequena parte no bem-estar dentro da nossa própria pele.
Como já definido na introdução, por via da lei, produtos cosméticos são exclusivamente de aplicação externa, embelezando ou melhorando o estar da sua pele, unhas e cabelo, mas não adiantam a cura de uma pele doente. Isso implica que os ingredientes de cosméticos não devem ser absorvidos pela pele e chegar à corrente sanguínea. Além disso, são proibidos ingredientes que poderiam prejudicar a saúde - mesmo em concentração ainda abaixo da permitida. Justamente neste critério os limites são bem flexíveis e podem ser, tanto do produtor como do consumidor, mal interpretados. Lembramos que a lei permite atualmente substâncias cuja inocuidade não foi comprovada clinicamente.
Desde 1998 os ingredientes em produtos cosméticos devem ser indicados frente ao consumidor, utilizando a INCI (International Nomenclature of Cosmetic Ingredients). Desvantagem desta lei: estão sendo usados os nomes em latim (especialmente em caso de extratos naturais) ou em inglês (em caso de substâncias sintéticas). Quem sabe, por exemplo, que helianthus annuus simplesmente significa óleo de girassol? Ou prunus dulcis, o óleo de amêndoa? Todavia, hoje é possível identificar de maneira segura, os ingredientes principais do produto cosmético em nossa casa.
Em resumo, a ANVISA especifica na sua Resolução 211/2005, Anexo IV, o que deve constar no rótulo da embalagem primária (que contém o produto cosmético) e secundária (que embala a embalagem primária), conforme a tabela a seguir. Em casos onde não houver embalagem secundária, todas as informações devem constar na embalagem primária. E se o frasco ser muito pequeno para colocar a informação de maneira legível, um aviso deve referir ao folheto que acompanha o produto cosmético.
Tab. 5. Tabela das normas ANVISA 211/2005 para a rotulagem de produtos cosméticos.
Além disso, o Art. 93 do Decreto 79.094/77 (alterado pelo Decreto 83239/79) diz:
Não poderão constar da rotulagem ou da publicidade e propaganda (...) designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, ou que atribuam ao produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possua
. A responsabilidade legal para a veracidade das informações está com o fabricante ou importador (detentor do registro).
4 Quem conhece sua pele?
O cuidado da pele é um ponto central na higiene pessoal e compreende a limpeza e o tratamento da pele, visando o fortalecimento dos mecanismos naturais de proteção e manter a saúde da pele - tudo isso para um melhor bem-estar.
Segundo a legislação brasileira, os produtos cosméticos não devem causar nenhuma alteração fisiológica nas células da pele. No entanto, a clientela está cada vez mais exigente aos produtos de aplicação tópica, sob os aspectos de prevenção, recuperação de lesões e danos causados pela radiação UV, sinais de envelhecimento (produtos anti-aging), anomalias na secreção sebácea e sudorípara, disfunções dos melanócitos que causam manchas na pele, etc. Tudo isso indica uma evolução da cosmética clássica, onde o objetivo era o embelezamento paliativo, em direção à Cosmética dermatológica
, onde a aparência cuidada, juvenil e sustentável se deve às melhorias por dentro. Médicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, biólogos e químicos trabalham juntos para dominar a fisiologia da pele e seus anexos, buscando produtos tópicos cujos efeitos são cada vez mais estudados e sua eficácia fica otimizada através do conhecimento do seu mecanismo de ação. Podemos contestar que a cosmetologia moderna se tornou uma ciência multi-disciplinar.
Antes de analisarmos as necessidades da nossa pele, devemos tomar conhecimento da estrutura e das partes sensíveis da nossa camada externa.
4.1 A pele - nosso maior órgão
Com cerca de 2 m² e 10 a 15% do peso coporal, a pele é nosso maior órgão. Ela é feita de diversas camadas, conforme mostrado na Figura 5.
Figura 5. As partes funcionais da pele humana
Identificamos na nossa pele as seguintes partes funcionais (de fora para dentro):
Stratum corneum (camada córnea; estrato córneo): É a camada mais exterior da pele, formada por células achatadas (espessura de até 150 µm, que corresponde a uma folha de papel) e mortas, mais corretamente são queratinizadas. A