O Assassino de Macario: Comedia em tres actos
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O Assassino de Macario - Camilo Castelo Branco
Camilo Castelo Branco
O Assassino de Macario: Comedia em tres actos
Publicado pela Editora Good Press, 2022
goodpress@okpublishing.info
EAN 4064066408428
Índice de conteúdo
ACTO PRIMEIRO
SCENA I
Barnabé, (só)
SCENA II
Sebastiana e Barnabé
SCENA III
Os mesmos e Itelvina (Abre-se com estrondo a porta do fundo. Itelvina entra afogueada e passeia muito colerica.)
SCENA IV
Barnabé, Itelvina, e depois Sebastiana
SCENA VI
Sebastiana e Liborio
SCENA VII
Liborio
SCENA VIII
Liborio, Itelvina (entrando pela direita)
SCENA IX
Barnabé e Liborio
SCENA X
Os mesmos e Itelvina, que vinha entrando pela direita, e, ao ouvir a ultima phrase, se esconde .
SCENA XI
Itelvina
SCENA XII
Liborio, Barnabé, Itelvina
SCENA XIII
Os mesmos e Sebastiana
FIM DO 1.º ACTO
ACTO SEGUNDO
SCENA I
Itelvina, (só) Liborio, (no leito meio occulto)
SCENA II
Liborio
SCENA III
Sebastiana, Liborio, Barnabé
SCENA IV
Os mesmos e Itelvina
SCENA V
Itelvina, Sebastiana e Liborio
SCENA VI
Itelvina e Liborio
SCENA VII
Os mesmos e Sebastiana
SCENA VIII
Itelvina
SCENA IX
Itelvina e Sebastiana
SCENA X
As mesmas e Liborio
SCENA XI
Liborio e Itelvina (Durante estas ultimas fallas, Itelvina desce serenamente da cadeira, depois desce do leito, e ahi fica fria e impassivel) .
SCENA XII
Liborio
SCENA XIII
Liborio e Barnabé
SCENA XIV
Os mesmos e Itelvina (Itelvina entrando agitadamente pela direita; está em toilette de quem vae a passeio) .
SCENA XV
Barnabé e Itelvina
SCENA XVI
Os mesmos e Liborio
FIM DO ACTO SEGUNDO
ACTO TERCEIRO
SCENA I
Liborio e Barnabé (ao levantar do pano, Barnabé está sentado no colchão, e Liborio, á direita sobre uma cadeira de braços, cahida. Depois de instantes de silencio, Liborio levanta-se e vae á janella) .
SCENA II
Os mesmos e Itelvina (Abre-se a porta do fundo precipitadamente. Itelvina entra muito agitada, fita o pae e o marido, tira o chaile e o chapeu que atira sobre a cama; depois, desce, torna a fitar o marido e o pae, e diz a Barnabé)
SCENA III
Liborio e Itelvina (Itelvina está momentos sem fallar, olhando para o marido que a não encara; depois faz um gesto de impaciencia e diz:)
SCENA IV
Itelvina (fechada) e Barnabé
SCENA V
Sebastiana e Itelvina (Sebastiana entra pela direita, trazendo pratos, talheres, pães e guardanapos)
SCENA VI
Os mesmos e Barnabé
SCENA VII
Barnabé e Liborio
SCENA VIII
Liborio e Itelvina
SCENA IX
Os mesmos e Sebastiana
SCENA X
SCENA XI
Itelvina e Liborio
SCENA XII
Os mesmos e Sebastiana
SCENA XIII
Liborio, Itelvina, Barnabé e Sebastiana
FIM
ACTO PRIMEIRO
Índice de conteúdo
Sala elegante. Porta ao fundo. Portas lateraes no segundo plano. Janella á esquerda, no terceiro plano. Piano encostado á parede direita, no primeiro plano. Canapé á esquerda. Dois contadores pequenos á esquerda e direita. Sophás, cadeiras, e tamborete de piano. Sobre o contador da esquerda utensilios de barbear e espelho. No outro um relogio.
SCENA I
Índice de conteúdo
Barnabé, (só)
Índice de conteúdo
(Entra pela esquerda, trajo da manhan, traz na mão uma chocolateira e toalha. Chama:) Sebastiana!... Isto é que foi dormir alarvemente! (Olhando para o relogio) Já dez horas... e eu sem fazer a barba! (chamando) Sebastiana! Esta creada é uma calaceira!... Não ha d'outras... Tive um sonho... Isto de sonhos é uma tolice... Sonhei que estava pescando á cana... n'uma cazinha campestre, com transparentes verdes... e um repucho!... Ah! o meu sonho d'oiro!... Logo que eu cazar a filha... Um repuxo... (chamando) Sebastiana! Com effeito! (Vai á porta do fundo) Sebastiana! Sebas...
SCENA II
Índice de conteúdo
Sebastiana e Barnabé
Índice de conteúdo
SEBASTIANA
(entrando pelo fundo) Aqui estou, senhor!
BARNABÉ
Não me tinhas ouvido?
SEBASTIANA
Perfeitamente. O senhor chamou-me quatro vezes.
BARNABÉ
Então porque não vieste logo?
SEBASTIANA
Estava a almoçar. Acho que o senhor não pretende que os creados não comam.
BARNABÉ
Não...
SEBASTIANA
Além d'isso, eu sei que o senhor é pachorrento, um paz d'alma...
BARNABÉ
Abusas um pouco do meu temperamento.
SEBASTIANA
Está enganado... eu pelo senhor era capaz de me atirar ao lume...
BARNABÉ
Pois bem, vai atirar ao lume esta chocolateira... Quero barbear-me. (Dá-lh'a)
SEBASTIANA
Dentro de 15 minutos aqui estou. (Vai sahir).
BARNABÉ
(chamando) Olha, Sebastiana...
SEBASTIANA
(tornando) Não me mande fazer duas coisas ao mesmo tempo que me atrapalha, ouviu?
BARNABÉ
(á parte) É uma creada como se quer! Boa bisca... (alto) Olha lá... Noto que vae na caza um socêgo extraordinario! Minha filha estará doente?
SEBASTIANA
Não senhor; sahiu de manhan cedo.
BARNABÉ
Ah! é isso? (Senta-se no canapé).
SEBASTIANA
E, na verdade, a menina faz um estardalhaço! credo!... E é de pasmar como o snr., tão manso, tão socegado, fez uma filha tão...
BARNABÉ
Tão estapafurdia, pódes dizer...
SEBASTIANA
É isso, estapafurdia... é uma trovoada... credo!
BARNABÉ
Tu que queres?... A natureza tem desconcertos... Olha, Sebastiana, eu nem sempre vivi dos meus rendimentos.
SEBASTIANA
Pois sim, sim...
BARNABÉ
Tive uma fabrica de ligas em