Uma Revolução Quântica
De Ernesto Bono
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Uma Revolução Quântica - Ernesto Bono
Ernesto Bono
UMA REVOLUÇÃO QUÂNTICA
Consciência ou Matéria?
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP
___________________________________________________
B712r Bono, Ernesto
Uma revolução quântica: consciência ou matéria
Ernesto Bono. – Porto Alegre, 2010.
162 p. 14,8cm x 21cm.
1. Filosofia da física. 2.Teoria quântica
(esclarecimentos, comentários, explicações). I. Título.
CDU 530.1:140.8
530.145(0.072)
___________________________________________________
TODOS DIREITOS RESERVADOS – é proibida a reprodução, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime (art.184 do Código Penal). Depósito legal no escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, sob o número de registro 502.708, livro 951, folha 415
Blog e e-mail do Autor
http://blogdoernestobono.blogspot.com/ ebono.ez@gmail.com
Obras do Autor
É A CIÊNCIA UMA NOVA RELIGIÃO? (Ou Os Perigos do Dogma Científico - 1971 - Editora Civilização Brasileira S/A - RIO
NÓS A LOUCURA E A ANTIPSIQUIATRIA - Editora Pallas S/A – Rio – Editora Afrontamento, Porto, Portugal - 1975 e 1976, respectivamente
SENHOR DO YOGA E DA MENTE - Editora Record S/A – 1981 - Rio
ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO - Editora Record S/A - 1982 - Rio
ANTIPSIQUIATRIA E SEXO - (A Grande Revelação) - Editora Record S/A - 1983 - Rio
OS MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE - Fundação Educacional e Editorial Universalista FEEU - 1994
A GRANDE CONSPIRAÇÃO UNIVERSAL, - Bonopel Edições - 1994 - Porto Alegre (edição restrita) e Zenda Editora LTDA - 1995 - São Paulo -2a Edição. – Zenda Editorial, 1999, 3a Edição – São Paulo
O APOCALIPSE DESMASCARADO (Nem Anjos nem Demônios, Apenas ETs) – Editora Renascença – 1997 (edição restrita de 500 volumes) - Renascença - 1999 - Porto Alegre - 2a edição.
AIDS, QUEM GANHA QUEM PERDE - Uma história Mal contada – Editora Rigel – 1999 – Porto Alegre
CRISTO, ESSE DESCONHECIDO –3a Edição, Ed. Record S/A, 1979, Rio – Editora Renascença, 2000, Nova edição ou 4a Edição – Porto Alegre
(Tradução) PERCEPÇÃO INTERPESSOAL - Dr. Ronald D. Laing, Phillipson, Cooper - Editora Eldorado - 1974 - Rio
(Tradução) KUNDALINI, A ENERGIA EVOLUTIVA DO HOMEM - Gopi Krishna - 1980 – Editora Record S/A - Rio
O LADRÃO E SALTEADOR DA MENTE HUMANA - Parar Este Falso Mundo – (livro 1) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
TRANSMUTAR ESTE FALSO MUNDO - Parar Este Falso Mundo – (livro 2) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
KUNDALINI, O FOGO ESPIRITUAL - Parar Este Falso Mundo – (livro 3) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
A FARSA DOS MEIOS DO CONHECIMENTO - Parar Este Falso Mundo – (livro 4) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
PRISÃO DO TEMPO – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE – Clube de Autores – 2011 – Segunda Edição – São Paulo
O DESAPARECIMENTO DE NOSSOS FILHOS – 2011 – Clube de Autores – São Paulo
FILOSOFIA E SABEDORIA DE JESUS – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
SERÁ QUE A CIÊNCIA NOS ENGANA? - (Ciência, a Nova Religião, Primeiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
CIÊNCIA, MAGIA LOGIFICADA – (Ciência, a Nova Religião, segundo tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
DISCURSO CONTRA O MÉTODO OU A ANTIDIALÉTICA – (Ciência, a Nova Religião, Terceiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
AS BASES INCONSISTENTES DA MEDICINA CIENTÍFICA – (Ciência, a Nova Religião, Quarto Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
UMA REVOLUÇÃO QUÂNTICA - Clube de Autores – 2010 – São Paulo
JESUS, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? – Primeiro Volume - Clube de Autores – 2012 – São Paulo
JESUS, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? – Segundo Volume – Clube de Autores – 2012 – São Paulo
JESUS SEM CRUZ – Clube de Autores 2012 – São Paulo
OS HERDEIROS DO FILHO DO HOMEM – Clube de Autores – 2012 – São Paulo
TRES JÓIAS DO BUDISMO - Clube de Autores – 2012 – São Paulo
ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO – Segunda Edição – Clube de Autores 2012 – S.Paulo
SENHOR DO YOGA E DA MENTE – Segunda Edição – Clube de Autores 2012 – São Paulo
Conteúdo
Apresentação
Primeira Parte
Dois Cientistas Excepcionais
Será que o Divórcio Acabou?
Uma Coisa Antiga
Introdução do Primeiro Filme
O Conteúdo Completo dos Dois Filmes ---
Quem Somos?" ou Uma Nova Evolução ---
Prof. Fred Alan Wolf, Ph.D.
William Tyler, PhD.
Stuart Ameroff M.D.
John Hagelin Ph.D.
Dr. David Albert
Amit Goswami, Ph.D.
Segunda Parte
Dr. Masaru Emoto:
Dean Radin Ph.D
As conversas do Dr. Quantum
Jeffrey Santinover, M.D.
Miceal Ledwith, Ph.D.
É o Conhecimento uma simples onda?
Quantum Mind 2003
Lynne McTaggart
Daniel Monti, M.D.
Joseph Dispenza, D.C.
Terceira Parte
Candace Pert, Ph.D
Andrew Newberg, M.D
Prof. Ramtha
A Jovem Personagem de Ficção e sua Amiga.
O Dr. Quantum Visita a Planolândia
Apresentação
Nos dois moderníssimos e notáveis filmes Quem somos nós?, Uma Nova Evolução
, de William Arntz, Mark Vicente e Betty Chasse, (e que tem como artista principal, Marlee Matlin), graças à notável ajuda e orientação de especialistas em ciência, seus diretores e autores puseram frente a frente as fantásticas colocações e teorias da Física Quântica Ondulatória, e as verdades
e colocações da Bioquímica e Neurofisiologia. pretensamente decifratórias do cérebro
Não sei quem informou aos produtores dos filmes, mas eles acreditaram que somente a Neurologia, a Bioquímica cerebral e a Neurofisiologia poderiam fundamentar a Física Quântica Ondulatória e fortalecê-la como uma autêntica ciência da objetividade cósmica definitiva e também da Mente-Consciência observadora.
Acharam que o assim dito funcionamento do cérebro ajudaria a entender o que vem a ser o pensamento, o que é a consciência e a mente, "organon" este que no começo do século XX teriam levado os cientistas a descobrir os tesouros da física quântica. Entrementes, não me parece que esses acertaram em cheio.
A todo momento, os físicos quântico do filme, indo muito além da matéria, além da mera objetividade pretensamente material, reconhecem a inseparabilidade entre o sujeito e o objeto, e a condição UNA.
Ou seja, a Unicidade de tudo. Os mestres da física quântica enfatizam e louvam, como raramente se via, a importância do pensamento, e inclusive da intenção, da observação ou observador e principalmente da Mente e da Consciência, as quais espero sejam Verdadeiras, porque secundárias ou falsas mentes também existem.
Mas como talvez os criadores do filme tenham sido informados que em nenhum tomo, livro, alfarrábio de filosofia e teologia ocidental, de todos os tempos, iriam encontrar alguma explicação realmente esclarecedora e definitivamente convincente sobre a mente – e isso da parte dos filósofos e teólogos daqui mesmo – eles tiveram que apelar para os cientistas modernos da ciência biológica e da neurofisiológica.
Valeram-se também de um notável e sapientíssimo teólogo que falou muito bem e falou de tudo, mas nada disse a respeito do Reto Conhecimento, do qual alguns físicos da quântica ondulatória também carecem.
Nossos amigos biólogos e neurofisiologistas não levaram em conta que tudo o que chamamos de natureza organizada, de mundo organizado, de química orgânica e bioquímica, de fantásticas macromoléculas, peptídeos etc. etc., tudo isso era e é tão-somente fruto do Pensamento Primevo. Ou melhor dito, fruto de um modo de pensar que não é igual à pretensa bioquímica cerebral trabalhando. Esse modo transcende.
Nossos amigos se esqueceram também e principalmente da fantástica sabedoria dos taoístas, budistas, hinduístas, iogues, zenbudistas, lamaístas, xamãs, que têm muitas explicações boas, e respostas para quase tudo.E esqueceram também das conquistas do espiritualismo ocidental e das psicociências paranormais que com relação à mente mergulharam fundo, muito mais que um Freud, que desprezava o espiritualismo científico e a metapsíquica de seu tempo, coisa que Karl Jung não fez. Foi mais atento.
Eles se esqueceram porque de fato é extremamente difícil entender essas ciências da Mente Verdadeira e do Espírito, com mais de cinco mil anos de idade, além dos enfoques mais recentes.
Preferiram apelar então para a biologia, bioquímica e neurofisiologia. Achando que elas ofereceriam uma resposta para os dilemas cognoscitivos e perceptuais da física quântica, mas não ofereceram.
É lamentável dizê-lo, mas as colocações e provas
da neurofisiologia apresentadas no filmes se conflitam por completo com as colocações da física quântico ondulatória, malgrado a mocinha da ficção científica (Quem Somos nós, 1 e 2) ou filme, por arte dos diretores e idealizadores do filme, se encaixe muito bem nos dois enfoques, aparentemente conflitantes, conciliando tudo com inteligência.
As ciências biológicas insistem em se basearem na matéria organizada – que nunca ninguém criou nem organizou, nem o Deus bíblico, nem o deus acaso da ciência – e que por causa do pensamento ladino, e da sutil estruturação pensante, tal pretensa matéria organizada se apresentaria como tais ciências acham.
As moléculas da química organizada e as macromoléculas da bioquímica ao se organizarem, ao se rearranjarem, por puro acaso, teriam originado as células, os milagrosos genes, os hormônios, os peptídeos, as proteínas, os aminoácidos e muitas lorotas mais, que tudo parecem resolver, mas não explicam nada.
A física quântico ondulatória, em seus estudos extremados da objetividade, sem o querer, caiu em cheio numa subjetividade e objetividade especiais, que com razão chamou Consciência, Mente, Espírito, SER.
Mas a biologia científica, a bioquímica e a neurofisiologia, ocupando um espaço que não lhe cabe, que é a epistemologia ou modo correto de conhecer, pois elas são objetividade, não ofereceram resposta alguma ao dilema do Reto Conhecimento e Saber Perfeito. Apenas apresentam suas complexíssimas colocações e pretensas descobertas cerebrais que não nos levam a parte alguma. Convém salientar que o objeto jamais pode conhecer o objeto.
Acredito que este livro, principalmente, oferece uma preciosa contribuição a esse intrigante tema da física quântica ondulatória, e também aos profundamente interessados pelas verdades dessa notável disciplina. Sinto e Sei que é exatamente assim. Portanto, bom proveito.E.B.
Ernesto Bono
Primeira parte
Dois Cientistas Excepcionais
Veremos agora o que o grande cientista, físico-quântico e astrônomo, sir Arthur Eddington, declarava em 1920-1930, quando a física quântica já havia surgido
E vejam também o que A. N. Whitehead, o grande físico e matemático, declarou a respeito da ciência moderna e da física quântica. Estes fantásticos ensinos abaixo reproduzidos, retirei de meu livro publicado "É a Ciência Uma Nova Religião?" (Ou os Perigos do Dogma Científico). Tais ensinos, naturalmente, foram copiados das obras originais desses autores e cientistas. Meu livro É a Ciência…
o escrevi entre 1965 e 1967, cursando ainda o quarto e quinto ano de medicina. O livro só foi publicado em 1970 pela renomada Editora Civilização Brasileira do grande Ênio Silveira. Lamentavelmente, passou em brancas nuvens porque era muito avançado para aquele tempo, e cheirava a contracultura, coisa de hippies.
Os comentários entre colchetes e letra padrão são sempre de minha autoria. .
1) ...O físico tem consciência de não estar cometendo qualquer deslealdade para com a Verdade, quando em certas ocasiões seu sentido de proporção lhe diz que deve considerar certa mesa como matéria contínua, ainda que ele, como físico quântico, saiba bem que essa mesma mesa é realmente espaço vazio, que contém apenas cargas elétricas espalhadas.
2) "...É preciso voltar à sólida substância das coisas, à matéria da água que se move sob a pressão do vento e da força da gravidade, obedecendo às leis da hidrodinâmica – [como costumam dizer os ingênuos e já ultrapassados materialistas]. – Porém, amigos, a sólida substância das coisas é outra ilusão.
Ela também é uma fantasia projetada pela mente do homem sobre o mundo exterior.
Sim, perseguimos a substância sólida, arrancando do líquido contínuo o átomo, do átomo o elétron, e aí perdemos a matéria ou pasta material.
Porém, de qualquer maneira – dirão alguns – no fim da pesquisa conseguimos algo real, a saber: os prótons e os elétrons. Todavia, a atual e nova física quântico-ondulatória condena estas imagens por demasiado concretas e rígidas, e a física quântica não nos deixa com nenhum imagem coerente."
3) ...A própria realidade [dita externa] perdeu-se pelas exigências da pesquisa. Primeiramente rechaçamos a mente como fabricante de ilusões, e no final, temos de voltar a ela para dizer-lhe:
Ó mente, eis aqui mundos solidamente edificados sobre uma base científica, mais firme que as tuas fantásticas ilusões.
Porém neles [ou em toda essa objetividade científica] nada há que faça com que os mesmos se transformem em mundos significativos, verdadeiramente existentes!
Ó mente, faz-me o favor de escolher um desses mundos [que eu acreditava reais] e tecer sobre eles as imagens da tua fantasia, porque somente isso lhes dará realidade."
4) "...[Os precursores da ciência moderna, Bacon, Galileu, Newton, Descartes etc] suprimiram as imagens mentais com a finalidade de descobrir a REALIDADE em si mesma e por si mesma, e que, diziam eles, estava escondida por baixo do lusco-fusco da agitação mental.
Porém, [nós cientistas comuns], nos deparamos que o descoberto aí é somente real se existe o teu próprio poder, poder mental esse que dá realidade a tais imagens. Isso acontece precisamente porque a mente, que teceria ilusões, é, ao mesmo tempo, a única que dá garantia à assim dita REALIDADE.
Por conseguinte, teremos de buscar a Realidade sob tais ilusões de outro modo...[Mas agora será por meio do autoconhecimento, Quem Sou Eu?
, e conhecendo a Mente de Modo Direto. Não racional e intelectualmente, mas sim por meio do Saber-Sentir-Intuir Primevo]."
5) "...No que diz respeito ao mundo material, é preciso que se abandone a causalidade rigorosa. Nossas idéias das leis dirigentes estão em processo de reconstrução, e não é possível predizer a forma que, finalmente, tomarão; tudo indica porém que a causalidade rigorosa [de Newton, Descartes, Einstein etc.] desapareceu para sempre.
Com isso, desaparece a necessidade que existia anteriormente de supor que a mente [nunca o cérebro] era sujeita às leis deterministas da ciência."
"...Ao nos apercebermos que o mundo físico é inteiramente abstrato e sem concretismo, afora seus enlaces com a consciência, o físico quântico restaura a consciência ao seu posto fundamental, ao invés de insistir em representá-la como uma complicação não essencial do mundo, encontrada casualmente [ou de modo epifenomênico] dentro da natureza inorgânica, numa etapa avançada da [pretensa e mentirosa] história da evolução."
6) "...As leis do pensamento [ou as normas pelas quais o pensamento se rege] não podem ser igualadas às leis científicas da natureza nem assimiladas desse jeito.
As leis do pensamento são leis que deveriam ser obedecidas [pelo cientista], mas não são leis [dogmáticas] que forçosamente ele tem que obedecer, [sim, pois elas mudam].
O físico [ou um bom cientista], antes de aceitar a lei natural [ou as pretensas leis que regem a natureza], é obrigado a aceitar as leis do pensamento. [Senão isso, com uma Sabedoria real e profunda deve surpreender o que pensamento é, como se implantou em nossa mente e como funciona, se de modo natural ou arbitrariamente]."
7) ...Já estamos muito afastados do ponto de vista que identifica o Real com o concreto. [Ou também, já estamos muito afastados daquele ponto de vista que acreditava que o Real era somente um objeto concreto, palpável e reconhecível].
...A matéria, como todo o resto que se encontra no mundo físico, ficou reduzida a um simbolismo obscuro.
"...A mente é o primeiro objeto mais direto de nossa experiência.
[Digo eu, a Mente nunca deve ser vista como um objeto esmiuçável, senão vira cérebro
ou vira um cadinho de reações físico-químico-elétricas absurdas, de aparências enganadoras e mentiras.
A Mente Pura é EU SOU, é Mente Real, é Consciência, e ELA-EU só um Autoconhecimento perfeito, livre de ego-pensamento, A pode enfocar.
Em verdade o Autoconhecimento não enfoca a Consciência, mas com Ela-EU se Identifica, com Ela-EU se reencontra e se funde, e volta a se Manifestar].
[Amigos], todo o resto é somente fruto de inferências remotas. [Isto é, todo o resto são suposições, aparências, hipóteses que parecem se concretizar, graças à intenção e execução do ato intencional]."
8) ...Esses contornos de espaço, tempo, matéria, luz e sombras, cor, coisas concretas, e que nos parecem tão vividamente reais, são profundamente pesquisados por todos os recursos da ciência física, e, no fundo, os físicos quânticos só acabaram por encontrar símbolos. A pasta material ou a substância de tudo isso transformou-se em sombras. [De qualquer maneira, essa é verdadeira realidade objetiva. Mas só certos biólogos, certos médicos, certos neurofisiologistas, certos psiquiatras e psicólogos não sabem disso – eu não disse todos – porque continuam com suas bolinhas, com suas fórmulas mágicas, com suas arcaicas e superadas estruturações bioquímico-cerebrais ou orgânico-celulares, e que no fundo não fazem sentido algum e enganam todo o mundo].
9) "...Não podemos oferecer provas... A prova é um ídolo diante do qual o cientista e o matemático puro [ambos endeusadores da prova
] atormentam-se a si mesmos.
"Frases retiradas do livro: Reality, Causation, Science and Mysticism"
Sir Artur Eddington
1) "...[Quando na pretensa captação sensorial], a mente apreende [estímulos da realidade], de fora para dentro, a mente experimenta também sensações que, em rigor, são unicamente qualidades dela mesma.
A mente projeta essas sensações de forma tal que acabam revestindo os corpos adequados que se encontram na Natureza externa.
Desse modo, então, percebemos os corpos como se possuíssem qualidades e propriedades que em verdade não lhes pertencem, qualidades que são, de fato, pura criação da mente.
Assim a Natureza externa ganha um prestígio que, em verdade, deveríamos reservar para nós mesmos: a rosa por seu perfume, o rouxinol por seu canto e o sol por seu esplendor.
Os poetas enganaram-se invertendo as coisas, invertendo tudo.
Eles deveriam dirigir suas poesias a si mesmos, e deveriam convertê-las em odes de felicitação pela excelência da mente humana."
Em verdade a Natureza vista pela ciência é coisa triste, pois não tem sons, nem cheiros, nem cores, nem sensações substanciais e significativas. A Natureza [vista pela ciência] é apenas um rodar apressado de energia-matéria, sem fim e sem sentido...[Digo eu, só que essa não é a Verdadeira Autonatureza]. "
2) "...Se a ciência não quiser degenerar numa mistura de hipóteses ad hoc, deverá tornar-se filosófica e deverá empreender uma revisão crítica completa de suas próprias bases,
3) "...[Por causa dos incríveis avanços da física quântica], as antigas teorias do conhecimento científico estão se tornando ininteligíveis. O tempo, o espaço, a matéria, o material, o éter, a eletricidade, mecanicismo, organicismo, configuração, estrutura, modelo, função etc., tudo exige uma nova interpretação.
Para que falar de uma explicação mecanicista das coisas, quando não sabemos o que é que se entende por Mecânica [newtoniana]."
Science and the Modern World
A. N. Whitehead
Será que o Divórcio Acabou?
Bem no começo do segundo filme, há uma introdução interessante, na qual alguém inteligente se pergunta:
Será que o divórcio acabou? Será que o espírito e a ciência estão se juntando de novo?
Será que a igreja e o laboratório estão dizendo a mesma coisa? E o narrador acrescenta:
Desde a antiguidade pré-cristã, a busca pelo Divino e a busca pelo conhecimento sobre o universo marchavam lado a lado, e isso no Ocidente, porque no Oriente tudo era e é diferente há mais de 4.000 anos.
Na Suméria antiga havia um deus da astronomia, um deus da horticultura, um deus da irrigação, e os sacerdotes dos templos eram os escribas e os tecnólogos que investigavam esses campos do conhecimento.
Na Grécia antiga, os filósofos se perguntavam por que estamos aqui? Qual o propósito da Vida? E nesse meio tempo desenvolveram a teoria do átomo. Tentaram explicar os movimentos celestes e os princípios da ética humana.
Na Europa medieval, contudo, a igreja alcançou (ou se outorgou) uma posição de poder supremo. Elegia reis, possuía vastas extensões de terras que os crentes lhes obsequiavam e ditava a verdade dela mesma, já que era a única que tinha de existir. A Igreja católica medieval se autoproclamou conhecedora de tudo. As imposições ou os dogmas que inventava para a conveniência dela mesma eram a própria Lei.
Entrementes, a ciência, em seus primórdios da Era Moderna, buscava evoluir, se aperfeiçoar. E em seu começo moderno, passou a desafiar a tese astronômica antiga de Cláudio Ptolomeu e outros mais, a qual alegava que a terra era o centro do universo.
Para fortalecer as colocações do Gênesis bíblico – geralmente primárias e gratuitas, requerendo uma interpretação melhor – a igreja, por conveniência, transformou tal geocentrismo em dogma. Depois disso, ai de quem tentasse modificá-lo.
Copérnico, Galileu e Giordano Bruno sentiram o peso da mão do catolicismo romano, que defendia esse dogma. Copérnico passou ileso das perseguições, porque a igreja não tomou conhecimento de sua existência. Galileu foi aprisionado e quase excomungado. E Giordano Bruno simplesmente foi morto na fogueira da Inquisição por questionar e colocar o mundo e o universo medieval da igreja em dúvida.
Incapaz de suprimir o avanço da ciência, por mais tempo, a igreja e a ciência dividiram os esforços para progredir e para alcançar um conhecimento melhor. Por exemplo, o cientista e filósofo Descartes inventou o dualismo (ou o separatismo pretensamente real e incontestável entre o sujeito, com seus Res Cogitans
e o objeto Res extensa
).
A igreja, por meio de seus conhecimentos teológicos
dizia possuir o conhecimento do invisível, do divino, do espiritual, quando não era verdade. A ciência, contudo, preocupava-se com as coisas materiais, visíveis e palpáveis, sempre achando que tudo poderia conhecer por meio do cérebro. E então o enfoque científico cresceu mais do que o da igreja. E desse modo nasceu o materialismo científico.
Aparentemente, passou então a prevalecer uma convivência falsa e inquietante. Os cientistas, de sua parte, não eram mais cerceados e proibidos, e, a modo de vingança, reagiram. Passaram então a proclamar:
Tudo aquilo que não é visível e palpável é fantasia, delírio, ilusão!
Nós, homens, em essência, somos pequenas máquinas que vivem e operam num universo mecânico previsível, governado por leis rígidas e imutáveis.
A igreja então revidou, e os cientistas sem alma foram condenados ao inferno teológico, obviamente inventado pela igreja.
De sua parte, Darwin, em suas teses evolucionistas, reagiu contra a Igreja, e deu o troco.
Enquanto isso a religião e a ciência honestas batiam a cabeça e perguntavam-se: Se tudo era mecânico ou se Deus era o único criador sagrado, para que serviam então os seres humanos e o que estes tinham que fazer?
A ciência, ou melhor dito, a física quântico-ondulatória mergulhou mais fundo ainda, em um universo morto, e acabou descobrindo e revelando um mistério. Em minúsculos cantos do espaço e do tempo, os cientistas da física quântica e da física eletrônica escalar encontraram uma energia incomensurável. Eram os mistérios que desafiavam a mente. Mistérios que sugeriam que todos nós estamos conectados ou interligados. E que o universo físico em essência é não-físico ou é não-material. Tempo e espaço são apenas construções de um pensador comum e do materialismo científico. .
Hoje, cientistas que eram renegados se encontram com líderes religiosos. Conferências que geram encontros da ciência e espírito acontecem. Com a chegada do século XXI, as portas da visão mecanicista (vão caindo)... Mas então, irá o século XXI derrubar a cortina de ferro entre igreja e laboratório?
Não é engraçado que aquilo que nós mais tememos (o Desconhecido), é exatamente o que nos entusiasma mais!
[Amigo, o que acabaste de ler, é uma aproximação ao intróito que o importantíssimo segundo filme Quem Somos?
apresenta, com relação ao tema que vai desenvolver. Estas são as revolucionárias revelações da Física Quântica Ondulatória – revolucionárias até certo ponto, digo eu, desculpem – e são as colocações supostamente esclarecedoras da neurologia, fisiologia e bioquímica cerebral. Neste filme, a Física Quântica finalmente explica o que são o mundo, o universo, o átomo-matéria e a energia. O fisiologismo cerebral, de sua parte, tenta explicar como se consegue conhecer tudo isso, o que são as emoções (peptídeos), não alcançando obviamente o seu intento, porque, endeusando os neurônios, as proteínas cerebrais e peptídeos, a neurologia-fisiológica se esqueceu do imprevisível, das incertezas e das fantásticas possibilidades da física quântica.
A meu entender, o divórcio entre cristianismo clerical-teológico e ciência vai continuar, porque o cristianismo tanto católico quanto protestante jamais vão apagar de seus ensinos a idéia ou o conceito de Pecado Original – o qual é apenas uma sábia alegoria que o Gênesis narra de modo curioso, e que os maus pensadores antigos da teologia cristã, do segundo século em diante, distorceram vergonhosamente .O pretenso pecado original das supostas pessoas, Adão e Eva, é somente uma alegoria sapiencial que diz respeito mais à humana maneira de conhecer do que a uma religião antiga em formação. Por causa do Dogma do Pecado Original, os teólogos inventaram a estorieta de que o grande Mestre Jesus era filho unigênito do todo poderoso. E que havia nascido virginalmente ou de um modo especial; que teve uma vida diferente, que pregou e fez milagres, e que morreu, ressuscitando no terceiro dia, porque precisava derrotar o diabo. Em verdade essa concepção era uma fantasia capciosa e cômoda que a imposição ou prevalecimento do dogma do pecado original exigia..
Para que o divórcio entre Igreja e Ciência acabe, é preciso que o cristianismo abandone suas tolices sobre a pretensa Desobediência Divina, que abandone seus dogmas, e volte a se preocupar somente com os ensinos de Jesus, interpretando-os sábia e corretamente. Parece incrível, mas a respeito disso escrevi e estou oferecendo oito livros sobre o Mestre da Galiléia, que ninguém quer publicar. A ciência, por sua vez tem que reimplantar o Espírito, a Consciência como alguns mestres da quântico-ondulatória já estão fazendo e abandonar principalmente a impressão-convicção de que é o cérebro quem pensa, sabe, sente, intui e se emociona.
A ciência moderna nada tem a ver com essas restrições e confusões do pecado original, e que transformam os homens em seres inferiores, pecadores e eternamente culpados. .A ciência moderna não apenas se levantou para acabar com as tolices da ciência da Idade Média, digamos, geocentrismo, Aristóteles, biblicismo etc., mas também surgiu para acabar com as estúpidas noções de é proibido
, é pecado
.
Antes da ciência atual, o homem era totalmente limitado, e não podia fazer isto ou fazer aquilo porque a igreja não queria e não deixava. Hoje estas proibições lamentavelmente continuam prevalecendo de outra maneira, e sem as fogueiras da inquisição. Exemplo, a Justiça nos proíbe a pensar e atuar de modo diverso porque se convenceu, digamos, que uma medicina científica e uma psiquiatria são senhoras absolutas da verdade, quando nada disso é bem assim.
Alguns Mestre orientais Iluminados, há mais de quatro mil anos, já conheciam o que era a Mente no Homem, e não a confundiam com cérebro. Eles se autoconheciam de fato e em profundidade (Iluminação). Mas não só se Iluminaram, e sim surpreenderem segredos divinos, e alcançaram revelações transcendentais. Souberam-Sentiram-Intuiram principalmente quem é
ou o que é
esse o ego pensante em todo homem. Em suma, surpreenderam o que é o ladino pensamento comum. Ou também conseguiram Saber-Sentir-Intuir se de fato a mente egóica (cérebro), graças ao pensamento vulgar (raciocínio), pode conhecer os dados ditos objetivos, e se tem mesmo a importância capital que os gregos antigos ao cogito atribuíram. Eles descobriram que o pensamento no homem era e é o pior dos inimigos. Que ele era e é um enganador, um bandido, ladrão e salteador, além de homicida, porque mata o Homem Verdadeiro para colocar no seu lugar um falso ser, reconstruções, proteínas, peptídeos, e que gerariam um pretenso ente ego-pensante, inserido num corpo supostamente biológico-material. Todas essas atitudes, meus amigos, equivaleram a por em prática o alerta sagrado da antiguidade: Homem, homem, antes de tudo, conhece-te a ti mesmo!
E mais, Nos primórdios de sua história, o cristianismo organizado repudiou a
gnosis ou a Vivência, a experiência direta da Verdade, e aceitou somente um modo de pensar restrito, o seu (ou da teologia); aceitou também a
pistis ou a fé. Ou ainda, depositou uma confiança absoluta em certos escritos sobre Deus que considerou verdades reveladas
, incontestáveis.
Em realidade, amigos, a gnosis crística
, a gnosis pura ou o autoconhecimento vem à frente da pistis
. Mas a fé, o bom conhecimento, como o da quântico-ondulatória, e o autoconhecimento não se conflitam entre si. Foi a igreja que achou que aí havia conflito, porque tal conflito a desculpava.
Levando em consideração que o pensamento tudo podia, os gregos antigos se enganaram no que diz respeito ao verdadeiro conhecimento. A memória-raciocínio-imaginação, mais o intelecto, próprios de um geômetra antigo, tão louvados antigamente, hoje podem ser uma calamidade.
Se só se faz uso do pensamento intelectual, não se pode perguntar por que estamos aqui
, qual o propósito da vida
, porque esses pensamentos especulativos apenas vão acrescentar mais especulações, mais opiniões e mais confusões à Vida.
Precisamos, isto sim, descobrir a Verdade em nós ou saber quem Somos, sem prévias respostas esdrúxulas, gratuitas emanadas pelo próprio pensamento. Temos que enfocar o ego bandido com clareza e sem medo, e pô-lo em segundo plano. Se possível enfocar o SER, transformando-o novamente em VIVÊNCIA, que é o que no Momento Intemporal de fato acontece. .
Opinar ou pensar a respeito da coisa, do dado externo, e dizer que ele é constituído de átomos, isso foi tolice, futilidade, opinião. Hoje a física quântica está dessacralizando por completo o tão endeusado átomo. E no entanto, a fisiologia cerebral, com suas macromoléculas (bioquímica) seus peptídeos, proteínas, hormônios lamentavelmente ainda o sustenta.
Convém saber que a ciência moderna, surgida no século XVI, XVII cometeu um grande pecado. Antes de se meter tanto a descobrir e a inventar, por que não consultou a sabedoria oriental? Bem, mas de que modo, se a Igreja não deixava. Isso é verdade. Porém já no século XIX, a ciência estava totalmente livre e poderia ter-se modificado bastante, passando a beber uma água um pouco diferente. Mas não. Preferiu Darwin e Freud e os deificou. A ciência do século XIX se incrustou em seu egocentrismo e em seu materialismo achando que tudo podia e tudo explicava. Em verdade não explicava absolutamente nada. Menos mal que no começo do século vinte surgiu