Outro olhar sobre a bipolaridade: Outro olhar sobre a bipolaridade
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Sobre este e-book
A incrível jornada de um homem face ao transtorno bipolar
Como ele mergulhou no mais profundo desespero, apenas para emergir triunfante no final.
Foi-lhe diagnosticado transtorno bipolar?
Conhece alguém que sofre desta doença, e está lutando para se encontrar?
Quer saber mais sobre esse terrível transtorno mental?
Está em busca de paz ou está interessado no budismo?
Transtorno Bipolar ou Verdade do Despertar Espiritual?
Acompanhe a viagem de Arthuro Jobsquare, bipolar, de Paris a Montreal, passando por Londres, até o estado de Buda. Uma aventura fantástica, um desprezo à bipolaridade. Uma determinação impressionante de superar essa doença que ameaçava controlá-lo para sempre.
Descrição da doença e incrível jornada de um bipolar tipo 1.
Este livro descreve a incrível jornada de um bipolar e fornece uma descrição justa e precisa desta doença.
Se está à procura de um livro sobre transtorno bipolar ou sobre despertar espiritual, não procure mais, você encontrou-o...
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★★★★★ "O autor conta-nos sobre a sua dolorosa jornada como bipolar tipo 1. É um relato comovente, bem-sucedido e maravilhosamente escrito..." - Frédérique Madison (França)
★★★★★ "Eu li este livro várias vezes, o que não é meu hábito. É necessário recuperar o fôlego e reler. Sentimos todo o sofrimento da pessoa que tenta se distanciar de sua experiência... " - Armand Poursin (França)
★★★★★ "Recomendo este livro além de todas as pesquisas sobre a doença e também depoimentos de pessoas que são afetadas por essa doença. Eu entendi com mais clareza. E eu amo ainda mais meu homem hoje que é bipolar.. ." - Eva de Almeida
★★★★★ "Este livro é incrivelmente preciso, a leitura é essencial para todos aqueles que desejam entender melhor o que um bipolar pode experimentar, especialmente durante as fases maníacas e os delírios místicos que geram, a necessidade de espiritualidade que deriva dele. A descrição do sofrimento melancólico também é avassaladora." - Eva de Almeida (França)
Bíblia Novo Testamento Mateus 5:22 - “E quem lhe disser: Louco! Merece ser punido pelo fogo da Gehenna. »
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Outro olhar sobre a bipolaridade - Benjamin Nemopode
Outro olhar sobre a bipolaridade
Benjamin Nemopode
––––––––
Traduzido por Emiliana Espada
Outro olhar sobre a bipolaridade
Escrito por Benjamin Nemopode
Copyright © 2022 Benjamin Nemopode
Todos os direitos reservados
Distribuído por Babelcube, Inc.
www.babelcube.com
Traduzido por Emiliana Espada
Babelcube Books
e Babelcube
são marcas comerciais da Babelcube Inc.
Outro olhar sobre a bipolaridade
Não é vergonha escolher a felicidade
por
Benjamin Nemopode
Traduzido do francês por Emiliana Cristina V. Espada
Índice:
CAPÍTULO 1 - Um Lugar no Inferno
CAPÍTULO 2 - Outro Tempo
CAPÍTULO 3 - Clérambault
CAPÍTULO 4 - Alguns Retratos
CAPÍTULO 5 - Coulommiers
CAPÍTULO 6 - A Vida Depois da Morte
CAPÍTULO 7 - O Ano da Universidade
CAPÍTULO 8 - Continuação
CAPÍTULO 9 - Maison Blanche
CAPÍTULO 10 - Esclarecimento
CAPÍTULO 11 - Londres
CAPÍTULO 12 - Reflexão
CAPÍTULO 13 - Montreal
CAPÍTULO 14 - A Chegada do Pesadelo
CAPÍTULO 15 - Os Dias Tristes
CAPÍTULO 16 - Início do Despertar
CAPÍTULO 17 - O Apartamento
CAPÍTULO 18 - O Destino do Homem-Deus
CAPÍTULO 19 - O Desapego Material
CAPÍTULO 20 - O Estado de Buda ou o estado de buda
CAPÍTULO 21 - Krishna
CAPÍTULO 22 - Escrever
CAPÍTULO 23 - Alguns Encontros
CAPÍTULO 24 - Saindo de Londres
CAPÍTULO 25 - Calais
CAPÍTULO 26 - Oppedette
CAPÍTULO 27 - Aix en Provence
CAPÍTULO 28 - O Fim do Ano de 2005
CAPÍTULO 29 - Realidade e Ilusão
CAPÍTULO 30 - Os Três Golpes
CAPÍTULO 31 - Outra Vez
CAPÍTULO 32 - A Clínica
CAPÍTULO 33 - Arcana
CAPÍTULO 34 - Antes
CAPÍTULO 35 - O Sofrimento Nunca Esquece Nem Perdoa
CAPÍTULO 36 - A Carta do Acampamento de Verão
CAPÍTULO 37 - Ginecomastia
CAPÍTULO 38 - Kundalini
CAPÍTULO 39 - O Ego ou o Eu Não Realizado
CAPÍTULO 40 - Um Dia no Templo
CAPÍTULO 1
Um Lugar no Inferno
––––––––
Este livro é uma tentativa de alívio, um testemunho que, por essa razão, poucos quererão ler, uma vez que o sofrimento é assustador, o sofrimento afasta e muitas vezes acobarda as pessoas. O meu destino está ligado à minha doença, sou o brinquedo desta doença de certa forma e isso moldou-me mais, penso eu, do que qualquer outra coisa.
Sou bipolar tipo 1 para aqueles que entendem sobre o assunto. E se tiver de procurar um começo, diria que começou quando tinha 20 anos. Pelo menos foi nessa altura que o sofrimento se transformou em explosão e inferno.
Eu tinha vivido uma relação romântica, ela tinha 17 anos, era muito bonita e amava-me. Sem dúvida, fui o culpado pelas minhas explosões daquela época, por isso perdi-a e a mim mesmo. A dor ainda está lá dezassete anos depois, apesar de ter amado de novo, mas aquela dor, aquela desilusão, essa desilusão sobre o poder do amor nunca me deixou. Foi quando consultei o meu primeiro psiquiatra, não sabia o que fazer, estava constantemente a pensar em suicídio ao mesmo tempo que pensava que uma atração tão forte tinha algo de louco. Estive com um amigo que me acolheu por uns dias, não podia ficar sozinho no meio daquele pesadelo, ligámos S.O.S Suicídio, um psiquiatra respondeu e marcamos uma consulta. Imediatamente, o psiquiatra pediu-me para confiar nele, para suportar, que algumas semanas depois tudo isso seria apenas uma má memória; provavelmente naquele momento tomei os meus primeiros antidepressivos. Vivi sozinho, voltei para a minha casa. O terapeuta ligou-me todos os dias para me pedir para ir ao escritório dele, sem sucesso. Finalmente consegui que ele entendesse que tinha de me impedir de cometer suicídio porque ia fazê-lo, sem considerações existenciais, só para parar aquele sofrimento inconcebível. Alguns dias depois, entrei na clínica Dupré em Sceaux, uma ala fechada, uma pequena unidade de onze camas.
Ali fechado não havia como suicidar-me e, no entanto, o pesadelo continuou a prevalecer, muitas vezes simplesmente deitado, uma vez que não havia nada a fazer. Estive naquele lugar durante quatro meses e meio e posso dizer que conheci o inferno. Mudavam-me os antidepressivos, sem sucesso, exceto vários efeitos colaterais muito desagradáveis. Além disso, não só tomava antidepressivos, mas também neurolépticos e ansiolíticos. Tremia muito, sofria de ansiedade, e depois de um tempo tinha dores nas pernas. Uma jovem anorética que precisava de distração entreteve-se importunando-me. Acho que esteve lá durante toda a minha estadia. O lugar era pequeno. Podíamos fumar, mas tínhamos de pedir os cigarros um a um na enfermaria. Obviamente não podíamos ter um isqueiro. Tudo o que era possível era feito para tornar o suicídio impossível, os talheres eram feitos de plástico e havia um setor para registar aqueles que, por vezes, saíam com os pais.
Estive lá muito tempo comparado com a estadia média, vi muitos outros jovens a entrar e a sair. Muitos tentaram suicidar-se e não conseguiam entender como acabaram lá. Podia vê-los saindo do quarto, arrastando a garrafa de soro, meio atordoados. Alguns vieram de outro edifício da clínica onde viviam em condições especiais. A clínica Dupré faz parte da Fondation des Etudiants de France[1], e mesmo que haja críticas sobre os cuidados que administram
, devem ser aplaudidos. Em Sceaux, no início dos anos 90, havia várias unidades. Um serviço fechado, Clérambault 1, conhecido como C1 e depois outros serviços abertos onde viviam jovens que, em alguns casos, tentaram não abandonar a educação que tinham iniciado. A clínica foi considerada um anexo do liceu Lakanal e contou com a presença de professores que ensinaram até ao nível final do ensino secundário. Há dores que estão para além das palavras e é por isso que não vou tentar continuar a descrever esses meses de confinamento. Acho que quando se vive este tipo de experiência e, especialmente, sendo tão jovem, muda-se para sempre, sabe-se que o inferno existe, que está muito perto de nós e acima de tudo, muito longe dos outros... Foi neste lugar que morri pela primeira vez.
CAPÍTULO 2
Outro tempo
––––––––
Houve uma altura em que eu não desejava morrer, outra altura. Deve ter acontecido romanticamente comigo durante a minha adolescência, mas nunca a sério. Sim, existe um antes. E um depois.
CAPÍTULO 3
Clérambault
––––––––
Saí do hospital psiquiátrico sem que a situação tivesse melhorado. Por sugestão do meu pai, decidiu-se que eu iria de férias com eles. Os meus pais tinham alugado uma caravana, não sei onde. Quando parti fui com eles e com a minha irmã, que também fazia parte da aventura. Lembro-me que, vagamente, fiquei na cama quase todo o tempo e li um pouco. Li duas novelas de Nina Berberova. Mas não posso dizer para onde tínhamos ido. As gotas transformaram-se em comprimidos e eu estava a tomar demasiados. No meu regresso, instalei-me num serviço