Cardiobiografia
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Cardiobiografia - Vanda Janeiro
Agradecimentos
A todos os que cruzaram a minha vida… num sopro ou chocando de frente, dissolvendo-se em memórias ténues ou cicatrizes incontornáveis.
Madrugada
Fuga
Sentei-me à espera de o ver chegar,
Súbito e iminente, rasgando o céu
E visto que demorava,
Ergui-me.
Sorvi o ar frio da noite,
Gelei-me as veias que se incendiavam
Com o inexplicável atraso.
Furtei-me esse fogo e guardei-o
Na mão esquerda fechada,
Até o momento certo chegar.
O momento certo tardava.
A mão esquerda queimava.
Ergui-me.
Alforriei o desejo de luz,
Aceitei-me com os meus esteiros brandos.
Tão pouco urgente,
Saudei-me com a plenitude do tempo.
Abri a mão esquerda
E deixei-o fugir.
Solidão
A solidão é a musa que anima
As minhas mãos devassas
Buscando
Orgias de palavras fúteis.
Pálidas imagens de um ego desfocado,
Mergulhado em lirismo obtuso.
Naufrago
Sem nunca ter içado as velas.
Patética tentativa de me exceder…
Solidão paliativa,
Pois não estou só.
Estou em mim com os outros.
Clones,
Sucumbindo a abraços que sufocam.
Autismo
Encerro um autismo de vivência.
Parto de mim, centripetamente,
Para chegar a mim.
A alteridade não é uma promessa,
Mas aparência,
A minha própria sombra.
Não consinto que amo.
Finjo que amo para paliar o vazio.
Não sei amar e convenço-me disso.
Um solfejo melancólico embala a débil audácia de existir.
Olho-me num rosto que não reconheço.
Se sou o que este rosto