O Mito Das Castas
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O Mito Das Castas - Yago Kinoshita
1
O MITO DAS CASTAS
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A ALIANÇA DA QUEDA
Yago Kinoshita
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Sumário
Prefácio ............................................................................... 5
O Monólogo ....................................................................... 7
01 ...................................................................................... 13
02 ...................................................................................... 22
03 ...................................................................................... 28
04 ...................................................................................... 43
06 ...................................................................................... 72
07 ...................................................................................... 75
08 ...................................................................................... 81
09 ...................................................................................... 97
10 .................................................................................... 103
11 .................................................................................... 110
12 .................................................................................... 116
13 .................................................................................... 133
13. II ............................................................................... 146
14 .................................................................................... 165
15 .................................................................................... 170
15.II ................................................................................ 179
3
16 .................................................................................... 197
17 .................................................................................... 200
18 .................................................................................... 210
O Diálogo ....................................................................... 230
Agradecimentos ............................................................. 233
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Prefácio
"E se tudo fosse possível em um imenso e vasto universo?
Como se fosse um sonho, uma jornada que enche os olhos pela aventura, pelas possibilidades de que tudo pode acontecer, e que você pode simplesmente participar, como se fosse um mito sem orçamentos para acontecer. A única condição é a sua imaginação, é a sua fantasia.
Viva a sua fantasia.
Viva o seu mito. "
- Alphos Serafim
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O Monólogo
Como toda grande história como esta começa também em uma boa conversa em uma boa taverna. Há tempos e tempos atrás no centro da grande cidade haviam chuvas torrenciais.
Por incrível que pareça, meu amigo, hoje, não chove mais. Pois então, nessa época de chuvas e dias e dias de chuvas na capital, os seres compartilhavam a grande dádiva que é ter água, não que não tenhamos mais isso em nossos dias, mas tal recurso é mais escasso do que deveria ser. Em tempos antigos era muito bom sentir o cheiro de terra molhada, das pedras dos paralelepípedos encharcados, e dos córregos carregados em volta das cidades do interior, e como era bom não ter o excesso de poeira como se é nos dias de hoje.
Espera! Comecei com a taverna e me perdi em devaneios, voltemos a nossa taverna.
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Na época das águas, como chamamos essa boa era, em uma mesa de canto sempre se encontrava um médio grupo, aí o simples clichê o leva a pensar em mercenários, ou em um grupo de amigos da guarda real, e diferentemente eu te digo, era um grupo de seres místicos e de caráter humilde.
Olha, eu não citei, mas no centro da capital Saint Ávilla, existia uma fonte. Dizem que essa fonte acompanhou por tempos a história de toda a criação, para matar uma dúvida em sua cabeça, sim, esta fonte está seca.
Essa fonte, em seu apogeu, jorrava água, e na criação, os mitos dizem que a água surgiu primeiro no ciclo da vida, que ela dava origem a vida e quando ela entrou em contato com cada outro elemento, criou-se os seres.
Naquela taverna, naquele dia, se encontrava os sete amigos, admiradores da boa e velha cerveja, em altas risadas em meio a uma conversa das boas, a janela aberta, fechou com uma ventania, e um vento frio entrou, e com ele veio o silêncio, e a chuva, a chuva parou.
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Admirados com o evento, os amigos se entreolharam e resolveram abrir a janela, e ver o que havia acontecido, e mais admirados ficaram quando viram que não havia mais chuva, e sim flocos de neve. Flocos que caíam lentamente, e ao tocar no chão molhado se derretiam, não compreenderam o ocorrido, ninguém entendeu, mas o espanto era inevitável. Apesar de viverem em um mundo e época onde os eventos mágicos eram comuns, fáceis de se verem, as pessoas nunca viram a chuva passar. Existiam dias de sol, mas as gotículas de chuva ainda se faziam presente nesses dias, se pudessem estabeleceriam um feriado no dia que não chovesse na capital de Saint Ávilla. Tanto que a capital tinha apelidos diversos, a Cidade da Vida, por causa do mito de origem das castas, a Capital da Água, esse era mais óbvio ainda, a capital fornecia as demais cidades água por um sistema irrigação eficiente.
Bom, a neve, durou, perdurou, e nesse tempo de dias frios, um casal, pertencente aquele grupo de sete amigos, teve uma filha, e como os pais, ela era pertencente
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a casta dos angélicos, dotados de asas e uma pele alva. A Filha de Edwin e Alphos Serafim, tinha o nome de Dara, Dara Serafim. Cabelos negros da mãe, e os olhos azuis do pai, e na mesma taverna, em dias, que agora eram de neve, foi apresentada aos demais amigos de Alphos.
Eles a apelidaram de Anjo da Neve.
Como já era de se esperar Alphos e Edwin não era o único casal do grupo, no mesmo dia em que apelidaram Dara, Ártanis, a fada, teve um mau estar.
- Acho que já estive em dias melhores. – Disse ela, olhando para o seu marido, Erudhir, que a amparava.
Erudhir, era um elfo, e como todo elfo era de estatura alta e elegante. Jamais o viram perder a compostura ou o cavalheirismo. Mal sabia ele que a notícia à primeira vista não era assustadora. Dias se passaram e descobriram, Ártanis estava grávida. E mais uma vez como toda gravidez a alegria se espalhou entre o grupo, os sete comemoravam, ou melhor agora os oito.
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Dara era pequenina, e mesmo assim já compreendia coisas, convivia em um meio feliz, em meio a amizades que foram fundadas a anos e anos atrás. Ora, eu também não devo ter comentado, aquele grupo de amigos, era formado por angélicos, humanos, elfo, fada, e draconiano, cada casta com sua característica, não me cabe agora explicar cada uma delas e sim deixar ao momento apropriado. A amizade desse grupo, agora sim vem um clichê, veio de uma batalha grandiosa, quando o rei do continente para lá do Norte, o país de Doravan resolveu atacar as terras de Eliodor. Dotado de um imenso exército com dragões de gelo, yetis, e legiões da casta dos drows, ogros e híbridos.
Foi uma guerra.
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01
- Capitão! – Gritou uma fada arqueira de uma certa distância e mesmo sabendo que seu superior não a ouviria.
Ela alvejava o drow que estava prestes a atacar o capitão Erudhir pelas costas. Sem muito tempo para pensar, ela atirou, e a flecha tinha destino certo, e não falhou.
Erudhir percebeu a ação, ele era um elfo habilidoso, com uma boa percepção e agilidade, quando se voltou para atacar o inimigo que o atingiria pelas costas, uma flecha impecável atingiu o drow na abertura da armadura, na região da garganta, e morto ele caiu. Como reflexo, olhou para a direção que havia vindo a flecha e viu uma fada arqueira, cabelos loiros em trança, ela acenava a Erudhir e já alvejava os demais inimigos sem muito tempo para ações diplomáticas. O elfo voltou a ação, que só encerrou ao fim da tarde e ao início do anoitecer.
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Ao terminar de comandar suas tropas de elfos a estender as tendas do acampamento, o capitão decidiu sentar-se ao redor da fogueira de chama alta. Os elfos eram organizados, assim como as fadas, pertencentes da mesma casta. Dizem que os elfos e fadas são uma criativa dualidade que surgiram do contato da água da fonte com as primeiras plantas da terra, isso os tornavam os seres mais ligados a natureza. E como um presente por seu amor a natureza os elfos e fadas eram dotados de longevidade, assim viviam por anos.
Diferentemente dos elfos, os drows eram seres nada elegantes, muito menos cordiais, não se importavam com a natureza e eram amantes do caos.
Sentado ao redor da fogueira, Erudhir reconheceu a trança loira que havia visto mais cedo no campo de batalha. Era de característica das fadas trançar seus cabelos de forma diferentes umas das outras. Todas elas eram de estatura mais baixa, e habilidosas com arcos e flechas.
Trajavam roupas de couro leves com as costas semi abertas para que pudessem ter suas pequenas asas livres com o
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objetivo de se movimentarem rapidamente no campo de batalha.
O capitão levantou, e com elegância se aproximou da fada que havia matado o inimigo que o atacaria pelas costas.
- Tenho que te agradecer, bela flecha no campo de batalha hoje. – Disse Erudhir a fada.
- Tenho certeza de que não a precisaria, Capitão.
A fogueira de chama alta crepitava, fazendo um som de fundo para a mera conversa dos dois combatentes.
- Vocês superestimam minhas habilidades, fada. –
O capitão teceu um comentário olhando as tropas que ainda se agitavam para arrumar o acampamento.
Sorrindo, a elfa disse:
- Ártanis, capitão.
- Como? – O elfo sem entender a colocação feita pela fada.
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- Ártanis, é meu nome. – Disse rindo ao ver a confusão do momento.
E nesse meio tempo um barulho chamou a atenção do batalhão de elfos e fadas do acampamento, o som vinha do céu, ao observarem viram um grupo pequeno de angélicos, alguns deles passaram rapidamente pelo acampamento de elfos, e um casal desceu. A casta dos angélicos tinha um porte físico invejável, o mito da criação dizia que esses eram os primeiros seres a surgirem no mundo, advindos do contato da água com o ar. Tinham grandes asas brancas, imponentes, vestiam armaduras de aço com detalhes em dourado.
- Capitão Erudhir? – Disse o anjo de cabelos curtos e brancos, obviamente um oficial da casta. Os angélicos eram a elite do reino de Eliodor.
- Sim, angélico. – Respondeu ao chamado rapidamente.
O guerreiro de grandes asas se aproximou ao capitão elfo, sua companheira o seguiu. Dificilmente os
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pertencentes da casta dos angélicos vagavam sozinhos, raramente isso acontecia, e quando ocorria era por motivos fortes ou designados por seus superiores. Os anjos, como dito pela lenda, são destinados uns aos outros, e quando seu par morre, estes não perdem suas asas, porém jamais voariam novamente.
- Aqui se faz presente o general do primeiro exército, Alphos. E esta é, minha capitã, Edwin. – Se apresentou com formalidade. – Sei das movimentações de seu batalhão na guerra capitão, e tenho uma missão a você.
- Meus combatentes estão à suas ordens. –
Respondeu Erudhir.
- Ótimo, precisaremos de todos. – O general continuou. – A casta dos humanos está sofrendo com a guerra, e acabaram de cair as tropas que batalharam contra os doravanianos a Leste daqui, preciso que você movimente seu batalhão, assim como hão de ir outros elfos e fadas