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Solo Urbano e Ação Pastoral - Documentos da CNBB 23 - Digital
Solo Urbano e Ação Pastoral - Documentos da CNBB 23 - Digital
Solo Urbano e Ação Pastoral - Documentos da CNBB 23 - Digital
E-book66 páginas51 minutos

Solo Urbano e Ação Pastoral - Documentos da CNBB 23 - Digital

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Sobre este e-book

Neste Documentos da CNBB 23, os Bispos do Brasil, reunidos na 20ª Assembleia Geral, abordam o grave problema da terra nas cidades: o uso do solo urbano. Sem ignorar a complexidade do desafio, que envolve aspectos técnicos, o apelo do texto é voltado para que todos os especialistas na matéria se disponham a dar ao tema sua contribuição específica, orientados para a missão da Igreja de estar presenta na realidade concreta da História, compartilhando as esperanças e as angústias das pessoas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de jan. de 2024
ISBN9786559752959
Solo Urbano e Ação Pastoral - Documentos da CNBB 23 - Digital

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    Solo Urbano e Ação Pastoral - Documentos da CNBB 23 - Digital - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    capa_doc23.jpg

    Solo Urbano e Ação Pastoral

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    1ª edição – 2023

    Direção-Geral:

    Mons. Jamil Alves de Souza

    Autoria:

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    Projeto gráfico, capa e diagramação:

    Henrique Billygran Santos de Jesus

    978-65-5975-295-9

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da CNBB. Todos os direitos reservados ©

    Edições CNBB

    SAAN Quadra 3, Lotes 590/600

    Zona Industrial – Brasília-DF

    CEP: 70.632-350

    Fone: 0800 940 3019 / (61) 2193-3019

    E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br

    www.edicoescnbb.com.br

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO

    I. PARTE:

    SITUAÇÃO DO SOLO URBANO NO BRASIL

    1.1. A urbanização no Brasil

    1.2. O solo urbano e sua apropriação anti-social - A especulação imobiliária

    1.3. Promoção e controle do uso do solo urbano

    1.4. Conseqüências sociais

    II. PARTE:

    ELEMENTOS PARA UMA REFLEXÃO ÉTICO-TEOLÓGICA

    2.1. Os critérios

    2.2. Os obstáculos

    III. PARTE:

    PISTAS INSPIRADORAS DE UMA AÇÃO CONCRETA

    3.1. Diretrizes para a ação pastoral

    3.2. Reformas necessárias

    3.3. Ação da Igreja

    CONCLUSÃO

    INTRODUÇÃO

    1. Enviada por Jesus Cristo para evangelizar o mundo, a Igreja exerce sua missão na realidade concreta da História, compartilhando as esperanças e as angústias dos homens.

    2. Por esta razão, nós, Bispos do Brasil, em nossas Assembléias Gerais, estudamos com freqüência problemas graves e urgentes que desafiam a ação da Igreja em nosso País.

    3. Em 1980, tratamos do problema da terra no campo aprovando o documento Igreja e Problemas da Terra. Nesta 20ª Assembléia Geral abordamos o não menos grave problema da terra nas cidades: o uso do solo urbano.

    4. Temos consciência de que a complexidade deste desafio envolve aspectos técnicos alheios à nossa competência. Assim, apelamos instantemente a todos os especialistas na matéria para que se disponham a dar ao tema sua contribuição específica. Por outro lado, sabemos que o povo simples tem consciência das grandes linhas da solução deste problema que tanto o aflige.

    5. Seguindo a metodologia largamente empregada na América Latina e consagrada em Puebla, pela III Conferência Geral do Episcopado latino-americano, trataremos o tema em três partes:

    – I Parte: Situação do solo urbano no Brasil (VER)

    – II Parte: Elementos para uma reflexão ético- teológica (JULGAR)

    – III Parte: Pistas inspiradoras de uma ação concreta (AGIR)

    I. PARTE:

    SITUAÇÃO DO SOLO URBANO NO BRASIL

    6. Nesta primeira parte, propomo-nos a apresentar e a analisar alguns aspectos da realidade do solo urbano e a dinâmica de sua apropriação e valorização em relação com o problema da moradia do povo na cidade.

    1.1. A urbanização no Brasil

    7. As correntes migratórias que abandonam o campo por causas já analisadas em outros documentos¹, dirigem-se para as cidades mais próximas ou buscam principalmente os grandes centros urbanos. Por isso, as cidades maiores crescem em ritmo superior ao das cidades menores.

    8. Em 1940, apenas 31% da população brasileira era urbana. Hoje, essa percentagem atinge 67%, que representa, em números absolutos, mais de 80 milhões de habitantes. O Brasil tem hoje 10 cidades com mais de um milhão de habitantes e cinco regiões metropolitanas com mais de 2 milhões. Em 1940, apenas 8% da população habitava em cidades de mais de um milhão. Hoje, em 13 concentrações urbanas moram 32% da população total, que representa metade da população urbana. Obviamente, os problemas se agravam de modo especial nas grandes regiões metropolitanas, como a Grande São Paulo, com 13 milhões de habitantes e o Grande Rio, com 9 milhões.

    9. Na década de 70 registrou-se, pela primeira vez na história do Brasil, um decréscimo da população rural. Ela caiu, em termos absolutos, em mais de 2 milhões de habitantes, em relação ao total registrado no censo de 1960². Durante a década, o município de São Paulo cresceu demograficamente mais do que toda a área da Amazônia. No mesmo período, 16 milhões de brasileiros migraram do campo para a cidade. Parcela dessa população continua a trabalhar no campo.

    10. A taxa de crescimento da população urbana foi bem

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