Jutlândia, 1916
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Jutlândia, 1916 - André Geraque Kiffer.
ANDRÉ GERAQUE KIFFER
Jutlândia, 1916.
Uma simulação histórica da última grande batalha entre
navios encouraçados
Edição do Autor
Resende
2019
--- Kiffer, André Geraque.
Jutlândia, 1916. Uma simulação histórica da última grande batalha entre navios encouraçados. André Geraque Kiffer.
Edição do Autor, Resende, 2019. Bibliografia: 169 f. 89 il. 21 cm..
1. História. 2. Arte da Guerra. 3. Ciência da Guerra. 4. Jogos de Guerra. I. Autor. II. Título.
ISBN 978-85-65853-44-6
2
3
A minha história terá menos certezas que a História; mas quem quiser reviver o passado para estudar no presente as semelhanças e analogias entre os conflitos humanos, basta- me que a considerem útil. Esta minha História das Guerras é uma conquista definitiva e não uma obra aparatosa para um público de momento
.
(André Geraque Kiffer)
4 RESUMO
Inspirei-me para a construção desta obra pela leitura do livro de Arnold Toynbee, Um Estudo da História
, e do livro " Future Wars" , de Trevor N. Dupuy. Entre 2005 e 2007 adquiri uma coleção de board wargames (jogos de guerra de tabuleiro) em Nova York, e com a leitura do livro " Wargame Design" editado pela Strategy & Tactics Magazine consolidei uma Matriz para Um Estudo da História Militar
. Assim, a partir de 2008, pude iniciar uma análise das guerras, campanhas e batalhas da História de uma determinada época e/ou de uma civilização descritas no Atlas of Military History
, do Instituto Smithsoniano. Até aqui publiquei as seguintes séries : I. Simulação Histórica das Guerras dos Primeiros Impérios
em 2010; VIII. Simulação Histórica da Primeira Guerra Mundial
em 2011; II. Simulação Histórica das Guerras na Grécia Clássica
em 2012; III. Simulação Histórica das Guerras Romanas
em 2016; e "IV. Simulação
Histórica das Guerras na Era Medieval" em 2018.
5
Em 2014, para continuar esta minha obra Um Estudo da História Militar
, li o livro Japanese and Chinese Chess - The Science and Art of War
e acrescentei um novo livro O Estudo das Guerras e os Jogos de Xadrez
ao meu planejado estudo, associando os fundamentos dos jogos de xadrez aos princípios da Arte e da Ciência da Guerra. Em cada livro da obra uma guerra, uma campanha ou uma batalha selecionada é estudada em algum dos níveis de decisão aplicáveis, ou seja, o Político, o Estratégico, o Operacional, o Tático e o Técnico. Com base num resumo do fato histórico procuro destacar o (s) fato (s) decisivo (s) causador (es) do resultado negativo, antes de jogar a simulação por meio de um board wargame
- as ações do outro lado da colina
(do inimigo) são estudadas por meio de um jogo de guerra eletrônico em paralelo. Na simulação se completam todas as possibilidades do propósito do estudo, quando o passado da história é analisado com base na teoria do presente e projetado para o futuro ou
revivido como caso esquemático do tipo e se…
.
6
Quando jogarmos
seguiremos a máxima A VITÓRIA SEMPRE, MAS COM O MENOR CUSTO POSSÍVEL
. Palavras-chave: História. Arte da Guerra. Ciência
da Guerra. Jogos de Guerra.
7 SUMÁRIO
ABREVIATURAS….…………………………………..8 CAPÍTULO 1 – BATALHA DA JUTLÂNDIA,1916….9 CAPÍTULO 2 – ANÁLISE………............................26 CAPÍTULO 3 – SIMULAÇÃO.................................50
REFERÊNCIAS...................................................165
8
ABREVIATURAS
Alc = alcance
APC = Armor-Piercing Capped shell (granada perfurante)
Az = azimute Bat = bateria
BHE = Base-Fuzed HE shell (granada explosiva com espoleta na base)
BL = breech-loading
(carregamento pela culatra) oposta à muzzle-loading
(carregamento pela boca) C = casco (proteção = P) Can = canhão (ões) Com = comunicações CP = Common shell (granada sólida)
CPC = Common Capped (granada sólida com explosivo lyddite)
d = destruído(a) DAv = pontos de danos infligidos num alvo
DD = destruidor ou ( torpedo boat ) destroyer
EB = Esquadrão de Batalha (encouraçados)
EC = Esquadrão de Cruzadores
ECL = Esquadrão de Cruzadores leves
ECP = Esquadrão de Cruzadores pesados
FB = farol de busca
FD = Flotilha de Destruidores
Gr = granada(s) h = hora(s)
HE = High Explosive shell (granada explosiva)
hex (es) = hexágono (s) HMS = His/Her Majesty Ship (navio de seu/sua majestade)
in(ch) = polegadas (calibre da granada)
Inc = incêndio Inund = inundação
LiD = limite de danos, capaz de sofrer
Máx = máxima min = minutos Mot = motores
NHE = Nose-Fuzed HE shell (granada explosiva com espoleta na ogiva, esmagável)
Pcp = principal
PD = pontos (P) de danos (D)
pdr = pounder (peso da granada em onças)
QF = quick-firing (tiro rápido)
S = submersa (proteção) s/ = sem SMS = Seiner Majestät
Schiff (navio de seu/sua majestade)
Sobr = sobreviventes T = tombadilho (proteção) Ton = tonelagem
Tor = torre (ou casamata) de canhões
Trip = tripulação
TT = torpedo U = unidade V(el) = velocidade
9 CAPÍTULO 1
BATALHA DA JUTLÂNDIA, 1916
Aconselhamos a leitura de nosso livro Campanha do Mar do Norte, 1916. Uma Simulação Histórica Alemã
, publicado no Clube de Autores ( w
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r ), para os que desejem uma visão mais ampla do cenário.
Obs: nomes de pessoas e de lugares foram mantidos nos seus idiomas originais, a menos que exista uma forma aportuguesada bem conhecida. Títulos ou termos técnicos em outros idiomas, quando não houver uma melhor tradução em português, são escritos em itálico e explicados (na 1 a vez em que aparecerem).
A batalha naval da Jutlândia (em alemão:
Skagerrakschlacht , ou batalha de Skagerrak) foi
10
travada entre a Grande Esquadra da Marinha britânica, sob o almirante John Jellicoe, e a Esquadra de Alto Mar da Marinha alemã, sob o vice-almirante Reinhard Scheer.
Fig 1: A área de operações.
A batalha se desenvolveu em extensas manobras, com três fases principais (os combates entre as forças de cobertura, as linhas de batalha e as ações noturnas), nos dias 31 de maio e 1 o de junho de 1916, no Mar do Norte a oeste da península da Jutlândia na Dinamarca.
Jutlândia foi a maior batalha naval na Primeira Guerra Mundial e a terceira ação histórica entre
navios encouraçados (navios de guerra blindados
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com aço), após as batalhas do mar Amarelo (1904) e de Tsushima, em 1905, durante a Guerra Russo- Japonesa. Foi, também, a última grande batalha em que duas esquadras trocaram tiros diretos entre seus navios de linha.
Fig 2: Ordem de batalha.
A Marinha Imperial Alemã pretendia atrair e destruir uma parte da oponente, pois o seu poder naval era insuficiente para enfrentar abertamente
toda o poder naval britânico.
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Essa estratégia operacional fazia parte de uma estratégia militar mais ampla para romper o bloqueio naval britânico à Alemanha e permitir o acesso de suas embarcações