Variações em Dor Menor
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Variações em Dor Menor - Tiago Marques
Agradecimentos
Aos meus pais, Maria José e António Júlio, agradeço pelo amor e união que representam na minha vida, e a incondicional admiração que em mim depositam — a concretização deste sonho pertence-vos.
À avó Rosa e à avó Adélia, ao avô Quim e ao avô Basílio, agradeço pelo cuidado e riqueza que deram aos meus dias, por me ensinarem a ouvir, a ouvir, a ouvir uma bela história, e a contá-la com carinho e sabedoria.
À Cátia, agradeço pelo amor devolvido em cada olhar e pela ternura desde o primeiro instante, por me inspirar a escrever diariamente e por me incentivar à publicação deste livro.
À minha família toda, nomeadamente tios e primos, agradeço por trazerem a loucura aos meus dias e por me lembrarem a valorizar o silêncio e a saudade.
Aos meus professores do ensino primário, básico e secundário, agradeço por me integrarem na construção de mim próprio e do mundo, e pelo incentivo máximo a nunca deixar de escrever.
Aos meus amigos, cavaleiros do sonho, pela paciência em me verem crescer, e por perdoarem os devaneios e asneiras desta idade de inocência e progresso.
E a todos os que na poesia nascem uma outra vez!
Salmo
Abrigai-me, vãs palavras,
desinfectai o sangue das plantas
e a seiva brutal e sombria deste corpo.
Tornai seguro o céu que as cobre
desfaça-se a fugacidade desta prece.
— Uso a palavra como quem desliza (batota!)
entre sombras na direção solar!
Quero
arrancar a minha solidão, peça por peça,
do amontoado da memória que se estende a meus pés
em jardins dobrados e arrasados — parece-me que não sei viver,
por me ser estranha a colheita e a limpeza destes vasos meus
Fora eu a outra pessoa que os plantara e não sei dizer,
mas posso, no súbito espasmo poético, purificá-los de novas escrituras
e encontrar nas palavras a lixívia que tanto busquei,
desenfreadamente e nas direcções possíveis.
Gostava que me vissem: eu desinfectando todo este campo
de desenganos,
com versos que façam germinar alguma doçura no mundo.
Introversão
Boa noite.
Eu sou um poeta,
Daqueles de rua
Armado em coisas que escrevo,
Escrito e desarmado naquilo que sinto.
Às vezes não sei que faço
Nem para que o faço:
No fim, só sei que nasço.
No princípio, deito-me no traço
A ver se é arte o que escorre,
A ver se é vida aquilo que morre.
Aí, na morte atingida,
É que o poeta se reinventa em vida.
O poema, raio de esferográfica,
Embebido em lágrima paternal,
Vai falando de cor.
Tanto
Que chega a roubar-lhe voz.
Na verdade, seja ela dita,
Quanto mais lhe rouba
Mais doce se torna.
É