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As Parábolas de Jesus - Vincent Cheung PDF

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AS PARBOLAS DE JESUS

Vincent Cheung

Copyright 2001, 2003 de Vincent Cheung. Todos os direitos reservados. Publicado por Reformation Ministries International PO Box 15662, Boston, MA 02215, USA Traduo de Felipe Sabino de Arajo Neto Todas as citaes bblicas foram extradas da Nova Verso Internacional (NVI), 2001, publicada pela Editora Vida, salvo indicao em contrrio.

SUMRIO

PREFCIO EDICAO DE 2003 .......................................................................................................3 1. SOBRE AS PARBOLAS.....................................................................................................................4 2. SOBRE OUVIR ....................................................................................................................................11 3. SOBRE ORAO................................................................................................................................20 4. SOBRE PERDO.................................................................................................................................23 5. SOBRE RIQUEZA...............................................................................................................................35 6. SOBRE EXCLUSIVISMO ..................................................................................................................40 7. SOBRE JUSTIA PRPRIA .............................................................................................................45 8. SOBRE MINISTRIO.........................................................................................................................50

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PREFCIO EDICAO DE 2003

Esse livro contm exposies informais sobre vrias parbolas bblicas para derivar delas alguns princpios para o viver cristo. Embora as parbolas inclusas sejam mais ricas em significado do que como esses captulos as apresentam, no o propsito deste livro realizar um estudo exaustivo. O primeiro captulo deste livro se foca em vrias questes preliminares relevantes, tais como a natureza, propsito e interpretao das parbolas. Discutiremos as parbolas em si nos captulos subseqentes. Quando revisando o texto, me foquei em corrigir erros teolgicos e fazer melhoramentos no estilo, ao invs de adicionar extenso e profundidade ao livro. Da forma como est, este livro falha em demonstrar a plena riqueza das parbolas e suas implicaes teolgicas. Se tiver a oportunidade, talvez remediarei isso em exposies futuras dessas e outras parbolas.

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1. SOBRE AS PARBOLAS

O Antigo Testamento foi escrito no idioma hebraico, mas no tempo em que Jesus nasceu havia uma traduo grega do Antigo Testamento, chamada a Septuaginta porque tinha sido produzida por setenta eruditos. A Septuaginta frequentemente representada por LXX nos livros e comentrios. Agora, a palavra hebraica para parbola masal, e usada trinta e nove vezes no Antigo Testamento. Em vinte e oito daquelas trinta e nove ocorrncias, a palavra grega usada para traduzir masal parabole. Em outras palavras, a palavra hebraica para parbola, ou masal, usada trinta e nove vezes nos manuscritos originais do Antigo Testamento, e dessas trinta e nove vezes, a palavra grega parabole usada para traduzir vinte e oito ocorrncias dessa palavra na LXX. Ao observar as ocorrncias de masal sendo traduzidas como parabole, uma pessoa pode derivar a variao de significados para a palavra parbola. Embora isso nos diga como alguns eruditos tm chegado s suas definies de uma parbola, diferentes eruditos podem usar definies ligeiramente diferentes, e, portanto, o que parece ser uma parbola para um, pode no parecer para outro. Contudo, os desacordos raramente so significantes o suficiente para tornar a comunicao e o estudo significante impossveis. A palavra grega para parbola parabole ela uma palavra grega composta que significa colocar de lado. No uso bblico, uma parbola compara ou contrasta uma realidade natural com uma verdade espiritual. E assim, quando lendo os Evangelhos, algumas vezes voc ver Jesus dizendo tais coisas como: O Reino dos cus como... (Mateus 13:24), ou Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? (Lucas 13:18). Por que usar parbolas? Uma explicao popular, porm equivocada, que Jesus usouas para tornar as verdades espirituais mais fceis para a sua audincia entender. Voc pode ouvir alguns pregadores dizerem: Deus sempre torna as coisas mais simples. Por exemplo, Jesus usou parbolas enquanto ele estava ensinado s multides. Ele usou coisas tiradas da vida diria deles para explicar-lhes verdades espirituais. Alguns pregadores encorajam seus companheiros ministros a serem mais imaginativos e divertidos ao comunicar as verdades espirituais pelo uso de narraes e parbolas em seus sermes. Contudo, os prprios apstolos nunca seguiram a prtica de Cristo de usar parbolas, indicando que desnecessrio para os ministros de hoje usar os assim chamados mtodos criativos na pregao. Jesus tinha um propsito distinto ao usar parbolas, e no era tornar as verdades espirituais mais fcies de se entender. Em nossas apresentaes, melhor comunicar o conhecimento bblico atravs de exposies estruturadas, o prprio mtodo que muitas pessoas hoje consideram maante demais e sem imaginao. 1

Veja Vincent Cheung, Pregue a Palavra.

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Deixe-me explicar o porqu errado dizer que Jesus usou parbolas para tornar as verdades espirituais mais fcies de se entender. Em primeiro lugar, seus discpulos no entenderam nem mesmo a parbola fundacional at que Jesus a explicasse para eles. Aps contar sua audincia a parbola do semeador em Marcos 4:2-9, seus discpulos chegaram at ele no versculo 10, pedindo a interpretao: Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parbolas. At mesmo seus discpulos mais ntimos, incluindo os Doze, no entenderam a parbola. Jesus respondeu: Vocs no entendem esta parbola? Como, ento, compreendero todas as outras? (Marcos 4:13). A parbola do semeador uma parbola fundacional, e Jesus diz aqui que falhar em entender essa implica que a pessoa falhar tambm em entender todas as outras parbolas. Contudo, at mesmo os dozes apstolos no entenderam essa parbola at que ela fosse lhes explicada. Portanto, um engano dizer que Jesus usou parbolas para tornar as verdades espirituais mais fcies de se entender, visto que at mesmo aqueles que deveriam entend-la falharam em faz-lo. Mas os discpulos parecem no ter tido nenhum problema para entender a explicao da parbola, quando dada em discurso claro. Algumas pessoas reivindicam que as verdades espirituais so de fato mais difceis de entender se transmitidas em discurso claro, sem o uso de parbolas ou alegorias. Mas eu me pergunto como algum que alguma vez j ouviu ou comunicou qualquer verdade espiritual pode sinceramente afirmar isso. Em Joo 16:29-30, os prprios discpulos declaram que era mais fcil entender o que Jesus estava dizendo quando ele falava claramente do que quando usando figuras [de linguagem]. Ento os discpulos de Jesus disseram: Agora ests falando claramente, e no por figuras. Agora podemos perceber que sabes todas as coisas e nem precisas que te faam perguntas. Por isso cremos que vieste de Deus. 2 O versculo 29 mostra que provrbios, parbolas, e figuras de linguagem no tornam necessariamente as verdades espirituais mais fceis de entender; antes, elas frequentemente obscurecem as verdades espirituais at que as explicaes sejam dadas em discurso claro. Os discpulos obviamente preferiam a linguagem direta e nometafrica. Para parafrasear, os discpulos esto dizendo para Jesus: Voc parou de usar figuras de linguagem, parbolas e provrbios. Ao invs disso, voc est falando claramente e sem ambigidade. Por causa disso, agora entendemos o que voc est dizendo. E sob o entendimento do que voc est dizendo, agora temos um maior reconhecimento dos discernimentos divinos em suas palavras, de forma que percebemos que sabes todas as coisas, e cremos que foste enviado por Deus. Visto que foi atravs do discurso claro que Jesus foi capaz de revelar sua grandeza aos discpulos, isso implica que a figura de linguagem frequentemente obscurece sua grandeza. Quando Jesus falava em parbolas, muitas pessoas na audincia no podiam entend-lo, e, portanto, falhavam em apreciar a largura e a profundidade dos discernimentos divinos em suas palavras. Mas quando Jesus falava claramente, aqueles
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Figuras de linguagem (NIV) aqui pode se referir a provrbios ou parbolas.

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que ouviam podiam mais rapidamente reconhecer o conhecimento e autoridade que ele possua. No somente os discpulos falharam em entender a parbola fundacional, mas eles tambm falharam em entender muitas das outras parbolas. Mateus 13:34-36 diz: Jesus falou todas estas coisas multido por parbolas. Nada lhes dizia sem usar alguma parbola, cumprindo-se, assim, o que fora dito pelo profeta: Abrirei minha boca em parbolas, proclamarei coisas ocultas desde a criao do mundo. Ento ele deixou a multido e foi para casa. Seus discpulos aproximaram-se dele e pediram: Explica-nos a parbola do joio no campo. Os discpulos no somente falharam em entender a parbola do semeador, mas tambm a parbola do joio no campo. Visto que Joo 16:29-30 mostra que os discpulos acharam os ensinos de Jesus fceis de entender somente quando ele falava em discurso claro, ao invs de em parbolas, provvel que eles falharam em entender muitas ou a maioria das parbolas que Jesus falou at que ele lhes desse as interpretaes corretas daquelas parbolas. Mas a vasta maioria dos seus ouvintes nunca teve a oportunidade de ouvir aquelas explicaes, visto que Jesus exps as mesmas em privado aos seus discpulos mais ntimos. Os discpulos parecem reconhecer que, como eles mesmos, as pessoas no podiam entender as parbolas de Jesus, e assim, eles perguntaram a Jesus o porqu ele as usava: Os discpulos aproximaram-se dele e perguntaram: Por que falas ao povo por parbolas? (Mateus 13:10). Em outras palavras, eles estavam dizendo: Por que falas a eles em parbolas? Por que no dizes a eles simplesmente o que voc quer dizer? Por que tens que obscurecer o seu significado atravs do uso de parbolas?. Ento, o prprio Jesus admitiu que o uso das parbolas evitaria que muitas pessoas entendessem seus ensinos, e que essa era a sua prpria inteno: Ele respondeu: A vocs foi dado o conhecimento dos mistrios do Reino dos cus, mas a eles no... Por essa razo eu lhes falo por parbolas: Porque vendo, eles no vem e, ouvindo, no ouvem nem entendem. Neles se cumpre a profecia de Isaas: Ainda que estejam sempre ouvindo, vocs nunca entendero; ainda que estejam sempre vendo, jamais percebero (Mateus 13:11, 13-14). Jesus usou parbolas principalmente, no para tornar as verdades espirituais mais fceis de entender; antes, o prprio oposto era verdade, de forma que pelo menos uma das razes pelas quais ele usou parbolas foi para obscurecer o significado de seus ensinos. Retornando para Mateus 13:13-14: Por essa razo eu lhes falo por parbolas: Porque vendo, eles no vem e, ouvindo, no ouvem nem entendem. Neles se cumpre a profecia de Isaas: Ainda que estejam sempre ouvindo, vocs nunca entendero;ainda que estejam sempre vendo, jamais percebero. Assim, Jesus usou parbolas como os meios pelos quais ele ocultaria as verdades espirituais daqueles a quem Deus tinha

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ordenado que permanecessem sem iluminao. Em contraste, Jesus falou em parbolas para que por meio das explicaes dessas parbolas a indivduos selecionados, ele concedesse entendimento espiritual queles a quem Deus tinha ordenado serem iluminados. Parbolas requerem muito pensamento para captar seu significado. Uma pessoa que realmente procura a Deus dever buscar, se esforar, pensar e perguntar at que ela possa encontrar o significado da parbola. E ento ela refletir sobre o assunto, traando todos os significados que ela poderia tirar da parbola para que possa aprender tudo que for possvel sobre Deus... Jesus queria ocultar a verdade das mentes fechadas... a [mente] carnal no est disposta a tomar o tempo ou o esforo necessrio para encontrar o significado da parbola. Jesus realmente diz que ele queria que o significado fosse oculto das mentes fechadas. 3 Se Deus abriu sua mente para a sua palavra (Atos 16:14), ento voc ir sincera e diligentemente busc-lo pensando seriamente sobre as palavras da Escritura, e esse o meio pelo qual Deus lhe conceder mais entendimento espiritual. Como Paulo escreve: Reflita no que estou dizendo, pois o Senhor lhe dar entendimento em tudo (2 Timteo 2:7). Dessa forma, as parbolas podem ajudar o crescimento espiritual de algum que busca a Deus, visto que essa pessoa precisa submergir nas parbolas e suas explicaes. Por outro lado, essas parbolas impediro uma pessoa cuja mente no foi aberta por Deus, visto que ela no buscar sincera e diligentemente o entendimento espiritual como algum cuja mente foi aberta por Deus. Contudo, se as parbolas requerem muito pensamento para captar seu significado, por que muitas pessoas pensam que elas so mais fceis de entender? Tambm, se as parbolas so muito mais difceis, porque algum assumiria que Jesus as usou para tornar as verdades espirituais mais fceis de entender? 4 A resposta que as parbolas parecem ser mais fceis de entender do que elas realmente so porque a Bblia inclui as interpretaes de muitas delas, e essas explicaes no estavam disponveis queles que primeiramente ouviram as parbolas com a exceo dos discpulos mais ntimos de Jesus. Por exemplo, aps relatar a parbola do semeador, a Bblia tambm inclui sua interpretao. Na passagem, Jesus fala sobre uma pessoa semeando semente no cho, mas visto que havia diferentes tipos de solo, as sementes se comportaram diferentemente em cada tipo. Aps isso, quando ele est sozinho com os discpulos, ele explica que a semente era a palavra de Deus, e os tipos diferentes de solo representavam as diferentes condies internas nas pessoas.

Practical Word Studies in the New Testament, Vol. 2; Alpha-Omega Ministries, Inc., 1998; p.15001501. 4 Em todo caso, muitos daqueles que pensam que as parbolas so mais fceis de entender, frequentemente interpretam incorretamente as mesmas.

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Sem essa explicao, como podemos supor saber que a semente realmente a palavra de Deus? concebvel que a semente possa representar outras coisas alm da palavra de Deus, sem danificar a coerncia da histria. Sem uma explicao direta, algum pode no ser capaz de dizer o que a parbola significa. Embora nenhuma interpretao explcita seja dada para algumas das parbolas na Bblia, os Evangelhos as coloca dentro de contextos definitivos, fazendo possvel entend-las. Dado os contextos apropriados, os significados de algumas parbolas se tornam bvios (veja Marcos 12:12), mesmo sem explicaes explcitas. Embora haja princpios bsicos que uma pessoa deva observar quando lendo qualquer parte da Bblia, tal como respeitar o contexto da passagem, h princpios especficos para se entender as parbolas. Cada parbola contm uma idia principal. Uma vez que tenhamos descoberto a mesma, ela deve governar nossa interpretao e aplicao da parbola. Embora alguns tm argumentado que algumas parbolas contm vrias idias principais, podemos estar certos de que um equvoco derivar vrias doutrinas e aplicaes de cada parbola. Mas muitos cristos cometem esse erro. Nem todo detalhe numa parbola simboliza algo. Muitas pessoas vasculham cada parbola tentando descobrir o que cada objeto ou pessoa na parbola representam: O que isso significa? O que aquilo significa?. Algumas vezes um certo objeto ou pessoa no representam algo doutrinariamente significante por si mesmo. Ele est ali simplesmente como parte da histria. Deixe-me dar dois exemplos. O primeiro vem de Mateus 22:10-13, onde lemos: Ento os servos saram para as ruas e reuniram todas as pessoas que puderam encontrar, gente boa e gente m, e a sala do banquete de casamento ficou cheia de convidados. Mas quando o rei entrou para ver os convidados, notou ali um homem que no estava usando veste nupcial. E lhe perguntou: Amigo, como voc entrou aqui sem veste nupcial? O homem emudeceu. Ento o rei disse aos que serviam: Amarrem-lhe as mos e os ps, e lancem-no para fora, nas trevas; ali haver choro e ranger de dentes. Alguns cristos interpretam a veste nupcial nessa parbola como o batismo com gua, concluindo que uma pessoa no salva sem ter sido batizada em gua. Eles tambm afirmam que o costume da igreja primitiva era fornecer vestes aos candidatos batismais, e essas so as vestes nupciais nesta parbola. Mas os eruditos no podem encontrar nenhuma evidncia de que tal costume existiu, e no h nenhuma indicao que a veste nupcial na parbola se refira ao batismo com gua. Baseado nessa parbola somente, ningum pode afirmar que algum sofrer o castigo eterno no inferno se ele professa Cristo sem ser tambm batizado em gua. De fato, no temos nenhuma indicao de que qualquer parte dela ao menos se dirija ao tpico de batismo. Para dizer de outra forma, isso impor as pressuposies teolgicas de algum sobre a passagem.

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Outro exemplo vem de Lucas 10:27-37, ou a parbola do Bom Samaritano: Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu corao, de toda a sua alma, de todas as suas foras e de todo o seu entendimento Ame o seu prximo como a si mesmo. Disse Jesus: Voc respondeu corretamente. Faa isso, e viver. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem o meu prximo? Em resposta, disse Jesus: Um homem descia de Jerusalm para Jeric, quando caiu nas mos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim tambm um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e leo. Depois colocou-o sobre o seu prprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denrios ao hospedeiro e lhe disse: Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que voc tiver. Qual destes trs voc acha que foi o prximo do homem que caiu nas mos dos assaltantes?. Aquele que teve misericrdia dele, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: V e faa o mesmo. Agostinho interpretou essa parbola da seguinte forma: o homem Ado; Jerusalm a cidade celestial; Jeric a lua, representando a mortalidade; os ladres so Satans e os demnios; tirar as roupas do homem representa remover a imortalidade do homem; espanc-lo representa faz-lo pecar; o sacerdote e o levita so o sacerdcio e o sistema religioso do Antigo Testamento; o samaritano Jesus; enfaixar as feridas representa a conteno do pecado; o leo e o vinho representam esperana e encorajamento; o animal a Encarnao; a hospedaria a igreja; o dia seguinte aps a ressurreio de Cristo; o hospedeiro representa o apstolo Paulo; as duas moedas de prata so os dois mandamentos de amor; e a promessa de pagar se for gasto mais a promessa da vida porvir. O mnimo que se pode dizer que essa interpretao extremamente impossvel. Dependendo das suas pressuposies teolgicas, uma pessoa pode forar os objetos na parbola representarem diferentes coisas, e aparentemente sem destruir a coerncia da histria. Para o pentecostal, o leo pode ser a regenerao e o vinho pode ser o batismo do Esprito Santo. Para o dispensacionalista, as duas moedas de prata podem representar dois mil anos. Contudo, no h nenhuma base legtima a partir da qual possamos afirmar qualquer uma dessas opinies. Assim, deveramos evitar tentar fazer com que cada objeto na parbola represente alguma coisa; antes, deveramos nos focar sobre a nfase principal da parbola. Nesse caso, Jesus est respondendo pergunta quem o meu prximo?. O contexto deveria estabelecer os limites para a interpretao. Voc pode ter estado em grupos de estudo bblico onde as pessoas ocupam-se em expressar suas opinies sobre as passagens que esto estudando. Voc pode as ter

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ouvido dizer: Eu penso que isso significa..., Para mim isso significa, ou O Esprito Santo me mostrou que isso significa..., quando na realidade elas no tm nenhuma idia do que as passagens significam. Tais exibies vergonhosas podem ser vistas em toda seo, e as parbolas de Jesus no esto imunes ao abuso deles. Se um grupo de estudo bblico no tem um lder versado, ou se o lder est ali apenas para manter a ordem, ento ele pode rapidamente se degenerar num lugar que encoraja as opinies ignorantes e subjetivas com respeito s coisas de Deus. Nenhuma edificao genuna ocorre; antes, vrias opinies contraditrias so oferecidas, todas das quais podem estar equivocadas, resultando numa grande confuso. Mas para evitar ofender algum, nenhuma interpretao denunciada como falsa. Tal grupo no serve para nenhum propsito construtivo e deveria ser reestruturado ou desfeito. Tal abuso grosseiro da Escritura, onde as passagens bblicas so reduzidas a veculos para expressar as opinies privadas de algum, deve cessar para que o verdadeiro crescimento espiritual ocorra. Pedro adverte que as pessoas ignorantes e instveis distorcem a Escritura para a prpria destruio delas (2 Pedro 3:16). Muitos cristos cobiam o privilgio de serem ouvidos, mas desdenham da responsabilidade de se prepararem para discusses inteligentes atravs de estudos teolgicos vigorosos. Aqueles que no esto qualificados para oferecer contribuies significantes para a discusso bblica deveriam permanecer calados, e aprender a partir de outros at que eles comecem a amadurecer no entendimento. A interpretao bblica no uma disciplina democrtica, onde a opinio de todo mundo conta. Como Eclesiastes 5:1-3 diz: Quando voc for ao santurio de Deus, seja reverente. Quem se aproxima para ouvir melhor do que os tolos que oferecem sacrifcio sem saber que esto agindo mal. No seja precipitado de lbios, nem apressado de corao para fazer promessas diante de Deus. Deus est nos cus, e voc est na terra, por isso, fale pouco. Das muitas ocupaes brotam sonhos; do muito falar nasce a prosa v do tolo. Em adio, Tiago 3:1 diz: Meus irmos, no sejam muitos de vocs mestres, pois vocs sabem que ns, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor. Considerando a falta de conhecimento bblico preciso nos cristos de hoje em dia, a maioria deles no deveria presumir ser mestres, mas antes deveriam permanecer calados na igreja, at que a sua ignorncia e infidelidade s Escrituras tivessem sido remediadas.

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2. SOBRE OUVIR

As parbolas sobre ouvir a palavra de Deus provavelmente constituem o tipo mais importante de parbolas. Visto que elas nos ensinam como ouvir de maneia apropriada a palavra de Deus, seguir os princpios que elas nos ensinam nos capacitar a ouvir apropriadamente as outras parbolas, e tambm as outras pores da Escritura que no so parbolas. Comearemos com a parbola do semeador. Mateus 13:3-9 descreve a parbola da seguinte forma: Jesus falou muitas coisas por parbolas, dizendo: O semeador saiu a semear. Enquanto lanava a semente, parte dela caiu beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde no havia muita terra; e logo brotou, porque a terra no era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque no tinham raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um. Aquele que tem ouvidos para ouvir, oua!. Ento, nos versculos 19-23, Jesus d a seguinte explicao: Quando algum ouve a mensagem do Reino e no a entende, o Maligno vem e lhe arranca o que foi semeado em seu corao. Este o que foi semeado beira do caminho. Quanto ao que foi semeado em terreno pedregoso, este aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Todavia, visto que no tem raiz em si mesmo, permanece pouco tempo. Quando surge alguma tribulao ou perseguio por causa da palavra, logo a abandona. Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este aquele que ouve a palavra, mas a preocupao desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutfera. E, finalmente, o que foi semeado em boa terra: este aquele que ouve a palavra e a entende, e d uma colheita de cem, sessenta e trinta por um. Assim, a semente a pessoa que distribui, publica ou prega a palavra de Deus. As pessoas que ouvem a palavra de Deus so representadas por diferentes tipos de terreno ou solo, nos quais a palavra de Deus tem diferentes efeitos. H quatro tipos de terrenos: 1. O caminho: Enquanto lanava a semente, parte dela caiu beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. 2. O terreno pedregoso: Quanto ao que foi semeado em terreno pedregoso, este aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Todavia, visto que no tem raiz em si mesmo,

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permanece pouco tempo. Quando surge alguma tribulao ou perseguio por causa da palavra, logo a abandona. 3. Os espinhos: Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. 4. A boa terra: Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um.

A importncia dessa parbola torna-se evidente quando Jesus diz aos seus discpulos: Vocs no entendem esta parbola? Como, ento, compreendero todas as outras? (Marcos 4:13). Isso indica que ela uma parbola fundacional, e entend-la te capacitar a ouvir apropriadamente a palavra de Deus, o que, consequentemente, te capacitar a ouvir apropriadamente outras parbolas, bem como o restante da Escritura. Por outro lado, se voc falha em entender at mesmo essa parbola, voc ter dificuldade para entender as outras. No muitos cristos professos so espiritualmente produtivos, mas a maioria deles desejariam ser. A parbola do semeador nos d o fundamento para a produtividade espiritual, mostrando-nos que a chave para produzir fruto ouvindo a palavra de Deus com a condio interior correta. Agora, h quatro tipos de terrenos na parbola, mas somente o quarto consegue produzir. Assim, embora ouvir a palavra de Deus seja a chave para a fertilidade, muitas pessoas ouvem a palavra de Deus sem produzir fruto porque elas tm a condies interiores erradas. Essa parbola lista vrias razes pelas quais uma pessoa pode ouvir a palavra, mas falhar em ser espiritualmente produtiva. O versculo 19 diz: Quando algum ouve a mensagem do Reino e no a entende, o Maligno vem e lhe arranca o que foi semeado em seu corao. Este o que foi semeado beira do caminho. Se voc ouve a palavra de Deus, mas falha em entend-la, ento a palavra de Deus no produzir fruto em voc, e sua vida espiritual permanecer estril. Quando uma semente semeada beira do caminho, ela no entra no solo para que possa enraizar e crescer. Similarmente, uma pessoa que ouve a palavra de Deus, mas no entende o que ela ouve fracassar em reter ou aplic-la. Ento, o maligno vem e arranca a palavra de Deus dela. Se a palavra de Deus no for absorvida pela mente atravs do entendimento, provavelmente ela ser perdida, assim como um sonho pode escapulir aps uma pessoa acordar de manh. Pode ser como se a pessoa nunca tivesse ouvido a palavra de Deus de forma alguma. Ento, os versculos 20-21 dizem: Quanto ao que foi semeado em terreno pedregoso, este aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria. Todavia, visto que no tem raiz em si mesmo, permanece pouco tempo. Quando surge alguma tribulao ou perseguio por causa da palavra, logo a abandona. Esses dois versculos referem-se a uma pessoa que concorda com a palavra de Deus, mas visto que a palavra no enraza em seu corao, para que possa transform-la, ela no tem fora para reter o que ouviu. Quando surgem problemas e perseguies, logo a abandona.

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Se a palavra de Deus no enraza em sua vida para que ela transforme e reestruture sua mente, ento voc achar difcil continuar afirmando e obedecendo ao que voc ouviu, quando pessoas e circunstncias testam sua postura. Esse um problema muito comum. Muitas pessoas parecem ser excitadas com os ensinos da Escritura, mas o comprometimento delas frequentemente falha em se opor aos menores testes. Aqueles que so assim provavelmente logo abandonaro. Ser muito preocupado com as coisas mundanas tambm uma razo comum para a esterilidade espiritual. O versculo 22 diz: Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este aquele que ouve a palavra, mas a preocupao desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutfera. Se voc permite que as coisas desse mundo dominem o seu pensamento, voc ser espiritualmente infrutfero. Como Jesus diz em outro lugar: Ningum pode servir a dois senhores; pois odiar um e amar o outro, ou se dedicar a um e desprezar o outro. Vocs no podem servir a Deus e ao Dinheiro... Pois onde estiver o seu tesouro, a tambm estar o seu corao (Mateus 624,21). Voc reivindica concordar com as palavras de Jesus que a vida de um homem no consiste na quantidade dos seus bens (Lucas 12:15), mas voc cr realmente nisso? Paulo escreve: Nenhum soldado se deixa envolver pelos negcios da vida civil, j que deseja agradar aquele que o alistou (2 Timteo 2:4). O Salmo 19 nos lembra que o temor de Deus e a palavra de Deus so so mais desejveis do que o ouro, do que muito ouro puro; so mais doces do que o mel, do que as gotas do favo (v. 9-10). Muitos cristos professos ainda esto focados em buscar riqueza ao invs de conhecimento sobre Deus, pois eles no crem realmente que o temor de Deus e a palavra de Deus so mais desejveis do que o ouro. Por outro lado, a Escritura testifica que somente o conhecimento sobre Deus um fim digno de ser desejvel: Assim diz o Senhor: No se glorie o sbio em sua sabedoria nem o forte em sua fora nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justia e com retido sobre a terra, pois dessas coisas que me agrado, declara o Senhor. (Jeremias 9:23-24) Em contraste aos terrenos defeituosos acima, a boa terra na parbola so os que, com corao bom e generoso, ouvem a palavra, a retm e do fruto, com perseverana (Lucas 8:15). Uma pessoa cujo corao como a boa terra no somente entende o que ela ouve (Mateus 13:23), mas ela suporta fielmente a perseguio e aflio sem comprometer o entendimento lhe dado com perseverana, ela [d] fruto. A palavra de Deus no sufocada nela porque os assuntos mundanos no dominam seu pensamento. Ela tem um corao bom e generoso. Portanto, a pessoa que se torna espiritualmente produtiva atravs do ouvir a palavra de Deus tem as seguintes caractersticas: ela entende o que ouve, suporta as dificuldades, e tem uma mente espiritual, e no mundana. Uma pessoa espiritualmente produtiva entende e persiste nas verdades bblicas que ela aprende da Escritura. Pela graa de Deus, essas verdades bblicas tm alterado seu pensamento sobre a vida, resultando em mudanas substanciais em seu comportamento. Ela recusa permitir que o mundo defina suas prioridades. Ela est sendo transformada pela palavra de Deus (Romanos 12:2).

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Uma pessoa pode algumas vezes sofrer dificuldades por ter se comprometido a crer e obedecer as verdades bblicas que aprendeu. Aqueles sem perseverana podem comprometer sua f, e, portanto, se tornarem espiritualmente estreis. Mas Deus no nos deixa desprotegidos. As prprias verdades bblicas constituem as armas com as quais voc pode sobrepujar a oposio e presso. Deus lhe deu o escudo da f, e a espada do Esprito, que a palavra de Deus (Efsios 6:16-17). Mateus 13:9 tanto instrutivo como sbrio: Aquele que tem ouvidos para ouvir, oua!. Muitos daqueles que ouvem a palavra de Deus no fazem as mudanas apropriadas em suas vidas. Embora algumas delas possam parecer receber a palavra de Deus com alegria (Mateus 13:20), elas no retero ou obedecero o que ouvem. Esses permanecero estreis. Por outro lado, aqueles que ouvem e obedecem se tornaro espiritualmente frutferos. Como Jesus diz em Mateus 7:24-27: Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela no caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e no as pratica como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda. O insensato no leva a Escritura suficientemente a srio para ret-la e obedec-la, mas o homem prudente reestruturar sua vida inteira de acordo com os ensinos da Escritura, e construir todo o seu pensamento e conduta sobre a rocha slida da revelao bblica. Nossa discusso sobre ouvir a palavra de Deus continua com um estudo da parbola da semente como registrado em Marcos 4:26-29. Visto que o contexto dessa passagem segue o relato de Marcos da parbola do semeador, podemos continuar a ver a semente como a palavra de Deus, e aplicar a parbola ao ouvir a palavra de Deus e ao crescimento espiritual. Dito isso, essa parbola aplica-se a como o reino de Deus cresce em geral. Inicialmente, o reino de Deus carrega somente uma pequena influncia sobre esse mundo, mas ento ele expande e ganha fora (veja Marcos 4:30-32). Assim, o reino de Deus como um todo semelhante a uma semente, mas dessa vez aplicaremos isso vida espiritual de um indivduo. No pode haver nenhuma mudana ou crescimento genuno na vida de uma pessoa sem a palavra de Deus, assim como impossvel produzir fruto sem plantar as sementes. Visto que ouvir ocupa um lugar to importante, devemos prestar ateno s advertncias de Jesus para considerar atentamente o que vocs esto ouvindo (Marcos 4:24) e para considerar atentamente como vocs esto ouvindo (Lucas 8:18). Devemos ser cuidadosos sobre as sementes que caem em nossa mente, e tambm cuidadosos sobre como ouvimos isto , examinar que tipo de terra somos. A semente deve ser a correta, e a terra deve ser a correta. Em outras palavras, devemos tomar cuidado sobre as idias que entram em nossas mentes, e tambm sermos cuidadosos sobre como processamos essas idias.

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A parbola da semente a seguinte: O Reino de Deus semelhante a um homem que lana a semente sobre a terra. Noite e dia, estando ele dormindo ou acordado, a semente germina e cresce, embora ele no saiba como. A terra por si prpria produz o gro: primeiro o talo, depois a espiga e, ento, o gro cheio na espiga. Logo que o gro fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita (Marcos 4:2629). Um crescimento espiritual grande geralmente no vem subitamente ou num perodo curto de tempo, embora isso acontea algumas vezes. Uma semente na terra cresce em estgios: Primeiro o talo, depois a espiga e, ento, o gro cheio na espiga. Assim acontece com o crescimento espiritual uma pessoa no se torna imediatamente um gro cheio na espiga. Visto que esse o caso, o crescimento espiritual no pode ser medido ou percebido sobre a base diria. Algumas vezes Deus nos concede um crescimento espiritual tremendo dentro de um tempo muito curto, mas isso a exceo e no a norma. Ao dizer que o crescimento espiritual gradual, no estamos dizendo que ele deve ser lento, visto que o termo tambm se aplica ao crescimento rpido consistente. Mas estamos falando de um processo, seja lento ou rpido. Quando a semente primeiro germina e comea a crescer abaixo da superfcie, isso no perceptvel ao observador. Mas a semente ainda est crescendo. Similarmente, o crescimento espiritual ocorre primeiramente abaixo da superfcie de sua conscincia imediata, e voc pode ser incapaz de perceber algum progresso num determinado dia qualquer. Mas se a palavra de Deus est de fato transformando e reestruturando sua vida interior, ento voc est crescendo no esprito, quer voc possa ou no sentir ou medir isso num determinado dia qualquer. Voc pode no ser capaz de detectar algum progresso numa semana ou num ms, mas se voc olhar para trs num perodo de um ano ou vrios anos, notar diferenas significantes. Muitos pregadores sustentam que os cristos devem crescer espiritualmente todos os dias. Num sermo tpico, eles podem dizer algo parecido com isso: Hoje, voc deve ter mais entendimento, mais sabedoria, mais amor, mais pacincia, mais dedicao, mais santidade do que tinha ontem. De outra forma, h algo errado em sua vida espiritual. Embora devamos avanar diariamente em nossa vida crist, declaraes como essas podem ser enganosas. Nem sempre fcil dizer que algum est crescendo com base num perodo muito curto de tempo. No h causa para se alarmar se voc no observar algum crescimento espiritual em si mesmo ontem ou na semana passada. Contudo, se no h nenhuma progresso detectvel nos vrios meses passados, ento isso uma indicao de que algo est errado. A parbola nos diz que a terra produz por si prpria. Embora o crescimento espiritual parea exigir muito esforo de voc, o elemento piv a interao entre a sua mente e a palavra de Deus. Paulo escreve: glatas insensatos! Quem os enfeitiou? No foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prtica da Lei que vocs receberam o Esprito, ou pela f naquilo que ouviram? Ser

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que vocs so to insensatos que, tendo comeado pelo Esprito, querem agora se aperfeioar pelo esforo prprio? Ser que foi intil sofrerem tantas coisas? Se que foi intil! Aquele que lhes d o seu Esprito e opera milagres entre vocs realiza essas coisas pela prtica da Lei ou pela f com a qual receberam a palavra? (Glatas 3:1-5) Referindo-se ao seu encontro inicial com os glatas, Paulo est na verdade lhes dizendo: Voc foram regenerados e convertidos pela observao da lei ou por crer no que vocs ouviram?. Ento, ele diz no versculo 3: Ser que vocs so to insensatos que, tendo comeado pelo Esprito, querem agora se aperfeioar pelo esforo prprio?. Embora Deus espere que nos esforcemos e lutemos em nossa santificao, a perfeio espiritual no vem pelo esforo humano. Qualquer esforo ou luta vlida que faamos nos vem pela energia que Deus supre por seu Esprito Santo (Colossenses 1:29). Deus te salvou no porque voc era bom, mas ele disps tudo para que voc ouvisse a mensagem do evangelho e te regenerasse por sua vontade soberana. O crescimento espiritual aps a converso ainda baseado em se ouvir a palavra de Deus e em sua obra soberana em suas mentes. Lucas 10:38-42 relata um incidente concernente a Maria e Marta que ilustra a prioridade de se ouvir a palavra de Deus. Caminhando Jesus e os seus discpulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irm, ficou sentada aos ps do Senhor, ouvindo a sua palavra. Marta, porm, estava ocupada com muito servio. E, aproximando-se dele, perguntou: Senhor, no te importas que minha irm tenha me deixado sozinha com o servio? Dize-lhe que me ajude! Respondeu o Senhor: Marta! Marta! Voc est preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma necessria. Maria escolheu a boa parte, e esta no lhe ser tirada. Jesus diz: Apenas uma [coisa] necessria. Maria escolheu a boa parte, e esta no lhe ser tirada. O que Maria estava fazendo que era to recomendvel? O que era essa uma coisa que era necessria? Ele estava sentada aos ps do Senhor, ouvindo a sua palavra. Por outro lado, Marta estava ocupada com muito servio. Aqueles que so muitos ativos em fazer boas obras frequentemente pensam que eles so superiores e queixam-se contra aqueles que escolhem dar ouvidos palavra de Deus em primeiro lugar em suas vidas. Mas aqueles que esto ouvindo a Palavra de Deus escolheram a boa parte. Alguns cristos pensam que eles tm a aprovao de Deus por causa da abundncia de boas obras deles, e desprezam aqueles que fazem dos estudos bblicos e teolgicos a sua prioridade. Eles do grande nfase orao, ao evangelismo e a ajudar os necessitados. Contudo, sem um conhecimento correto e abrangente da palavra de Deus, eles no podem saber como realizar apropriadamente essas atividades. Sem a palavra de Deus para julgar e governar todos os nossos pensamentos e aes, podemos apenas assumir que nossas boas obras so verdadeiramente boas baseado em nossas intenes somente, mas sem justificao escriturstica.

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Contra tal pensamento popular, a Bblia afirma a prioridade do ministrio da palavra pregar e ouvir doutrinas bblicas sobre os ministrios de orao, evangelismo, aconselhamento, msica, caridade e tudo o mais. Os ltimos ministrios devem todos eles ser fundamentados e governados pela Escritura; de outra forma, no sero ministrios legtimos. Jesus disse: Maria escolheu a boa parte, e esta no lhe ser tirada. Ao invs de exortar os cristos a gastarem mais tempo em orao e evangelismo s custas de ouvir a palavra de Deus, devemos dar prioridade ao estudo das doutrinas bblicas, e deixar a orao, o evangelismo e outros ministrios serem os efeitos de nosso ouvir e receber a palavra de Deus. Tais boas obras viro da energia divina do Esprito Santo, e no pela fora da carne. O progresso espiritual depende da vida da semente, no dos esforos do fazendeiro. Alguns detalhes pertencentes agricultura, tal como o arar e cultivar, foram omitidos dessa parbola, pois sua nfase que o crescimento vem da vida na semente. Certamente, sabemos que a terra precisa ser arada e regada, mas nem o que planta nem o que rega so alguma coisa, mas unicamente Deus, que efetua o crescimento (1 Corinthians 3:7). O crescimento espiritual no vem atravs dos esforos carnais, mas vem de um ato de Deus dando-nos vida por meio de sua palavra. Certamente, isso no d a algum uma escusa para a licenciosidade ou indiferena com respeito s coisas espirituais. 2 Timteo 2:15 diz: Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que no tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade. Em outras palavras, trabalhe duro para se apresentar aprovado a Deus por ser diligente em alcanar um conhecimento bblico correto. Agora, visto que estamos dizendo que o crescimento espiritual e a produtividade vm da atividade de Deus na mente por meio de sua palavra, e visto que estamos dizendo tambm que isso de forma alguma torna a diligncia desnecessria, muito relevante discutir o papel da pesquisa e estudo diligente quando diz respeito interpretao bblica. Especialmente importante para os nossos dias observar que, embora a iluminao pelo Esprito Santo seja crucial para a interpretao bblica correta, tal iluminao frequentemente chega somente por meio e nas ocasies de um estudo diligente e de uma reflexo sobre a Escritura, e no por uma recepo passiva de informao da parte do Esprito. Certamente o Esprito tem um papel na interpretao bblica. fcil para um no-cristo algum que no tem o Esprito distorcer o significado da Escritura, pois ningum pode ver o Reino de Deus, se no nascer de novo (Joo 3:3). irracional esperar que algum que seja cego por Satans (2 Corntios 4:4), e que percebe seu mundo quase inteiramente atravs de pressuposies anti-crists, manuseie a Escritura sem distoro ou preconceito. Em adio, Deus tem dado a alguns uma sabedoria e conhecimento maior do que a outros cristos. Por exemplo, Deus deu a Paulo sabedoria, de forma que dele vieram discernimentos que at mesmo Pedro admite como difceis de entender (2 Pedro 3:1516). Lucas descreve Apolo como um homem culto e [que] tinha grande conhecimento das Escrituras. Fora instrudo no caminho do Senhor... (Atos 18:24-25). De fato, Deus

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chamou alguns para serem mestres (1 Corntios 12:28-29; Efsios 4:11), e nem todos so dotados por Deus atravs da capacitao do Esprito Santo para realizar tais funes. Portanto, reconhecemos o papel do Esprito Santo na interpretao da Bblia. Por outro lado, condenamos a abordagem subjetiva, irracional, anti-intelectual e passiva que muitos cristos professos assumem para com a Bblia, e que eles frequentemente atribuem orientao do Esprito. Eles assumem que para entender a Bblia, eles precisam apenas ler passagens dela, limpar suas mentes de distraes e pensamentos, e o Esprito Santo relevar tremendos discernimentos a eles. Tal abordagem mstica tem gerado varias heresias, mas parece que muitos cristos professos assumem que essa a maneira correta de estudar a Bblia. Eles consideram reflexes, discusses, debates, comentrios, livros-textos e coisas semelhantes como meios no-espirituais e inferiores para alcanar o entendimento espiritual. Telogos so considerados os inimigos do Cristianismo e a pregao doutrinria desprezada como tediosa e irrelevante, mesmo que essas coisas sejam o que mantm a igreja viva num mundo que hostil s suas idias. Elas so a nossa esperana de reganhar a posio superior nas discusses acadmicas, que geram e propagam idias que eventualmente escorrem para as multides para direcionar a histria e a civilizao. Como J. P. Moreland observa: Permitimos um ou outro continuar aplicando um entendimento de uma passagem que baseado em sentimentos vagos ou primeiras impresses e no sobre uma tarefa rdua de ler comentrios e usar ferramentas de estudo tais como concordncias, dicionrios bblicos e coisas semelhantes. Por qu? Porque um exerccio cuidadoso da razo no importante no entendimento do que a Bblia diz para muitos de ns... Por causa da natureza da Bblia, um estudo srio necessrio para captar o que ela diz. Certamente, a Escritura contm pores mais fceis de captar, que so bastante claras. Mas algumas delas so muito difceis, intelectualmente falando... Quanto mais uma pessoa desenvolver a mente e o entendimento de hermenutica... mais ele ou ela ser capaz de entender o significado ou importncia das Escrituras. Desafortunadamente, muitos hoje aparentemente pensam que a tarefa intelectual rdua no necessria para se entender a revelao proposicional de Deus para ns. Pelo contrrio, eles crem que o Esprito Santo simplesmente far conhecido o significado de um texto se implorarmos que ele o faa. Tragicamente, isso representa um mal-entendimento do papel do Esprito no entendimento das Escrituras. 5 Retornando parbola, deveramos perseguir o progresso espiritual, mas a palavra de Deus entendida e crida em nossas mentes que nos leva nossa maturidade espiritual.
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J. P. Moreland, Love Your God With All Your Mind; Colorado Springs, Colorado: Navpress, 1997; p. 26, 45-47.

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Esse o porqu aquele que planta e rega quase excludo da parbola. O fazendeiro na parbola meramente observa o crescimento, e no causa ou ajuda o mesmo. Embora a Bblia nos ensine a sermos diligentes, e a lutarmos e nos esforarmos em perseguir a santificao, ela diz que at mesmo nossa diligncia vem somente da obra soberana de Deus: Assim, meus amados, como sempre vocs obedeceram, no apenas na minha presena, porm muito mais agora na minha ausncia, ponham em ao a salvao de vocs com temor e tremor, pois Deus quem efetua em vocs tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele (Filipenses 2:12-13). Isso assim para que Deus somente receba toda a glria. Ministros deveriam promover crescimento espiritual atravs da palavra de Deus e no atravs de seus esforos carnais. Em sua avidez de promover crescimento e atividade espiritual nas suas congregaes, muitos pastores empenham-se eles mesmos em promover programas evangelsticos, reunies de orao, e outros programas de igreja. Embora essas coisas possam ser boas, nosso foco deveria ser promover crescimento espiritual entre as pessoas pregando a palavra de Deus. Promova a palavra de Deus ao invs de atividades espirituais como essas. Ensine-as a serem como Maria primeiro, que elas deveriam se sentar aos ps do Senhor e ouvir sua palavra, e ento sarem e realizar apropriadamente seus deveres espirituais. Marcos 4:29 diz: Logo que o gro fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita. No comeo a semente est no cho, e voc no pode nem mesmo v-la, mas eventualmente a colheita vir, e voc colher os benefcios dela. Da mesma forma, o crescimento espiritual inicialmente oculto, mas eventualmente se tornar publicamente observvel. O reino de Deus tal que o que uma pessoa faz em secreto ser no tempo feita evidente a todos. Deus recompensar publicamente aqueles que so fiis a ele em privado. Paulo diz em 1 Timteo 4:15: Seja diligente nessas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso. E ele escreve em 1 Timteo 5:24-25: Os pecados de alguns so evidentes, mesmo antes de serem submetidos a julgamento, ao passo que os pecados de outros se manifestam posteriormente. Da mesma forma, as boas obras so evidentes, e as que no o so no podem permanecer ocultas. As boas obras e as ms que esto agora ocultas sero eventualmente manifestas.

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3. SOBRE ORAO

A primeira parbola sobre orao que examinaremos se encontra em Lucas 11:5-10, onde Jesus comea dizendo: Ento lhes disse: Suponham que um de vocs tenha um amigo e que recorra a ele meia-noite e diga: Amigo, empreste-me trs pes, porque um amigo meu chegou de viagem, e no tenho nada para lhe oferecer (v. 5-6). Naqueles dias era um grande embarao e desonra falhar em ter as coisas certas para oferecer aos seus visitantes. At mesmo o pobre tentaria tratar os seus visitantes to bem quanto possvel. O homem nesta parbola enfrenta um embarao potencial, pois ele no tem os itens necessrios para tratar propriamente os seus visitantes. Assim, ele vai at a casa de um amigo e diz: Amigo, empreste-me trs pes, porque um amigo meu chegou de viagem, e no tenho nada para lhe oferecer. Mas o seu amigo, de dentro da casa, responde, dizendo: No me incomode. A porta j est fechada, e eu e meus filhos j estamos deitados. No posso me levantar e lhe dar o que me pede (v. 7). Naquele tempo, as pessoas comuns viviam em casas com um nico quarto. A famlia inteira dormia no mesmo quarto, e o assoalho era feito de barro. Os habitantes pisariam no barro tantas vezes que ele se tornaria um barro duro. Se esse homem se levantasse e andasse na casa para encontrar po para o seu amigo, ele sujaria o seu p e poderia at mesmo acordar o restante da sua famlia. Em adio, a porta tinha sido fechada. Durante o dia, a porta geralmente permanecia aberta. Quando a porta era fechada, isso indicava que a famlia desejava privacidade, ou que a famlia tinha ido para cama. Esse o caso na parbola: No me incomode. A porta j est fechada, e eu e meus filhos j estamos deitados. No posso me levantar e lhe dar o que me pede. Em outras palavras, essa pessoa est pedindo para o seu amigo fazer algo que seria uma grande inconvenincia. Jesus conclui a parbola dizendo: Eu lhes digo: Embora ele no se levante para dar-lhe o po por ser seu amigo, por causa da importunao se levantar e lhe dar tudo o que precisar (v. 8). Ento, ele aplica a parbola nossa vida de orao, dizendo: Por isso lhes digo: Peam, e lhes ser dado; busquem, e encontraro; batam, e a porta lhes ser aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e quele que bate, a porta ser aberta (v. 9-10). Nossa prxima parbola sobre uma viva e um juiz injusto: Ento Jesus contou aos seus discpulos uma parbola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: Em certa cidade havia um juiz que no temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: Faze-me justia contra o meu adversrio. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: Embora eu no tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viva est me aborrecendo; vou fazer-lhe justia para que ela no venha mais me importunar . E o Senhor continuou: Ouam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus no far justia aos seus escolhidos, que clamam a ele

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dia e noite? Continuar fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes far justia, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrar f na terra? (Lucas 18:1-8) Algumas parbolas fazem comparaes, outras contrastes. Nessas duas parbolas, Deus no dito ser similar ao amigo relutante ou ao juiz injusto, mas ele descrito como algum que est muito mais disposto e que muito mais generoso do que eles (Lucas 11:9-13, 18:6-8). O ponto que se o amigo relutante concederia o pedido do amigo persistente mesmo quando isso fosse inconveniente, e, se o juiz injusto concederia a petio da viva mesmo quando isso fosse contrrio s suas prprias disposies e interesses, quanto mais um Deus amoroso e generoso conceder os pedidos persistentes daqueles a quem ele escolheu para salvao? Lucas 11:9-13 diz: Por isso lhes digo: Peam, e lhes ser dado; busquem, e encontraro; batam, e a porta lhes ser aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e quele que bate, a porta ser aberta. Qual pai, entre vocs, se o filho lhe pedir ume peixe, em lugar disso lhe dar uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dar um escorpio? Se vocs, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que est nos cus dar o Esprito Santo a quem o pedir! Essa passagem se encontra imediatamente aps a nossa primeira parbola. Assim, Jesus no diz que Deus como o amigo relutante, de forma que se voc o incomodar o bastante, e se voc sem nenhuma vergonha atrapalhar a sua vida no meio da noite, ento, mesmo que ele no responda sua orao sobre a base de ser o seu Pai celestial, ele, todavia, conceder o seu pedido sobre a base de sua persistncia. Antes, Jesus est dizendo que se um amigo relutante concederia o pedido de uma pessoa por causa de sua persistncia, quanto mais um Deus amoroso e generoso conceder seu pedido, se voc orar com persistncia? Jesus tambm comenta sobre a segunda parbola. Ele diz: Ouam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus no far justia aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuar fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes far justia, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrar f na terra? (Lucas 18:6-8). Deus ver que seus escolhidos recebem justia depressa. 6 Deus no como o juiz injusto em seu tratamento para conosco. Sobre a base da explicao acima, podemos sumarizar vrios pontos sobre a orao que essas parbolas nos ensinam. Jesus diz em Lucas 11:8: Eu lhes digo: Embora ele no se levante para dar-lhe o po por ser seu amigo, por causa da importunao se levantar e lhe dar tudo o que precisar. A palavra traduzida como importunao (NASB: persistncia) nesse versculo significa sem vergonha. O homem no est embaraado por atrapalhar a vida do homem e lhe pedir o que necessita. Ele recusa que os costumes daqueles dias lhe impeam de pedir o que necessita. Jesus explica que o amigo relutante concederia seu pedido no porque ele seu amigo, mas por causa de sua persistente importunao e
6 Dentro do contexto histrico da passagem, essa parbola pode estar se referindo destruio de Jerusalm em 70 d.C. Aqui estamos fazendo um uso mais geral da parbola para tratar da orao em si.

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falta de vergonha. Se at mesmo uma pessoa relutante eventualmente se rende, quanto mais Deus responder nossas oraes, visto que ele no est relutante, mas antes ansioso para cumprir o que ele deseja em nossas vidas? Assim, Hebreus 4:16 nos encoraja a nos aproximarmos de Deus com nossas oraes: Aproximemo-nos do trono da graa com toda a confiana, a fim de recebermos misericrdia e encontrarmos graa que nos ajude no momento da necessidade. Deus no tem limitaes humanas, como o amigo relutante na primeira parbola. Ele no dir: No me incomode. Eu no posso me levantar pois a porta j est fechada, ou meus filhos j esto deitados, por favor, volte amanh. Antes, a Escritura diz: Ele no permitir que voc tropece; o seu protetor se manter alerta, sim, o protetor de Israel no dormir; ele est sempre alerta! O Senhor o seu protetor; como sombra que o protege, ele est sua direita. De dia o sol no o ferir, nem a lua, de noite. O Senhor o proteger de todo o mal, proteger a sua vida. O Senhor proteger a sua sada e a sua chegada, desde agora e para sempre. (Salmo 121:3-8) Em adio, Deus no tem disposies ms, como o juiz injusto na segunda parbola. Ele no reter a justia ou se privar de te responder devido a qualquer malcia ou injustia. Como Jesus diz: No tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai darlhes o Reino (Lucas 12:32), e com respeito queles escolhidos por Deus, ele diz: Acaso Deus no far justia aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuar fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes far justia, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrar f na terra? (Lucas 18:7-8). Jesus nos ensina a sermos persistentes na orao. Na parbola do juiz injusto, ele diz: Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: Embora eu no tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viva est me aborrecendo; vou fazer-lhe justia para que ela no venha mais me importunar! (Lucas 18:4-5). A viva na parbola no se dissuadiu, embora ela enfrentasse um juiz injusto. A corrupo naquele tempo era desenfreada no processo legal. Suborno era quase uma necessidade se uma pessoa quisesse que seu caso fosse at o fim, e o juiz decidisse em seu favor. Uma pessoa tal como a viva no tinha dinheiro para apresentar um suborno significante ao juiz. Todavia, sua persistncia compeliu at mesmo esse juiz a lhe conceder justia. Isso para ilustrar o versculo 1, que declara o contexto e o intento da parbola: Ento Jesus contou aos seus discpulos uma parbola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar (Lucas 18:1). Devemos persistir em orao a despeito dos pensamentos duvidosos, das crticas de parentes e das circunstncias negativas. Jesus nos assegura que Deus responder aos clamores dos seus eleitos. Deus no como o amigo relutante na primeira parbola, nem como o juiz injusto na segunda parbola. Antes, ele generoso para conosco e pronto para nos fazer justia. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrar f na terra? (Lucas 18:8).

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4. SOBRE PERDO

Comearemos esse captulo com uma parbola familiar a parbola do Filho Prdigo. Ela est registrada em Lucas 15:11-32 da seguinte forma: Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: Pai, quero a minha parte da herana. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. No muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma regio distante; e l desperdiou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela regio, e ele comeou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidados daquela regio, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estmago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ningum lhe dava nada. Caindo em si, ele disse: Quantos empregados de meu pai tm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o cu e contra ti. No sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixo, correu para seu filho, e o abraou e beijou. O filho lhe disse: Pai, pequei contra o cu e contra ti. No sou mais digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calados em seus ps. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e alegrar-nos. Pois este meu filho estava morto e voltou vida; estava perdido e foi achado. E comearam a festejar o seu regresso. Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a msica e a dana. Ento chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: Seu irmo voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta so e salvo. O filho mais velho encheu-se de ira, e no quis entrar. Ento seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu ao seu pai: Olha!

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todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu servio e nunca desobedeci s tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! Disse o pai: Meu filho, voc est sempre comigo, e tudo o que tenho seu. Mas ns tnhamos que celebrar a volta deste seu irmo e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou vida, estava perdido e foi achado. O pecado aliena a pessoa de Deus, e leva a mesma a viver de uma tal forma que no agradvel a Deus. Algum que est vivendo um estilo de vida pecaminoso frequentemente gastar menos tempo orando, indo igreja, lendo a Bblia e livros cristos proveitosos, ministrando aos outros, e buscando a Deus em geral (v. 13-16). Assim, um estilo de vida pecaminoso leva uma pessoa pobreza espiritual: Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela regio, e ele comeou a passar necessidade (v. 14). O filho mais novo tomou parte dos bens de seu pai, e a desperdiou. Ento veio uma fome, e ele comeou a passar necessidade. Contudo, seu pai no estava empobrecido, e aqueles que permaneceram na casa do pai no foram afetados. Da mesma forma, embora Deus tenha todas as riquezas, aqueles entre os seus eleitos que ainda precisam se arrepender sofrem pobreza espiritual como se eles no fizessem parte da casa do pai. O pecado corrompe e corri o corao de uma pessoa, e seus pensamentos e aes evidenciam sinais de decadncia e corrupo espiritual: Por isso foi empregar-se com um dos cidados daquela regio, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estmago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ningum lhe dava nada (v. 15-16). Os judeus consideravam alimentar porcos como a ocupao mais baixa que algum poderia ter, mas vemos no versculo 16 que esse filho mais novo desejava encher o estmago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ningum lhe dava nada . Alm de ter que realizar o tipo mais baixo de trabalho que a mente de um judeu poderia imaginar, ele tinha cado numa posio to baixa que invejava os porcos. Os animais estavam aparentemente desfrutando de um alimento melhor que o dele. Comeamos a ver uma reviravolta na vida desse filho mais novo no versculo 17: Caindo em si, ele disse: Quantos empregados de meu pai tm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!. Observe as palavras: Caindo em si. Paulo diz que aqueles que pecam devem despertar do seu sono: Chegou a hora de vocs despertarem do sono, porque agora a nossa salvao est mais prxima do que quando cremos. A noite est quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz. Comportemo-nos com decncia, como quem age luz do dia, no em orgias e bebedeiras, no em imoralidade sexual e depravao, no em desavena e inveja. Ao contrrio, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e no fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne (Romanos 13:11-14).

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No se deixem enganar: As ms companhias corrompem os bons costumes. Como justos, recuperem o bom senso e parem de pecar; pois alguns h que no tm conhecimento de Deus; digo isso para vergonha de vocs (1 Corntios 15:33-34). Porque aquilo que eles fazem em oculto, at mencionar vergonhoso. Mas, tudo o que exposto pela luz torna-se visvel, pois a luz torna visveis todas as coisas. Por isso que foi dito:Desperta, tu que dormes,levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecer sobre ti. Tenham cuidado com a maneira como vocs vivem; que no seja como insensatos, mas como sbios, aproveitando ao mximo cada oportunidade, porque os dias so maus (Efsios 5:12-16). A primeira indicao de arrependimento que a pessoa comea a ver sua prpria condio miservel. O impenitente dito estar com um esprito de atordoamento, e a pregao do evangelho deve despertar o eleito. Deus quem faz eles permanecerem nesse estado de atordoamento enquanto ele desejar, e os no-eleitos nunca sero despertados. Como Paulo escreve: Deus lhes deu um esprito de atordoamento, olhos para no ver e ouvidos para no ouvir, at o dia de hoje (Romanos 11:8). As pessoas se arrependem no porque elas despertaram para a justia por seu prprio poder, visto que elas no tm tal poder, mas elas despertam porque Deus as desperta por seu poder soberano e por meio do evangelho. Portanto, o prprio arrependimento um dom algo que Deus pode ou no conceder a algum de acordo com sua vontade (2 Timteo 2:25). O filho mais novo disse para si mesmo: Quantos empregados de meu pai tm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome. At mesmo o menor entre os fiis na igreja est numa melhor condio do que aqueles que no esto em Cristo. Mas nem todo mundo pensa assim. No comeo da parbola, o filho pensa que melhor pegar os bens do seu pai, deixar a famlia, e fazer tudo o que ele deseja. Da mesma forma, os israelitas a quem Moiss tinha tirado do Egito, se queixaram: Estvamos melhor no Egito! (Numbers 11:18). Mas certamente eles no estavam numa condio melhor no Egito. Muitos cristos professos tambm so assim, reivindicando que eles estavam melhor antes de se tornarem cristos. Se isso parece ser verdadeiro, frequentemente por duas razes. Primeiro, eles nunca amadureceram espiritualmente atravs do estudo, orao e ministrio. Eles so derrotados e miserveis porque no esto fazendo nada espiritualmente significativo. Segundo, algumas pessoas pensam que suas vidas eram melhores antes de se tornarem crists simplesmente porque esqueceram quo ruins suas vidas eram. Os israelistas se queixaram contra Deus e Moiss, dizendo: Quem dera a mo do SENHOR nos tivesse matado no Egito! L nos sentvamos ao redor das panelas de carne e comamos po vontade, mas vocs nos trouxeram a este deserto para fazer morrer de fome toda esta multido! (xodo 16:3). Eles tinham esquecido que eram escravos! Os egpcios colocavam sobre eles chefes de trabalhos forados, para os oprimir com tarefas pesadas (xodo 1:11), e isso certamente no era to bom quanto estar livre no deserto, com a presena e provises de Deus. Suas mentes estavam

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obscurecidas pela incredulidade, e eles fizeram uma avaliao incorreta da situao deles. Salmo 103:2 diz: Bendiga o Senhor a minha alma! No esquea nenhuma de suas bnos!, mas muitos cristos professos esquecem quo ruins suas vidas eram antes de serem salvos pela graa soberana de Deus. Eles desfrutavam de todos os prazeres do pecado (Hebreus 11:25) que os mantinham nas ciladas de Satans antes de Deus [os] resgatar do domnio das trevas e [os] transportar para o Reino do seu Filho amado (Colossenses 1:13). Visto que o arrependimento uma mudana decisiva de mente, do pecado para Deus, o primeiro sinal de arrependimento genuno a capacidade de ver a sua verdadeira condio, da mesma forma como o filho mais novo caiu em si no versculo 17. Ento, ele diz no versculo 18: Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai. Uma pessoa que comea a se despertar do seu esprito de atordoamento v que melhor ser um cristo fiel do que se enlamear no pecado, e que muito melhor ser um crente do que um incrdulo. Essa pessoa pode dizer para si mesma: Eu tenho sido um tolo, como todos os nocristos so tolos. O atesmo irracional, o Islamismo falso, o Mormonismo hertico, o Budismo estpido e o agnosticismo a escusa vazia de um idiota. Eu posso ver agora que minha salvao vem somente da Escritura crist que revela o nico e verdadeiro Deus, e comearei a busc-lo pelos meios que ele providenciou. Assim, eu me arrependerei dos meus pecados e buscarei seu perdo. Eu me imergirei em estudos teolgicos e em orao fervorosa. Eu irei at a igreja e ouvirei pregaes bblicas. Eu buscarei a Deus de todo o meu corao. A parbola continua: Voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o cu e contra ti. No sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados (v. 18-19). Uma pessoa verdadeiramente convertida nunca orgulhosa ou exigente, pois ela v e entende a verdade. Ela percebe que no est em nenhuma posio de demandar algo daquele de quem ela busca misericrdia: Graa esperada ou demandada uma contradio de termos. 7 Uma pessoa que est vindo a Deus com verdadeiro arrependimento descansa na misericrdia de Deus somente. Assim como algum que culpado de um crime e que no tem nenhuma defesa contra a acusao pode se lanar merc da corte, algum que est verdadeiramente arrependido diz: Eu no posso fazer nada. Eu no posso desfazer o que tenho feito. Eu no posso pagar a dvida na qual incorri. Tudo que posso colocar minha vida nas mos de Deus, e estar sua merc, e deixar que ele faa tudo o que quiser comigo. Mas at mesmo se colocar nas mos de Deus vem pelo ato soberano de Deus, no qual ele muda a vontade do pecador e lhe concede o dom do arrependimento. Isso o que o filho mais novo faz na parbola. Ele diz: Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o cu e contra ti. No sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. Ele percebe que ele no est numa posio de exigir algo do seu pai. Ele espera que seu pai seja

Michael Horton, Putting Amazing Back into Grace; Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1994; p. 92.

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misericordioso, e o trate como um dos seus empregados. Ele no ousa esperar mais do que isso. Ento, aprendemos sobre a natureza e extenso do perdo de Deus nos versculos 20-24. O versculo 20 diz: A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixo, correu para seu filho, e o abraou e beijou. O perdo de Deus ativo. Assim como ele j escolheu aqueles a quem ele salvaria, no tempo que ele escolheu, ele tambm ativamente alcana o pecador e faz com que ele se arrependa. Deus no espera passivamente voc se arrepender; se ele o fizesse, voc nunca se arrependeria precisamente porque voc um pecador, e sua vontade est fixada contra ele. Mas Deus, por seu poder irresistvel, muda a vontade daqueles a quem ele escolheu para receber a salvao, fazendo-lhes assim se arrepender. O apstolo Paulo observa que: No h nenhum justo, nem um sequer; no h ningum que entenda, ningum que busque a Deus. Todos se desviaram,tornaram-se juntamente inteis; no h ningum que faa o bem, no h nem um sequer (Romanos 3:10-12). E Jesus diz em Joo 6:44: Ningum pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, no o atrair; e eu o ressuscitarei no ltimo dia. Se Deus fosse esperar at que nos arrependssemos por nossa prpria vontade e poder, ningum seria salvo. No somente Deus est ativamente alcanando aqueles que ele escolheu salvar, perdoando os seus pecados, mas tambm instantaneamente concedendo-lhes a filiao em Cristo: O filho lhe disse: Pai, pequei contra o cu e contra ti. No sou mais digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calados em seus ps (v. 2122). Aqueles a quem Deus faz se arrepender e crer em Cristo no se tornam escravos no reino de Deus, mas so como filhos em sua casa. Em adio, o perdo de Deus completo: Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e alegrar-nos. Pois este meu filho estava morto e voltou vida; estava perdido e foi achado. E comearam a festejar o seu regresso (v. 23-24). Uma pessoa que vive em pecado como algum morto, mas quando se volta para Deus, ela volta vida. Ento, Lucas 15:25-30 muda a ateno para o filho mais velho: Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a msica e a dana. Ento chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: Seu irmo voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta so e salvo. O filho mais velho encheu-se de ira, e no quis entrar. Ento seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu ao seu pai: Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu servio e nunca desobedeci s tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! Lucas 15 comea com as palavras: Todos os publicanos e pecadores estavam se reunindo para ouvi-lo. Mas os fariseus e os mestres da lei o criticavam: Este homem recebe pecadores e come com eles (v. 1-2). Como os fariseus, o filho mais velho se

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irou sobre como o filho arrependido estava sendo tratado. Certamente, muitos daqueles a quem os fariseus consideravam pecadores eram de fato pecadores. E as acusaes do filho mais velho contra o filho mais novo estavam de fato corretas. O problema era que os fariseus se consideravam espiritualmente superiores por causa do comportamento externo deles. Mas Jesus diz: Ai de vocs, mestres da lei e fariseus, hipcritas! Vocs so como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro esto cheios de ossos e de todo tipo de imundcie (Mateus 23:27). Muitos indivduos falsamente religiosos colocam grande nfase e orgulho em suas prprias obras, mas as palavras de Jesus aplicam-se a eles tanto quanto a qualquer outra pessoa: Mas se no se arrependerem, todos vocs tambm perecero. Algumas pessoas tendem a pensar que enquanto elas no pertencerem ao que elas percebem ser o pior grupo de pecadores, elas estaro bem. Contudo, a Bblia diz que a menos que se arrependam, elas pereceram assim como o pior dos pecadores. Somente atravs do arrependimento e da f soberanamente concedidos por Deus uma pessoa pode ser salva e aceita por Deus. Uma pessoa auto-justificada algum que est indignada contra a graa de Deus, pois ela depende de suas prprias obras para buscar a aprovao de Deus: Mas ele respondeu ao seu pai: Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu servio e nunca desobedeci s tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! (v. 29-30). Pessoas auto-justificadas pensam frequentemente que elas tm feito muitas obras boas, e que nunca cometeram nenhum pecado grave. Portanto, elas se tornam indignadas quando algum que cometeu grandes pecados recebe perdo e restaurao de Deus. Uma pessoa auto-justificada pensa que o que ela percebe ser suas boas obras deve obter a aprovao de Deus. Contudo, a Bblia declara que todos os nossos atos de justia so como trapo imundo (Isaas 64:6), e que todos pecaram e esto destitudos da glria de Deus (Romanos 3:23). O filho mais velho diz ao pai: Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! (v. 30). Um pecador arrependido comea a perceber a verdade com respeito a Deus, o pecado e si mesmo. Em contraste, uma pessoa auto-justificada uma que falha em compreender a verdadeira natureza do pecado e da graa. Uma pessoa que depende de suas prprias obras despreza o perdo de Deus como algo que retira o pecado, ao invs de reconheclo como uma demonstrao de sua soberana bondade e misericrdia. Assim, o filho mais velho, em efeito, diz ao seu pai: Voc est recompensando meu irmo por seu pecado. Ele tomou seus bens e os desperdiou ele no fez nenhum bem com eles, mas os gastou totalmente para os seus prprios desejos. Aps ficar sem nada, ele volta rastejando diante de voc, e agora ao invs de puni-lo, voc o est recompensando com essa celebrao! Voc est errado. O retorno do meu irmo no merece perdo e celebrao, mas isto o que voc est lhe dando. Eu tenho estado em tua casa, e nunca te desobedeci, mas voc nunca me deste nem mesmo um cabrito. Pessoas auto-justificadas denunciam o seu mal-entendimento de que o perdo de Deus uma recompensa pelo pecado. Mas a Bblia diz: Que diremos ento? Continuaremos pecando para que a graa aumente? De maneira nenhuma! Ns, os que morremos para o

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pecado, como podemos continuar vivendo nele? (Romanos 6:1-2). A graa soberana de Deus opera para perdoar, restaurar e santificar, no para dar licena para pecar. Os versculos 31-32 contm a resposta do pai ao filho mais velho: Disse o pai: Meu filho, voc est sempre comigo, e tudo o que tenho seu. Mas ns tnhamos que celebrar a volta deste seu irmo e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou vida, estava perdido e foi achado. O filho mais velho falhou em entender que no o pecado que celebramos, mas o arrependimento. O pai celebra no porque seu filho estava perdido, e estava como um morto, mas est se regozijando porque algo mudou em seu filho, e isso o fez retornar e se arrepender de seu modo de vida passado. Da mesma forma, o perdo de Deus no implica que ele tolere o pecado; antes, ele se regozija no arrependimento de uma pessoa, que a pessoa caia em si, e que venha se colocar merc de Deus, sabendo que no tem nenhum mrito prprio. Consequentemente, Jesus diz: H alegria na presena dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lucas 15:10). Para nossa segunda parbola sobre perdo, leremos a partir de Mateus 18:21-35, onde est registrada a parbola do servo incompassivo: Ento Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmo quando ele pecar contra mim? At sete vezes? Jesus respondeu: Eu lhe digo: No at sete, mas at setenta vezes sete. Por isso, o Reino dos cus como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando comeou o acerto, foi trazido sua presena um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como no tinha condies de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possua fossem vendidos para pagar a dvida. O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: Tem pacincia comigo, e eu te pagarei tudo. O senhor daquele servo teve compaixo dele, cancelou a dvida e o deixou ir. Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denrios. Agarrou-o e comeou a sufoc-lo, dizendo: Pague-me o que me deve! Ento o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: Tenha pacincia comigo, e eu lhe pagarei. Mas ele no quis. Antes, saiu e mandou lan-lo na priso, at que pagasse a dvida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido.

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Ento o senhor chamou o servo e disse: Servo mau, cancelei toda a sua dvida porque voc me implorou. Voc no devia ter tido misericrdia do seu conservo como eu tive de voc? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, at que pagasse tudo o que devia. Assim tambm lhes far meu Pai celestial, se cada um de vocs no perdoar de corao a seu irmo. Enquanto a primeira parbola se foca na forma como Deus nos perdoa, essa parbola, embora nos d discernimentos adicionais sobre a magnitude do perdo de Deus, se foca em como Deus quer que perdoemos os outros. O versculo 24 diz: E, comeando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos (ARA). Os tradutores da NASB observam: Um talento valia mais do que quinze anos de salrio de um trabalhador. Assim, a New Living Translation traduz dez mil talentos como milhes de dlares. D. A. Carson aponta que o dbito pode ter sido ainda maior: Ns vislumbramos alguma idia do tamanho da dvida quando recordamos que Davi doou trs mil talentos de ouro e sete mil talentos de prata para a construo do tempo, e os prncipes forneceram cinco mil talentos de ouro e dez mil talentos de prata (1 Crnicas 29:4,7). Algumas estimativas recentes sugerem um valor em dlar de doze milhes; mas com a inflao e a oscilao do preo dos metais preciosos, isso poderia ficar na casa dos bilhes de dlares em moeda de hoje. 8 Algumas fontes dizem que Jesus pode ter desejado falar talentos atenienses ou judeus, mas ambos equivaleriam a milhes de dlares em termos de hoje. Visto que o primeiro servo devia dez mil talentos, seu dbito equivalia ao salrio de mais de 150 mil anos de um trabalhador comum. Algo como o que acontece nessa parbola pode ter acontecido naqueles dias. Contudo, a quantidade que um servo deveria ao seu senhor provavelmente no seria daquela grandeza. improvvel que um servo teria necessitado ou emprestado tanto dinheiro, e improvvel que algum continuaria emprestando dinheiro a um servo at que ele devesse o salrio de cem mil anos de trabalho. No cometa engano sobre isso embora seja improvvel uma pessoa ter devido essa quantia de dinheiro a outra pessoa, cada um de ns deve essa quantidade e muito mais a Deus. Portanto, embora isso possa parecer ser uma hiprbole quando comparada vida natural das pessoas, visto que ela de fato est se referindo ao nosso relacionamento com Deus, ela antes um eufemismo. Frequentemente falhamos em reconhecer a extenso da nossa pecaminosidade. Que muitos podem considerar algum como Hitler como mau enquanto consideram a si mesmos como essencialmente bons denuncia como a humanidade tem sido cegada para a sua prpria pecaminosidade.
Expositor's Bible Commentary, Vol. 8; Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1984; p. 406.
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Contrrio queles que pensam que eles so inocentes diante de Deus, nosso dbito para com Deus no tem limites, e um que no podemos pagar: Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a ns mesmos, e a verdade no est em ns (1 Joo 1:8). Quando falando s pessoas sobre a necessidade delas de salvao, algum pode responder: Eu no preciso de Jesus. Eu no sou realmente to mau. Certo, eu tenho cometido enganos em minha vida, mas em geral, minhas boas obras sobrepujam minhas ms. E eu posso sempre fazer mais boas obras para reparar minha dvida. Mas a verdade que nem mesmo 150 mil anos de boas obras reparar o que elas devem a Deus. De fato, o ensino bblico indica que visto que os no-cristos no podem realizar obras que sejam agradveis a Deus, o que eles consideram ser boas obras so de fato obras pecaminosas. Os no-cristos definitivamente no podem realizar nenhuma boa obra. Ento, o servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: Tem pacincia comigo, e eu te pagarei tudo (v. 26). O que a princpio parece ser uma declarao responsvel de fato uma declarao tola e irrealista. impossvel para esse servo reparar o salrio de 150 mil anos de trabalho, mesmo que ele ganhe muito mais do que um trabalhador comum. Ele no pode reparar nem mesmo uma pequena poro da dvida. Nossa dvida para com Deus muito grande para repararmos. Portanto, ftil se aproximar de Deus ostentando nossas capacidades e realizaes passadas, ou prometendo obras boas e melhores. Antes, devemos fazer a ns mesmos completamente vulnerveis e colocar nossas vidas sua merc. Sua dvida para com Deus muito grande, de forma que nem mesmo tente repar-la; antes, clame por misericrdia. Antes de voc ser salvo, como se voc devesse a Deus uma dvida que no poderia pagar, nem mesmo em milhares de vidas. Assim, ningum pode ser justificado ou feito justo diante de Deus por suas boas obras. Podemos considerar alguns indivduos pecadores piores do que outros, e certamente consideramos muitas pessoas pecadores piores do que ns mesmos. H muitos criminosos vis e violentos em nossos dias h molestadores de crianas, assassinos, ladres, aqueles que juram falsamente, adlteros, fornicadores e homossexuais. H tambm muitos que afirmam religies falsas e ms muulmanos, mrmons, budistas e catlicos. Contudo, Jesus declara que as obras e crenas ms dos outros no te absolve da sua prpria pecaminosidade: Naquela ocasio, alguns dos que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifcios deles. Jesus respondeu: Vocs pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que no! Mas se no se arrependerem, todos vocs tambm perecero. Ou vocs pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Silo, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalm? Eu lhes digo que no! Mas se no se arrependerem, todos vocs tambm perecero (Lucas 13:1-5).

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A menos que voc se arrependa e se torne um verdadeiro cristo, voc ter o mesmo destino que os homossexuais e budistas tormento consciente extremo no inferno. Terrvel coisa cair nas mos do Deus vivo! (Hebreus 10:31). Arrependimento refere-se uma mudana decisiva de mente, do pecado para Deus. uma renncia do seu modo anterior de pensamento e comportamento, e que voc deve confiar em Cristo para te salvar do seu pecado e de suas conseqncias. Voc deve dizer a Deus: Minha dvida incorrida pelo pecado muito grande, e eu no posso repar-la. Eu preciso de outra pessoa para me ajudar, algum que pague o preo por mim. Agora eu clamo para que Jesus Cristo me salve, confessando que ele morreu pelos seus eleitos, e que ele ressuscitou dentre os mortos para a justificao dos eleitos, e para ser o mediador entre Deus e os seus escolhidos. Se o seu arrependimento verdadeiro e sincero, ento isso significa que Deus te escolheu para salvao (2 Tessalonicenses 2:13), e que ele j comeou sua obra em voc. O servo tinha incorrido numa dvida que ele no podia pagar, e assim o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possua fossem vendidos para pagar a dvida (Mateus 18:25). O servo implorou por misericrdia ao seu senhor, e prometeu reparar todo o dbito, o que, como vimos, uma declarao mentirosa e irrealista. At esse ponto, a situao parece impossvel. Mas lemos no versculo 27: O senhor daquele servo teve compaixo dele, cancelou a dvida e o deixou ir. A soluo no veio do prprio servo, mas do senhor, que perdoou a dvida por compaixo. O senhor cancelou a dvida no porque ele tinha que faz-lo, ou porque o servo de alguma forma tinha direito sua compaixo. Antes, o senhor tinha o direito de puni-lo, e o servo no tinha nenhum direito, de forma alguma. Da mesma forma, o perdo de Deus para conosco baseado na sua misericrdia e compaixo, ao invs de obrigao. Deus nunca foi obrigado a enviar Jesus Cristo para morrer pelos eleitos; ele nunca foi obrigado a nos perdoar dos nossos pecados. Deus no nos deve perdo ou qualquer um dos dons que ele nos d. Ningum tem o direito em si mesmo de ir para o cu ou fazer qualquer demanda a Deus. Muitas pessoas falam sobre Deus como se ele nos devesse tudo que desejamos ou demandamos, e assim, ouvimos perguntas como essa: Se existe um Deus, por que h tantas pessoas passando por pobreza, fome, doena e outras coisas semelhantes?. Se entendemos verdadeiramente a severidade do pecado, e que somos ns quem devemos a Deus, ento a pergunta deveria ser: Como pode haver to pouco sofrimento neste mundo quando devemos tanto a Deus? Como pode haver tanto perdo quando h tanto pecado?. Deus no lhe deve quaisquer dons ou bnos mas at mesmo o ar que voc est respirando dom dele. Por que h tanto perdo onde h tanto pecado? A Bblia explica: Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graa (Romanos 5:20). Tal a magnitude do perdo e compaixo de Deus. Tal a perfeio de sua misericrdia para com aqueles que ele escolheu para serem dele. Agora, os pecados de outras pessoas contra ns sempre so melhores e insignificantes quando comparados aos pecados dos quais Deus nos perdoou. O versculo 28 diz: Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denrios. Agarrou-o e comeou a sufoc-lo, dizendo: Pague-me o que me deve!. Um denrio

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era apenas o salrio de um dia. Esse servo devia ao outro cem denrios, e assim, cem dias de salrio. Embora fosse provavelmente uma quantia significante de dinheiro da perspectiva do servo, ela era pelo menos possvel de ser paga. Assim, o segundo servo implorou ao primeiro: Ento o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: Tenha pacincia comigo, e eu lhe pagarei (v. 29). O segundo servo que devia o dinheiro disse exatamente a mesma coisa que o primeiro servo disse ao senhor, mas dessa vez a promessa de pagamento era realista. Mas o primeiro servo no teve compaixo do seu conservo: Mas ele no quis. Antes, saiu e mandou lan-lo na priso, at que pagasse a dvida (v. 30). Aqui no dito que o primeiro servo era incapaz de perdoar o segundo, mas que ele recusou perdoar a dvida. A parbola continua: Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Ento o senhor chamou o servo e disse: Servo mau, cancelei toda a sua dvida porque voc me implorou. Voc no devia ter tido misericrdia do seu conservo como eu tive de voc? (v. 31-33). Agora, Efsios 4:32 diz: Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo. Assim, Deus nos ordena perdoar os outros da mesma forma como ele tem nos perdoado. Embora Deus nunca tenha sido obrigado a nos perdoar, ele imps a obrigao sobre ns de perdoar os outros. Uma escusa que muitas pessoas usam quando rejeitando perdoar outra dizer: Eu tenho o direito de reter isso contra ele. Ele realmente cometeu uma injustia contra mim. Embora a Bblia no negue que os outros no cometam pecados contra ns, ela nega que tenhamos o direito de reter seus pecados contra eles quando eles se arrependem, e nos ordena ter disposio e compaixo para perdoar. O senhor nesta parbola no questiona se o segundo servo deve dinheiro ao primeiro, mas ele condena o comportamento do primeiro servo, visto que aquele que tinha sido perdoado de uma dvida de dez mil talentos, recusou perdoar a dvida daquele que lhe devia somente cem denrios. Da mesma forma, Deus requer que, no caso de arrependimento do ofensor, perdoemos-lhe de corao (v. 35). Muitas pessoas enfatizam como perdoar os outros beneficia a si mesmas. At mesmo cristos professos ensinam o perdo desse ngulo. Por exemplo, eles ensinam que o ressentimento prejudicial sade e condio espiritual da pessoa, de forma que voc deve perdoar aqueles que te ofenderam se no por nenhuma outra razo, pelo fato de beneficiar a voc mesmo, e que seu perdo provavelmente beneficiar mais a voc do que aqueles que voc perdoar. Contudo, esse ensino e essa nfase so anti-bblicas. O perdo sempre custa algo quele que perdoa. Ele custou ao senhor dez mil talentos para perdoar o primeiro servo na parbola. Deus tambm nos perdoa sua prpria custa seu filho teve que morrer a morte de cruz para assegurar salvao para ns. A Bblia ensina que devemos perdoar aqueles que nos ofendem por causa da nossa obedincia a Deus e por nossa compaixo por eles, de forma que perdoamos para a glria e Deus e para o bem do ofensor. Deveramos perdoar porque estamos agradecidos pelo perdo de Deus para conosco, e no porque desejamos uma melhor sade e paz de

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mente. No deveria ser difcil ter compaixo daqueles que se arrependem, visto que Deus derramou seu amor em nossos coraes, por meio do Esprito Santo que ele nos concedeu (Romanos 5:5). Deveramos perdoar os outros porque no somos de ns mesmos. Porque Deus nos ordena perdoar aqueles que tm nos ofendido quando eles se arrependem, no temos nenhum direito de reter o perdo quando eles se arrependem: Tomem cuidado.Se o seu irmo pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe (Lucas 17:3). Em adio, devemos repetidamente perdoar a mesma pessoa se ela se arrepender: Se pecar contra voc sete vezes no dia, e sete vezes voltar a voc e disser: Estou arrependido, perdoe-lhe (v. 4).

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5. SOBRE RIQUEZA

Jesus diz: Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganncia; a vida de um homem no consiste na quantidade dos seus bens (Lucas 12:15). Desde o incio, sabemos que uma pessoa nunca deve ser obcecada por dinheiro. Contudo, dinheiro o assunto sobre o qual muitas pessoas pensam constantemente, e elas avaliam a si mesmas e aos outros com base em suas riquezas. Certamente, as pessoas se preocupam com todos os tipos de coisas, tais como seus relacionamentos, seus filhos e sua sade. Todavia, verdade que muitas delas gastam muito ou at mesmo a maioria do seu tempo se preocupando com questes financeiras. Por outro lado, Jesus diz que a vida de um homem no consiste na quantidade dos seus bens, e pensar e se comportar de uma forma que seja contrrio a isso pode ser uma indicao de ganncia. Ele tinha muito mais o que dizer sobre o assunto do que isso, como o seguinte estudo de duas parbolas sobre riquezas mostrar. Nossa primeira parbola tomada de Lucas 12:16-21: A terra de certo homem rico produziu muito. Ele pensou consigo mesmo: O que vou fazer? No tenho onde armazenar minha colheita. Ento disse: J sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E direi a mim mesmo: Voc tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se. Contudo, Deus lhe disse: Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe ser exigida. Ento, quem ficar com o que voc preparou? Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas no rico para com Deus. Nas parbolas de Jesus, uma figura de autoridade algumas vezes usada para representar a Deus (similar ao carter de Deus) ou para ser um contraste a Deus (diferente do carter de Deus). Por exemplo, o juiz injusto em Lucas 18 um contraste a Deus, e nessa passagem Jesus mostra que Deus est ansioso para responder os choros dos seus eleitos, diferentemente do juiz injusto, que relutante para dispensar justia. Mas nessa passagem de Lucas 12, Deus parece falar de si mesmo. Lucas arranja as palavras de Jesus de forma que o que se segue abaixo aparece logo aps a nossa parbola, e deixa explcito que o pecado do homem rico consistia em pensar exclusivamente em criar e preservar a riqueza, tendo removido Deus de seus planos e aes: Dirigindo-se aos seus discpulos, Jesus acrescentou: Portanto eu lhes digo: No se preocupem com sua prpria vida, quanto ao que comer; nem com seu prprio corpo, quanto ao que vestir. A vida mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que as roupas. Observem os corvos: no semeiam nem colhem, no tm armazns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. E vocs tm muito mais valor do que as aves! Quem de vocs, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja sua vida? Visto que vocs no podem sequer fazer uma coisa to pequena, por que se preocupar com o restante? Observem

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como crescem os lrios. Eles no trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomo, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanh lanada ao fogo, quanto mais vestir vocs, homens de pequena f! No busquem ansiosamente o que comer ou beber; no se preocupem com isso. Pois o mundo pago que corre atrs dessas coisas; mas o Pai sabe que vocs precisam delas. Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes sero acrescentadas. No tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino. (Lucas 12:22-32) Agora, o homem rico diz: J sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens (Lucas 12:18). O planejamento e a economia financeira apropriados nunca so proibidos na Escritura, mas antes encorajados (Provrbios 30:25). Mas esse homem rico vai alm de simplesmente planejar e economizar; ele est ativamente acumulando sua riqueza com nenhum fim em vista e no coloca sua riqueza para o uso bom e abnegado. Esse homem planeja seu futuro, mas no planeja o suficiente, visto que ele planeja somente para essa vida. Ele diz para si mesmo: Voc tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Ele fala em termos de dias e anos, mas falha em considerar a vida aps a morte. Deus responde: Insensato! 9 Esta mesma noite a sua vida lhe ser exigida. Ento, quem ficar com o que voc preparou? (v. 20). No importa quo perspicaz uma pessoa parea ser nos negcios mundanos, se seu pensamento anti-escriturstico, ele sempre ser um tolo aos olhos de Deus. A Escritura diz: O temor do Senhor o princpio da sabedoria (Salmos 111:10), de forma que uma pessoa que no teme a Deus nem mesmo comeou a ser sbia. Qualquer pessoa que teme a Deus superior em sabedoria a algum que no teme a Deus. Segue-se que todos cristos so superiores em sabedoria a todos os no-cristos. Provrbios 3:6 diz: Reconhea o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitar as suas veredas. Ser rico em si no um pecado, mas esse homem tinha deixado Deus fora de sua mente e planos. Contudo, voc no pode planejar verdadeiramente deixar Deus fora de sua vida. Voc o ignora para o seu prprio perigo. Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas no rico para com Deus (Lucas 12:21). Como John Purdy escreve: Se sustentarmos que a verdadeira sabedoria ser rico para com Deus, ento o trabalho ter um lugar limitado em nossas vidas... Ns no faremos de nosso trabalho um meio de assegurar nossas vidas contra todas as calamidades possveis.10 Ele no est dizendo para as pessoas desprezarem o trabalho ou para serem preguiosas, mas que o trabalho ter um lugar limitado em nossas vidas ele no dever consumir todo o seu tempo e energia. Voc no dever trabalhar buscando riquezas ao ponto de estragar seus relacionamentos familiares e seu desenvolvimento espiritual. De acordo com Cristo, agir de outra maneira seria ser considerado como tolo aos olhos de Deus.

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Nota do tradutor: Tolo, em algumas verses, inclusive na do autor. John Purdy, Parables at Work.

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Nossa prxima parbola sobre riqueza encontrada em Lucas 16:1-13: Jesus disse aos seus discpulos: O administrador de um homem rico foi acusado de estar desperdiando os seus bens. Ento ele o chamou e lhe perguntou: Que isso que estou ouvindo a seu respeito? Preste contas da sua administrao, porque voc no pode continuar sendo o administrador. O administrador disse a si mesmo: Meu senhor est me despedindo. Que farei? Para cavar no tenho fora, e tenho vergonha de mendigar...J sei o que vou fazer para que, quando perder o meu emprego aqui, as pessoas me recebam em suas casas. Ento chamou cada um dos devedores do seu senhor. Perguntou ao primeiro: Quanto voc deve ao meu senhor? Cem potes de azeite, respondeu ele.O administrador lhe disse: Tome a sua conta, sente-se depressa e escreva cinqenta. A seguir ele perguntou ao segundo: E voc, quanto deve? Cem tonis de trigo, respondeu ele.Ele lhe disse: Tome a sua conta e escreva oitenta. (v. 1-7) Um homem rico descobre que seu administrador estava desperdiando os seus bens e decide demiti-lo. Mas antes de partir, esse administrador rene todas as pessoas que deviam ao seu senhor, e reduz os dbitos para obter o favor deles. Ele raciocina que porque ele fez isso, quando perder o meu emprego aqui, as pessoas me recebero em suas casas. Isto , ele cr que essas pessoas o ajudaro em troca. O senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu astutamente. Pois os filhos deste mundo so mais astutos no trato entre si do que os filhos da luz. Por isso, eu lhes digo: Usem a riqueza deste mundo mpio para ganhar amigos, de forma que, quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas. Quem fiel no pouco, tambm fiel no muito, e quem desonesto no pouco, tambm desonesto no muito. Assim, se vocs no forem dignos de confiana em lidar com as riquezas deste mundo mpio, quem lhes confiar as verdadeiras riquezas? E se vocs no forem dignos de confiana em relao ao que dos outros, quem lhes dar o que de vocs? Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiar um e amar outro, ou se dedicar a um e desprezar outro. Vocs no podem servir a Deus e ao Dinheiro. (v. 8-13) O versculo 8 diz: Pois os filhos deste mundo so mais astutos no trato entre si do que os filhos da luz. Jesus est dizendo que os incrdulos so frequentemente mais sbios do que os crentes com o seu dinheiro, com relao ao seu modo de viver. Ele no est dizendo para os cristos imitarem a desonestidade do administrador, mas ele est estabelecendo o ponto que os incrdulos so frequentemente mais sbios em seu uso da riqueza porque as suas prioridades so mundanas, mas que os cristos so frequentemente tolos em seu uso da riqueza pois suas prioridades so espirituais. Para colocar de outra forma, os incrdulos so frequentemente melhores em serem incrdulos do que os cristos em serem cristos. Dadas nossas prioridades espirituais, os cristos deveriam saber o que fazer com a sua riqueza. Por exemplo, deveramos investir nosso dinheiro em pessoas: Usem a riqueza deste mundo mpio para ganhar amigos (v. 9). O administrador nessa parbola sabe como usar o dinheiro para criar relacionamentos com outros. Da mesma forma, quando damos nosso dinheiro para promover a doutrina e o evangelismo bblico, estamos

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usando de maneira apropriada a riqueza mpia, como oposto ao uso de toda ela nas coisas que contribuem para o nosso mero divertimento e conforto. Ns podemos cumprir o acima exposto dando regularmente dinheiro para igrejas e ministrios, e se voc nunca deu dinheiro para igrejas e ministrios, pode haver algo seriamente errado com sua vida espiritual. Contudo, algo simples como dar uma Bblia a um novo convertido tambm consistente com o princpio acima. Outro exemplo seria comprar livros cristos de qualidade para outros crentes. Fazendo essas coisas, voc estar investido no aspecto mais importante das vidas de outras pessoas, usando a sua riqueza mpia duma forma que cria um impacto sobrenatural. Isso sem dvida um uso sbio de dinheiro. O uso mais sbio de riqueza sempre tocar o que espiritual. Enquanto o administrador desonesto na parbola planeja para o seu bem-estar temporal, Jesus diz para investirmos nas coisas que so espirituais. Use sua riqueza para beneficiar outros de maneiras espirituais, e estes o recebero nas moradas eternas. Em outras palavras, voc ter amigos quando voc chegar ao cu. Os benefcios que eles recebero perduraro alm dessa vida, para a prxima, e voc ser recompensado por sua contribuio. Uma pessoa verdadeiramente sbia usar sua riqueza para criar um impacto que permanece alm dessa vida. Jesus conclu a parbola dizendo: Quem fiel no pouco, tambm fiel no muito, e quem desonesto no pouco, tambm desonesto no muito. Assim, se vocs no forem dignos de confiana em lidar com as riquezas deste mundo mpio, quem lhes confiar as verdadeiras riquezas? E se vocs no forem dignos de confiana em relao ao que dos outros, quem lhes dar o que de vocs? Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiar um e amar outro, ou se dedicar a um e desprezar outro. Vocs no podem servir a Deus e ao Dinheiro. (Lucas 16:10-13) No importa quanto dinheiro passe por suas mos nessa vida, ele pouco comparado com as riquezas que voc pode ter na vida porvir; contudo, quem fiel no pouco, tambm fiel no muito, assim se vocs no forem dignos de confiana em lidar com as riquezas deste mundo mpio, quem lhes confiar as verdadeiras riquezas? (v. 11). O dinheiro no a verdadeira riqueza, mas Deus tem riquezas verdadeiras para voc no cu. Mas por que ele deveria lhe confiar as verdadeiras riquezas se voc no foi fiel nas riquezas terrenas? Essas duas parbolas nos fazem examinar nossas prioridades em nossos pensamentos e aes. Se voc d dinheiro regularmente para igrejas e ministrios, mas pensa constantemente sobre como voc pode obter mais riqueza mais frequentemente do que voc pensa sobre como pode se tornar um cristo melhor, ento voc ainda est sendo tolo. Qualquer outra coisa que prenda a mente alm de Deus um dolo, e o ter Deus em sua mente caracterizado por pensamentos escritursticos. Deus no contra que tenhamos dinheiro, e realmente ele faz com que pessoas prosperem medida que ele quer, mas ele quer que estejamos preocupados apenas com as coisas de Deus:

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Observem como crescem os lrios. Eles no trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomo, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanh lanada ao fogo, quanto mais vestir vocs, homens de pequena f! No busquem ansiosamente o que comer ou beber; no se preocupem com isso. Pois o mundo pago que corre atrs dessas coisas; mas o Pai sabe que vocs precisam delas. Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes sero acrescentadas. No tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino. (Lucas 12:27-32) Lembre-se o que Jesus diz: Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este aquele que ouve a palavra, mas a preocupao desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutfera (Mateus 13:22). Muitos crentes professos so espiritualmente infrutferos porque eles esto obcecados com riquezas mundanas. Se voc uma dessas pessoas, agora o tempo de se arrepender e mudar.

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6. SOBRE EXCLUSIVISMO

O Cristianismo afirma a exclusividade absoluta da salvao, significando que h somente uma forma de ser salvo, e que todos que no passam por esse caminho esto excludos. O caminho para Deus e o cu no largo, mas estreito. De fato, ele to estreito que h somente uma forma de ser salvo, e algum que no trilhe sobre esse caminho est se dirigindo condenao, ou ao tormento consciente sem fim no inferno. A Bblia no tem nenhum respeito para com todas as religies no-crists ela denuncia todas elas como falsas, tendo sido inspiradas por demnios e inventadas por homens. Isso evidente em vrias sees da Bblia, tais como os Dez Mandamentos (xodo 20:3), a confrontao entre Elias e os profetas de Baal (1 Reis 18:20-46), e os escritos do apstolo Paulo (Romanos 1:18-32). Enquanto todos os cristos sero levados ao cu, todos os no-cristos sofrero o tormento consciente sem fim no inferno. Como Pedro declara em Atos 4:8-12: Autoridades e lderes do povo! Visto que hoje somos chamados para prestar contas de um ato de bondade em favor de um aleijado, sendo interrogados acerca de como ele foi curado, saibam os senhores e todo o povo de Israel que por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem os senhores crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dos mortos, este homem est a curado diante dos senhores. Este Jesus a pedra que vocs, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular. No h salvao em nenhum outro, pois, debaixo do cu no h nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. Agora, nos voltemos para Joo 10:1-10, onde lemos o seguinte: Eu lhes asseguro que aquele que no entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, ladro e assaltante. Aquele que entra pela porta o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas, vai adiante delas, e estas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas nunca seguiro um estranho; na verdade, fugiro dele, porque no reconhecem a voz de estranhos. Jesus usou essa comparao, mas eles no compreenderam o que lhes estava falando. Ento Jesus afirmou de novo: Digo-lhes a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladres e assaltantes, mas as ovelhas no os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim ser salvo. Entrar e sair, e encontrar pastagem. O ladro vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.

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Havia dois tipos de apriscos. Nas vilas e aldeias, havia apriscos pblicos onde todos os rebanhos da vila eram abrigados quando eles retornavam para casa noite. Esses apriscos eram protegidos por uma porta forte da qual somente o guardio tinha a chave. O versculo 3 diz: O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. Havia um segundo tipo de aprisco. Durante as estaes mais quentes, um pastor podia levar as ovelhas para as colinas e no retornar noite. Em tais pocas, as ovelhas seriam reunidas num espao aberto com um muro ao redor dele. Cada um desses apriscos tinha uma abertura atravs da qual as ovelhas podiam entrar e sair. No havia um porto ou porta fsica. noite, o pastor deitaria transversalmente na abertura, e nenhuma ovelha poderia entrar ou sair, exceto sobre o seu corpo. Assim, o pastor era literalmente a porta. Nos versculos 7-9, Jesus declara: Eu sou a porta das ovelhas e quem entra por mim ser salvo. Correspondente a isso, ele diz em Joo 14:6: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ningum vem ao Pai, a no ser por mim. Assim, Jesus exclui todas as outras opes para salvao. No h nenhum caminho para Deus aparte de Jesus, e todos os alegados caminhos para salvao so falsos e levam condenao. Aqueles que falham em abraar a Jesus Cristo tm rejeitado a salvao, e aqueles que seguem outros na esperana de salvao no so ovelhas de Deus. Eles no pertencem a Deus, e no sero salvos. Por outro lado, Jesus diz em Joo 10:14: Eu sou o bom pastor; conheo as minhas ovelhas, e elas me conhecem. Se voc pertence a Deus, ento voc conhecer a Jesus Cristo e o seguir como sua ovelha. Algumas pessoas perguntam: No h muitos caminhos para Deus?. A resposta de Deus : NO!. H somente um caminho para Deus e a salvao. Jesus no somente a porta do aprisco, mas ele tambm se chama de o bom pastor. Ele diz em Joo 10:11: Eu sou o bom pastor. O bom pastor d a sua vida pelas ovelhas. E no versculo 14, ele diz: Eu sou o bom pastor; conheo as minhas ovelhas, e elas me conhecem. Agora, Jesus diz no versculo 9: Eu sou a porta; quem entra por mim ser salvo. Entrar e sair, e encontrar pastagem. Para os hebreus, a capacidade de entrar e sair sem problemas implica paz e segurana na vida. Encontramos essa idia vrias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, Deuteronmio 28:1-2, 6 diz: Se vocs obedecerem fielmente ao SENHOR, o seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o SENHOR, o seu Deus, os colocar muito acima de todas as naes da terra. Todas estas bnos viro sobre vocs e os acompanharo, se vocs obedecerem ao SENHOR, o seu Deus... Vocs sero benditos quando entrar e benditos quando sair.11 Ento, Nmeros 27:15-18 diz: Ento, disse Moiss ao SENHOR: O SENHOR, autor e conservador de toda vida, ponha um homem sobre esta congregao que saia adiante deles, e que entre adiante deles, e que os faa sair, e que os faa entrar, para que a congregao do SENHOR no seja como ovelhas que no tm pastor. Disse o SENHOR a Moiss: Toma Josu, filho de Num, homem em quem h o Esprito, e impe-lhe as mos (ARA). Moiss estava para morrer, e ele pede a Deus um sucessor. De fato, ele
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Nota do tradutor: Traduzi o versculo 6 com base na NIV, pois a NVI trs assim o versculo: Vocs sero abenoados em tudo o que fizerem. Quanto s demais verses brasileiras, a ARA trs Bendito sers ao entrares e bendito, ao sares e a ARC Bendito sers ao entrares e bendito sers ao sares.

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ora: Conceda Israel um novo lder, que lhes dar paz, segurana, estrutura, ordem e vitria. Ele est pedindo um lder que que saia adiante deles, e que entre adiante deles, e que os faa sair, e que os faa entrar. Ento, nos voltamos para o Salmo 121, para a nossa ilustrao final: O Senhor o proteger de todo o mal, proteger a sua vida. O Senhor proteger a sua sada e a sua chegada, desde agora e para sempre (v. 7-8). Se a proteo de Deus est com voc, voc ser capaz de entrar e sair em paz, sem encontrar problemas ou ser molestado. Como cristos, Jesus a nossa porta e o nosso pastor, de forma que podemos entrar e sair, e encontrar pastagem (v. 9). Ele nos trs no somente salvao do pecado, mas tambm paz, estabilidade, segurana e poder: O ladro vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente (Joo 10:10). Embora muitos cristos tenham recebido salvao pela f em Jesus Cristo, muito deles ainda no tm paz. Eles precisam entender que Jesus tanto a porta para a nossa salvao como o pastor do rebanho. Podemos confiar nele, ser conduzido por ele e descansar nele. Ele diz em Mateus 11:29-30: Tomem sobre vocs o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de corao, e vocs encontraro descanso para as suas almas. Pois o meu jugo suave e o meu fardo leve. Muitos cristos no tm descanso; antes, eles so totalmente perturbados em suas almas. Eles constantemente levam o fardo de temor e culpa. Eles precisam ver Jesus como seu bom pastor. Como Pedro diz em 1 Pedro 2:25: Pois vocs eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas. Embora ele seja o bom pastor, Jesus tambm escolheu certos cristos para supervisionar seu rebanho. Ministros so como pastores supervisionando as ovelhas que pertencem a Jesus Cristo. Assim, Jesus o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4), e os ministros cristos servem sob ele para guardar o seu povo. Em Atos 20:28-32, Paulo diz o seguinte: Cuidem de vocs mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Esprito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu prprio sangue. Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetraro no meio de vocs e no pouparo o rebanho. E dentre vocs mesmos se levantaro homens que torcero a verdade, a fim de atrair os discpulos. Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante trs anos jamais cessei de advertir cada um de vocs disso, noite e dia, com lgrimas. Agora, eu os entrego a Deus e palavra da sua graa, que pode edific-los e dar-lhes herana entre todos os que so santificados. Paulo fala dos cristos como ovelhas, e os ministros como bispos e pastores. Mas ele tambm menciona lobos ferozes, dizendo, sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetraro no meio de vocs e no pouparo o rebanho. E dentre vocs mesmos se levantaro homens que torcero a verdade, a fim de atrair os discpulos. Em outras palavras, at mesmo alguns cristos professos introduziro falsas doutrinas na igreja. Paulo prescreve a soluo: Agora, eu os entrego a Deus e palavra da sua graa, que

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pode edific-los e dar-lhes herana entre todos os que so santificados. A responsabilidade do ministro conduzir o povo de Deus, e sua prioridade ensin-los a palavra de Deus e proteg-los das falsas doutrinas. Os ministros devem entender que o dever primrio deles alimentar as ovelhas com pregao doutrinria correta. Um objetivo principal do ministro ajudar os cristos a alcanar a maturidade, de forma que eles no mais sejam como crianas, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para c e para l por todo vento de doutrina (Efsios 4:14). Os ministros devem pregar a palavra em todos os tempos, a despeito dos protestos daqueles que tm coceira nos ouvidos, e que querem somente ouvir coisas que sejam segundo os seus prprios desejos (2 Timteo 4:2-3). Deus diz que os pastores segundo o meu corao so aqueles que vos apascentem com conhecimento e com inteligncia (Jeremias 3:15, ARA). No h tal coisa como um ministro cristo competente que no enfatiza doutrina. Pedro, o apstolo, escreve: Portanto, apelo para os presbteros que h entre vocs, e o fao na qualidade de presbtero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como algum que participar da glria a ser revelada: pastoreiem o rebanho de Deus que est aos seus cuidados. Olhem por ele, no por obrigao, mas de livre vontade, como Deus quer. No faam isso por ganncia, mas com o desejo de servir. No ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocs recebero a imperecvel coroa da glria (1 Pedro 5:1-4). Nossa prxima passagem sobre a exclusividade vem de Mateus 7:13-14. Jesus diz: Entrem pela porta estreita, pois larga a porta e amplo o caminho que leva perdio, e so muitos os que entram por ela. Como estreita a porta, e apertado o caminho que leva vida! So poucos os que a encontram. Aqui as duas portas e as duas estradas representam os caminhos para salvao e destruio. A porta larga e o caminho amplo conduzem perdio, mas a porta estreita e o caminho apertado conduzem vida. Aqueles que afirmam a doutrina bblica do exclusivismo so frequentemente acusados de serem preconceituosos. Contudo, o prprio Jesus extremamente preconceituoso e mente-fechada quando diz respeito salvao. Ele afirma que h somente um caminho para a salvao, e que a questo no um assunto para debate ou reviso. Nossa sociedade exalta o fato de algum ter cabea-aberta como uma virtude, mas tudo que isso significa que a pessoa no tem nenhuma reivindicao de conhecimento isto , ela uma admisso de ignorncia. De fato, parece que deveramos ser cabea-aberta enquanto formos ignorantes e duvidosos. Mas uma vez que tenhamos descoberto a verdade, seria loucura permanecer cabea-aberta sobre o assunto. Eu no sou cabeaaberta para o fato de que 2 + 2 = 4. Eu no sou cabea-aberta para o fato de se eu tenho duas mos e dois ps. Eu no estou tentando encontrar a verdade sobre essas coisas eu j conheo a verdade sobre elas. Consequentemente, nenhum cristo deve ser cabeaaberta sobre se Jesus Cristo o nico caminho para salvao ns j sabemos que Jesus

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Cristo o nico caminho para salvao. Ter cabea-aberta nada mais do que ignorncia intelectual e covardia moral. 1 Timteo 3:15 diz que a igreja do Deus vivo a coluna e fundamento da verdade. Embora muitas pessoas considerem a busca pela verdade um objetivo digno para uma vida toda, os cristos j conhecem a verdade. Nesse sentido, no somos pesquisadores da verdade, mas visto que j encontramos a verdade Jesus diz: A tua palavra a verdade (Joo 17:17) somos agora estudantes e defensores da verdade. A salvao exclusiva h somente um caminho para ser salvo. Mas o caminho para destruio amplo. Quando diz respeito salvao, ser cabea-aberta para alguma outra coisa seno a f bblica verdadeira tolo e perigoso. Muitas pessoas reivindicam que a iluminao conduz abertura de mente quanto mais iluminado voc for, mas cabea-aberta voc dever ser. Mas eles esto errados. A verdadeira iluminao inevitavelmente conduzir estreiteza de mente. Quanto mais prximo voc estiver da verdade, mais opes voc ter eliminado. Quando diz respeito salvao, quando voc chega verdade, voc ter excludo todo caminho falso para salvao, e Jesus Cristo o nico que permanece. Certamente, o termo cabea-fechada frequentemente usado de uma maneira depreciativa, mas podemos mud-la e us-la num sentido positivo. Enquanto uma cabea-fechada resultante de um conhecimento preciso seja um sinal de sabedoria, uma cabea-aberta no-crtica a marca de um tolo. Cabea-aberta uma mscara atrs da qual os anes intelectuais se escondem. Dizer que uma pessoa completamente cabea-aberta tambm significa que ela no sabe nada. Ela no tem nenhuma informao que a capacitar a excluir opes que so obviamente falsas. De qualquer forma, por que precisamos mais de um caminho para salvao? Podemos realmente dizer a Deus: Eu quero ser salvo e estar contigo no cu para sempre mas somente sobre os meus termos!? Muitas pessoas insistem em outros caminhos para a salvao, quando Deus providenciou apenas um. Com tal atitude, algum se surpreender que eles sero condenados ao tormento consciente extremo e sem fim no inferno?

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7. SOBRE JUSTIA PRPRIA

Lucas parece favorecer o assunto da justia prpria, visto que vrias passagens em seu Evangelho tm a ver com como Jesus desafiou aqueles que tinham uma segurana injustificada em sua prpria justia. Por exemplo, Lucas 13:1-5 diz: Naquela ocasio, alguns dos que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifcios deles. Jesus respondeu: Vocs pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que no! Mas se no se arrependerem, todos vocs tambm perecero. Ou vocs pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Silo, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalm? Eu lhes digo que no! Mas se no se arrependerem, todos vocs tambm perecero. Vocs pensam que em si mesmos vocs so melhores do que os assassinos, estupradores, mentirosos, adlteros e homossexuais? Essas pessoas de fato sero condenadas ao sofrimento sem fim no inferno, mas se no se arrependerem, vocs tambm perecero como eles. Nossa primeira parbola vem de Lucas 18:9-14, e lemo-la da seguinte forma: A alguns que confiavam em sua prpria justia e desprezavam os outros, Jesus contou esta parbola: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em p, orava no ntimo: Deus, eu te agradeo porque no sou como os outros homens: ladres, corruptos, adlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dzimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano ficou distncia. Ele nem ousava olhar para o cu, mas batendo no peito, dizia: Deus, tem misericrdia de mim, que sou pecador. Eu lhes digo que este homem, e no o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta ser humilhado, e quem se humilha ser exaltado. Em muitos crculos, popular dizer que no deveramos julgar as pessoas. Essa idia tem sido distorcida e levada a tal extremo que tem invalidado o discernimento moral e a autoridade da igreja. Embora a Escritura fale contra o julgamento anti-bblico e hipcrita, ela no probe, antes nos ordena que faamos julgamentos morais das pessoas baseado nos preceitos nos revelados na Escritura: Amados, no creiam em qualquer esprito, mas examinem os espritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tm sado pelo mundo (1 Joo 4:1). Portanto, fazer avaliaes corretas dos outros baseadas nos preceitos bblicos no deveria ser confundido como uma marca de justia prpria. De fato, Jesus nos ensina: No julguem apenas pela aparncia, mas

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faam julgamentos justos (Joo 7:24). Nosso Senhor nos probe de fazer falsos julgamentos, e nos ordena a fazer julgamentos justos. Assim, uma pessoa que julga outros no est necessariamente sendo hipcrita; antes, Jesus estava falando contra aqueles que confiavam em sua prpria justia e desprezavam os outros (v. 9). Visto que a Escritura declara que todos os homens so totalmente depravados antes da regenerao, quem confia em sua prpria justia est se enganando. Eles falham em ver que esto na mesma condio miservel que aqueles que eles desprezam, e que eles precisam tanto quanto aqueles da graa e misericrdia soberanas de Deus. Outra traduo diz que essas pessoas confiavam em si mesmos, por se considerarem justos (ARA), e que esse era o problema delas. Elas no viam nenhuma necessidade de uma justia alheia para faz-las aceitveis a Deus. Embora a Bblia diga: Somos como o impuro todos ns! Todos os nossos atos de justia so como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqidades nos levam para longe (Isaas 64:6), e que no h ningum que faa o bem, no h nem um sequer (Romanos 3:12), as pessoas que confiam em sua prpria justia esto cegas para a sua prpria pecaminosidade. A verdade que no somos justos em ns mesmos, e todos ns estamos em necessidade de salvao por um poder externo. Assim, um homem que se auto-justifica no somente despreza os outros, mas ele o faz sem uma boa razo. Isto , uma pessoa est enganada no fato de que ela depende de sua prpria justia como sua base para se considerar superior aos outros. Os versculos 11-12 dizem: O fariseu, em p, orava no ntimo: Deus, eu te agradeo porque no sou como os outros homens: ladres, corruptos, adlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dzimo de tudo quanto ganho. Voc j agradeceu a Deus pelo fato de voc no ser igual s outras pessoas? Aqui, o fariseu menciona: ladres, corruptos, adlteros; nem mesmo como este publicano. Ele est dizendo a Deus: Eu te agradeo que eu no seja injusto como as outras pessoas. Eu no sou um adltero, nem um assassino. Ento, ele aponta para um exemplo especfico, um publicano,12 e diz: Eu agradeo a Deus que eu no seja como ele. Agora, se voc est dependendo dos mritos de Cristo como a base para a sua reivindicao de ser justo diante de Deus, ento voc um cristo, e certamente deveria ser grato por no ser um dos no-cristos. Contudo, isso no o mesmo que reivindicar que voc mais justo do que os outros em si mesmo, como o fariseu est fazendo em nossa passagem. Se sua confiana diante de Deus baseada em sua prpria avaliao positiva de si mesmo, ento voc est enganado, e precisa saber que se no se arrepender, voc tambm perecer (Lucas 13:3). Mesmo algum que considerado relativamente justo pelos homens, mas a quem Deus no imputou a justia de Cristo, sofrer no final o mesmo destino dos obviamente injustos, tais como ladres, adlteros e assassinos. O fariseu falhou em captar esse ponto. Ele diz: Jejuo duas vezes por semana e dou o dzimo de tudo quanto ganho (v. 12). Uma pessoa auto-justificada depende de boas obras como jejum e dzimo para se justificar diante de Deus, mas essas so
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Nota do tradutor: Cobrador de impostos, na NIV.

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insuficientes. Jesus explica: Pois quem se exalta ser humilhado, e quem se humilha ser exaltado (v. 14). Uma pessoa auto-justificada exalta a si mesma. Ela no espera pela aprovao de Deus, mas se exalta diante de Deus e dos outros. Sempre que ela entra em contato com pessoas, imediatamente tenta mostrar todas suas credenciais e mencionar todas as boas obras que tem feito. Mas Jesus nos ensina a agir de outro modo: Portanto, quando voc der esmola, no anuncie isso com trombetas, como fazem os hipcritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que eles j receberam sua plena recompensa. Mas quando voc der esmola, que a sua mo esquerda no saiba o que est fazendo a direita, de forma que voc preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que v o que feito em segredo, o recompensar (Mateus 6:2-4). Por outro lado, Jesus diz com respeito ao publicano: Eu lhes digo que este homem, e no o outro, foi para casa justificado diante de Deus (v. 14). Esse um final surpreendente, especialmente para os ouvintes judeus do primeiro sculo. O publicano justificado, e no o fariseu que parece ter realizado vrias boas obras. Qual a diferena entre eles? O versculo 13 diz: Mas o publicano ficou distncia. Ele nem ousava olhar para o cu, mas batendo no peito, dizia: Deus, tem misericrdia de mim, que sou pecador. Ele encarou a verdade sobre si mesmo. Ele sabia exatamente o que ele era um pecador necessitado da misericrdia de Deus. Se voc quer alcanar a verdadeira justia, ento voc precisa encarar a verdade sobre si mesmo. O publicano no somente encarou a verdade sobre si mesmo, mas tambm entendeu a nica soluo para o seu pecado. Ele confessou que era um pecador, e ento se lanou sobre a graa soberana de Deus: Deus, tem misericrdia de mim, que sou pecador. O nico antdoto para o pecado a misericrdia de Deus, e no a reforma moral baseada em sua prpria vontade e esforo. A dvida do pecado muito grande para pagarmos. O publicado tinha esse discernimento valioso e agiu de acordo com ele. Ao invs de negar sua dvida ou prometer pag-la (o que ele no podia), ele implorou por misericrdia, da qual Deus tem abundncia: Pois tu, Senhor, s bom, e pronto a perdoar, e abundante em misericrdia para com todos os que te invocam (Salmos 86:5, KJV). Quando chegamos a Deus, devemos primeiro ver nossa verdadeira condio, e ento depender de sua misericrdia somente. No h nenhum outro caminho. De fato, sem Deus primeiro nos mostrar misericrdia e iluminar nossas mentes, no reconheceremos nem mesmo nossa prpria pecaminosidade. Assim, do princpio ao fim, a salvao vem de Deus somente, que mostra misericrdia a quem quer. Jesus conclui a parbola com a admoestao: Pois quem se exalta ser humilhado, e quem se humilha ser exaltado (Lucas 18:14). Isso nos leva nossa prxima parbola, que se encontra em Lucas 14:7-11: Quando notou como os convidados escolhiam os lugares de honra mesa, Jesus lhes contou esta parbola: Quando algum o convidar para um banquete de casamento, no ocupe o lugar de

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honra, pois pode ser que tenha sido convidado algum de maior honra do que voc. Se for assim, aquele que convidou os dois vir e lhe dir: D o lugar a este. Ento, humilhado, voc precisar ocupar o lugar menos importante. Mas quando voc for convidado, ocupe o lugar menos importante, de forma que, quando vier aquele que o convidou, diga-lhe: Amigo, passe para um lugar mais importante. Ento voc ser honrado na presena de todos os convidados. Pois todo o que se exalta ser humilhado, e o que se humilha ser exaltado. Jesus observou que algumas pessoas estavam escolhendo os lugares de honra para si mesmas. Elas faziam isso porque pensavam alto de si mesmas ou queriam se exaltar. Para atacar esse tipo de comportamento Jesus ensina que a verdadeira honra dada e no tomada. Isso especialmente verdade no reino de Deus. Voc deve permanecer humilde e esperar que Deus lhe eleve. Ao invs de escolher os lugares de honra para si mesmo, escolha os lugares inferiores. Ao invs de passar pelo embarao de ter a honra que voc inadequadamente assumiu tomada de voc, voc deveria pegar uma posio inferior para si mesmo, e deixar que outra pessoa, ao invs de voc, te promova. Os cristos precisam aprender essa lio. Esperamos egosmo e auto-exaltao da parte do mundo, mas as mesmas atitudes e comportamentos que caracterizam os incrdulos esto impregnadas em muitas congregaes. At mesmo ministros se conectam com outros, no para fornecer um maior servio ao seu povo ou promover a glria de Deus, mas para multiplicar as conexes que lhe tragam fama e ganho financeiro. Alguns pregadores se chamam de apstolos e buscam exercer autoridade sobre muitas igrejas, mas eles raramente conhecem o suficiente da Bblia para ensinar numa sala de aula de crianas. Jesus diz em Mateus 20:25-28: Vocs sabem que os governantes das naes as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. No ser assim entre vocs. Ao contrrio, quem quiser tornar-se importante entre vocs dever ser servo, e quem quiser ser o primeiro dever ser escravo; como o Filho do homem, que no veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. Os lderes da igreja so de fato primeiro no sentido de que Deus lhes deu autoridade sobre o seu povo. Mas isso assim para que eles possam promover sua causa e servir ao seu rebanho, e no para aumentar o prprio conforto carnal deles demandando que os outros lhes sirvam. Muitas pessoas no vivem altura do lugar de honra que elas desejam ter, ou j tenham reivindicado para si mesmas. Por exemplo, alguns podem desejar ser respeitados como um pregador ou telogo entre os cristos, mas eles no estudam e ensinam as palavras da Escritura fielmente. Nem mesmo Jesus Cristo buscou honra para si, mas ele procurou fazer a vontade de Deus a fim de ganhar a honra que vinha do seu Pai. Ele diz em Joo 5:44: Como vocs podem crer, se aceitam glria uns dos outros, mas no procuram a glria que vem do Deus nico?. E em Joo 8:54, ele diz: Se glorifico a mim mesmo, a minha glria nada significa. Meu Pai, que vocs dizem ser o seu Deus, quem me glorifica. A verdadeira honra vem de Deus e no dos homens. O versculo da nossa passagem diz: Pois quem se exalta ser humilhado, e quem se humilha ser exaltado. Esse o princpio geral: Quem se humilha ser exaltado.

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Vrias vezes a KJV usa a palavra, vanglria, que significa honra vazia. Vanglria de fato um tipo de honra, mas ela vazia e sem verdadeiro significado. Algumas pessoas fariam qualquer coisa para conseguir algum reconhecimento, mas de onde o reconhecimento vem? O apstolo Paulo diz em Filipenses 2:3: Nada faam por ambio egosta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. A KJV 13 traduz vaidade 14 como vanglria, ou honra vazia. Leiamos o versculo dessa forma: No faam nada por egosmo ou por honra vazia, mas com uma atitude humilde considerem os outros superiores a si mesmos. Isso difcil para algumas pessoas fazer elevar os outros, e humilhar a si mesmos. H uma falsa humildade, onde o orgulho de algum realmente escondido na maneira superficial como ele se subestima. Contudo, a verdadeira humildade no nega os fatos isto , voc pode admitir possuir certos talentos (e at mesmo esses so dons de Deus), mas voc simplesmente no arrogante sobre eles, sempre os exibindo na frente dos outros, e desejando receber reconhecimento e louvor dos outros. No tente atrair a luz do refletor todas as vezes. A Bblia diz: No do oriente nem do ocidente nem do deserto que vem a exaltao. Deus quem julga: Humilha a um, a outro exalta (Salmo 75:6-7). Espere que Deus te exalte. Deus te colocar no lugar certo no tempo certo. Deus te colocar juntamente com as pessoas certas. Ele cumprir o seu plano para a sua vida. Confiar em Deus para a nossa promoo pode demandar pacincia. A maioria de ns gostaria de ser promovido mais rpido do que realmente acontece. Mas devemos entender que Deus nunca nos engana, e que ele cumprir suas promessas e planos para as nossas vidas. Ainda mais importante do que como Deus nos honra se estamos honrando a Deus. Deveramos honr-lo em nossos pensamentos e aes. Deus diz em 1 Samuel 2:30: Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam sero tratados com desprezo. Ns o honramos em nossa vida diria? Rendemos-lhes graas, ou constantemente nos queixamos dele? Defendemos sua honra contra as blasfmias dos no-cristos? Somos zelosos por sua honra? Pensamos bons pensamentos sobre ele? Salmo 19:14 diz: Que as palavras da minha boca e a meditao do meu corao sejam agradveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador! A pessoa auto-justificada honra a si mesma, mas no final ela recebe somente a honra vazia dos homens. Por outro lado, a verdadeira honra vem somente atravs da aprovao soberana de Deus de um estilo de vida bblico. No devemos honrar a ns mesmos, mas focar nossos esforos em honrar a Deus, e Deus nos honrar no tempo apropriado: Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mo de Deus, para que ele os exalte no tempo devido (1 Peter 5:6). A justia prpria pelo menos parcialmente um resultado da cegueira espiritual a incapacidade de ver a sua prpria miserabilidade. Que Deus possa abrir nossos olhos para vermos nossa verdadeira condio, de forma que possamos desesperar-nos com os nossos prprios esforos e depender da sua misericrdia somente.

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Nota do tradutor: Assim como a ARA e ARC. Nota do tradutor: Conceito vo, na NIV.

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8. SOBRE MINISTRIO

Todo cristo chamado para trabalhar para Deus, mas muitas pessoas mantm crenas erradas com relao a esse assunto. Do modo como muitos cristos professos pensam hoje, como se o servio que oferecemos a Deus fosse um favor a ele que demanda ser recompensado. Esse captulo corrige essa viso anti-bblica do homem e do ministrio, e nos lembra do governo e domnio de Deus sobre ns. Deus no nos deve nada; antes, todo servio que oferecemos lhe devido em primeiro lugar, e somente por causa da sua graa soberana que seremos recompensados pelo que fizermos. Nossa primeira parbola vem de Mateus 25:14-30: E tambm ser como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. Tambm o que tinha dois talentos ganhou mais dois. Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no cho e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco. O senhor respondeu: Muito bem, servo bom e fiel! Voc foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor! Veio tambm o que tinha recebido dois talentos e disse: O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois. O senhor respondeu: Muito bem, servo bom e fiel! Voc foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor! Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: Eu sabia que o senhor um homem severo, que colhe onde no plantou e junta onde no semeou. Por isso, tive medo, sa e escondi o seu talento no cho. Veja, aqui est o que lhe pertence. O senhor respondeu: Servo mau e negligente! Voc sabia que eu colho onde no plantei e junto onde no semeei? Ento voc devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.

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Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. Pois a quem tem, mais ser dado, e ter em grande quantidade. Mas a quem no tem, at o que tem lhe ser tirado. E lancem fora o servo intil, nas trevas, onde haver choro e ranger de dentes. Alguns ministros ensinam que a todo crente foi dado a mesma medida de f e graa. De acordo com eles, embora possamos ter ganhado diferentes tipos de dons e ministrios espirituais, ganhamos a mesma quantidade de f e graa. Eles at mesmo aplicam isso aos ministros cristos, de forma que nem mesmo aqueles especialmente chamados para a obra do ministrio no receberam mais graa do que aqueles que no foram chamados dessa forma. De acordo com eles, embora alguns cristos se beneficiem mais dos meios da graa, atravs dos quais eles amadurecem e crescem mais rapidamente do que os outros, um cristo no comea com mais poder espiritual do que outro. Contudo, esse ensino anti-bblico. No verdade que Deus d a todos a mesma quantidade de f e graa, ou poder espiritual. Jesus diz que no reino dos cus (Mateus 25:1), a um dado cinco talentos, a outro dado dois, e a outro dado somente um (v. 15). Paulo escreve: Temos diferentes dons, de acordo com a graa que nos foi dada (Romanos 12:6). Isso indica que a graa nos dada determina os nossos dons, e a graa nos dada difere. A graa dada a um apstolo difere da graa dada a um profeta, e a graa dada a um telogo difere da graa dada a um evangelista. Ele continua: Se algum tem o dom de profetizar, use-o na proporo da sua f (Romanos 12:6). Isso indica que os dons espirituais no somente diferem em tipo, mas tambm em fora, dependendo da medida da f de uma pessoa. Assim, que tipo de dons espirituais voc tem depende da graa especfica que Deus lhe deu, e voc pode exercer esses dons extenso do seu nvel de f. Contudo, voc no decide quanta f ter, visto que a f algo que voc no produz, mas um dom de Deus (Efsios 2:8). Nossa f para o ministrio uma f que vem de Cristo (Atos 3:16). A NIV diz: a medida de f, e isso d a algumas pessoas a idia de que Deus d a todos a mesma quantidade de f no princpio, e que cabe a ns desenvolv-la. Contudo, o artigo definido (a) est ausente do grego texto. O versculo no se refere a uma medida fixa de f, mas ele diz: a medida de f que Deus lhe deu. A NASB corretamente traduz: como Deus distribuiu a cada uma medida de f. Isto , Deus deu a cada cristo uma medida de f, e ao invs de dizer que a todos foi dada a mesma medida, esse versculo implica que a cada um foi dada uma medida especfica e diferente de f, como determinado por Deus. Everett F. Harrison escreve o seguinte: H algum medidor que capacitar uma pessoa a estimar sua posio com respeito aos dons espirituais? Paulo responde na afirmativa, apontando para a medida de f... Godet entende medida no sentido de grau. Esse dom, a medida da ao para a qual fomos chamados, o limite divino que o cristo com mente renovada deve discernir, e pelo qual ele deve regular suas aspiraes a respeito da parte que ele tem para desempenhar na igreja... f, como usada nessa passagem... [] f no sentido de

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captar a natureza do dom espiritual da pessoa e ter confiana para exerc-lo corretamente. 15 Algumas pessoas pensam que seria injusto para Deus dar s pessoas medidas diferentes de f e graa. Mas esse tipo de pensamento perigoso e tolo. Ningum de ns merece sequer um talento, e agora estamos nos queixando de que a alguns foi dado mais? Como a pessoa na outra parbola diz: No tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou voc est com inveja porque sou generoso? (Mateus 20:15). Paulo escreve: De fato, Deus disps cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade (1 Corntios 12:18). Nosso lugar na igreja foi determinado pela vontade soberana de Deus. Em todo caso, no correto assumir que a todos foi dado a mesma quantidade de f e graa, visto que Deus chamou cristos para realizar tarefas com nveis diferentes de magnitude e dificuldade. De fato, algum pode argumentar que seria injusto dar a algum que foi chamado para realizar uma tarefa difcil a mesma quantidade de f e graa que foi dada quele que foi chamado para cumprir uma responsabilidade relativamente pequena. Por exemplo, algum que chamado para um ministrio internacional de televiso e rdio precisa de muita mais f e graa do que um cristo que vive o que parece ser uma vida sem ocorrncias especiais. Pelo menos na rea do ministrio, no podemos ignorar o fato de que a alguns cristos foi dado mais f e graa do que a outros. Ministros no precisam negar esse ensino bblico para encorajar os crentes a servir na igreja ou pregar o evangelho. Ao invs de lhes dizer que a todos foi dado a mesma quantidade de f e graa, precisamos somente lembr-los que a todos foi dado alguma quantidade de f e graa, e que eles tm a obrigao de exercer seus dons espirituais ao nvel da f e graa deles, e assim, prestar o servio apropriado a Deus. Em adio, afirmamos que uma pessoa pode crescer na f e graa. Um cristo no est limitado quantia de f e graa que foi lhe dada inicialmente. Paulo escreve: Irmos, devemos sempre dar graas a Deus por vocs; e isso justo, porque a f que vocs tm cresce cada vez mais, e muito aumenta o amor de todos vocs uns pelos outros (2 Tessalonicenses 1:3). Por outro lado, at mesmo algum a quem foi dada uma abundncia de dons espirituais pode negligenci-los, e assim somos ordenados a manter viva a chama do dom de Deus (2 Timteo 1:6), de forma que nossos ministrios possam funcionar como Deus pretende. Nossa parbola diz em Mateus 25:16: O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. Ele comeou imediatamente a usar o que seu senhor tinha lhe dado. Da mesma forma, Deus demanda que usemos nossos dons espirituais para interagir com o mundo, edificar a igreja e promover a sua causa. Como 1 Pedro 4:10-11 diz: Cada um exera o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graa de Deus em suas mltiplas formas. Se algum fala, faa-o como quem transmite a palavra de
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Expositor's Bible Commentary, Vol. 10; Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1976; p. 129.

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Deus. Se algum serve, faa-o com a fora que Deus prov, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glria e o poder para todo o sempre. Amm. Devemos usar nossos dons espirituais para servir os outros, para o fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado. Voc deve usar os dons que Deus lhe deu. Se foi lhe dado um martelo, no tente serrar madeira com ele, mas, ao invs disso, coloque seu martelo no devido uso martelando um prego. medida que voc aplica-os (os seus dons espirituais), voc estar servindo adequadamente aos outros, e estar trazendo glria Deus. medida que usamos nossos dons para interagir com o mundo, nosso relacionamento com ele ser crescentemente definido pelos nossos dons. Visto que Deus aquele que decide quais dons teremos, ele aquele que determina qual papel teremos no mundo, e nosso relacionamento com este mundo corretamente definido somente medida que usamos os dons que ele nos deu. Se Deus te deu o dom de ensinar, e voc est exercendo fielmente esse dom, voc ser corretamente reconhecido como um mestre. Se voc fica de p por detrs de um plpito para pregar toda semana, as pessoas no te confundiro com um contabilista ou policial! a vontade de Deus que voc seja reconhecido e definido pelos dons que ele lhe deu. Deus definiu seu lugar na igreja, e lhe deu os dons correspondentes. Os outros simplesmente reconhecem o que Deus j decidiu. Contudo, se voc pretende agir num ofcio ministerial que Deus no lhe deu, voc ser falsamente definido neste mundo. Somente quando voc estiver agindo de acordo com a forma como Deus designou que voc estar servindo corretamente os outros, trazendo glria a Deus, e corretamente definido tanto no mundo como na igreja. E medida que voc usa os dons espirituais que Deus lhe deu, eles crescero em escopo e fora: O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. Tambm o que tinha dois talentos ganhou mais dois (v. 16-17). O que fazemos com nossos dons espirituais tero ramificaes duradouras: Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco. O senhor respondeu: Muito bem, servo bom e fiel! Voc foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor! (Mateus 25:19-21). Paulo escreve: O exerccio fsico de pouco proveito; a piedade, porm, para tudo proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da futura. Esta uma afirmao fiel e digna de plena aceitao (1 Timteo 4:8-9). Devemos sempre focar nossa ateno sobre as coisas espirituais, visto que elas afetam tanto a nossa vida presente como a vida porvir. Assim, o uso apropriado dos nossos dons espirituais no uma questo inferior.

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A parbola ensina que o medo e a preguia podem impedir algum de usar seus dons para interagir com o mundo. O versculo 18 diz: Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no cho e escondeu o dinheiro do seu senhor. Mais adiante, ele explica: Por isso, tive medo, sa e escondi o seu talento no cho. Veja, aqui est o que lhe pertence (v. 25). Embora ele reivindique que no perdeu nada, seu senhor o repreende: Servo mau e negligente! Voc sabia que eu colho onde no plantei e junto onde no semeei? Ento voc devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros. Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. O senhor observa: Voc devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros. Mas o servo temeroso falhou em fazer at mesmo isso, e assim, o senhor discerne outra razo para a inutilidade do servo, que o fato dele ser um servo preguioso. Da mesma forma, Deus desaprova aqueles que escondem seus dons. Sua graa no barata ou comum, mas de alta qualidade e valor. Portanto, se Deus te confiou algo to inaprecivel como sua f e graa, seria de fato mau escond-las (v. 26). Nessa parbola, aquele com os menores talentos que fracassa. frequentemente o mesmo em nossas igrejas. Aqueles a quem so dados mltiplos dons espirituais so frequentemente ativos dentro da igreja, e suas capacidades transbordam e se tornam bvias a todos. Mas aqueles que tm poucos dons frequentemente recuam em passividade, quando eles tm o mesmo dever para com Deus e os outros cristos de edificar a igreja usando seus dons espirituais. Contudo, a culpa no deve ser posta em se ter poucos dons, visto que essa parbola expe o medo e preguia como a razo para a falta de iniciativa. Nossa segunda parbola vem de Lucas 17:7-10, que lemos da seguinte forma: Qual de vocs que, tendo um servo que esteja arando ou cuidando das ovelhas, lhe dir, quando ele chegar do campo: Venha agora e sente-se para comer? Ao contrrio, no dir: Prepare o meu jantar, apronte-se e sirva-me enquanto como e bebo; depois disso voc pode comer e beber? Ser que ele agradecer ao servo por ter feito o que lhe foi ordenado? Assim tambm vocs, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: Somos servos inteis; apenas cumprimos o nosso dever (Lucas 17:710). O senhor no deve ao servo qualquer bondade ou gratido simplesmente pelo fato do servo ter realizado seus deveres. O senhor no est obrigado a oferecer nenhum elogio ou nem mesmo uma palavra de gratido ao servo que fez o que deveria fazer. Em adio, nem mesmo aps um dia inteiro de trabalho, o servo no tem nenhum direito de demandar algum descanso ou conforto, mas ele est obrigado a continuar servindo ao seu senhor. Isso contradiz fortemente o pensamento de muitos cristos professos. Eles pensam que porque eles tm servido a Deus em orao, pregao, doaes e outras atividades, agora Deus lhes concede seu favor e gratido. Num relacionamento humano, correto para

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algum retornar o favor quando ele recebe assistncia de seu amigo. apropriado mostrar gratido para algum que te tratou com bondade. Sentimo-nos obrigados a ajudar aqueles que tm nos ajudado. Algumas pessoas tm frequentemente puxado Deus para o nosso nvel no pensamento delas. Elas assumem que Deus lhes deve aps elas terem lhe prestado servio. Contudo, elas se esquecem que ele nunca nos deve ele o nosso dono! Elas tm se focado numa viso distorcida da filiao delas em Cristo, de forma que tm ignorado as passagens bblicas que se referem a ns como os escravos de Deus, e passagens que declaram sua posse total sobre ns: Vocs no so de si mesmos... Vocs foram comprados por alto preo (1 Corntios 6:19-20). Alguns cristos professos podem achar estranho quando nosso relacionamento com Deus ilustrado por aquele de um mestre e o escravo, embora isso seja de fato o que a Escritura ensina. O desconforto deles com a idia vem de uma cultura crist na qual muitos ministros e crentes falsamente romantizam nosso relacionamento com Deus num que caracterizado por percepes e experincias sentimentais. verdade que como cristos somos os filhos de Deus, mas aquelas passagens que nos vem como escravos de Cristo carregam tanta autoridade divina quanto aquelas que descrevem nossa filiao. Os cristos precisam voltar conscincia de serem os escravos de Deus. Qualquer ato de bondade de Deus somente devido sua misericrdia atravs do pacto que temos com ele em Cristo, e nunca como um pagamento obrigatrio por nosso servio ou fidelidade. Uma conscincia do fato de sermos os escravos de Cristo nos humilha, mas isso no significa que andaremos pelo resto das nossas vidas de cabeas baixas deprimidos e amedrontados. Isso seria uma representao falsa de uma vida de humildade e servio. Pelo contrrio, a pessoa que entende que ela um escravo de Deus se torna corajosa na vida, pois sabe que ela no pertence a si mesma. Sua confiana descansa em seu mestre, visto que ela no tem nenhuma confiana em si mesma. Se voc pode se ver verdadeiramente como um escravo de Deus, voc ser capaz de sobrepujar sua carne, suas emoes, e qualquer desobedincia e rebelio em seu corao. O medo desaparece visto que a auto-preservao no mais uma prioridade. Cessamos de temer por nossa prpria segurana e bem-estar, visto que sabemos que no pertencemos a ns mesmos. Embora preguemos sobre a depravao humana e a graa soberana, muitos cristos professos ainda dependem de suas boas obras quando eles se aproximam de Deus. A maioria das vezes as boas obras delas no so to boas assim. Mas no importa quo genuinamente boas obras voc tenha feito, voc tem feito apenas o que deveria ter feito. Se voc est dependendo do que tem feito a Deus quando esperando dele uma resposta para a sua orao, voc no tem nenhuma chance. Deus ouvir sua orao por causa de sua misericrdia, bondade e sua fidelidade s promessas lhe dadas atravs de Jesus Cristo. Sobre nenhuma outra base voc pode esperar algo de Deus. Outra passagem que se refere ao relacionamento de um senhor e escravo vem de Lucas 12:35-38: Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe

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a porta imediatamente. Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestir para servir, far que se reclinem mesa, e vir servi-los. Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados. O senhor dito servir seus escravos nessa passagem, lemos em Lucas 17.
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mas isso no contradiz o que

A parbola em Lucas 17 mostra que um senhor no obrigado a mostrar bondade para o escravo, e o escravo no tem nenhuma reivindicao sobre a gratido do senhor. Jesus aplica isso aos seus discpulos no versculo 10: Assim tambm vocs, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: Somos servos inteis; apenas cumprimos o nosso dever. A parbola nos diz que o senhor tem o direito de fazer demanda contnua sobre o escravo, tal como a ordem do Senhor de que devemos perdoar os outros repetidamente (v. 3-4), e tambm nos diz qual deveria ser a nossa atitude e comportamento como escravos para com Deus. Por outro lado, Lucas 12:37 nos diz que a bondade de Deus est alm daquela de um mestre humano ordinrio, e que de fato ele recompensa e serve aqueles que so fiis a ele. Visto que nossa tendncia abusar da bondade de Deus, devemos lembrar de no tom-la como certa por causa do nosso conhecimento de sua grande misericrdia. Deveramos ainda ver a ns mesmos como servos inteis, como Jesus ensina. A bondade de Deus tal que quando ele te encontra numa postura de humildade, ele ir exalt-lo no tempo devido (1 Pedro 5:6), mas isso no algo que fazemos para ns mesmos, e muito menos em nosso relacionamento com Deus. Tolo aquele que se levanta diante de Deus e faz demandas a ele! Assim, Lucas 17:10 diz qual deveria ser a sua atitude, e Lucas 12:37 diz qual ser a atitude de Deus que ele te mostrar misericrdia, embora isso no seja requerido dele como seu senhor. Deus seria inteiramente justo se ele nos tratasse como escravos, visto que somos de fato seus escravos. Mas a Bblia diz que ele nos trata como filhos, tendo nos adotado em Cristo. Qualquer quantia de trabalho que os escravos faam pode ser j esperada e no recompensada, mas Deus nos recompensa como se fssemos mais do que escravos. Entre outras coisas, devemos sempre pensar em ns mesmos como os escravos de Deus, de forma que no pensemos que Deus far algo para ns, e assim, lembraremos que todo bem que Deus nos faz no por causa de obrigao ou dvida para conosco, mas por sua bondade soberana. Para o propsito de manter essa atitude de humildade, deveramos considerar frequentemente as seguintes passagens bblicas: Ento o Senhor respondeu a J do meio da tempestade e disse: Quem esse que obscurece o meu conselho com palavras sem conhecimento? Prepare-se como simples homem; vou fazer-lhe perguntas, e voc me responder. Onde voc estava quando
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The word translated "servant" here is more correctly translated "slave."

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lancei os alicerces da terra? Responda-me, se que voc sabe tanto. Quem marcou os limites das suas dimenses? Talvez voc saiba! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? E os seus fundamentos, sobre o que foram postos? E quem colocou sua pedra de esquina, enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam? (J 38:1-7) Disse ainda o Senhor a J: Aquele que contende com o Todopoderoso poder repreend-lo? Que responda a Deus aquele que o acusa! Ento J respondeu ao Senhor: Sou indigno; como posso responder-te? Ponho a mo sobre a minha boca. Falei uma vez, mas no tenho resposta; sim, duas vezes, mas no direi mais nada. Depois, o Senhor falou a J do meio da tempestade: Prepare-se como simples homem que ; eu lhe farei perguntas, e voc me responder. Voc vai pr em dvida a minha justia? Vai condenar-me para justificar-se? Seu brao como o de Deus, e sua voz pode trovejar como a dele? (J 40:1-9). Muitos cristos professos se queixam quando eles esto descontentes com suas vidas, e eles frequentemente questionam a justia de Deus e os seus caminhos. Mas Deus diz: Voc vai pr em dvida a minha justia? Vai condenar-me para justificar-se?. J diz: Ponho a mo sobre a minha boca. Isso o que mais as pessoas precisam fazer na igreja. Elas negligenciam os estudos bblicos e teolgicos, mas ento esperam falar nas reunies da igreja, e demandam que outras pessoas respeitem suas opinies estpidas e anti-bblicas. Mas a Bblia diz: Quando voc for ao santurio de Deus, seja reverente. Quem se aproxima para ouvir melhor do que os tolos que oferecem sacrifcio sem saber que esto agindo mal. No seja precipitado de lbios, nem apressado de corao para fazer promessas diante de Deus. Deus est nos cus, e voc est na terra, por isso, fale pouco (Eclesiastes 5:1-2). Ento J respondeu ao Senhor: Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Tu perguntaste: Quem esse que obscurece o meu conselho sem conhecimento? Certo que falei de coisas que eu no entendia, coisas to maravilhosas que eu no poderia saber. Tu disseste: Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e voc me responder. Meus ouvidos j tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no p e na cinza (J 42:1-6). Aqueles que no temem a Deus no o vem. Eles permanecem em constante desafio contra Deus, chamando sua arrogncia para com ele de f. Eles no sabem como ele verdadeiramente, nem a extenso do seu poder e santidade. Mas aqueles que conhecem a Deus se humilham em arrependimento, e tremem com a sua palavra. Mas quem voc, homem, para questionar a Deus? Acaso aquilo que formado pode dizer ao que o formou: Por que me fizeste assim? O oleiro no tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder,

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suportou com grande pacincia os vasos de sua ira, preparados para a destruio? Que dizer, se ele fez isto para tornar conhecidas as riquezas de sua glria aos vasos de sua misericrdia, que preparou de antemo para glria, ou seja, a ns, a quem tambm chamou, no apenas dentre os judeus, mas tambm dentre os gentios? (Romanos 9:20-24). Por isso, pela graa que me foi dada digo a todos vocs: Ningum tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrrio, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da f que Deus lhe concedeu (Romanos 12:3). Mas ele nos concede graa maior. Por isso diz a Escritura: Deus se ope aos orgulhosos, mas concede graa aos humildes. Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugir de vocs (Tiago 4:6-7). Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam sero tratados com desprezo (1 Samuel 2:30). Pois todo o que se exalta ser humilhado, e o que se humilha ser exaltado (Lucas 14:11). O temor do Senhor o princpio da sabedoria; todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso. Ele ser louvado para sempre! (Salmo 111:10) Se o temor de Deus o princpio da sabedoria, ento aqueles que desafiam, questionam e demandam de Deus so tolos; todavia, quantos que se chamam de cristos fazem precisamente essas coisas? Quo frequentemente voc faz essas coisas? Quantos cristos professos de fato no mostram nenhum temor de Deus, mas antes ousam desafi-lo e desobedec-lo como se estivssemos no mesmo nvel dele? A Escritura nos chama a ouvir e entender que um escravo que desrespeita seu senhor ser envergonhado, mas a um escravo que entende seu lugar ser mostrada misericrdia. Aqueles de ns que reivindicam ser cristos, e que reivindicam ter o Esprito de Deus dentro deles, ainda so to tolos que precisam da experincia de J para aprender sua lio? Mas Jesus diz: Se no ouvem a Moiss e aos Profetas, tampouco se deixaro convencer, ainda que ressuscite algum dentre os mortos (Lucas 16:31). No precisamos da experincia de J, mas tudo o que precisamos fazer crer no que a Escritura diz sobre Deus e sobre ns. Assim, podemos aprender a nos humilhar para que no sejamos envergonhados, mas antes exaltados e honrados por Deus.

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