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Copyrigth
Agradecimentos
Abertura
Prefácio
Introdução
1 - De Wittenberg a Paris: um panorama da modernidade
2 - O que Genebra tem a ver com Amsterdã?
3 - O que Amsterdã tem a ver com Atenas?
4 - O que Babel tem a ver com Jerusalém?
5 - O que Amsterdã tem a ver com o Brasil?
6 - Repensando a teologia latino-americana
Considerações finais
Notas
Copyright © 2019, de Josu é Klumb Reichow
Editora Monergismo
SCRN 712/713, Bloco B, Loja 28 — Ed. Francisco Morato
Bras í lia, DF, Brasil — CEP 70.760-620
www.editoramonergismo.com.br
1 ª edi çã o, 2019
Proibida a reprodu çã o por quaisquer meios, salvo em breves cita çõ es, com indica çã
o da fonte.
xxx Mb
ISBN 978-85-69980-75-9
1. Filosofia 2. Teologia 3. Cristianismo I. Josu é Klumb Reichow II. T í tulo
CDD: 230
Agradecimentos
Sou grato aos meus pais, Marly e Enilton, pelo encorajamento, ora çã o e
suporte durante a escrita dessa obra e ao longo da minha vida. Agrade ç
o aos meus sogros, Roberto e Gislaine, e à minha cunhada Roberta, por
serem á vidos pensadores e por sempre terem-me apoiado durante a
elabora çã o desse livro. Muito obrigado!
Espero que esta obra contribua para que o rico legado do pensamento
dooyeweerdiano, ou reformacional, seja entendido em seus contornos b
á sicos e relev â ncia para o contexto brasileiro, auxiliando a igreja
nacional a apresentar um testemunho fiel, informado e maduro, do
senhorio de Cristo sobre todas as coisas.
O terceiro cap í tulo, O que Amsterd ã tem a ver com Atenas? , é uma
exposi çã o mais detalhada dos elementos centrais da filosofia
reformacional. Nele, discorro sobre a rela çã o entre filosofia e
cristianismo, acentuando o projeto de Dooyeweerd de uma filosofia crist
ã . Na sequ ê ncia, abordo os conceitos de cosmonomia, esferas de
soberania e ontologia modal. Finalizo o cap í tulo discutindo a
antropologia dooyeweerdiana e sua compreens ã o da rela çã o entre
filosofia e teologia.
Espero que meu ponto j á esteja claro. Contudo, ei-lo de outra forma:
nossa vis ã o da hist ó ria n ã o é neutra. Esse é um ponto central da cr í
tica de Herman Dooyeweerd à modernidade: sua pretensa neutralidade.
Sendo assim, qualquer interpreta çã o da modernidade ser á informada
por uma narrativa maior ou, se preferirmos, uma cosmovis ã o , seja ela
qual for.
Feitas essas observa çõ es, talvez caiba perguntar: por que iniciar uma
obra introdut ó ria ao pensamento de Dooyeweerd discorrendo sobre
modernidade? Em primeiro lugar, a filosofia dooyeweerdiana, e a tradi
çã o subsequente, esteve em constante di á logo cr í tico com a
modernidade e com o pensamento iluminista nela desenvolvido. Aos que
planejam apropriar-se da constru çã o filos ó fica erigida pela Escola de
Amsterd ã , é fundamental compreender a modernidade e suas interpreta
çõ es na teoria social, bem como a desconstru çã o e cr í tica
empreendidas pelo fil ó sofo holand ê s aos construtos modernos.
Em terceiro lugar, um motivo por que decidi incluir uma reflex ã o sobre
a modernidade no cap í tulo inicial est á ligado à possibilidade de a
filosofia reformacional de Dooyeweerd municiar aqueles que trabalham
no campo das humanidades com categorias te ó ricas robustas de
pensamento, que consigam, desde uma perspectiva crist ã , lan ç ar luz
sobre o famoso bin ô mio modernidade/p ó s-modernidade.
A modernidade
Cinco eventos hist ó ricos foram paradigm á ticos nesse sentido, pois
ilustram essas mudan ç as: a Reforma, o Renascimento, o Iluminismo, a
Revolu çã o Francesa e a Revolu çã o Industrial. Nesse sentido, a era
moderna pode ser entendida como um processo de transforma çã o
radical dos padr õ es anteriores de ordem e das rela çõ es sociais: a
modernidade implantou novos padr õ es de ideais, filosofia, pensamento
pol í tico, economia, est é tica e religi ã o.
Racionaliza çã o
Subjetiva çã o
O soci ó logo franc ê s Fran ç ois Dubet assevera que as sociedades eram
hierarquizadas de acordo com seu grau de modernidade, seja na
racionaliza çã o do mundo em Weber, no desenvolvimento das for ç as
produtivas em Marx ou na divis ã o do trabalho em D ü rkheim . 34
Evidencia-se esse processo tamb é m no surgimento da antropologia,
com seus esquemas evolucionistas e etapistas — tamb é m chamado de
m é todo comparativo — que classificavam as sociedades de selvagens a
civilizadas.
Todavia, como bem apontou Kumar: “ Ser á que é realmente poss í vel
pensar no mundo moderno sem considerar que ele é industrial ? 36 ”
Se fosse necess á rio pensar em outra imagem do mundo moderno,
imaginar-se-ia uma f á brica mecanizada, com uma m á quina a vapor
funcionando constantemente.
Outro importante escritor que se destaca por fazer uma forte cr í tica à
modernidade é o russo Fi ó dor Dostoi é vski (1821-1881),
principalmente no livro Notas do subsolo, publicado em 1864 . Nele,
atrav é s de seu personagem central, o autor vocifera contra o ideal de
progresso conduzido pela ci ê ncia e contra a redu çã o do homem a uma
m á quina, a mera engrenagem de um sistema. Numa c é lebre passagem,
o escritor diz que “ [...] os homens continuam a ser homens, e n ã o
teclas de piano [...] ” . 46 Ainda sobre isso, diz:
Mesmo que se constate que ele é de fato uma tecla de piano, mesmo que isso lhe
seja demonstrado pelas ci ê ncias naturais e pela matem á tica, nem assim ele criar
á ju í zo e propositalmente far á alguma coisa oposta, unicamente por ingratid ã o;
de fato, para impor sua vontad e. 47
Nesse sentido, uma das marcas caracter í sticas do s é culo XIX foi o
ideal moderno de ci ê ncia, expresso na separa çã o entre f é e raz ã o e
na tentativa de diminuir a influ ê ncia do cristianismo em á reas da vida
p ú blica na Europa, como na cultura e na pol í tica.
Nessa dire çã o, uma filosofia que tivesse como ponto de partida a raz ã
o aut ô noma per se desconsideraria um aspecto central da
antropologia humana: a presen ç a do pecado. Por isso, com este estrato
teol ó gico, o projeto de uma filosofia crist ã teria seu espa ç o,
diferenciando-se, entretanto, do escolasticismo .
Dessa forma, a filosofia n ã o poderia optar por um dos termos dessa rela
çã o antit é tica como ponto de partida na investiga çã o da estrutura da
realidade. Para o autor holand ê s, seria imposs í vel estabelecer — como
ponto de partida, à maneira de Kant — uma rela çã o dial é tica de oposi
çã o entre a raz ã o (aspecto l ó gico) e a realidade ou experi ê ncia
comum por um motivo fundamental: essa oposi çã o (ant í tese) é uma
abstra çã o puramente te ó rica . 84 De acordo com Dooyeweerd, a ú
nica ant í tese presente na realidade é a ant í tese religiosa . Sendo
assim, ele dirige suas cr í ticas à ideia de uma dial é tica que dissolva
qualquer ideia ou valor absoluto, o que constitui uma cr í tica a um dos
principais elementos da filosofia ocidental, cuja heran ç a é grega.
Alguns apontamentos
Filosofia e cristianismo
Uma proposta cosmon ô mica aponta para uma ordem c ó smica, cujo
sentido — ordem e/ou lei — é d á diva. Em outras palavras, o
fundamento do cosmo est á fora dele, no criador. Por esse motivo, o
fil ó sofo holand ê s afirma que o Deus criador é a arch é ou a
origem da pr ó pria busca humana pelo sentido do todo . 101 “ Uma vis
ã o da totalidade n ã o é poss í vel à parte de nossa vis ã o de origem ou
da ἀρχή [...] ” . 102 Por isso, o impulso natural do ser humano seria o de
orientar o cora çã o — entendido em Dooyeweerd como o centro
religioso humano, a partir da concep çã o hebraica de cora çã o — a um
absoluto, na medida em que esta é a lei do cosmos, da í o conceito de
cosmonomia.
Isso seria nada menos que uma admiss ã o irrestrita do te í smo crist ã o
como ideia de origem e ordem c ó smica; n ã o do te í smo no sentido aristot
é lico-tomista, propriamente, mas no sentido calvinista: [...] Deus soberano,
princ í pio da ordem c ó smica, al é m de toda lei — mas sustentador de
todas as leis, transcendente e distinto de todas as criaturas, e de todas as
esferas da nossa experi ê ncia tempora l. 103
Em certo sentido, s ó uma vis ã o de mundo que identifique o
fundamento do mundo fora do mundo é pass í vel de ser chamada de
secular , na medida em que n ã o deifica nenhum aspecto da realidade.
Tal interpreta çã o se aproxima da proposta do te ó logo alem ã o
Friedrich Gogarten, no que concerne à sua tese sobre a seculariza çã o. A
tese de Gogarten é de que somente a f é crist ã seculariza/dessacraliza o
mundo, em fun çã o da responsabilidade diante da cria çã o — que, ali á
s, é externa ao homem, em seu fundamento. Nada h á na cria çã o que
seja elevado a uma condi çã o supernatural — em Dooyeweerd,
supratemporal. Subvertendo a l ó gica do pensamento cl á ssico,
Gogarten afirma que quem deifica o mundo é justamente o secularismo
, que seria uma esp é cie de seculariza çã o incompleta . 104
Ontologia modal
Biologismo
Economicismo
Data í smo
Motivos-base religiosos
Natureza e gra ç a
Desse modo, “ [...] a esfera da natureza é vista como uma realidade aut ô
noma ” . 178
Com base nessa cosmovis ã o, os escol á sticos acreditavam que a raz ã o
natural, a despeito da queda, continuava com suas capacidades originais,
sendo incapaz apenas de refletir sobre realidades divinas, que deveriam ser
recebidas na revela çã o, por meio da f é . [...] A f é deveria orientar a raz ã o
para que esta compreendesse as verdades do evangelho, mas tal orienta çã
o n ã o era considerada necess á ria para que a raz ã o compreendesse a
natureza . 179
A introdu çã o desse dualismo no pensamento crist ã o teve como
consequ ê ncia a ideia de uma suposta esfera independente e aut ô noma
em toda cria çã o, o que daria espa ç o para o passo seguinte no avan ç o
do pensamento ocidental: o polo da natureza “ devorando ” o polo gra ç
a . 180 Eis o fundamento, na interpreta çã o dooyeweerdiana, da ideia de
um mundo secular. Essa “ grande s í ntese ” medieval teve sua influ ê
ncia no Ocidente at é o s é culo XVI, marcado pelo movimento
nominalista e o surgimento de um novo motivo-base, o da natureza e
liberdade .
Natureza e liberdade
Alguns apontamentos
Por fim, acredito que, por ser n ã o serem muito conhecidas no contexto
acad ê mico brasileiro, a filosofia e o pensamento de Dooyeweerd
precisam de tempo de apropria çã o e discuss ã o. Os frutos de sua
contribui çã o s ó ser ã o colhidos mediante o estudo, debates e cr í ticas,
e isso s ó se faz com uma comunidade acad ê mica disposta a dialogar
com essa tradi çã o rica de pensamento.
Nesse sentido, o pr ó ximo cap í tulo busca refletir sobre poss í veis
contribui çõ es que a tradi çã o neocalvinista de Dooyeweerd pode fazer
no contexto brasileiro. Nessa dire çã o, é preciso fazer com que a
filosofia cosmon ô mica dialogue com a cultura brasileira e com a produ
çã o teol ó gica e filos ó fica latino-americana, as quais t ê m profundas
influ ê ncias sobre as dimens õ es sociais e pol í ticas de nosso pa í s.
5
Cristianismo e cultura
Tais modelos n ã o ser ã o usados como o autor os fez, mas, para os fins
deste trabalho, servir ã o como tipos ideais, pensando-se na cultura como
a dimens ã o da criatividade humana e na produ çã o de artefatos
diversos, tais como express õ es art í sticas, produ çã o de conhecimento
e arranjos pol í ticos. Dessa forma, quando é apresentado, o termo
representa o todo complexo da produ çã o humana e n ã o um conceito
espec í fico, desenvolvido principalmente pela antropologia cultural.
Para tanto, farei uma apresenta çã o panor â mica desses modelos de rela
çã o entre cristianismo e cultura, localizando a perspectiva kuyperiana-
dooyeweerdiana no modelo de transforma çã o da cultura. Nesse í
nterim, ser ã o apresentados exemplos contextualizados e apontamentos
da manifesta çã o dessas interfaces no contexto brasileiro.
Nos di á logos socr á ticos, Plat ã o apresenta o mundo sens í vel como
pris ã o e o exerc í cio da raz ã o como um ponto de abertura superior a
uma realidade mais elevada. Tal vis ã o parece corresponder a uma
identifica çã o — presente no evangelicalismo brasileiro — do mundo e
de suas estruturas como algo mal em si. O abandono desse mundo, pelo
exerc í cio das coisas espirituais — entendidas como invis í veis — ou
pelo uso da f é , seria o modelo de vida e de espiritualidade para os crist
ã os.
Ainda que haja certa ambiguidade nesse caso, h á uma real inser çã o em
termos de uma produ çã o cultural evang é lica . 220 Entretanto, a l ó
gica dessa produ çã o segue padr õ es de segmenta çã o mercadol ó gica,
n ã o sendo dilu í do para o todo da cultura. Exemplo dessa segmenta çã
o e diferencia çã o é o caso do Esp í ritoval , 221 uma festa evang é lica
que, em contraposi çã o à “ festa da carne ” , o carnaval, celebraria a “
festa do esp í rito ” . Em outra passagem, Cunha aponta que, para essa
concep çã o, “ a carreira art í stica [...] é incompat í vel com o prop ó sito
de Deus [...] ” . 222
Cristianismo da cultura
Grande parcela da cr í tica feita a esse modelo parte da ideia de que uma
simples acomoda çã o entre cristianismo e cultura faz com que a f é crist
ã e suas cren ç as fundamentais — ortodoxia — sejam corro í das por
cosmovis õ es que distorceriam verdades b í blicas centrais. Assim, tem
sido lugar comum interpretar a é poca contempor â neo, especialmente
ap ó s a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), como tempos p ó s-
modernos .
De outro lado, o modo de ser igreja, a partir desse modelo, faz com que
o culto e a liturgia crist ã s sejam alterados com fins adaptativos e pragm
á ticos, como, por exemplo, a atra çã o de diferentes p ú blicos . 230 No
convite de uma igreja evang é lica carioca, l ê -se: “ Aproveite e traga
aquele seu amigo que curte m ú sica eletr ô nica, forr ó e outros ritmos,
que n ã o perde uma boa partida de futebol e ama uma agita çã o! Vamos
mostrar para a galera que sabemos fazer festa e juntos adorar a Deus! "
231
Esse é um exemplo da chamada balada gospel . H á , certamente,
uma flexibiliza çã o das formas, que muitas vezes acaba por atingir o
conte ú do, processo que é caracter í stico de uma sociedade que vive ap
ó s o fim da tradi çã o . 232
Uma vez que a cria çã o é boa, visto ser obra do Deus criador de todas as
coisas, suas diferentes dimens õ es expressariam a vontade dele para a
criatura. Entretanto, juntamente com essa ideia, os neocalvinistas
enfatizam a vis ã o da queda no pecado como deprava çã o total , 238
como uma distor çã o da realidade criada. Como j á referido nesse
trabalho, a no çã o dooyeweerdiana de dire çã o ap ó stata do cora çã o
constitui-se como a defini çã o de pecado, afirmada por essa tradi çã o.
A ú nica garantia para essa liberdade dentro das esferas seria a afirma çã
o de um Deus criador soberano, cujo poder n ã o poderia ser usurpado
por ningu é m nem por nenhuma institui çã o. Sendo assim, a proposta
neocalvinista se constitui, justamente, como uma tentativa de prote çã o
contra qualquer poder absolutista. As esferas de soberania seriam uma
forma de prote çã o e afirma çã o da liberdade humana dentro dessas
esferas. Esse alcance da soberania do criador teria o escopo do universo,
sendo refletido em todas as dimens õ es da realidade criada.
Em contrapartida,
Esse problema simplesmente n ã o existe no pensamento neocalvinista,
porque nele o envolvimento dos crentes em projetos paraeclesi á sticos e
extraeclesi á sticos n ã o é visto como forma de “ compensar ” a fraqueza da
igreja, mas como uma de suas finalidades principais. Nessa perspectiva, a
igreja é vista como uma esp é cie de “ centro pastoral ” , que visa a capacitar
e enviar os santos para a çõ es de transforma çã o integral nos diversos
campos da sociedade . 270
Nessa dire çã o,
A pr á xis d á forma à teologia ao colocar as quest õ es para a teologia, e a
teologia avalia e cr í tica a f é que move a a çã o, mas a teoria em si n ã o
engendra a pr á xis, nem pode control á -la, sendo apenas um momento de
contempla çã o que nasce da vida e a ela retorna . 296
Desse modo, no que concerne aos debates teol ó gicos com implica çõ es
pol í ticas e sociais, o contexto brasileiro possui duas tradi çõ es robustas
de pensamento: a teologia de miss ã o integral e a teologia da liberta çã
o. A tradi çã o kuyperiana-dooyeweerdiana tem pontos em comum com
essas tradi çõ es, mas tamb é m pontos de tens ã o e cr í tica em rela çã o
aos fundamentos teol ó gicos e filos ó ficos desses movimentos.
Entretanto, diante de um cen á rio ainda incipiente de debate e di á logo,
seria temer á rio fazer progn ó sticos. O que se pode afirmar é que uma
conversa franca entre essas tradi çõ es pode contribuir para o
protagonismo e relev â ncia dos crist ã os na sociedade brasileira. Afinal,
n ã o é a reden çã o de todas as coisas o objetivo comum de todas essas
tradi çõ es?
Considera çõ es finais
Por fim, acredito que a filosofia cosmon ô mica tem muito a contribuir
com a constru çã o de uma teologia p ú blica . Em que medida essas vis
õ es se aproximam e t ê m pontos semelhantes é algo a ser pensado e
desenvolvido em trabalhos vindouros.
1 C. S. Lewis, “ De description temporum ” . In: They Asked for a Paper
(London: Geoffrey Bles, 1962), p. 11.
2 Cf. Rodolfo Amorim, “ Cosmovis ã o: evolu çã o do conceito e aplica çã o
crist ã” . In: Guilherme de Carvalho, Maur í cio Cunha e Cl á udio Ant ô nio
Cardoso Leite (Org.), Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o (Vi ç osa:
Ultimato, 2006), p. 41.
3 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna: Novas
teorias sobre o mundo contempor â neo (Rio de Janeiro: Zahar, 1997), p. 79.
4 Wilhelm Wachholz, Hist ó ria e teologia da reforma: introdu çã o (S ã o
Leopoldo: Sinodal, 2010), p. 14.
5 Cf. Carter Lindberg, As reformas na Europa (S ã o Leopoldo: Sinodal,
2001), p. 114.
6 Cf. Max Weber, A é tica protestante e o esp í rito do capitalismo (S ã o
Paulo: Companhia das Letras, 2004).
7 Wilhelm Wachholz, Hist ó ria e teologia da reforma , p. 14.
8 Herman Dooyeweerd, A New Critique of Theoretical Thought (Ontario:
Paideia Press, 1984), p. 57.
9 Anthony Giddens, As consequ ê ncias da modernidade (S ã o Paulo:
Editora Unesp, 1991), p. 11.
10 Marshall Berman, Tudo que é s ó lido se desmancha no ar: a aventura da
modernidade (S ã o Paulo: Companhia das Letras, 2007), p. 24.
11 Cf. Max Weber, A é tica protestante e o esp í rito do capitalismo , p. 88.
12 Mars í lio de P á dua, O defensor da paz (Petr ó polis: Vozes, 1995), p.
73.
13 Cf. Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental: as op çõ es pag ã
, secular e crist ã (S ã o Paulo: Cultura Crist ã , 2015), p. 45-46.
14 Alain Touraine, Cr í tica da modernidade (Petr ó polis, RJ: Vozes,
1994), p. 17.
15 Lesslie Newbigin, Discovering Truth in a Changing World (London:
Alpha International, 2003), p. 4. Grifo nosso. Em geral, as cita çõ es foram
traduzidas por mim. Quando n ã o for o caso, darei a refer ê ncia da edi çã o da
obra utilizada.
16 Fritjof Capra, O ponto de muta çã o: a ci ê ncia, a sociedade e a cultura
emergente (S ã o Paulo: C í rculo do Livro, 1982), p. 54.
17 C. Ibid. , p. 58.
18 Kant apud Will Durant, A hist ó ria da filosofia (S ã o Paulo: Nova
Cultural, 2000), p. 256. Grifo nosso.
19 Ibid. , p. 267.
20 Alain Touraine, Cr í tica da modernidade , p. 37.
21 Thomas Hylland Eriksen e Finn Sivert Nielsen , Hist ó ria da antropologia
(Petr ó polis, RJ: Vozes, 2007), p. 19.
22 Marshall Berman, Tudo que é s ó lido se desmancha no ar , p. 25.
23 Anthony Giddens, Modernidade e identidade (Rio de Janeiro: Zahar,
2002), p. 9.
24 Cf. Gertrude Himmelfarb, Os caminhos para modernidade (S ã o Paulo:
É Realiza çã o, 2011). Nessa obra, a historiadora norte-americana Gertrude
Himmelfarb defende a exist ê ncia de “ iluminismos ” e argumenta que tanto nos
Estados Unidos quanto na Gr ã -Bretanha houve “ iluminismos ” anteriores ao
franc ê s e que estes tinham caracter í sticas distintas dos ideais revolucion á rios
manifestos na Fran ç a, revelando, inclusive, um vi é s conservador.
25 Touraine e Dubet s ã o soci ó logos franceses contempor â neos vinculados
a uma Sociologia da a çã o . Apesar de diferen ç as em suas interpreta çõ es,
ambos enfatizam a dimens ã o da experi ê ncia individual — subjetividade — na
forma çã o e constru çã o da sociedade.
26 Alain Touraine, Cr í tica da modernidade , p. 12. Grifo do autor.
27 Cf. Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p.
83.
28 Express ã o popular com origem na passagem b í blica do livro de
Eclesiastes 1.9b.
29 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 80.
30 Alain Touraine, Cr í tica da modernidade , p. 70.
31 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 92.
32 Marshall Berman, Tudo que é s ó lido se desmancha no ar , p. 26.
33 Cf. Anthony Giddens, As consequ ê ncias da modernidade , p. 22.
34 Cf. Dubet, Fran ç ois, A sociologia da experi ê ncia (Lisboa: Instituto
Piaget, 1994), p. 53.
35 Cf. Anthony Giddens, As consequ ê ncias da modernidade .
36 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 94.
Grifo do autor.
37 Cf. Eric J. Hobsbawm, A era das revolu çõ es: Europa 1789-1848 . Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1977; Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó
s-moderna ; Marshall Berman, Tudo que é s ó lido se desmancha no ar .
38 Eric J. Hobsbawm, A era das revolu çõ es , p. 50.
39 Anthony Giddens, As consequ ê ncias da modernidade , p. 61.
40 Karl Polanyi, A grande transforma çã o: as origens de nossa é poca
(Rio de Janeiro: Campus, 2000), p. 51.
41 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 94,
95.
42 Movimento que perpassou campos diferentes como a filosofia e as artes.
Caracterizou-se por uma forte cr í tica à racionalidade iluminista e uma volta à
subjetividade e aos temas do indiv í duo.
43 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 96.
44 Nasceu em Paris em 1821 e morreu na mesma cidade em 1867.
45 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 97.
46 Fi ó dor Dostoi é vski, Notas do subsolo (Porto Alegre: L&PM, 2010),
p. 41.
47 Ibid. , p. 42. Grifo nosso.
48 Ibid. , p. 42.
49 Jean-Fran ç ois Lyotard, O p ó s-moderno (Rio de Janeiro: Jos é
Olympio, 1993), p. 3.
50 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 143.
51 Ibid .
52 Leonildo Pereira de Souza, O adjetivo e seus substantivos: Uma leitura
acerca de elementos do discurso te ó rico p ó s-moderno (Monografia em Ci ê
ncias Sociais. Pelotas: UFPel, 2003), p. 53.
53 David Lyon, P ó s-modernidade (S ã o Paulo: Paulus, 1998), p. 69.
54 Krishan Kumar, Da sociedade p ó s-industrial à p ó s-moderna , p. 152.
55 Anthony Giddens, Modernidade e identidade , p. 26.
56 Anthony Giddens, As consequ ê ncias da modernidade , p. 46.
57 Peter Leithart, Solomon Among the Postmoderns (Grand Rapids,
Michigan: Brazos Press, 200W8), p. 54.
58 A disserta çã o de mestrado de Rodomar Ramlow apresenta um panorama
amplo do neocalvinismo, servindo como uma ó tima introdu çã o a essa tem á
tica. Cf. Rodomar Ricardo Ramlow, O neocalvinismo holand ê s e o movimento
de cosmovis ã o crist ã (Disserta çã o de Mestrado. S ã o Leopoldo: Escola
Superior de Teologia, 2012).
59 Comte (1798-18570) foi um dos principais representantes do positivismo
na Europa. É considerado um dos fundadores da sociologia.
60 L. Kalsbeek, Contornos da filosofia crist ã : a melhor e mais sucinta
introdu çã o à filosofia reformada de Herman Dooyeweerd (S ã o Paulo:
Cultura Crist ã , 2015), p. 15.
61 Ibid .
62 Cf. Rodomar Ramlow, O neocalvinismo holand ê s: Temas e autores
(Anais do Congresso Internacional de Teologia. S ã o Leopoldo: EST, 2012, v. 1,
p. 1701-1716), p. 1702.
63 Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo: ensaios acerca de
um calvinismo saud á vel (S ã o Paulo: Fonte Editorial, 2013), p. 222.
64 Para Kuyper, a ideia de uma Universidade Livre remetia à liberdade em rela
çã o ao Estado e à interfer ê ncia eclesi á stica.
65 Abraham Kuyper, Calvinismo (S ã o Paulo: Cultura Crist ã , 2003), p.
19.
66 Jonathan Chaplin, Herman Dooyeweerd: Christian philosopher of State
and Civil Society (Indiana: Notre Dame, 2011), p. 21.
67 Ibid. , p. 22.
68 Jonathan Chaplin, The Full Weight of our Convictions: The Point of
Kuyperian Pluralism . [S.l] 01 nov. 2013. Dispon í vel em:
<https://www.cardus.ca/comment/article/4069/the-point-of-kuyperian-
pluralism/>.
69 Cf. http://www.allofliferedeemed.co.uk/
70 Cf.<http://www.abrahamkuypercenter.vu.nl/en/>
71 Cf. <http://www.ptsem.edu/library/kuyper/>.
72 Cf. <http://www.reformationalphilosophy.org/>
73 Cf. Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo , p. 271.
74 Herman Dooyeweerd, A New Critique of Theoretical Thought , p. 9.
75 Jonathan Chaplin, Herman Dooyeweerd , p. 30.
76 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental: estudos
sobre a pretensa autonomia da raz ã o (Bras í lia, DF: Monergismo, 2018), p.
49.
77 Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo , p. 274-75.
78 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã : uma introdu çã o ao pensamento social de Herman
Dooyeweerd ” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã e
transforma çã o: espiritualidade, raz ã o e ordem social (Vi ç osa, MG:
Ultimato, 2006, p. 189-218), p. 192.
79 Nesse ponto, v ê -se a forte influ ê ncia da obra Ser e tempo , de Martin
Heidegger, sobre o pensamento de Dooyeweerd, admitida por ele mesmo no pref
á cio da New Critique of Theoretical Thought.
80 L. Kalsbeek, Contornos de uma filosofia crist ã , p. 28.
81 No original De Wijsbegeerte der Wetside.
82 Ainda sem tradu çã o para o portugu ê s.
83 Herman Dooyeweerd, Introduction to a Transcendental Criticism of
Philosophic Thought . Dispon í vel em:
<http://www.reformationalpublishingproject.com/pdf_books/Scanned_Books_P
DF/IntroductiontoaTranscendentalCriticismofPhilosophicThought.pdf>. Acesso
em: 07 mai. 2012.
84 Cf. Ibid .
85 Cf. Herman Dooyeweerd, A New Critique of Theoretical Thought , p. 22.
86 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 21.
87 Cf. Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p.
62.
88 Jonathan Chaplin, Herman Dooyeweerd , p. 29.
89 Herman Dooyeweerd, Introduction to a Transcendental Criticism of
Philosophic Thought .
90 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 167.
91 Guilherme de Carvalho, “ Herman Dooyeweerd, reformador da raz ã o ” .
In: Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento (S ã o Paulo:
Editora Hagnos, 2010), p. 30.
92 Roy A. Clouser, O mito da neutralidade religiosa: um ensaio sobre a cren
ç a religiosa e seu papel oculto no pensamento te ó rico (Bras í lia, DF:
Academia Monergista, 2018), p. 3.
93 Ibid. , p. 3. Grifo nosso.
94 Guilherme de Carvalho, “ Herman Dooyeweerd, reformador da raz ã o ” .
In: Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento , p. 30.
95 Herman Dooyeweerd, Introduction to a Transcendental Criticism of
Philosophic Thought .
96 Tertuliano, De praescriptione haereticorum , c. 7.
97 Cf. Wolfhart Pannenberg, Filosofia e teologia (S ã o Paulo: Paulinas,
2008), p. 17.
98 Cf. Atos 9.1-19.
99 Cf. Atos 17.16-34.
100 K. J. Popma, Inleiding in de Wijsbeerte (Kampen, 1956), p. 94. Apud:
L. Kalsbeek, Contornos da filosofia crist ã , p. 31.
101 Cf. Herman Dooyeweerd, A New Critique of Theoretical Thought , p.
8.
102 Cf. Ibid. , p. 8.
103 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o
, p. 195.
104 Cf. Rosino Gibellini, A teologia do s é culo XX (S ã o Paulo: Edi çõ es
Loyola, 2012), p. 134.
105 Cf. Abraham Kuyper, Calvinismo , p. 54.
106 Nome de uma das principais obras do fil ó sofo brit â nico Thomas
Hobbes. O Leviat ã é uma alus ã o ao “ monstro marinho ” , descrito no livro
de J ó , que representaria, na obra de Hobbes, o poder do Estado. Cf. J ó 41.
107 Guilherme de Carvalho, A obje çã o reformada ao dogma da autonomia
religiosa da raz ã o. Revista Di á logo e Ant í tese, vol. 1, n º 1, 2009, p. 4-53,
p. 43.
108 Abraham Kuyper, Calvinismo , p. 98.
109 Cf. Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p.
47.
110 Ibid. , p. 233.
111 Veja L. Kalsbeek, Contornos da filosofia crist ã , p. 38.
112 Guilherme de Carvalho, “ O senhorio de Cristo e a miss ã o da igreja na
cultura: a ideia de soberania e sua aplica çã o ” . In: Leonardo Ramos et al.
(Org.), F é crist ã e cultura contempor â nea (Vi ç osa, MG: Ultimato, 2009),
p. 78.
113 Cf. Herman Dooyeweerd, A New Critique of Theoretical Thought , p. 3.
114 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 48.
115 Cf. Ibid. , p. 57.
116 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 196. Grifo nosso.
117 Cf. Richard Dawkins, O gene ego í sta (S ã o Paulo: Companhia das
Letras, 2007).
118 Cf. Clifford Geertz, A interpreta çã o das culturas (Rio de Janeiro:
LTC, 1989).
119 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 70.
120 Cf. Herman Dooyeweerd, A New Critique of Theoretical Thought , p.
8.
121 Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo , p. 276.
122 Guilherme de Carvalho, In: Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do
pensamento , p. 82. Nota de rodap é 75.
123 Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo , p. 280.
124 Guilherme de Carvalho, A obje çã o reformada ao dogma da autonomia
religiosa da raz ã o , p. 9.
125 Roy A. Clouser, O mito da neutralidade religiosa , p. 23.
126 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 231.
127 Ibid. , p. 232.
128 Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo , p. 279.
129 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento , p. 236. Grifo do
autor.
130 Cf. Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento , p. 175.
131 Ibid. , p. 171.
132 Ibid. , p. 173.
133 Ibid. , p. 175.
134 Ibid. , p. 181. Grifo nosso.
135 Ibid. , p. 182.
136 Ricardo Quadros Gouv ê a, O lado bom do calvinismo , p. 272.
137 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 185.
138 Ibid. , p. 187-8.
139 Ibid. , p. 190
140 Ibid. , p. 194.
141 Guilherme de Carvalho, nota de rodap é 21. In: Ibid. , p. 195-6.
142 As no çõ es de telos e aret é s ã o infer ê ncias minhas e n ã o
correspondem à linguagem usada por Dooyeweerd.
143 Richard Dawkins, O gene ego í sta (S ã o Paulo: Companhia das
Letras, 2007).
144 Ibid .
145 Cf. palestra Against Idolatry , de Graham Ward, professor de Teologia
no Christ Church College em Oxford. Dispon í vel on-line:
146 Karl Marx e Friedrich Engels, O manifesto do Partido Comunista (S ã
o Paulo: Paz e Terra, 1998), p. 9.
147 Yuval Harari, Homo Deus: A Brief History of Tomorrow (Penguin
Random House, 2017), p. 334.
148 Ibid. , p. 454.
149 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 44.
150 Cf. Rosino Gibellini, A teologia do s é culo XX , p. 85.
151 Cf. Ibid. , p. 87.
152 Cf. Ibid. , p. 102.
153 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 22.
154 Cf. Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento , p. 84.
155 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 26.
156 Ibid. , p. 30.
157 Do grego, significa destino cego e incalcul á vel. Foi uma figura que
apareceu na mitologia desenvolvida por Homero.
158 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 30.
159 Ibid., p. 31.
160 Ibid .
161 Ibid .
162 Ibid. , p. 33.
163 Ibid. , p. 35.
164 Ibid. , p. 43-44.
165 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 128.
166 Cf. Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p.
86; Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 128.
167 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 128. Grifo do autor.
168 Colossenses 1.15-20.
169 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 43.
170 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 84-
5.
171 Cf. Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 130 ss.
172 Fernando Albano, Dualismo corpo/alma na teologia pentecostal .
(Disserta çã o de Mestrado. S ã o Leopoldo: EST, 2010), p. 2. Veja tamb é m: Jo
1.1-18; 1 Jo 4.1-3.
173 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 133.
174 Ibid.
175 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 133.
176 Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 136.
177 Ibid.
178 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 134.
179 Ibid.
180 Cf. Francis Schaeffer, A morte da raz ã o (Vi ç osa, MG: Ultimato,
2014), p. 17.
181 Cf. Herman Dooyeweerd, Ra í zes da cultura ocidental , p. 159.
182 Ibid. , p. 160.
183 Ibid. , p. 162.
184 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 88.
185 Ibid ., p. 89.
186 Ibid. , p. 92.
187 Ibid ., p. 93.
188 Cf. Georg Wilhelm Friedrich Hegel, A raz ã o na hist ó ria universal:
Introdu çã o à filosofia da hist ó ria universal (Lisboa: Edi çõ es 70, 1995).
189 Ibid. , p. 40.
190 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 93.
191 Ibid .
192 Ibid ., p. 94.
193 Esse tem sido o esfor ç o do cientista pol í tico brit â nico Jonathan
Chaplin, que, a partir de Dooyeweerd, prop ô s um pluralismo secular crist ã o
em termos pol í ticos.
194 Cf. Abraham Kuyper, Calvinismo , p. 17.
195 C.f. 1 Jo ã o 2.15.
196 Jo ã o 3.16.
197 H. Richard Niebuhr, Cristo e cultura (Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1967).
198 Nessa quest ã o, a palestra em á udio de Jock McGregor, intitulada
Christ and Culture revisited , foi de grande ajuda, na medida em que reflete
sobre a obra de Richard Niebuhr. Dispon í vel em: <. Acesso em: 05. mar. 2014.
199 É importante esclarecer que este trabalho n ã o é uma interpreta çã o
aprofundada da obra de Richard Niebuhr. A men çã o à obra desse autor
pretende apenas aludir à s poss í veis formas de rela çã o entre cristianismo e
cultura. De igual modo, é importante ressaltar que a tipologia usada pelo te ó
logo norte-americano apresenta cinco modelos de rela çã o entre Cristo e a
cultura. Os n ã o citados aqui s ã o: Cristo acima da cultura e Cristo e
cultura em paradoxo .
200 Veja a perspectiva cr í tica de Rick Na ñ ez com rela çã o a esse anti-
intelectualismo, bem como seu estudo sobre a origem desse dualismo dentro do
cristianismo. Cf. Rick Na ñ ez, Pentecostal de cora çã o e mente: um chamado
ao dom divino do intelecto (S ã o Paulo: Vida, 2007), p. 160.
201 Cf. Fernando Albano, Dualismo corpo/alma na teologia pentecostal , p.
13.
202 Cf. M. J Inwood. In: Ted Honderich (Org.), Platonism . The Oxford
Companion to Philosophy (Oxford: Oxford University Press, 22005, p. 723-
725), p. 724.
203 O texto A rep ú blica , assim como boa parte dos textos plat ô nicos,
foram escritos em forma de di á logo. O principal personagem e interlocutor foi o
mestre S ó crates, que nunca escreveu nada e ganhou voz atrav é s das obras de
Plat ã o. Nesse excerto, lemos S ó crates explicando o significado da alegoria a
Glauco.
204 Plat ã o, A rep ú blica , 514a-517c. Tradu çã o de Lucy Magalh ã es. In:
Danilo Marcondes, Textos b á sicos de filosofia: dos pr é -socr á ticos a
Wittgenstein , 2 ª ed. (Rio de Janeiro: Zahar, 2000). Grifo nosso.
205 Cf. Rick Na ñ ez, Pentecostal de cora çã o e mente: um chamado ao dom
divino do intelecto , p. 187.
206 Certamente o car á ter das miss õ es evang é licas no Brasil n ã o pode ser
reduzido somente a esse separatismo. Reconhece-se aqui a complexidade dos
aspectos religiosos e sociol ó gicos implicados na an á lise desses eventos.
207 Cf. Jos é Miguez Bonino, Rostos do protestantismo latino-americano
(S ã o Leopoldo: Sinodal, 2002), p. 29.
208 Rick Na ñ ez, Pentecostal de cora çã o e mente: um chamado ao dom
divino do intelecto , p. 151.
209 Definir a posi çã o fundamentalista n ã o é tarefa simples. De acordo com
o Dicion á rio brasileiro de teologia : “ [o fundamentalismo] foi gestado, em
oposi çã o à Ilustra çã o e ao Liberalismo e s ã o filhos do Romantismo. [...] Os
fundamentalistas viam-se como contra-ofensiva a um modernismo que, assim
diziam, havia se apossado do mundo protestante. Particularmente, esse
fundamentalismo primeiro entendia-se como contra-ofensiva a uma teologia
orientada em m é todo, que estava interpretando os conte ú dos da f é ,
especialmente os textos b í blicos, a partir de uma perspectiva hist ó rico-cr í tica
[...] Fundamentals eram os conte ú dos de f é , verdades absolutas e intoc á
veis, que deveriam ficar imunes à ci ê ncia e à relativiza çã o por meio do m é
todo hist ó rico ” (Martin Dreher, Fundamentalismo . In: Fernando Bortolleto
Filho, Dicion á rio brasileiro de teologia [S ã o Paulo: ASTE, 2008, p. 452-
456], p. 452-53).
210 Cf.: < http://www.ushistory.org/us/47b.asp>. Acesso em: 01. mai. 2014.
211 Certamente, no que diz respeito ao campo dos estudos biol ó gicos.
212 Cf.: < http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=25540>. Acesso
em: 10. jul. 2014.
213 Cf. Gedeon Alencar, Protestantismo tupiniquim: hip ó teses sobre a (n ã
o) contribui çã o evang é lica à cultura brasileira (S ã o Paulo: Arte editorial,
2005).
214 Rudolf von Sinner, “ Teologia P ú blica no Brasil ” . In: Afonso Maria
Ligorio Soares e Jo ã o D é cio Passos (Org.), Teologia p ú blica: Reflex õ es
sobre uma á rea de conhecimento e sua cidadania acad ê mica (S ã o Paulo:
Paulinas, 2011, p. 265-276), p. 269.
215 Ibid.
216 Exemplo disso é a Rede Super , pertencente à Igreja Batista Lagoinha, de
Belo Horizonte, e a
Rede G ê nesis pertencente à Igreja Sara Nossa Terra, com sede em Bras í lia.
217 Cf.:<http://www.nossatv.tv.br/>.
218 Cf. <http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/musica-gospel-
trinados-fe-e-dinheiro>. Acesso em: 01. Mai. 14.
219 Cf. Magali do Nascimento Cunha, A explos ã o gospel: um olhar das ci ê
ncias humanas sobre o cen á rio evang é lico no Brasil (Rio de Janeiro: Mauad
X: Instituto Mysterium, 2007), p. 107. Grifo da autora.
220 Pode-se dizer que, apesar de um discurso por vezes separatista de parte da
popula çã o evang é lica, as estruturas e os aparatos culturais acabam por ser
usufru í dos e celebrados mediante a cria çã o de mercados segmentados, como é
o caso do Gospel . Nesse sentido, a ambiguidade n ã o se manifestaria nessa
nega çã o da cultura, mas em sua afirma çã o — ainda que de forma segmentada.
221 Dispon í vel em: < http://www.lagoinha.com/ibl-noticia/adoracao-e-
alegria-compoe-o-espiritoval-2014 > Acesso em: 02. jun. 14.
222 Magali do Nascimento Cunha, A explos ã o gospel , p. 108.
223 Ibid. , p. 131.
224 Rodomar Ramlow, O neocalvinismo holand ê s e o movimento de
cosmovis ã o crist ã , p. 25.
225 Cf. H. Richard Niebuhr, Cristo e cultura , p. 111.
226 Ibid. , p. 110.
227 Andrew Fellows, “ O narcisismo como cosmovis ã o dominante no
ocidente ” . In: Leonardo Ramos et al. (Org.), F é crist ã e cultura contempor â
nea , p. 180.
228 Robson Ramos, Evangeliza çã o no mercado p ó s-moderno (Vi ç osa,
MG: Ultimato, 2003), p. 91.
229 Alberto R. Timm, “ Teologia da prosperidade ” . In: Fernando Bortolleto
Filho et al. (Org.), Dicion á rio brasileiro de teologia , p. 966.
230 Cf. Eduardo Guilherme de Moura Paegle, A “ mcdonaldiza çã o ” da f é
. O culto como espet á culo entre os evang é licos brasileiros (Tese de
Doutorado em Ci ê ncias Humanas. Florian ó polis: UFSC, 2013).
231 Dispon í vel em: < http://www.boladeneve.com/eventos/balada-da-zona-
sul> Acesso em: 02. jun. 2014.
232 Cf. Anthony Giddens, Mundo em descontrole: o que a globaliza çã o est
á fazendo de n ó s (Rio de Janeiro: Record, 2007), p. 53.
233 Rodomar Ricardo Ramlow, O neocalvinismo holand ê s e o movimento
de cosmovis ã o crist ã , p. 28.
234 Em G ê nesis 2.15, l ê -se: “ Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o
colocou no jardim do É den para o cultivar e guardar ” .
235 Cf. Guilherme de Carvalho, “ O senhorio de Cristo e a miss ã o da igreja
na cultura ” . In: Leonardo Ramos et al. (Org.), F é crist ã e cultura contempor
â nea , p. 65.
236 Cf. Martinho Lutero, À nobreza crist ã de na çã o alem ã : Acerca do
melhoramento do estado crist ã o . In: Pelo Evangelho de Cristo (Porto
Alegre/S ã o Leopoldo: Conc ó rdia/Sinodal, 1984, p. 75-152), p. 81.
237 Guilherme Carvalho, “ Sociedade, justi ç a e pol í tica na filosofia de
cosmovis ã o crist ã” . In: Maur í cio Cunha et al. (Org.), Cosmovis ã o crist ã
e transforma çã o , p. 143.
238 Essa terminologia foi criada e desenvolvida no S í nodo de Dort (1618-
1619), a partir da Igreja Reformada Holandesa, que elaborou “ Os cinco pontos
do Calvinismo ” , como uma resposta à ascens ã o do arminianismo , no in í
cio do s é culo XVII. Cf. Andr é do Carmo Silv é rio, Cinco pontos do
calvinismo . Dispon í vel em:
<http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/joao_calvino_5pontos_silverio.ht
m>.
239 Herman Dooyeweerd, No crep ú sculo do pensamento ocidental , p. 75.
240 Guilherme de Carvalho, “ O senhorio de Cristo e a miss ã o da igreja na
cultura ” . In: Leonardo Ramos et al. (Org.), F é crist ã e cultura contempor â
nea , p. 73.
241 Cf.: < http://www.labri.org/ >.
242 Hans Rookmaaker (1922-1977) foi durante muitos anos professor de hist ó
ria da arte na Universidade Livre de Amsterd ã , onde recebeu forte influ ê ncia
do neocalvinismo, especialmente das categorias dooyeweerdianas de interpreta
çã o da realidade, aplicando-as ao campo da arte. A obra de Rookmaaker tamb é
m est á recebendo uma aten çã o especial no contexto brasileiro. Em 2010, foi
traduzida e publicada a obra: A arte n ã o precisa de justificativa (Vi ç osa,
MG: Ultimato, 2010). Dois anos mais tarde, foi lan ç ada uma biografia em
portugu ê s, publicada pela mesma editora: Laurel Gasque, Rookmaaker: arte e
mente crist ã (Vi ç osa, MG: Ultimato, 2012). Mais recentemente apareceram
tamb é m A arte moderna e a morte de uma cultura (Vi ç osa, MG: Ultimato,
2015), Filosofia e est é tica (Bras í lia, DF: Monergismo, 2018) e O dom
criativo (Bras í lia, DF: Monergismo, 2018).
243 Francis Schaeffer (1912-1984) foi um influente te ó logo norte-americano
cujas obras t ê m grande influ ê ncia sobre as alas evangelicais que ainda mant ê
m um discurso de integra çã o do cristianismo com diferentes á reas da vida.
Entretanto, Schaeffer foi acusado de ser um dos mentores da direita norte-
americana, no que ficou conhecida como a Moral Majority , ainda que tenha se
afastado desse movimento antes da sua morte. Sua obra é vasta e abrangente,
mas recebeu v á rias cr í ticas por n ã o demonstrar um rigor acad ê mico r í
gido. Tem como maior legado a funda çã o do L ’ abri Fellowship.
244 Steve Turner, Imagine: A Vision for Christians in the Arts (Illinois,
InterVarsity Press, 2001), p. 11.
245 Duas dessas obras s ã o: Francis Schaeffer, A arte e a B í blia (Vi ç osa,
MG: Ultimato, 2010) e A morte da raz ã o (S ã o Paulo: ABU Editora; Vi ç
osa, MG: Ultimato, 2014).
246 Sobre este assunto a palestra The Intriguing Friendship Between Francis
Schaeffer and Hans Rookmaaker , de Edith Reitsema, ajuda a compreender a
influ ê ncia da tradi çã o neocalvinista sobre Schaeffer. Dispon í vel em:
<http://www.labri-ideas-library.org/download.asp?fileID=711> Acesso em: 07.
Out. 2014.
247 Esse primeiro encontro reuniu pastores, te ó logos, professores e
profissionais liberais que, de alguma forma, j á tinham tido contato com a tradi
çã o kuyperiana. Desse encontro, teve origem a obra Cosmovis ã o crist ã e
transforma çã o , lan ç ada em 2006 pela editora Ultimato e amplamente citada
nessa obra.
248 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 123.
249 Jos é Miguez Bonino, Rostos do protestantismo latino-americano , p. 49.
250 Ricardo Gondim, Miss ã o integral: em busca de uma identidade evang é
lica (S ã o Paulo: Fonte Editorial, 2010), p. 61.
251 Jos é Miguez Bonino, Rostos do protestantismo latino-americano , p. 49.
252 Steuernagel apud Ricardo Gondim, Miss ã o integral , p. 62.
253 Cf. Jos é Miguez Bonino, Rostos do protestantismo latino-americano , p.
50.
254 Ricardo Gondim, Miss ã o integral , p. 68. Grifo do autor.
255 Cf. Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p.
241.
256 Vale ressaltar, contudo, que o MEP precede ao Mensal ã o, ao “ Petrolh ã
o ” e à Lava-Jato, entre outros esc â ndalos nos quais a “ esquerda ” brasileira est
á envolvida. Para cr í ticas mais contundentes à teologia da miss ã o integral,
bem como à teologia da liberta çã o, recomendamos as seguintes obras: a instru
çã o geral de Joseph Ratzinger, dispon í vel no site do Vaticano: “ Instru çã o
sobre alguns aspectos da teologia da liberta çã o ” ; tamb é m Hubert
Lepargneur, A teologia da liberta çã o: uma avalia çã o; e Sobral Pinto,
Teologia da liberta çã o: o materialismo marxista na teologia espiritualista . [N.
do E.]
257 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 241.
258 Cf. Ibid. , p. 251.
259 Declara çã o de Jarabacoa. Dispon í vel em: <
http://www.ftl.org.br/new/downloads/bt02.pdf >.
260 Tal declara çã o foi fruto do encontro de te ó logos e pol í ticos,
convocados pela Fraternidade Teol ó gica Latino-Americana (FTL), que se
reuniram em 1983, na cidade Jarabacoa, na Rep ú blica Dominicana, com a
finalidade de refletirem sobre a seguinte tem á tica: os crist ã os e a a çã o pol í
tica .
261 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 260.
262 Wolterstorff é um fil ó sofo dooyeweerdiano que j á lecionou na
Universidade Livre de Amsterd ã , na Universidade Notre Dame e no Calvin
College. Atualmente é Professor Em é rito de Teologia Filos ó fica da
Universidade de Yale, nos EUA. Mais informa çõ es em:
<http://religiousstudies.yale.edu/wolterstorff>.
263 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 261.
264 Cf. Ra í zes da cultura ocidental , p. 72.
265 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 262.
266 Ibid. , p. 263.
267 Leonardo Ramos, “ Os í dolos do nosso tempo: A cosmovis ã o crist ã em
um mundo de esquerdas e direitas ” . In: Rodolfo Amorim, Marcel Camargo e
Leonardo Ramos (Org.), F é crist ã e cultura contempor â nea , p. 147.
268 Ibid. , p. 146.
269 Cf. Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p.
269.
270 Ibid. , p. 270.
271 Cabe aqui a indaga çã o sobre os reais pontos de contato do neocalvinismo
(ao menos como formulado por Abraham Kuyper e Prinsterer) e a TMI, ainda
mais levando-se em conta a assertiva do pr ó prio autor de que esta ú ltima
apresenta pressupostos ap ó statas que confrontam a Palavra de Deus. Talvez o
problema mais evidente numa tentativa de concilia çã o entre essas duas
correntes seja o mesmo que se encontra no cerne da tens ã o entre “ reforma e
revolu çã o ” ; isto é , o neocalvinismo, diferentemente do reacionarismo ou do
posterior tradicionalismo do s é culo XX, parte de uma posi çã o antirrevolucion
á ria, e n ã o contrarrevolucion á ria, o que significa que n ã o é uma idealiza çã
o ou um retorno ao passado, mas uma oposi çã o à causa primeira de toda e
qualquer revolu çã o que subverte a ordem espiritual e a hierarquia social: a
incredulidade. Nesse sentido, as mazelas do passado (e do presente) s ã o
percebidas pelas lentes da Palavra de Deus, abrindo-se, pois, espa ç o para sua
corre çã o mediante a reforma , que, como evidente na pr ó pria etimologia da
palavra, conserva as estruturas e repara as eventuais fraturas do edif í cio social
ou teol ó gico. Assim, para o neocalvinismo, a causa das desigualdades sociais,
espiritualmente falando, seria n ã o a injusti ç a social , mas a incredulidade e a
idolatria, as quais, por seu turno, geram injusti ç as. Dito de outro modo, é a falta
de confian ç a na Provid ê ncia divina, al é m das ó bvias motiva çõ es
pecaminosas, que conduz à gan â ncia e eventual explora çã o por parte de um
segmento da sociedade. De igual modo, n ã o nos é cab í vel — como deseja a
TMI — a afirma çã o de que a pobreza é sempre resultado do descaso estatal
ou da ina çã o da igreja, j á que, como consequ ê ncia do pecado, ela est á
associada logicamente à condi çã o espiritual de uma na çã o (pa í ses sem a
influ ê ncia crist ã tender ã o mais à corrup çã o, à inatividade, etc.). H á ,
ademais, a posi çã o historicamente enviesada (quando n ã o falsa) de que a
igreja separou ou fraccionou o homem em partes, sendo agora necess á ria a
restaura çã o de sua integralidade. A despeito da influ ê ncia de pressupostos ap
ó statas (em especial neoplat ô nicos), a igreja sempre conservou a doutrina e
confiss ã o de que é o homem em sua condi çã o “ de carne ” que é salvo — n ã
o somente sua alma, nem somente seu corpo, mas na sua cria çã o à imagem de
Deus. N ã o h á , pois, necessidade de uma afirma çã o da TMI, mas a simples
repristina çã o da confiss ã o cat ó lica (universal) da igreja. [N. do E.]
272 Afirmar que h á uma cr í tica robusta — no sentido de um corpo acad ê
mico consolidado — à teologia da liberta çã o, a partir da reflex ã o
neocalvinista no Brasil, seria um exagero. Limitamo-nos à cr í tica feita pelos
membros da AKET (Associa çã o Kuyper para Estudos Transdisciplinares), cuja
reflex ã o indica estar, em parte, alicer ç ada na cr í tica de James Olthuis — fil ó
sofo reformado — à TdL, na obra: James H. Olthuis, Evolutionary Dialectics
and Segundo ’ s Liberation Theology (Toronto: Institute for Christian Studies,
1986). Ademais, n ã o existe um di á logo e resposta por parte de autores ligados
à TdL talvez por causa da pouca visibilidade da tradi çã o neocalvinista no
Brasil.
273 Ou de maiorias, como é o caso dos pobres, no contexto Latino-Americano.
274 Cf. Rosino Gibellini, A teologia do s é culo XX , p. 349.
275 Alessandro Rodrigues Rocha, “ Teologia da liberta çã o ” . In: Fernando
Bortolleto Filho et al. (Org.), Dicion á rio brasileiro de teologia , p. 962-65.
276 Ibid. , p. 962.
277 Ibid. , p. 963.
278 Victor Codina, ¿ Que es la Teologia de la Liberacion? (Santiago:
Rehue, 1987), p. 13.
279 Alessandro Rodrigues Rocha, “ Teologia da liberta çã o ” . In: Fernando
Bortolleto Filho et al. (Org.), Dicion á rio brasileiro de teologia , p. 963.
280 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 144.
281 Alessandro Rodrigues Rocha, “ Teologia da liberta çã o ” . In: Fernando
Bortolleto Filho et al. (Org.), Dicion á rio brasileiro de teologia , p. 964.
282 Talvez apenas superficialmente tenhamos aqui um ponto em comum, pois
o pensamento neocalvinista dooyeweerdiano nega a neutralidade em raz ã o de
sua antropologia e “ ontologia ” fundamentadas respectivamente no cora çã o
humano e no Deus tri ú no. Isto é , sendo o homem um ser essencialmente
religioso, toda a sua vida e todas as suas a çõ es s ã o um culto, dirigem-se ou ao
Deus verdadeiro ou a um í dolo. N ã o h á neutralidade, pois o “ esp í rito ” que
move o cora çã o humano sempre e necessariamente é ou o Esp í rito de Cristo
que gera liberdade e ilumina a mente do eleito ou é um esp í rito ap ó stata em
rebeldia contra o Criador e, em ú ltima inst â ncia, contra a ordem criada. A
teologia da liberta çã o, por sua vez, simplesmente adota o bin ô mio marxiano
de “ infraestrutura/superestrutura ” , sendo este ú ltimo apenas um subproduto e
justifica çã o daqueles que det ê m os meios de produ çã o e um meio de dar
continuidade à sua hegemonia. A pr ó pria no çã o que Marx tem de “ ideologia
” (termo tomado de empr é stimo de Antoine Louis Claude Destutt de Tracy) é
um arremedo da no çã o crist ã de Logos, j á que, em sua concep çã o, é o pr ó
prio ambiente intelectual, jur í dico, social e cultural no qual o homem vive,
existe e se move, mas que, no entanto, é gerado pela classe ent ã o dominante
como meio de justifica çã o da sua supremacia. Nesse sentido, para o
pensamento marxista nada de fato é neutro, pois, oculto sob as rigorosas
racionaliza çõ es, jaz oculta a vontade de poder. [N. do E.]
283 Victor Codina, ¿ Que es la Teologia de la Liberacion? , p. 25.
284 Alessandro Rodrigues Rocha, “ Teologia da liberta çã o ” . In: Fernando
Bortolleto Filho et al. (Org.), Dicion á rio brasileiro de teologia , p. 964.
285 Cf. Victor Codina, ¿ Que es la Teologia de la Liberacion? , p. 28.
286 Ibid. , p. 29.
287 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 263.
288 N ã o se quer dizer com isso que as duas dimens õ es, espiritual e material,
estejam desconectadas e que n ã o convivam de diferentes formas.
289 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 264.
290 Ibid. , p. 149.
291 Ibid. , p. 149.
292 Victor Codina, ¿ Que es la Teologia de la Liberacion? , p. 25-26.
293 Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p. 150.
294 Guilherme de Carvalho, “ O senhorio de Cristo e a miss ã o da igreja na
cultura ” . In: Leonardo Ramos et al. (Org.), F é crist ã e cultura contempor â
nea , p. 70.
295 Cf. Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p.
146.
296 Ibid. , p. 147.
297 Na obra No crep ú sculo do pensamento , Herman Dooyeweerd tem um
cap í tulo pr ó prio para tratar sobre o historicismo , onde faz um balan ç o, a
partir da hist ó ria da filosofia, do desenvolvimento dessa perspectiva, come ç
ando pelo humanismo cartesiano, passando por Kant e Hegel e chegando a
Comte e Marx.
298 Cf. Guilherme de Carvalho, Cosmovis ã o crist ã e transforma çã o , p.
148.
299 Ibid. , p. 148.
300 Ibid. , p. 155.
301 Sobre esse assunto e sobre as transforma çõ es da teologia da liberta çã o,
veja Rudolf von Sinner, Da teologia da liberta çã o para uma teologia da
cidadania como teologia p ú blica . Dispon í vel em:<
https://est.academia.edu/RudolfvonSinner>. Acesso em: 04.jul.2014. Este texto
foi publicado originalmente em ingl ê s no International Journal of Public
Theology . a. 1. n 3/4. p. 338-363, 2007. Tradu çã o de Lu í s Marcos Sander.