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Geologia Cap9

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CAPTULO 09 - ESTRUTURAS GEOLGICAS

1. INTRODUO
Forma e posicionamento dos corpos rochosos estruturas geolgicas e so representadas por dobras, falhas, fraturas, xistosidade e acamamento das rochas sedimentares e provocam zonas de fraqueza ou ruptura.

2. DEFORMAES DAS ROCHAS


Qualquer variao da forma e/ou de volume quando sujeita ao de presses, tenses, variaes de temperatura, etc. Podem ser elsticas, plsticas ou por ruptura (ou fratura). Normalmente, as variaes de temperatura causam deformao elstica, e as dobras, falhas, fraturas causam deformaes plsticas e de ruptura. 2.1 ZONAS DE PLASTICIDADE E DE FRATURA

Plasticidade: mudana gradual na forma e na estrutura interna de uma rocha efetuada por reajuste qumico e por fraturas microscpicas, enquanto a rocha permanece rgida (no produz fuso); Zona de plasticidade: a grande profundidade, dando origem s dobras, estruturas gnissicas, xistosas, etc; Zona de fratura: prxima superfcie, produzindo fraturas, falhas e fendas.

2.2 ROCHAS COMPETENTES E INCOMPETENTES


Competentes: possuem maior facilidade de se dobrarem e transmitirem os esforos recebidos, tais como os folhelhos e calcrios; Incompetentes: possuem maior tendncia de se fraturarem, tais como as rochas arenosas.

3. ATITUDE DOS PLANOS ESTRUTURAIS (direo + mergulho)


Direo: a orientao em relao ao norte, da linha resultante da interseo do plano da camada com o plano horizontal; Mergulho: o ngulo diedro formado pelo plano da camada com o plano horizontal, tomado perpendicularmente a sua direo. Camadas horizontais

apresentam um mergulho de 0 0.

4. DOBRAS
So ondulaes, convexidade ou concavidades, que aparecem em rochas originalmente planas, com amplitudes variando de cm a centenas de km. Ex.: Cordilheira do Himalaia. 4.1 CAUSAS DOS DOBRAMENTOS: QUANTO ORIGEM: a) Tectnicas: resultam de movimentos da crosta terrestre; b) Atectnicas: resultante de movimentos localizados (deslizamentos, acomodaes, escorregamentos, etc) sob influncia da gravidade e na superfcie terrestre. So de mbito local e inexpressivas. 4.2 PARTES DE UMA DOBRA a) Plano ou superfcie axial : o plano ou superfcie imaginria que divide uma dobra em duas partes similares, que pode, ou no, ser simtricas. Podem ser vertical, inclinado ou horizontal; b) Eixo axial ou charneira: a interseo da superfcie axial com qualquer camada ou a linha em torno do qual se d o dobramento. O ngulo que esta linha forma com a horizontal o mergulho ou inclinao da dobra; c) Flancos ou limbos: so os dois lados da dobra; d) Crista: a linha resultante da ligao dos pontos mais elevados de uma dobra, podendo ou no coincidir com o eixo da mesma; e) Plano da crista: o plano que, numa dobra, passa por todas as cristas.

4.3 TERMINOLOGIA GERAL DAS DOBRAS : ASPECTO GEOMTRICO

a) Antiforma : convexidade voltada para cima; b) Sinforma : convexidade voltada para baixo.

4.4 TIPOS DE DOBRAS a) Anticlinal : a dobra alongada, na qual os flancos abrem-se para baixo e a convexidade est voltada para o alto, podendo ser simtrica ou no;

Anticlinal simtrica

Anticlinal assimtrica

b) Sinclinal : a dobra alongada, cujos flancos abrem-se para cima e a convexidade est voltada para baixo, podendo ser simtrica ou no;

Sinclinal simtrica

Sinclinal assimtrica

c) Simtrica : a dobra em que os 2 flancos possuem o mesmo ngulo de mergulho;

Simtrica caracteriza-se por possuir o plano axial vertical d) Assimtrica : os flancos mergulham com diferentes ngulos;

Assimtrica o plano axial vertical est fora da vertical e) Deitada: a dobra em que o plano axial essencialmente horizontal;

Deitada o plano axial horizontal f) Isoclinal : os dois flancos mergulham a ngulos iguais na mesma direo. Podem ser: simtrico ou vertical , inclinado e recumbente.

g) Em leque: representada por dois flancos revirados;

h) Homoclinal : um grupo de camadas que apresentam um mergulho regular, segundo uma mesma direo;

i) Monoclinal ou flexo: a dobra em que se d o encurvamento de apenas uma parte das camadas, permanecendo as demais na sua posio original;

j) Domo : uma estrutura ampla, com convexidade voltada para cima, onde as cam. mergulham em todas as direes, de maneira igual, a partir de um centro comum;

k) Bacia estrutural ou tectnica : uma dobra ampla cuja convexidade aponta para
baixo, sendo que as cam. mergulham de todas as direes p/ um centro comum.

4.5 RECONHECIMENTO DE DOBRAS

5. FALHAS
So rupturas e deslocamentos ao longo de um plano, e pelo qual as paredes opostas se movem uma em relao outra, com dimenses que variam de mm at dezenas de km . Sua atitude ou posio dada pela direo e mergulho. Ex: Falha de San Andreas

5.1 ELEMENTOS DE UMA FALHA

a) Plano de falha: a superfcie ao longo do qual se deu o deslocamento; b) Zona ou espelho de falha: uma faixa que acompanha o plano de falha, representada por um fraturamento ou esmigalhamento + intenso das rochas; c) Linha de falha: a linha formada pela interseo do plano de falha com a topografia; d) Rejeito: a medida do deslizamento linear resultante do movimento que ocasionou a falha;

Rejeito

vertical (DC): o afastamento vertical de pontos contguos, medido em um plano perpendicular direo do plano de falha. Rejeito horizontal (AD): o afastamento de pontos contguos, medido horizontalmente em um plano perpendicular direo do plano de falha. Rejeito direcional (CA): o afastamento de pontos contguos, medido paralelamente direo do plano de falha. Rejeito total (AA): o afastamento de ptos contguos, medido no pl de falha. Rejeito de mergulho (BA): o afastamento de pontos contguos, medido paralelamente direo de mergulho do plano de falha.

e) Capa ou teto: o bloco que fica acima do plano de falha (inclinado); f) Lapa ou muro: o bloco que fica abaixo do plano de falha (inclinado).

5.2 TIPOS DE FALHA a) Baseado no movimento aparente Falha normal ou direta: capa ou teto se movimenta para baixo em relao lapa ou muro;

Falha inversa : capa ou teto se movimenta para cima em relao lapa ou muro;

Graben: bloco afundado entre 2 falhas; Horst : bloco que se ergueu entre 2 falhas.

Horst e Graben representados pela elevao e depresso, respectivamente. b) Baseado na classificao gentica De empurro: teto sobe realmente em relao ao muro, havendo compresso horizontal; De gravidade: teto desce em relao ao muro, ocasionando alvio de presso na horizontal e o bloco cai por gravidade; De rejeito direcional ou falhas transcorrentes: movimento dominante na horizontal, atravs de compresso e alvio de tenses. 5.2 RECONHECIMENTO DE FALHAS Observaes de escarpas e espelhos de falha, problemas de eroso, fotografias areas, amostras de sondagens.

6. FRATURAS
uma deformao por ruptura. um plano que separa em duas partes um bloco de rocha ou de uma camada, e ao longo do qual no se deu deslocamento. O espaamento entre elas pode ser de cm a metros. Podem ser abertas ou fechadas, com ou sem preenchimento (pode ou no favorecer na recuperao da coeso entre os blocos). A atitude e o espaamento importante para a qualificao do macio, e representam o enfraquecimento.

6.1 NOMENCLATURA a) Diclase : fraturas ou rupturas de causas tectnicas; b) Junta: fraturas cuja origem a contrao por resfriamento. 6.2 TIPOS a) Diclases originadas por esforos de compresso: provocadas por esforos tectnicos, e so caracterizados por superfcies planas e ocorrem na forma de sistemas, cortando-se em ngulos. Comuns em anticlinais e sinclinais; b) Diclases de tenso: so formadas perpendicularmente s foras que tendem a puxar opostamente um bloco rochoso e, em geral, apresentam superfcies no muito planas. Quanto origem: Tectnica : freqente nos anticlinais e sinclinais; Contrao: caracterizados por vrios sistemas entrecruzados;

7. OROGNESE
Conjunto de fenmenos vulcnicos, erosivos e diastrficos (conjunto de movimentos tangenciais, verticais que acarretam na superfcie terrestre o aparecimento de dobras e falhas) que levam formao de montanhas (elevaes superiores a 300 m sobre o terreno circundante).

7.1 MONTANHAS DE ORIGEM VULCNICA So formadas pelo acmulo de material expulso, provenientes de partes profundas da crosta terrestre. s vezes predominam larvas (vulces havaianos), outras vezes o material piroclstico (Paracutin) e, finalmente, ambos associados (Vesvio). Tm forma cnica, com o material acumulando-se em torno da cratera. Outros exemplos: Etna (Itlia) e Aconcgua (Cordilheira dos Andes).

7.2MONTANHAS DE ORIGEM EROSIVA

a) Isoladas pela eroso: so restos de camadas horizontais que ficaram isoladas pelos efeitos da eroso. Quando possuem o topo plano so chamadas de mesas. b) Nos divisores de gua: formadas devido eroso fluvial. c) Eroses diferenciais: formadas quando as rochas mais fracas so destrudas, restando as rochas duras que se sobressaem no relevo. Exemplos: Serra Geral do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina

7.3MONTANHAS DE ORIGEM TECTNICA Formam as grandes cadeias de montanhas e se originam por dobramentos, falhas ou ambos. Exemplos por falhamentos: Serra do Mar As montanhas formadas por dobramentos constituem as maiores cordilheiras. Exemplos por dobramentos: Alpes, Himalaia, Andes e Montanhas Rochosas.

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