Apostila de Eletricidade e Eletronica Veicular
Apostila de Eletricidade e Eletronica Veicular
Apostila de Eletricidade e Eletronica Veicular
ELETRNICA
VEICULAR
APRESENTAO
A eletricidade que a menos de um sculo era uma fora misteriosa e assustadora se converteu com o
avano cientfico, em mais um importante instrumento de desenvolvimento tecnolgico.
Tornou-se indubitavelmente um fator importantssimo na vida social e econmica do mundo. O uso que
dela faz o homem distingue o sculo atual de todas as pocas anteriores de sua existncia na Terra.
O avano da cincia, como da tecnologia est intimamente ligado ao uso da eletricidade nos mais
variados ramos dos seus campos.
A indstria automobilstica, por exemplo, usa nos seus veculos um grande nmero de componentes
eltricos ou acessrios, os quais sofrem continuamente modificaes e aperfeioamentos.
, portanto de suma importncia para o tcnico mecnico e eletricista estar a par destas recentes
transformaes; estar sempre se atualizando e que conhea esses componentes, circuitos e seus
princpios de funcionamento.
Com a eletrnica embarcada existentes nos veculos atuais, em componentes desde motor at acessrios
mais suprfluos, o mecnico deixa de ser uma pessoa que deva ter conhecimentos apenas do ramo
mecnico, passando a ter a necessidade de conhecimentos em eletro-eletrnica, com o intuito de poder
compreender o funcionamento de sistemas modernos, bem como poder executar reparos.
SUMRIO
I A ELETRICIDADE...............................................................................................................4
1.1 - INTRODUO.............................................................................................................4
1.1.1 - Matria...................................................................................................................4
1.1.2 - Molcula................................................................................................................4
1.1.3 - tomo....................................................................................................................4
1.1.4 - Eletricidade Esttica .......................................................................................5
1.1.5 - Eletricidade Dinmica ou Corrente Eltrica ...............................................5
1.2- GRANDEZAS ELTRICAS............................................................................................6
1.2.1 Tenso eltrica...........................................................................................................6
1.2.2 Corrente eltrica....................................................................................................7
1.2.3 Resistncia Eltrica..............................................................................................8
1.3 LEI DE OHM.....................................................................................................................14
1.4 CIRCUITOS ELTRICOS...............................................................................................16
1.4.1 Configurao dos circuitos..................................................................................17
1.5 TRABALHO ELTRICO.................................................................................................24
1.6 POTNCIA ELTRICA...................................................................................................25
1.7 CAPACITOR.....................................................................................................................26
1.8 MAGNETISMO.................................................................................................................30
1.9 ELETROMAGNETISMO.................................................................................................31
1.10 REL................................................................................................................................32
1.11 GERAO DE UMA TENSO ALTERNADA SENOIDAL.....................................34
1.12 TRANSFORMADOR.....................................................................................................35
II - MULTMETRO AUTOMOTIVO......................................................................................38
lll - SEMICONDUTORES......................................................................................................43
3.1 DIODOS SEMICONDUTORES..................................................................................46
3.2 TIPOS DE DIODOS.....................................................................................................47
3.3 RETIFICAO AC/DC................................................................................................50
3.4 O TRANSISTOR...........................................................................................................53
3.5 SIMBOLOGIA DE COMPONENTES DE CIRCUITOS ELTRICOS..................56
IV -SINAIS ELTRICOS - ELETRNICOS.......................................................................58
4.1 SINAIS DIGITAISs...........................................................................................................59
4.2 SINAIS ANALGICOS...................................................................................................59
I A ELETRICIDADE
1.1 - Introduo
Por se tratar de uma fora invisvel, o princpio bsico de eletricidade explicado na Teoria atmica.
Torna-se difcil ento visualizar a natureza da fora eltrica, mas facilmente notvel os seus efeitos.
A eletricidade produz resultados e efeitos perfeitamente previsveis.
Para que possamos compreender melhor a eletricidade, observemos as seguintes definies:
1.1.1 - Matria
toda a substncia, slida, lquida ou gasosa que ocupa lugar no espao.
1.1.2 - Molcula
a menor partcula, a qual pode dividir uma matria, sem que esta perca suas propriedades bsicas.
Ex: Quando dividimos um p de giz at o momento em que ele ainda conserve suas propriedades de p de giz, se tornado
invisvel a olho nu, mas visvel com microscpios, temos ento uma molcula.
1.1.3 - tomo.
So as partculas que constituem a molcula. Podemos assim afirmar que um conjunto de tomos constitui uma molcula, que
determina uma parte da matria.
no tomo que se d o movimento eletrnico (corrente eltrica). O tomo composto por um ncleo e partculas que giram a
seu redor, em rbitas concntricas, muito parecidas com a configurao dos planetas em torno do sol.
O ncleo constitudo de prtons e nutrons, convencionando-se a prtons com carga eltrica positiva (+) e nutrons
carga eltrica nula (0).
As partculas que giram ao redor do ncleo so denominadas eltrons, com carga eltrica negativa (-).
As cargas negativas dos eltrons so atradas pelo ncleo, que tem carga positiva devido aos prtons. Essa atrao
compensa a fora centrfuga que tende a afastar os eltrons do ncleo. Dessa forma, os eltrons mantm o seu movimento ao
redor do ncleo.
Normalmente, um tomo tem o mesmo nmero de prtons e eltrons e, portanto, eltrica-mente neutro.
Podemos admitir que num tomo, na condio de equilbrio, o nmero de prtons igual ao nmero de eltrons. Se ele perde
um eltron toma-se eletricamente positivo (on Positivo), se ele ganha um eltron torna-se negativo (on Negativo). A este
desequilbrio que chamamos "carga eltrica". O conjunto dos fenmenos que envolvem estas "cargas eltricas" que foi
definido como eletricidade. A eletricidade se apresenta de duas maneiras.
1.1.4 - Eletricidade Esttica - o tipo de eletricidade que envolve cargas eltricas paradas. gerada por atrito, pela
perda de eltrons durante o friccionamento. Por exemplo, um basto de vidro e l de carneiro, choque ao descer de um
veculo, etc.
1234-
Haste de vidro.
Falta de eltrons.
Pano de l.
Excesso de eltrons.
Inicialmente, os tomos da haste de vidro e da haste de plstico so eletricamente neutros. Isto significa que o nmero
de cargas negativas e de cargas positivas no ncleo do tomo exatamente igual. Quando se esfrega a haste de vidro com o
pano de produz-se trabalho, atravs do quaI se afastam eltrons da superfcie da haste. Estes eltrons permanecem no
pano.
1.1.5 - Eletricidade Dinmica ou Corrente Eltrica - o fluxo de cargas eltricas que se desloca atravs de um
condutor. Desta forma como a eletricidade se apresenta que nos interessa estudar. E para que este fenmeno ocorra
necessrio, no mnimo, uma fonte de energia, um consumidor e condutores fechando o circuito.
FONTE
CONDUTORES
CONSUMIDOR
1- Haste de plstico.
2- Falta de eltrons.
3- Pano de l.
4- Excesso de eltrons.
5
Tenso eltrica a diferena de potencial existente entre dois pontos distintos no circuito. Pode ser definida tambm como a
fora impulsora ou presso, que fora a passagem da corrente eltrica nos condutores.
Quando afirmamos que uma bateria tem 12 volts, estamos dizendo que a diferena de potencial existente entre um plo e outro
de 12 volts. A tenso que a alimenta os circuitos das residncias pode ser normalmente de 127 V ou 220V.
A tenso pode ser representada pelas letras E, d.d.p.(diferena de potencial ou U e sua unidade de medida o volt (V).
Por definio, 1volt a diferena de potencial necessria para impelir 1Ampere atravs de 1ohm.
O instrumento de medio de tenso eltrica o voltmetro simbolizado:
Voltmetro
++++++
++++++
++++++
+++
---------------------
Corrente eltrica a quantidade de cargas eltricas que flui atravs de um condutor num determinado intervalo de tempo, ou
ainda, a tendncia para restaurar o equilbrio eltrico num circuito onde exista diferena de potencial (d.d.p.).
Como a quantidade ++++++
de eltrons sempre muito grande, criou-se a unidade de carga eltrica, o Coulomb (C).
1 C =6,28x1018 eltrons. E 1C/s = 1 A .
+++
A corrente eltrica num circuito apresentada pela letra I e sua unidade de medida o Ampre (A).
Por definio, 1 Ampre a corrente que flui atravs de um condutor com resistncia de 1 Ohm quando a diferena de
potencial entre os seus terminais for igual a 1 Volt.
O instrumento de medio de corrente eltrica o ampermetro simbolizado:
AMPERMETRO
A corrente eltrica assim como a tenso eltrica pode ser de dois tipos: Contnua ou alternada.
TENSOALTERNADA
TENSOCONTNUA
Tenso alternada - Varia periodicamente sua polaridade. Invertendo o sentido da corrente eltrica ao longo do tempo.
Exemplo: tenso residencial.
Tenso contnua - No sofre variao de polaridade ao longo do tempo. Exemplo: Pilha e bateria de automvel.
1.2.3 Resistncia Eltrica
A oposio que um condutor eltrico oferece passagem da corrente eltrica o que denominamos resistncia Eltrica.
O valor da resistncia eltrica est diretamente ligado a combinao de quatro fatores:
Material que constitui o condutor (resistividade)
Comprimento do condutor
rea da seo transversal
Temperatura de trabalho do condutor
O que determina a resistividade do material () a ser utilizado em condutores a quantidade de eltrons livres. Os metais so
os melhores condutores de corrente eltrica, destacando o cobre, o alumnio e a prata.
O comprimento de um condutor tambm interfere diretamente no valor da resistncia. Quanto maior o comprimento do
condutor, maior a oposio passagem de corrente eltrica.
A rea da seo transversal ou o dimetro do condutor tambm altera o valor da resistncia do condutor. Quanto maior o
dimetro menor oposio passagem de corrente eltrica.
O aumento da temperatura causa um aumento da resistncia do condutor. Um exemplo prtico seria o cabo que alimenta o
motor de partida do veculo. Como podemos observar ele oferece menor resistncia a circulao de alta corrente consumida
pelo motor de partida, por possuir pequeno comprimento e maior bitola (dimetro ).
Matematicamente, a resistncia pode ser expressa na seguinte frmula:
R = .L /A
Onde: R = resistncia eltrica da matria ()
L = Comprimento do condutor ( m).
A =rea da seo transversal (m)
= resistividade especfica (.m)
A resistncia eltrica representada pela letra R e sua unidade de medida o ohm ().
Um ( 1 ) ohm a resistncia que permite a passagem de uma corrente de 1 Ampre sob tenso de 1 Volt.
O instrumento de medio de resistncia eltrica o hommetro simbolizado:
Para medir resistncia eltrica usa-se o ohmmetro, ligado em paralelo ao componente que se deseja medir, desde que
este se encontre desenergisado.
A tabela abaixo apresenta a resistividade de alguns materiais, a uma temperatura de 20 C. a unidade de resistividade dada
em ohm x metro ( m).
Cobre
Alumnio
Bismuto
Prata
Nquel
Nicrome
Resistividade (a 20 C)
1,77 x10-8 m
2,83 x10-8m
119 x10-8m
1,63 x10-8m
7,77 x10-8m
99,5 x10-8m
8
RESISTORES
Os componentes que so utilizados nos circuitos com o objetivo de oferecerem uma determinada resistncia passagem de
corrente, so chamados de resistores.
Os resistores so fabricados de formas e caractersticas diferentes, dependendo da aplicao a que se destinam. O seu valor
pode ser indicado alfanumericamente, ou por meio de anis de cores diferentes gravados nas mesmas. Os outros valores de
identificao de um resistor so a sua tolerncia (percentual) e a potncia, indicada em Watts.
1- Inscrio no corpo
2- Anis com cores.
Resistncia e temperatura
.A resistncia de um material condutor varia com a temperatura. O carbono e a maioria dos semicondutores so melhores
condutores quando aquecidos. Por esse motivo, so tambm denominados "condutores a quente". Existe, no entanto, um
pequeno nmero de materiais semicondutores como, por exemplo, o titanato de brio, que so melhores condutores quando
frios. A sua resistncia eleva-se com o aumento da temperatura, e so designados de "condutores a frio".
TIPOS DE RESISTORES
Resistores fixos (cuja resistncia no pode ser alterada).
Resistor de enrolamento de fio: enrolamento de fio com uma resistncia
especial. Destinam-se a ser utilizadas para elevadas potncias ou como
resistores de preciso.
Resistores de pelcula de carbono: possuem como base um corpo cermico
cilndrico, revestido com uma camada de carbono, que constitui a resistncia
propriamente dita. Estes resistores servem para praticamente todas as
aplicaes.
Resistores de xidos metlicos: possuem como base um elemento cilndrico
de cermica, revestido com uma camada de xido metlico que por sua vez
revestido com uma camada de silicone. Esta construo torna estes resistores
praticamente Indestrutveis em termos mecnicos.
Resistores de compensao
(ballast) de um injetor do sistema
de injeo.
9
10
Termistores (PTC)
Compem-se de xidos metlicos e titanato de brio, comprimidos em conjunto e depois revestidos com uma camada de vidro
e armazenados num alojamento.
Quando so aquecidos, as suas resistncias aumentam. PTC (do Ingls "Positive Temperature Coefficient": coeficiente de
temperatura positiva).
Resistores dependentes da tenso (VDR)
So compostos de p de carbonato de silcio comprimido por meio de um processo de sinterizao e em seguida colocado
num alojamento. Varistores ou VDR (do Ingls "Voltage Dependent Resistor": resistor dependente da tenso). A partir de uma
determinada tenso (o valor depende do tipo de resistor), a resistncia diminui.
Utilizao nos automveis:
Estabilizao da tenso.
Proteo contra excessos de tenso.
Resistores sensveis luz (LDR)
So feitas de materiais semicondutores como o antimonieto de ndio ou sulfureto de chumbo. A luz que incide nos materiais
semicondutores provoca o aumento do nmero de eltrons livres, reduzindo consequentemente a sua resistncia.
LDR (do Ingls "Light Dependent Resistor": resistncia dependente da luz).
Utilizao no veiculo:
Medio da intensidade da luz - como luxmetro, durante a regulagem dos faris.
Sensor solar em sistemas de ar condicionado.
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LDR (do Ingls "Light Dependent Resistor": resistncia dependente da luz)
Se mantivermos constante o valor da resistncia e aumentarmos o valor da tenso, observamos um aumento do valor da
corrente e vice-versa.
No entanto, vimos que a corrente tambm determinada pela resistncia, ela uma oposio ao fluxo de corrente. Imaginando
que a tenso permanece constante, verificamos que um aumento no valor da resistncia causar uma diminuio no valor da
corrente. Ento, resumindo podemos observar:
ou
ou
12
Uma maneira fcil de lembrar os princpios da Lei de Ohm a utilizao do crculo abaixo. Lembre-se que a letra E tambm
simboliza a tenso eltrica.
- Cobrindo R, obtm-se E/I. Resulta da a resistncia em ohms.
- Cobrindo E, obtm-se I x R. Obtm-se a tenso em volts.
- Cobrindo I, obtm-se E/R, que a corrente em amperes.
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SENTIDO DA CORRENTE
Nos circuitos eltricos, a corrente eltrica circula do plo negativo para o positivo. Este o chamado sentido real da corrente
eltrica.
Entretanto, durante muitos anos se pensou que a corrente flua do positivo para o negativo. Este o sentido convencional de
corrente, que at hoje utilizada nos livros e trabalhos tcnicos para representar o sentido da corrente nos circuitos eltricos.
Nos veculos automotivos o negativo da bateria e consequentemente do alternador fluem para os consumidores atravs do
chassi e a carroceria que servem como massa (terra) para os consumidores.
Os Valores das grandezas eltricas so, muitas vezes, muito grandes ou muito pequenos, dificultando os clculos. Devido a
isso, so muito utilizados os mltiplos e submltiplos das unidades de medida.
A tabela seguinte traz os mais usados:
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FATOR MULTIPLICADOR
SUBMLTIPLOS
MLTIPLOS
SMBOLO
MULTIPLICAR O
VALOR POR :
TERA (T)
X1012
1000000000000
GIGA (G)
X109
1000000000
MEGA (M)
X106
1000000
QUILO (K)
X103
1000
mili (m)
X10-3
0,001
micro ()
X10-6
0,000001
nano ( n)
X10-9
0,000000001
pico (p)
X10-12
0,000000000001
Exemplos:
15k = 15 x103 = 15000
6GV = 6 x109 = 6000000000V
4mA = 4x10-3 = 0,0004A
1.4.1 Configurao dos circuitos
As diversas cargas dos circuitos eltricos podem estar associadas entre si de trs formas diferentes: srie, em paralelo ou em
mista (associao srie-paralela).
Circuito srie
Em um circuito srie temos os componentes ligados de maneira a existir um nico caminho contnuo para a passagem da
corrente eltrica.
It = I2=I3=I4=.....=In
Corrente em um circuito srie - a mesma em todos os pontos do circuito, independente do valor de resistncia dos
componentes do circuito.
Ento, se voc interrompe o circuito em qualquer parte, toda a circulao de corrente no circuito interrompida.
Um exemplo prtico seria a instalao de fusvel de proteo no circuito. O fusvel sempre inserido em srie no circuito a ser
protegido, pois um aumento no valor da corrente acima de sua capacidade nominal faz com que ele interrompa toda a
circulao de corrente, desligando o circuito.
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A tenso em um circuito srie - A soma das quedas de tenso em cada componente do circuito igual tenso da fonte
(bateria).
Ut = U1+U2+U3+....+Un
Se fizermos uma ligao em srie de duas lmpadas de 12 volts em uma bateria de 12 volts, as lmpadas acendero
fracamente. Se as lmpadas forem idnticas cada uma delas receber 6 volts, no atingindo ento a intensidade luminosa
nominal.
A resistncia equivalente em um circuito srie - Para se calcular o valor da corrente total consumida em um circuito
necessrio se conhecer o valor da resistncia total, ou equivalente do circuito.
No caso do circuito srie a resistncia equivalente do circuito a soma das resistncias de cada componente.
Req = R1+R2+R3+...+RN
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Circuito Paralelo
O que caracteriza um circuito paralelo a ligao de seus componentes de tal forma que exista mais de um caminho para a
passagem de corrente.
A corrente em um circuito paralelo - A corrente total fornecida pela fonte (bateria) igual soma das correntes em cada ramo
do circuito. Podemos explicar como: mais vias de passagem possibilitam mais passagem de corrente.
It = I1+I2+I3+....+In
A tenso em um circuito paralelo - A diferena de potencial em cada componente do circuito paralelo a mesma da fonte
(bateria). Isto quer dizer que se ligarmos duas lmpadas de 12 volts em paralelo, a tenso aplicada em cada lmpada ser
idntica da bateria, 12 volts.
Normalmente, as lmpadas so ligadas em paralelo, a fim de que cada uma produza sua luminosidade nominal e mesmo que
uma delas queime as outras continuaro acesas.
Ut = U1=U2=U3=....=Un
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A resistncia equivalente em um circuito paralelo - Para se calcular a resistncia equivalente que causaria o mesmo efeito de
um conjunto de resistncias ligadas em paralelo devemos:
Req= R1.R2/R1+R2
Isto quer dizer que o efeito provocado por uma lmpada de 2 ohms, em termos de consumo de corrente o mesmo que o
circuito de quatro lmpadas (6//6//10//15) em paralelo.
O clculo direto da resistncia equivalente em um circuito paralelo :
18
Circuito Misto
Chama-se circuito misto, o circuito formado pela combinao de componentes em srie e paralelo.
O comportamento da corrente e tenso em um circuito misto obedecem s regras do circuito srie e do circuito paralelo,
quando analisado por partes.
Ex:
19
Encontrar o valor da resistncia equivalente(Req). Como se trata de um circuito srie a resistncia equivalente a soma das
resistncias.
Req = 2 + 4
= 6
O circuito resumido para clculo seria:
EXEMPLO - 3
Se inserirmos no circuito anterior uma
resistncia em srie no valor de 2, qual
seria o comportamento da corrente em cada
componente do circuito?
Como j calculamos a resistncia equivalente
das teres lmpadas req = 2
Ento a resistncia equivalente do circuito
vale:
Req = 2 +2=4
20
O conhecimento do comportamento da corrente e tenso em partes do circuito auxiliam bastante num diagnstico preciso.
Quando torna difcil o acesso a pontos para medio com instrumentos, a maneira mais fcil utilizar os clculos matemticos.
1.5 TRABALHO ELTRICO
A energia a capacidade de realizar trabalho.
De acordo com a fsica, todo corpo em movimento realiza trabalho.
Trabalho eltrico o trabalho realizado pelos eltrons em movimento (corrente eltrica) ao atravessar um corpo submetido a
uma diferena de potencial.
Exemplo: aquecimento da resistncia de um chuveiro, incandescncia do filamento de uma Impada.
O trabalho eltrico diretamente proporcional quantidade de eltrons que atravessa o corpo (Q) e tenso aplicada (V). A
unidade de trabalho no SI o joule (J).
T= Q x V
Se q = I x t
Ento, a frmula matemtica para clculo de trabalho eltrico :
T = V x I x t Onde :
T = trabalho ( j ).
V = tenso ( V).
I = corrente (A).
T = tempo ( s ).
1.6 POTNCIA ELTRICA
A potncia eltrica expressa a relao entre o trabalho realizado e o tempo gasto para realiz-lo, ou ainda, a rapidez com que
se produz trabalho ou a rapidez com que se gasta energia. sua unidade de medida no . SI o watt (W) e seu smbolo (P)..
Cada componente de um circuito tem uma potncia especfica.
Quanto mais tempo permanecer ligado, maior ser o consumo de energia eltrica.
Por exemplo, considere dois aquecedores de gua. O aquecedor "A" aquece 1 litro d'gua em uma hora, enquanto que, no
mesmo tempo de uma hora, o aquecedor "B aquece dois litros d'gua.
O aquecedor "B" mais potente, pois realiza mais trabalho que o outro, no mesmo tempo.
21
Aquecedor A
Aquecedor B
U2
R
Utiliza-se a frmula mais conveniente para cada tipo de circuito, de acordo com os dados disponveis.
Independente do tipo de associao dos resistores do circuito eltrico, a potncia total fornecida pela fonte ser soma das
potncias de cada resistor.
EXEMPLO -1:
Calcule a potncia dissipada por uma carga de R= 100 ligada a uma fonte de V=50v
V2
R
50 2
100
P = 25W
EXEMPLO 2:
Em uma associao em paralelo de 4 resistores cujas potncias so, respectivamente, 10W,25W,100W e 50W , qual ser a
potncia total ?
Pt = P1 + P2 + P3 + P4 = 10W + 25W +100W + 50W
Pt = 185W
EXEMPLO 3:
Qual a potncia dissipada por um resistor de R=120 percorrido por uma corrente de 2 A?
P= R xI2 = 120 x 22 P=480W
EXEMPLO 4:
Qual ser a potncia de um circuito alimentado por uma fonte de V= 12V
E corrente de 20mA?
P=VxI
P = 12V x 0,02 A
P = 0,24W
1.7 CAPACITOR
E um componente que armazena cargas eltricas em forma de campo eltrico'
Sua funo armazenar energia, e ele se compe de duas placas condutoras
separadas por um dieltrico (isolante).
PROCESSO DE CARGA EM C.C.
Considerando o capacitor descarregado, ao fechar a chave, comea a circular Instantaneamente uma corrente eltrica, em
regime transitrio, at que a tenso nos terminais do capacitor chegue a um valor prximo da tenso da fonte. Neste momento
a corrente pra de fluir, e o capacitor est carregado com a mesma tenso da fonte. Ele ir manter esta tenso (regime
permanente) at que seja descarregado.Em regime permanente no h corrente eltrica entre as placas. Assim, o capacitor
considerado como uma alta resistncia para circuitos de tenso contnua.
O capacitor compe-se essencialmente de dois condutores eltricos (por exemplo, placas metlicas), separados por um
material isolador (um dieltrico).
Quando o capacitor ligado a uma tenso contnua, ocorre um fluxo de corrente de carga por breves momentos, durante os
quais a fonte de tenso absorve eltrons de uma das placas e comprime-os para a outra placa. Assim, uma placa fica com falta
de eltrons e a outra com excesso, criando-se uma tenso entre as placas que corresponde tenso aplicada originalmente.
Se a origem da tenso aplicada for desligada, o capacitar permanece carregado por um curto perodo de tempo. Isso significa
que o capacitor possui capacidade de armazenamento de carga eltrica.
Se, por exemplo, o capacitor for descarregado atravs de uma resistncia, h um fluxo de corrente que chamada de corrente
de descarga.
A capacidade de um capacitor (capacitncia) ser maior quanto maior for a constante dieltrica, a rea das placas, e quanto
menor for distncia entre elas.
22
1 Fonte de tenso.
2 Interruptor.
3 Placas de metal.
4 Placa isoladora.
IL Corrente de carga
IE Corrente de descarga.
CAPACITNCIA
a capacidade que um capacitor possui de armazenar cargas eltricas. Sua unidade no SI o farad ( F ).No entanto, esta
unidade grande para os valores que ocorrem nas utilizaes prticas, e normalmente usam-se as seguintes unidades:
1 microfarad (F) = 0,000001F
1 nanofarad (nF) = 0,000000001F
1 picofarad (pF) = 0,000000000001F
Fatores que interferem na capacitncia.
A
d
23
CARGA ARMAZENADA
A quantidade de cargas armazenadas por um capacitor obtida atravs do produto da capacitncia pela diferena de potencial
entre as placas.
Q=CXV
TIPOS DE CAPACITORES
Os capacitores podem ser de 3 tipos :
Plsticos
Normalmente utilizam poliestireno ou polister como dieltrico.
Podem ser construdos com duas folhas de alumnio bobinadas com uma folha de material plstico, ou atravs da vaporizao
do alumnio nas duas faces do dieltrico, num processo conhecido como metalizao.
Cermicos
O dieltrico constitudo de material cermico, o que proporciona baixos valores de capacitncia e alta tenso de isolao.
Eletrolticos
Ao contrrio dos cermicos, tm altas capacitncias com baixa tenso de isolao. O
dieltrico normalmente se constitui de xido de alumnio ou xido de tntalo.Exigem
ateno na montagem, pois so polarizados, e a montagem pode ser axial ou radial.
24
Ao ligar capacitores eletrolticos indispensvel observar a polaridade correta ("+ e "-") a fim de evitar a sua destruio.
Os capacitores encontram utilizaes diversas nos automveis - no sensor MAP, por exemplo, como elemento determinador da
frequncia, no temporizador da luz do habitculo, em filtros de interferncias, mdulos de controle, sistemas de ignio, etc.
Com o envelhecimento do eletrlito ou do dieltrico, os capacitores eletrolticos perdem a sua capacidade. Dependendo da sua
aplicao, isto pode resultar na deteriorao da eficincia do filtro e na alterao da temporizao indicada.
No sensor MAP, a alterao da capacidade pode resultar numa alterao da frequncia de sada, o que poder originar um
consumo mais elevado ou dificuldades na partida do motor. Contudo, um sinal fora da faixa de funcionamento normal, ou
mesmo a falha total da unidade, so reconhecidos pelo mdulo controle eletrnico do motor.
ASSOCIAO DE CAPACITORES
Assim como os resistores os capacitores tambm podem ser ligados em srie ou em paralelo.
LIGAO DE CAPACITORES EM SRIE
As capacitncias dos capacitores ligados em srie so iguais, dado que a soma das tenses dos capacitores igual tenso
total aplicada.
Quando os capacitores esto ligados em srie, a capacitncia total sempre menor do que a menor capacidade individual.
1
1
1
1
1
....
Cg C1 C 2 C 3
Cn
Cg = C1+C2+C3+...+Cn
1.8 MAGNETISMO
Chamamos de magnetismo a propriedade que certas substncias possuem de atrair corpos de ferro, nquel ou cobalto. A estas
substncias denominamos ms.
Os ms podem ser encontrados de forma permanente, que retm a propriedade magntica por tempo indeterminado, e
tambm na forma de im temporrio, que tm durao limitada.
Os ims possuem sempre dois plos magnticos onde esto concentradas as foras de atuao:
25
Por conveno, as linhas de fora partem do plo norte, por fora do Im, e penetram no plo sul, mantendo um campo de
atrao chamado "campo magntico".
Ento: "Campo magntico a regio do espao onde se manifesta a fora magntica.
Como as linhas de fora partem sempre do plo norte para o plo sul, ento plos de mesmo nome se repelem e plos de
nomes diferentes se atraem.
1.9 ELETROMAGNETISMO
Alm dos ms, tambm a corrente eltrica pode produzir um campo magntico.
26
Em 1820, Hans Christian Oersted descobriu que um condutor sendo, percorrido por uma corrente eltrica cria ao redor de si
um campo magntico capaz de alterar a direo de uma agulha imantada.
Por isso nunca esquea:
Todo condutor quando percorrido por uma corrente eltrica, gera em torno do mesmo um campo eletromagntico.
Assim, se o condutor for enrolado na forma de uma bobina e receber uma pequena corrente eltrica, obtm-se um forte campo
magntico, devido interao (soma) das linhas de fora.
27
28
1 Movimento.
2 Enrolamento condutor de fio de cobre.
3 Im permanente.
4 Campo magntico.
A direo da tenso induzida depende da direo de movimentao do condutor e da orientao do campo magntico.
A tenso alternada aumenta de 0V at ao seu valor positivo mximo (amplitude) e cai em seguida abaixo da linha dos 0V para
o seu valor negativo mximo, regressando depois novamente aos 0V, e assim consecutivamente.
Ao nmero de vezes por unidade de tempo (segundos) que estas oscilaes acontecem d-se o nome de frequncia.
1
T
29
U Tenso em volts.
T Tempo em segundos.
1.12 TRANSFORMADOR
30
E um dispositivo utilizado para aumentar ou diminuir uma tenso alternada, sem variar a potncia.
Constitui-se de dois enrolamentos distintos, bobinados sobre um ncleo de ao laminado. O enrolamento primrio aquele
onde se aplica a tenso, e o secundrio o enrolamento do qual se retira tenso modificada.
No h ligao eltrica entre os enrolamentos primrio e secundrio. Ao percorrer as espiras do enrolamento primrio, a
corrente cria um campo magntico, cujas linhas de fora passam pelo ncleo e enlaam o enrolamento secundrio, induzindo
neste uma tenso.
Vp = Tenso do primrio
Ip =Corrente do primrio
Np = Nmero de espiras do primrio.
Vs = Tenso no secundrio.
Is = Corrente no secundrio.
Ns = Nmero de espiras do secundrio
Um mesmo transformador pode ser elevador ou abaixador de tenso, dependendo do lado em que a tenso de alimentao
aplicada.
O lado de maior tenso tem menor corrente. Seu enrolamento, de resistncia eltrica alta, contm mais espiras e feito com
fio de dimetro reduzido. O outro lado, aquele, de tenso menor tem corrente maior. Sua bobina de baixa resistncia eltrica
e tem menos espiras, de fio de maior dimetro.
O transformador quase no tem perdas, por no possuir peas mveis.
Um transformador ideal obedece s seguintes equaes.
Vp
Np
Is
Vs
Ns
Ip
Se o nmero de espiras do secundrio for maior que o numero de espiras do primrio o transformador ser elevador de tenso.
Caso contrrio, ser abaixador de tenso.
Exemplo:
Calcule a tenso de sada (secundrio) de um transformador que possui as seguintes especificaes:
Tenso do primrio igual a 110V.
N. de espiras do primrio 400 espiras.
N. de espiras do secundrio 800 espiras.
Soluo:
31
Dados:
Vp =110V
Vs = ?
Np = 400 espiras
Ns = 800 espiras
Vp
Np
Vs
Ns
110 400
Vs
800
400Vs = 110.800
400Vs = 88000
Vs =
88000
220V
400
Analgico
Digital
Abaixo temos um multmetro digital AUTOMOTIVO com seus elementos e suas funes principais:
32
Hold (congela a
medio executada)
Range escolhe o
nmero de casas
decimais para
melhor preciso na
medio
Visor(Display)
Resistncia
Milivolt
contnuo
Tenso
Contnua
Diodo e
continuidade
Tenso
alternada
Miliampre
contnuo e
alternado
Corrente
contnua e
alternada.
Boto seletor
33
__
---( DCV / V )
Selecione as funes do multmetro conforme desenho e coloque as pontas de prova em paralelo com o
componente a ser medido.
Medio de tenso
alternada ( ACV/V )
__
----
Ateno! A colocao do ampermetro em paralelo com o componente far com que o fusvel do
multmetro se abra instantaneamente.
34
__
( DCA /A )
----
Ateno! A colocao do ampermetro em paralelo com o componente far com que o fusvel do
multmetro se abra instantaneamente.
35
Leitura
informao
display
multmetro
da
no
do
Tome
cuidado
com a leitura que
est no display
do aparelho de
medio,
ela
pode estar sendo
em mltiplos e
submltiplos.
1K = 1000
1M = 1000000
OL ou 1 Significa que a resistncia infinita.
1mV = 0,001V
36
Deve haver coerncia entre a funo selecionada e a instalao das pontas de prova.
Obs.: A posio
da ponta de prova
Vermelha
na
medio de corrente diferente da medio das outras funes.
Cuidado com os fusveis e valores mximos de medio:
O multmetro possui fusveis internos para proteo durante a leitura de correntes eltricas, jamais os
substituam por fusveis que no tenham as mesmas caractersticas, estes fusveis so de ao rpida
para se abrirem antes dos componentes eletrnicos internos do multmetro.
37
lll - SEMICONDUTORES
Os semicondutores so slidos cujos tomos se
encontram dispostos em padres regulares, ou
seja,que possuem uma estrutura cristalina. Prximos do zero absoluto (-273 C), os semicondutores puros atuam como
isoladores. No entanto, temperatura ambiente tomam-se condutores, ainda que em pequena escala.
Em termos de condutividade, estes materiais' encon-tram-se entre os metais e os isolantes, e so deno-.
minados semi-condutores.
tomo de Silcio
38
Si tomo de silcio
1 Eltron de valncia
2 Ligao de par eletrnico.
3 Representao simplificada
temperatura ambiente, os tomos dos semicondutores movimentam-se na rede cristalina oscilam. Desse modo alguns
eltrons separam-se dos seus tomos e movimentam-se livremente na rede cristalina. Se for aplicada uma tenso rede
cristalina, estes eltrons movem-se do plo negativo para o plo positivo da fonte de tenso.
Aos eltrons que se movimentam livremente no cristal d-se o nome de eltrons condutores. Quando um eltron da camada ou
rbita de valncia se afasta da sua ligao par, cria um espao (vazio), que denominado de lacuna (no caso, lacuna positiva,
pois falta eltron). Estas lacunas contribuem tambm
para a movimentao de eltrons (corrente eltrica).
Quando se aplica uma tenso a um cristal semicondutor, os eltrons condutores passam do plo negativo para o positivo.
A temperaturas elevadas, existem no semicondutor mais eltrons condutores e consequentemente mais lacunas.
A condutividade dos semicondutores aumenta com o aumento da temperatura. Em outras palavras, a resistncia de um
semicondutor diminui com o aumento da temperatura.
Representao simplificada:
Imaginemos o cristal de silcio como um recipiente de vidro e
observemos os seus aspectos mais importantes: as bolas (eltrons de
valncia), que se
perderam da rede cristalina, movimentam-se Ilivremente no cristal. Os
crculos pontilhados representam as lacunas deixadas pelas bolas.
Os nmeros de bolas e de crculos pontilhados dependem da
temperatura.
Recipiente de vidro
Crculos lacunas
Bolas eltron de valncia
Se aplicarmos uma tenso ao recipiente de vidro (consideremos a placa de vidro do lado esquerdo como o plo negativo e a
placa de vidro do lado direito como o positivo), as bolas transferem-se para
o plo positivo atravs dos crculos (lacunas).
O nmero de partculas livres portadoras de carga no semicondutor pode ser consideravelmente aumentado adicionando-se ao
cristal determinadas Impurezas.
39
Recipiente de vidro
Crculos lacunas
Bolas eltron de valncia
Se introduzirmos um tomo estranho com cinco eltrons de valncia na rede cristalina do silcio (quatro na rbita externa),
apenas quatro dos eltrons de valncia podem ser combinados. O quinto utilizado para a conduo de carga.
Dado que neste caso o transporte de carga se faz atravs de transportadores de carga negativa
(eltrons), d-se a estes semicondutores o nome de condutores N.
40
Os semicondutores tipo N possuem eltrons livres como transportadores de carga. Quando se introduz um tomo com trs
eltrons de valncia no cristal de silcio, os trs eltrons so combinados, mas um encontra-se ausente da rede cristalina,
surgindo uma lacuna.
Pode acontecer que, um eltron de valncia de um tomo vizinho salte para esta lacuna na rede cristalina, criando outra
lacuna.
Neste caso, o transporte da corrente feito por meio de transportadores de carga positiva; por esse motivo este semicondutor
designado de condutor P.
Os semicondutores tipo P utilizam-se de lacunas para o transporte
de carga.
Pode-se dizer tambm que:
Os semicondutores do tipo N so redes cristalinas doadoras de
eltrons.
Os semicondutores do tipo P so redes cristalinas receptoras de
eltrons.
Quando se aplica uma tenso a um material condutor N, h uma
passagem de eltrons do plo negatIvo para o positivo.
Quando se aplica uma tenso a um material condutor P, h uma
passagem de lacunas do plo positivo para o negativo.
1 Material condutor
2 Lacunas
3 Material condutor P
4 Eltrons
I direo da corrente
IE Corrente de eltrons
IL Corrente de lacunas
41
1 Condutor N
2 Juno PN
3 Condutor P
4 Eltrons
5 Smbolo do diodo
6 lacunas
I Fluxo da corrente
1 Condutor N
2 Juno PN
3 Condutor P
4 Eltrons
5 Camada de
Juno
6 Lacunas
1 Condutor P
2 Juno P
3 Condutor N
4 Eltrons
5 Smbolo do diodo.
6 Lacunas
7Camada da juno
A esta camada isoladora, d-se o nome de juno. uma zona neutra, pois oferece uma barreira de potencial. Ser necessrio
aplicar uma tenso mnima para que eltrons e lacunas conduzam cargas atravs desta barreira.
Se aplicarmos uma tenso na juno PN, a situao pode alterar-se de diversas formas, dependendo da polaridade: se o
condutor P for ligado ao plo positivo e o condutor N ao plo negativo, a tenso fora a passagem de eltrons condutores do
condutor N e de lacunas do condutor P para a camada de juno.Esta gradualmente reduzida at desaparecer
completamente na chamada tenso direta.
Se o plo positivo for ligado ao condutor P e o negativo ao condutor N, a camada de juno desaparece e a corrente flui
atravs do diodo.
Se o plo positivo for ligado ao condutor N e o negativo ao condutor P, a camada de juno aumenta e o
diodo bloqueia a corrente eltrica.
As ligaes eltricas do diodo so designadas de "nodo" (+) e "ctodo" (-), correspondendo o nodo
ligao do condutor P e o ctodo do condutor N.
42
Existem mltiplas utilizaes para os diodos nos automveis; por exemplo: retificadores, protetores de inverso de polaridade,
diodos de rels de corte, vlvulas de solenide, vlvulas de controle do ar da marcha-lenta, diodos unidirecionais em circuitos
impressos, etc.
1 Smbolo
2 Lmina de sillcio
3 Alojamento.
4 Vedao de vidro.
5 Cabo
6 Terminal
A curva caracterstica de um diodo retificador de silcio muito mais profunda na banda passante do que aquela dos diodos de
germnio. Assim, sendo a tenso direta a mesma, h uma passagem de corrente maior pelo diodo retificador de silcio.
Na camada de juno, a corrente reversa muito pequena, aumentando apenas um pouco quando a tenso reversa aumenta.
S quando se alcana a tenso de ruptura do nodo que h um aumento sbito da corrente reversa.
Na prtica, o valor da tenso reversa no diodo retificador de silcio no deve de modo algum atingir a tenso de ruptura, pois
isso provocaria a sua destruio.
43
UR Tenso reversa
UF Tenso direta
IR Corrente reversa
IF Corrente direta
Us Tenso limiar
UD Tenso de ruptura
Si Curva caracterstica do silcio
Ge Curva caracterstica do germnio
Diodos Zener
1 Diodo LED
2 Smbolo
44
Em automveis, os LED so usados como fontes de luz e como indicadores luminosos. O LED necessita de uma resistncia
que atue como limitador de corrente.
Dependendo do tipo de diodo, a tenso limiar situa-se aproximadamente entre 1,35V e 2,5 V, e a tenso de ruptura entre 3 e 6
V.
45
U ~ Tenso alternada
L1 Erolamento primrio
L2 Enrolamento secundrio
D1 Diodo
R1 resistncia de carga
(Consumidor)
EU Tenso de alimentao
t Tempo
1 Tenso de sada na resistncia de Carga
R1
46
U ~ Tenso alternada
L1 Enrolamento primrio
L2 Enrolamento secundrio
D1-4 Diodo
R1 resistncia de carga (consumidor)
+
C
EU Tenso de alimentao
T Tempo
1 Tensa de sada na resistncia de
carga R1
U ~ Tenso alternada
L1 Enrolamento primrio
L2 Enrolamento secundrio
D1-4 Diodo
R1 resistncia de carga ( Consumidor)
C Capacitor
47
48
3.4 O TRANSISTOR
camadas
um condutor
quais
se
dado
que
d-se o nome
ltima
portadores de
1 Representao do transistor NPN
2 Smbolo do circuito do transistor
NPN
E Emissor
B Base
C Coletor
transistor
emissor
corrente
do
opostas
s
polaridades
invertidas.
transistor
1 Representao
2 Smbolo do circuito do transistor PNP
E Emissor
B Base
C Coletor
de tenso ao
verifica
direo
ao
repelidas
a
juno
coletor e a
E emissor
B Base
C Coletor
RL resistncia de carga.
potencial
em direo
sucedeu
entre o
49
tenso
positiva
do emissor para
coletor, que se
atrai a maior
na camada da
entre a base e o
corrente
do
corrente
do
base
atravs
corrente de base
E Emissor
B Base
C Coletor
RL Resistncia de carga.
RB Resistncia de base
Atravs da alterao da tenso na base (por meio de um potencimetro, por exemplo), a corrente do
coletor pode ser aumentada ou diminuda e ainda ligada ou desligada. Desta forma, o transistor pode ser
usado no s como amplificador, mas tambm como interruptor.
Se for utilizado um transistor como interruptor, cria-se no transistor uma tenso base emissor no sentido
de passagem. A tenso aplicada tem de ser maior do que a tenso limiar, a fim de deixar passar a
corrente do coletor. O consumidor ligado ao cabo do coletor. Se for utilizada, por exemplo, uma
resistncia dependente da luz na alimentao de tenso da base-emissor, o transistor pode ser usado
como interruptor dependente da intensidade da luz.
No se inclui nesta publicao uma explicao de outros tipos de transistor, pois isto ultrapassa o mbito
deste curso bsico.
Nos automveis, o transistor usado essencialmente como interruptor, pois no se baseia na abertura e
fechamento de contatos, constituindo um interruptor extremamente rpido e isento de desgaste (ver, por
exemplo, ignio transistorizada).
ANALOGIA DO TRANSISTOR COM O REL
50
Um transistor se parece muito como um rel numa forma eletrnica. Os rels so utilizados sempre que
uma corrente precisar ser transferida por uma fonte remota. Um transistor pode executar esta funo com
maior velocidade e maior confiabilidade. Para explicar melhor como um transistor funciona, iremos
comparar sua funo quela de um rel executando a mesma tarefa.
Operao
Imagine a parte interna de um transistor NPN como sendo uma combinao de rel e diodo. O "rel" do
transistor ativado para completar um circuito entre o coletor e o emissor sempre que a "bobina do rel"
energizado.
Veja como um "diodo" est ligado por fio dentro do transistor. A corrente s pode fluir a partir da base ao
emissor (devido ao diodo na extremidade do emissor). Quando o transistor tiver a polaridade e o nvel de
tenso corretas fornecidos sua trajetria da base/emissor, ele chamado de transistor polarizado
diretamente. Esta condio faz com que o transistor se ative e se ligue do coletor ao emissor. Isto
completa o circuito carga.
Tanto a pequena corrente de controle (base/emissor) como a grande carga de corrente (coletor/emissor)
compartilham do mesmo terminal ao terra do emissor. Isto significa que o transistor NPN pode ser
utilizado como um interruptor do lado do terra onde a tenso da bateria (B+) j foi fornecida ao dispositivo
de sada. O dispositivo necessita somente de um terra (fornecido pelo transistor) para funcionar.
Os transistores podem transferir uma carga muito mais rapidamente que um rel. Eles so tambm mais
confiveis, pois no possuem peas mveis que possam falhar ou desgastar-se. Nenhum tcnico de
motores de desempenho moderno pode imaginar os atuais injetores de combustvel eletrnicos sendo
acionados por rels individuais.
S para aguar a sua imaginao, voc acredita que injetores de combustvel acionados por rels podem
ser confiveis, durveis e com capacidade de execuo na velocidade de um motor automotivo?
Nota: Alguns transistores tm a capacidade de estarem parcialmente ligados. Eles produzem sinais
analgicos. Fototransistores,so um exemplo.
51
Polarizado diretamente - Tenso aplicada a um transistor de tal maneira que o transistor permite um
grande fluxo de corrente atravs do mesmo (passa a conduzir).
3.5
SIMBOLOGIA
DE
COMPONENTES DE
CIRCUITOS
52
IV
Existem dois tipos de sinais eltricos utilizados nos sistemas controlados eletronicamente:
DIGITAL e ANALGICO
As entradas e as sadas comunicam e funcionam utilizando ambos os tipos de sinais eltricos.
4.1 SINAIS DIGITAIS
Um sinal digital est LIGADO ou DESLIGADO. Quando visto com um osciloscpio, um sinal digital gera
um padro de onda quadrado quando ativado repetidamente.
Os sinais digitais so produzidos por:
- Interruptores LIGA/DESLIGA.
- Sensores de efeito hall.
- sensores ticos.
Nota: Estes dispositivos esto explicados em detalhes no curso de injeo eletrnica.
Por enquanto necessrio somente reconhecer que diferentes sinais eltricos so utilizados em
diferentes situaes e que esses sinais so analgicos ou digitais.
DIGITAL-Um sinal eltrico com dois estados LIGADOS ou DESLIGADOS (ON/OFF).
55
Os sinais
de fontes
podem
entre
os
mximo e
Os sinais
possuem
dois
valoresou
de tenso
analgicas
variar
valores
mnimo.
digitais
somente
possveis
LIGADO
DESLIGADO.
Referncias bibliogrficas:
1. Fiat Automveis - Sistemas eltricos I
2. Auto treinamento Ford Fundamentos de eletricidade e eletrnica automotiva.
3. Auto treinamento Ford Conceito e funcionamento de sistemas eletrnicos.
4. Treinamento Mercedes- Benz Princpios bsicos de eletricidade
56