Procedimento para Dosagem de Pastas para Argamassa Auto-Nivelante
Procedimento para Dosagem de Pastas para Argamassa Auto-Nivelante
Procedimento para Dosagem de Pastas para Argamassa Auto-Nivelante
CURITIBA
2009
Programa
Construo
Civil,
de
Ps-Graduao
setor
de
em
Tecnologia,
CURITIBA
2009
FICHA CATALOGRFICA
AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus, por me oferecer sade, persistncia e
serenidade no desenvolvimento desse trabalho e tambm pela proteo divina em
todos os dias da minha vida.
A minha orientadora Dr. Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa que
aceitou o desafio da argamassa auto-nivelante j no final da empreitada, porm
sempre mostrando uma competncia e dedicao que poucos possuem. Prof. esse
trabalho estaria longe de ser concludo sem sua contribuio to valiosa, obrigada
por tudo.
Ao meu co-orientador o Prof. Dr. Vicente Coney Campiteli, que tambm
contribuiu de forma significativa ao longo desses dois anos de mestrado, sempre
mostrando amor daquilo que faz. Melhora logo e continua passando esse sbio
conhecimento a ns alunos! Obrigada.
Aos professores Jos Marques Filho, Mauro Lacerda Santos Filho, Adriana de
Paula Lacerda Santos, Kleber Franke Portella e Fernando Crema, Marienne Costa
que ministraram disciplinas de grande importncia para o desenvolvimento este
trabalho.
Ao pessoal do LAME, Betina, Jeferson, Amanda, Marcelo, Aline, Luiz
Fabiano, Cris e demais colegas por ter me recebido de portas abertas para que
meus ensaios fossem desenvolvidos.
Ao pessoal do LACTEC, Alessandra, Douglas, Leandro, Joo Henrique,
tambm por ter me auxiliado na execuo dos ensaios de reologia e caracterizao
dos aditivos, sempre prontos para auxiliar.
Ao pessoal do LAMIR, J. Manoel, Elisiane, Rodrigo, Evelise, que me ajudaram
na execuo dos ensaios de caracterizao do cimento, slica ativa e agregados.
Obrigada pela fora e carinho com que me receberam!
Ao Alecio, bolsista e estagirio que me ajudou na execuo dos ensaios com
o viscosmetro, acompanhou minha trajetria dentro dos laboratrios, dividia sempre
alguns materiais de ensaios comigo, inclusive a prof. em dias muito corridos... Acho
que ganhei um grande parceiro de laboratrio. Valeu rapaz !
A secretria do PPGCC, Ziza, pelo carinho, pacincia e incentivo mostrandose sempre pronta para ajudar.
Aos amigos Louise, Carolina Toledo, Carolina Riedel e Polan ) por estarem de
uma certa forma sempre por perto. A vida bem mais feliz com vocs por perto!
Aos colegas de mestrado que foram chegando de mansinho e conquistando
lugares especiais na minha vida, Leticia, Marcia, Sheila, Clara, Csar Daher, Kironi,
Ariovaldo, Luiz, Cris, Rafael, Valmir... e a todos os colegas que de certa forma
estiveram juntos nesses dois anos de estudos... Valeu pessoal!!
Agradeo aos profissionais do SENAI, prof. Marcos Dallarme, Rodrigo, prof.
Jan, prof. David, por terem me acolhido nesse perodo de estudos, conciliando meus
horrios de aula e aos meus queridos alunos por terem sido um grande incentivo na
aquisio dos novos conhecimentos.
A LLMarques, Luiz Geraldo, Lcia e Valria excelentes profissionais e que
tambm me ajudaram em vrias ocasies para que eu conseguisse concluir o
mestrado. Muito Obrigada!
A HOBIMIX, Fernando, Ricardo, Srgio e a todo o pessoal que me recebeu
em Unio da Vitria, por me apresentarem esse novo desafio, oferecendo sempre
todo o apoio quanto a duvidas tcnicas, materiais e equipamentos. Meu grande
respeito e admirao pelo trabalho de vocs! Obrigada pela confiana.
A todo o pessoal da VLB Engenharia, por me auxiliar, em vrios assuntos no
decorrer desse trabalho. Obrigada!
A minha irm caula Elizangela, por ser minha seguidora, protetora,
companheira, cmplice e eterna amiga, mostrando sempre o lado bom de tudo e
como ser alegre em todos os momentos da vida.
Aos meus pais Alceu e Eliane que me ensinaram no s as primeiras
palavras, os primeiros passos, mas tambm as lies de amor, carter, dignidade e
persistncia. Obrigada por muitas vezes abrirem mo dos seus sonhos pelos meus.
Amo vocs.
Ao Bruno, grande amor da minha vida, por deixar meus dias mais alegres,
fazer companhia nas minhas solitrias noites de estudo, sofrer comigo nos
momentos difceis, rir comigo nas conquistas, mostrar o amor, carinho, apoio,
proteo e incentivo no desenvolvimento desse trabalho. Amo voc!
No existe uma frmula para o sucesso. Mas, para o fracasso, h uma infalvel:
tentar agradar a todo mundo". (Herbert Swope)
SUMRIO
LISTA DE ILUSTRAES ___________________________________________ 12
LISTA DE TABELAS________________________________________________ 15
LISTA DE ABREVIATRAS E SMBOLOS ______________________________ 16
RESUMO _________________________________________________________ 17
ABSTRACT _______________________________________________________ 18
1. CAPTULO 1 INTRODUO _____________________________________ 19
1.1. CONSIDERAES INICIAIS ________________________________________ 19
1.1.1. APLICAO DA ARGAMASSA AUTO-NIVELANTE _______________________ 21
1.2. HIPTESES ___________________________________________________ 23
1.3. OBJETIVOS ___________________________________________________ 23
1.4. JUSTIFICATIVAS ________________________________________________ 23
1.4.1. JUSTIFICATIVA TECNOLGICA ____________________________________ 24
1.4.2. JUSTIFICATIVA ECONMICA______________________________________ 25
1.4.3. JUSTIFICATIVA AMBIENTAL ______________________________________ 29
1.5. LIMITAES DA PESQUISA ________________________________________ 31
1.6. ESTRUTURA DA DISSERTAO _____________________________________ 32
2. CAPTULO 2 ARGAMASSA AUTO-NIVELANTE_____________________ 33
2.1. DEFINIO ____________________________________________________ 33
2.2. MATERIAIS EMPREGADOS PARA O ESTUDO DA PASTA VISANDO A ARGAMASSA
AUTO-NIVELANTE ___________________________________________________ 36
2.2.1. SELEO DOS MATERIAIS _______________________________________ 36
2.2.1.1. Cimento Portland ___________________________________________ 37
2.2.1.2. Aditivo Qumico ____________________________________________ 37
2.2.1.3. Aditivo Superplastificante (SP)_________________________________ 38
2.2.1.4. Aditivo Modificador de Viscosidade (VMA) _______________________ 42
2.2.1.5. Adies Minerais ___________________________________________ 44
2.3. PROPRIEDADES DA PASTA NO ESTADO FRESCO ________________________ 47
2.4. ENSAIOS PARA CARACTERIZAO DA PASTA AUTO-NIVELANTE ____________ 48
2.4.1. ENSAIOS COM CILINDRO ESPANHOL _______________________________ 49
2.4.2. ENSAIO COM O VISCOSMETRO ___________________________________ 53
3. CAPTULO 3 CONCEITOS BSICOS DA REOLOGIA ________________ 55
LISTA DE ILUSTRAES
LISTA DE ILUSTRAES
FIGURA 1.1 -
20
20
22
26
26
27
27
28
34
35
40
40
41
43
46
50
51
52
53
54
59
60
FIGURA 3.5 FIGURA 4.1 FIGURA 4.2 FIGURA 4.3 FIGURA 4.4 FIGURA 4.5 FIGURA 4.6 FIGURA 4.7 FIGURA 4.8 FIGURA 4.9 FIGURA 4.10 -
65
66
68
70
70
72
74
74
76
77
78
79
80
80
88
89
95
97
98
FIGURA 5.4 -
98
102
104
106
107
111
114
LISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELAS
TABELA 1.1 TABELA 4.1 TABELA 4.2 TABELA 4.3 TABELA 4.4 TABELA 4.5 TABELA 4.6 TABELA 4.7 TABELA 4.8 TABELA 4.9 TABELA 5.1 TABELA 5.2 TABELA 5.3 TABELA 5.4 -
28
69
69
71
75
83
84
86
87
91
94
96
100
109
AAN
Argamassa auto-nivelante
CAA
Concreto auto-adensvel
EFNARC
AS
Slica Ativa
SP
Superplastificante
VMA
Modificador de Viscosidade
Tenso de cisalhamento
Taxa de cisalhamento
Viscosidade
Borda Uniforme
Borda Desuniforme
SS
Sem segregao
CS
Com segregao
Dimetro
a/c
Relao gua/cimento
a/ms
RESUMO
RESUMO
ABSTRACT
ABSTRACT
19
1. CAPTULO 1 INTRODUO
CAPTULO 1
INTRODUO
1.1.
CONSIDERAES INICIAIS
A argamassa auto-nivelante, tambm conhecida como auto-adensvel, ou
20
diferena desses tipos de materiais empregados na Europa e os existentes no Brasil
foi o grande desafio desse estudo e motivao para o incio dessa pesquisa.
21
A proposta da argamassa auto-nivelante de permitir uma moldagem
adequada, isenta de defeitos oriundos da falha de aplicao ou de tcnica
inadequada de moldagem, sem uma grande exigncia na qualificao do operrio.
Com relao aos materiais, a argamassa auto-nivelante no requer nenhum
tipo de material especial, porm, os materiais devem possuir caractersticas
especficas e teores na mistura que proporcionem a fluidez adequada sem haver
segregao da mesma. J os equipamentos e procedimentos de dosagens ainda
no foram normatizados, por esse motivo exigem estudos mais detalhados.
Por se tratar de um tema ainda pouco conhecido nas reas tcnica e
acadmica, esse trabalho visa auxiliar no avano dos estudos com argamassa autonivelante, atravs de proposio de procedimentos para a formulao de pastas
para o desenvolvimento desta argamassa.
O estudo com a argamassa no o escopo deste trabalho, j que para esse
estudo necessitaria de um tempo maior de pesquisa, o estudo preliminar com o
procedimento de dosagem de pastas para a argamassa auto-nivelante, j pode ser
considerada de grande importncia ao meio cientfico.
1.1.1.
22
formulaes adequadas;
23
1.2.
HIPTESES
OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo definir um procedimento de dosagem
de pastas para argamassa auto-nivelante, no que diz respeito indicaes dos tipos
e quantidades dos constituintes da mistura a partir de avaliaes laboratoriais de
desempenho no estado fresco.
A anlise da eficincia de outro tipo de equipamento tambm ser avaliada,
j que a argamassa auto-nivelante apresenta uma consistncia bastante fluida no
estado fresco. Os mtodos tradicionais para medir tais propriedades (Cone de
Abrams, Squeeze Flow, Mesa de Consistncia, Dropping Ball, etc.) no so
indicados trata-se da pasta e argamassa auto-nivelante obrigando a substituio
desses ensaios por outros ajustados pasta auto-nivelante.
1.4.
JUSTIFICATIVAS
A argamassa auto-nivelante representa uma evoluo dentro do universo
24
1.4.1.
Justificativa Tecnolgica
A argamassa auto-nivelante que foi introduzida na dcada de 80 na Europa,
e ainda pouco difundida no Brasil, vem sendo motivo de estudos e pesquisas com
relao ao seu comportamento, conceito, materiais, propriedades entre outros.
Segundo NAKAKURA (1997) o estudo das argamassas em geral vem
crescendo consideravelmente de uns anos para c, sendo que j existem estudos
realizados junto ao Sindicato Nacional dos Produtos base de cimento
(SINAPROCIM, 2001), que constatou a diviso das indstrias de argamassas em
dois seguimentos. O primeiro seguimento refere-se a indstrias de pequeno a mdio
porte produzindo argamassas colantes e argamassas de rejuntamento. J o
segundo seguimento refere-se s argamassas de assentamento, revestimento e
contrapiso.
Uma das principais vantagens que a argamassa auto-nivelante apresenta
a capacidade de se mover no interior de frmas, ou em uma determinada rea por
ao do seu peso prprio, ou seja, sem a necessidade de aplicao de foras
externas para o seu adensamento. Em conseqncia disso, o preenchimento de
todos os espaos so executados de modo uniforme, fazendo com que a estrutura
apresente-se com um grau de homogeneidade bastante alta, conseqentemente
sem segregao e/ou exsudao.
Segundo NAKAKURA (1997) e TUTIKIAN et. al. (2008), abaixo esto
relacionadas outras vantagens da argamassa auto-nivelante:
A espessura do piso/contrapiso pode ser reduzida a apenas 5,0 mm a
10 mm, o que significa uma tima reduo no peso prprio e no
consumo de cimento.
A tendncia fissurao tambm reduzida praticamente a zero,
com o acrscimo de aditivos qumicos retentores de gua e fibras
orgnicas.
As ondulaes ficam restringidas apenas s que podem ocorrer na
superfcie de um lquido viscoso e, pela ao da gravidade sobre um
lquido a horizontalidade e a reduo significativa de patologias ficam
plenamente garantidas.
25
Na questo de produtividade a argamassa auto-nivelante tambm tm
vantagem sobre a argamassa convencional, j que o material
considerado fluido e sua aplicao consiste em literalmente
esguichar esse material sobre o substrato ou a lona plstica sem a
necessidade
de
desempenar
ainda
garantindo
total
horizontalidade do contrapiso.
O tempo para a execuo do piso/contrapiso tambm tem uma
reduo significativa e pode decorrer a um ritmo de 50 a 100m2.h-1
por homem.
Torna o local de trabalho mais seguro, j que h uma diminuio
considervel no nmero de trabalhadores.
A cura da argamassa auto-nivelante extremamente rpida, causada
pelo tipo de cimento (CP V ARI-RS) e a combinao de aditivos e
adies, sendo que aps decorridos 2 a 3 horas da sua aplicao j
possvel pisar em sua superfcie.
A textura tambm extremamente fina, j que a argamassa autonivelante contm uma grande quantidade de agregados com
dimenses mxima caracterstica inferior a 0,60mm, inserida numa
matriz rica em cimento, dispensando at alguns tipos de selantes
adicionais.
Existe um elevado ganho ecolgico, j que se utilizam alguns tipos de
resduos industriais em sua composio como as adies: slica ativa,
cinza volante, escria de alto forno, cinza de casca de arroz, entre
outras.
1.4.2.
Justificativa Econmica
Segundo ORTEGA (2003), o estudo sobre a argamassa auto-nivelante teve
26
laboratrio, estudos econmicos e de mercado, que consistiam em algumas visitas
em obras para eleger os mtodos mais utilizados nas obras chamados de Mtodos
Tradicionais, demonstrados nas Figuras 1.4, 1.5 e 1.6 para que se conseguisse um
comparativo ao novo Mtodo Auto-Nivelante, demonstrado pela Figura 1.7
(ORTEGA, 2003).
Argamassa
Forma
Cama de
areia
Argamassa
Argamassa
Cola
Cama de
areia
Forma
27
Argamassa
Revestimento de
madeira
Isolamento
Forma
Argamassa
Cola
Forma
Lona Plstica
28
Tabela 1.1 Comparativo de custos
CUSTOS (R$/m)
DESCRIO
Mo de Obra
Argamassa
Argamassa Cola
Cama de Areia
Junta Perimetral
Gabaritos
Custos Indiretos
TOTAL
MDIA DOS
TRS
MTODOS
16,13
6,12
0,39
0,74
0,39
1,78
2,85
28,39
AUTONIVELANTE
3,00
16,57
1,16
0,48
1,46
0,53
1,87
25,07
29
1.4.3.
Justificativa Ambiental
Segundo METHA (2008) a escolha de um material para a construo civil
30
A utilizao desses materiais alternativos em substituio ao cimento se
torna cada vez mais comum diante do custo de produo do cimento, j que o
emprego desses materiais combinados tambm auxilia na questo da durabilidade e
desempenho de argamassas e concretos (NEVILLE, 1997).
A crescente demanda pelo uso desses resduos e subprodutos torna os
estudos de suas aplicaes uma necessidade que contribui no s com o
surgimento de um benefcio ecolgico mais tambm econmico e social (TASHIMA
et. al, 2004).
Neste trabalho o estudo da formulao da pasta prev a substituio de uma
parcela do cimento pela slica ativa, pois alm de ser um subproduto da indstria
metalrgica de ligas de ferro-silcio metlico, tem caractersticas especficas para a
confeco da argamassa auto-nivelante, como por exemplo, suas partculas com
grande rea superficial e um aumento na durabilidade do subsistema contrapiso.
Outro benefcio da argamassa auto-nivelante com relao possibilidade de
reduo da espessura do contrapiso, conseqentemente reduo da quantidade de
pasta do sistema (economia de cimento), que passar de 8,0 mm a 15 mm
aproximadamente (Classe de Trnsito Leve), para 5,0 mm a 10 mm com os
benefcios da argamassa auto-nivelante.
Um comparativo pesquisado por BARROS (1991) demonstra uma grande
economia no consumo de cimento, somente com uma diminuio de 2,0 cm na
espessura de contrapiso. Essa pesquisa foi executada no universo da construo de
edifcios residenciais em So Paulo no ano de 1990 e demonstra um consumo de
cimento anual de aproximadamente 97.200 toneladas considerando uma espessura
mdia do contrapiso de 6,0cm (com trao em volume de cimento e areia de 1:3).
Com uma reduo de 2,0 cm na espessura do contrapiso e um consumo de cimento
de 25 kg/m a reduo do consumo de aglomerante caiu para 36.000 toneladas,
uma
economia
que
significa
execuo
da
estrutura
de
concreto
de
31
1.5.
LIMITAES DA PESQUISA
As limitaes que ocorreram nessa pesquisa foram em virtude do tempo
32
1.6.
ESTRUTURA DA DISSERTAO
O captulo 1 apresentar as consideraes iniciais do tema, seguido do
captulo 2 que detalha a reviso bibliogrfica referente ao tema argamassa autonivelante, bem como suas definies, materiais empregados, propriedades
relevantes e ensaios de caracterizao da pasta auto-nivelante.
J o captulo 3 tambm se refere a uma reviso bibliogrfica, porm sob o
tema da reologia: conceitos, parmetros, classificao dos comportamentos
reolgicos, importncia da reologia nas argamassas auto-adensveis e os fatores
que influenciam o comportamento reolgico.
O captulo 4 detalha o programa experimental desenvolvido para essa
pesquisa onde mostra a descrio da metodologia desenvolvida em laboratrio,
caracterizao de todos os materiais e procedimentos utilizados e estudos
desenvolvidos para o novo equipamento chamado de Cilindro Espanhol, utilizado
nos ensaios de caracterizao da pasta auto-nivelante.
Captulo 5 descreve a apresentao dos resultados obtidos, buscando
determinar parmetros necessrios para o cumprimento dos objetivos definidos.
O captulo 6 traz as concluses obtidas no decorrer do trabalho, bem como
sugestes para trabalhos futuros.
Do texto constam ainda as referncias bibliogrficas e os anexos com dados
complementares da pesquisa experimental.
33
CAPTULO 2 ARGAMASSA AUTO-NIVELANTE
CAPTULO 2
ARGAMASSA AUTO-NIVELANTE
DEFINIO
Entende-se por argamassa auto-nivelante uma argamassa capaz de
34
35
36
1. Distribuio
Granulomtrica:
As
argamassas
no
estado
fresco
so
se
aplicam
partculas
pequenas
(sub-micromtricas
e/ou
diretamente
fluxo
da
mistura.
Matriz
em
excesso
MATERIAIS
EMPREGADOS
PARA
ESTUDO
DA
PASTA
37
38
O comportamento dos aditivos se deve a inmeras variveis, como sua
natureza e quantidade empregada, composio e superfcie especfica do cimento,
natureza e proporcionalidade dos agregados, compatibilidade entre materiais e
adies, relao gua/cimento, condies de cura, entre diversos outros
(MAILVAGANAM, 1999).
Para o estudo da pasta auto-nivelante, indispensvel o uso de aditivos,
que visa obter caractersticas reolgicas desejadas. Deve ser aplicado o aditivo
superplastificante para garantir uma fluidez adequada e reduzir a tenso de
escoamento e o aditivo promotor de viscosidade para auxiliar na estabilidade da
mistura.
Podem-se destacar os superplastificantes, que so indispensveis para
garantir as principais caractersticas no seu estado fresco, sendo ele responsvel
pela alta fluidez da mistura devido a sua capacidade de reduo de gua
(RONCERO, 2002).
Utilizam-se tambm em alguns casos, aceleradores de pega, aditivos
modificador de viscosidade, incorporadores de ar, retardador de pega entre outros,
conforme a necessidade da mistura (MELO, 2005).
A seguir sero apresentados os aditivos superplastificante e modificador de
viscosidade utilizados nessa pesquisa para a confeco da pasta auto-nivelante.
2.2.1.3. Aditivo Superplastificante (SP)
Desde sua descoberta na Amrica do Norte no ano de 1974, o aditivo
superplastificante (SP) torna-se parte integrante de concretos e argamassas de alta
resistncia. Atualmente o consumo de SP chega a 500 milhes de litros, nos quais
75% so de aditivo SP a base de naftaleno sulfonato (LEIDHODT, 2000 et al.).
J no Brasil, segundo dois dos fabricantes (GRACE e DEGUSAComunicao verbal 2002) o consumo desses aditivos foi de aproximadamente 67
toneladas no ano de 2000, quando efetivamente tais produtos comearam a ser
empregados (HARTMANN, 2002). Os aditivos mais utilizados so geralmente base
de lignossulfonato, melamina sulfonato, naftaleno sulfonato e policarboxilatos
(MONTE, 2003).
39
O uso desses aditivos em conjunto tende a garantir elevada fluidez e
estabilidade adequada s misturas, evitando a segregao ou a exsudao, efeitos
indesejados que podem decorrer da dosagem errnea desses aditivos (BARTOS
et.al., 1999).
A finalidade dos aditivos superplastificantes, segundo alguns autores, est
descrita abaixo (COLLEPARDI et. al., 1999; DE LARRARD, 1999; TATTERSALL,
1991):
Reduo
do
consumo
de
gua
para
uma
mesma
consistncia,
base
de
lignossulfonato,
os
aditivos
plastificantes
40
41
(a)
(b)
Figura 2.5 Floculao entre as partculas do cimento, devido as foras de Van der Waals
(a). Defloculao das partculas do cimento, devida a ao das molculas de aditivo
adsorvidas (b)
Fonte: MONTE apud AITCIN (1994)
42
Outra influncia fsica pode ser descrita com a formao de uma camada
protetora ao redor das partculas de cimento, que impedem sua floculao e ainda
altera a tenso superficial da gua (HARTMANN, 2002).
Em determinadas situaes a ao do aditivo nas partculas de cimento
ocorre um comportamento inesperado e indesejado entre cimento e aditivo, esse
fenmeno conhecido como incompatibilidade entre cimento-aditivo. Esse
fenmeno influenciado por alguns fatores como, por exemplo, a variedade de SP
que existem atualmente no mercado com diferentes composies qumicas, ou
ento, os diversos tipos de cimentos que tambm apresentam diferentes
composies mineralgicas, ou ainda, a utilizao cada vez mais freqente das
adies (cinza de casca de arroz, slica ativa, pozolanas, escrias entre outras)
(AITCIN, et. al, 1994).
A discusso no meio tcnico ainda grande sobre a quantidade de aditivo
que deve ser adicionado concretos/argamassas/pastas, porm ainda h um
consenso quanto necessidade de uma metodologia confivel que permita o correto
teor desse material. O uso em excesso do aditivo SP pode resultar em efeitos
indesejados como, por exemplo, a segregao entre partculas (MONTE, 2003).
2.2.1.4. Aditivo Modificador de Viscosidade (VMA)
Na confeco da argamassa auto-nivelante outro aditivo de grande
importncia o modificador de viscosidade - viscosity modify admixture (VMA), pois
ele pode ser empregado quando o teor de finos for limitado, ajudando a promover a
viscosidade
adequada
garantindo
assim
resistncia
segregao,
43
suspensas, fornecendo maior coeso, conseqentemente evitando a ocorrncia de
segregao e exsudao, conforme demonstrada na Figura 2.6.
Formao de redes
Aditivo VMA
agindo tambm
nas partculas
do cimento
hidratado
Partculas
de cimento
44
Melhoria da homogeneidade na mistura;
Permanncia da coeso durante queda livre.
RIXOM e MAILVAGANAM (1999) citam alguns problemas relacionados a
utilizao desse aditivo como a incorporao de ar, devido a sua capacidade de
reduo da tenso superficial da gua da mistura, e a incompatibilidade com certos
aditivos plastificantes, justificada pela capacidade de adsoro de partculas de
cimento. J para REPETTE (2005) o problema est na retrao por secagem
quando o VMA utilizado em doses elevadas.
2.2.1.5. Adies Minerais
Segundo METHA e MONTEIRO (2008), as adies minerais so materiais
silicosos finamente modos, que so adicionados aos concretos e argamassas em
grandes quantidades que variam de 20% a 70% por massa de material cimentcio
total. Usinas de energia eltrica e alto-fornos metalrgicos so as principais fontes
desses subprodutos que so produzidos em larga escala.
As adies podem ser classificadas de acordo com sua reatividade, ou seja,
as inertes e as reativas. As inertes promovem uma ao fsica, aumentando a
compacidade da mistura. Essas adies so representadas pelos flers calcrio,
quartzo modo, entre outros. J as adies reativas contribuem para a formao de
hidratos sendo empregadas em substituio ao cimento em teores de at 30%, e
so exemplificadas pela cinza volante, cinza de casca de arroz, metacaulim, escria
de alto forno e o fumo de slica (microsslica). Geralmente as adies inertes e
reativas podem ser utilizadas em conjunto (METHA e MONTEIRO 2008).
A substituio de parte do cimento pelas adies minerais contribui para a
obteno das condies mais favorveis de fluidez da mistura e tambm para a
formao do esqueleto granular, de modo a favorecer as propriedades mecnicas
para argamassas auto-nivelantes (ALCANTARA, et. al., 2004).
Segundo KECK (2001), durante o processo de hidratao do cimento, os
compostos C3S e C2S formam silicatos de clcio hidratados, C-S-H, e tambm, o
hidrxido de clcio, Ca(OH)2, sendo este composto solvel em gua, podendo
evaporar da mistura, deixando vazios na pasta aumentando a permeabilidade do
concreto. Desta forma, o efeito qumico das adies minerais beneficia concretos e
45
argamassas, sendo que ele diminui a quantidade de Ca(OH)2 livre, j que a slica e
alumina presentes nas adies minerais reagem com esses compostos, fazendo
com que diminua sua quantidade, formando C-S-H atravs das reao pozolnica
(ACI, 1996).
Uma das desvantagens da utilizao destes materiais a possibilidade de
ocorrer retardo de pega e aumento de retrao, ou seja, a utilizao de grandes
quantidades de finos pode levar ao desenvolvimento de um alto calor de hidratao
ocorrendo o surgimento de fissuras. (MALHOTRA, 1987; POPPE e SCHUTTER,
2003).
No
item
seguinte
sero
apresentadas
algumas
caractersticas
Slica Ativa
Existem vrias denominaes para esse material, como por exemplo, fumo
de slica condensada, slica volatilizada, slica ativa, fumo de slica, porm segundo a
norma NBR 13956 (1997) estabeleceu-se como slica ativa a denominao padro
desse rejeito no Brasil.
As primeiras investigaes sobre a utilizao da slica ativa foram realizadas
na Noruega, na dcada de 60, j no Brasil s em 1984 que a slica ativa comeou
a ser debatida nos eventos e congressos tcnicos (DAL MOLIN, 1995).
A slica ativa uma pozolana, de elevada rea especfica, vtrea, constituda
predominantemente de silcio. Trata-se de um subproduto desse silcio ou de ligas
de ferro-silcio a partir do quartzo de elevada pureza e carvo em forno eltrico de
eletrodo de arco submerso. Monxido de silcio gasoso (SiO) se desprende na forma
de gs oxida-se e se condensa, formando partculas esfricas muito pequenas de
slica amorfa (SiO2) que se apresenta com uma colocao que pode variar do cinza
claro ao escuro (CARMO, 2006).
DAL MOLIN (1995) cita que a cor da slica ativa mais clara resultado da
temperatura mais alta na parte superior do forno, fazendo com que a maior parte do
carvo ascendente seja queimada. O teor de ferro, em menor escala, tende a
tambm apresentar uma influncia na cor desta pozolana.
46
Segundo NEVILLE (1997), as partculas de slica ativa so muito pequenas
(Figura 2.7), isso pode ser comprovado com o Blaine por adsoro de nitrognio,
que chega a valores como 20.000m2/kg, ou seja, 13 a 20 vezes maior do que a rea
especfica de outros materiais pozolnicos. J os gros da slica ativa tm seu
dimetro entre 0,03mm e 0,3mm, e sua massa unitria muito baixa, variantes entre
200 kg/m a 300kg/m, dificultando at mesmo seu manuseio.
Existem dois tipos de efeitos que ocorrem com a slica ativa, sendo eles:
qumica e a fsica. A reao qumica, tambm conhecida como reao pozolnica,
ocorre quando a slica colocada em contato com concretos e argamassas no
estado fresco reagindo quimicamente com o hidrxido de clcio (CH) para produzir
uma quantidade adicional de silicato de clcio hidratado (C-S-H), fonte de resistncia
do concreto. Essa reao causa a obstruo dos poros, que conseqentemente
reduz a permeabilidade (CARNEIRO, et. al., 2004).
Ainda segundo CARNEIRO, et. al. (2004) o efeito fler, que preenche os
vazios criados pela gua livre na matriz, causando um melhor empacotamento.
Porm como a slica muito mais fina que o cimento, acaba causando problemas na
plasticidade e aumenta o consumo de gua do concreto e argamassas,
principalmente para altos teores de substituio, necessitando-se de maiores
quantidades de aditivos superplastificantes.
Deste modo, os gros finos e esfricos da slica ativa produzem um
mecanismo fsico responsvel pela reduo de exsudao, j que os canais de
47
fluxos da gua so bloqueados, gerando um melhor empacotamento das partculas
finas na superfcie dos agregados. A formao de grandes cristais de hidrxido de
clcio devido a vrios pontos de nucleao tambm minimizada. Esses efeitos em
conjunto proporcionam uma evoluo na microestrutura dos materiais cimentcios,
melhorando as caractersticas da zona de transio pasta-agregado, tornando essa
pasta mais densa, conseqentemente diminuindo a permeabilidade (SILVA, 2006).
Alguns dos efeitos da slica ativa nas propriedades de concretos e
argamassas no estado fresco foram citados por MELO (2005):
Maior coeso, proporcionando misturas mais estveis;
Aumento da fluidez do concreto e argamassas, sem exsudao, devido a
reduo no tamanho das partculas;
Aumento na quantidade de gua;
Diminuio da retrao plstica;
Reduo no calor de hidratao, juntamente com o aumento das resistncias
a compresso, tendo em vista a maior densificao da matriz do cimento.
2.3.
devem ser analisadas para uma garantia de qualidade no estado endurecido, porm,
algumas delas so eleitas como as fundamentais para definir ou caracterizar a autoadensabilidade dessa argamassa.
As propriedades que se destacam para a argamassa auto-nivelante no
estado fresco so:
Consistncia: A capacidade de preencher completamente todos os espaos em
que foi lanado, apenas sob a ao do peso prprio, sendo que a nata se
espalhar sob o substrato formando uma superfcie plana adequada finalidade
da camada de regularizao e at de acabamento.
Resistncia Segregao: Argamassas com elevada fluidez tendem a
apresentar segregao, devido flutuao das partculas maiores. Evitar
segregao manter a mistura sempre homognea sem essa dissoluo de
partculas.
48
2.4.
ENSAIOS
PARA
CARACTERIZAO
DA
PASTA
AUTO-
NIVELANTE
A pasta auto-nivelante, medida em termos de consistncia, j que sua
fluidez uma das suas caractersticas mais importantes, por isso ela se difere de
pastas convencionais com relao aos ensaios para sua caracterizao. De acordo
com essa diferena apresentada observa-se ento que a pasta auto-nivelante no
deve ser avaliada a partir de procedimentos de ensaios convencionais, como o
caso do ensaio de mesa de consistncia utilizado para avaliar a viscosidade, j
que a pasta para argamassa auto-nivelante possui uma elevada fluidez.
49
Portanto, tanto para pasta, quanto para a prpria argamassa auto-nivelante
necessrio aplicar uma metodologia prpria para avaliar esse novo tipo de
material. Para atender os requisitos de qualidade exigidos argamassa autonivelante de grande importncia avaliar a pasta quanto:
Homogeneidade na mistura;
Coeso entre as partculas;
Fluidez adequada.
Os equipamentos utilizados para a caracterizao da pasta no estado fresco
so o Cilindro espanhol ainda no normatizado, e o remetro/viscosmetro.
2.4.1.
50
com pequenos dimetros e uma com uma fluidez acima de uma argamassa
convencional.
Na extremidade de uma das hastes de ferro acoplado um cilindro com
dimetro da base de 60 mm e altura de 90 mm (volume de 254,34 cm), que contm
um orifcio de dimetro de 5,0 mm em sua superfcie inferior, por onde ir escorrer a
pasta. Dessa superfcie inferior do cilindro at o recipiente completamente nivelado
h uma distncia de 150 mm conforme demonstra a Figura 2.8.
60 mm
90 mm
5mm
150 mm
51
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 2.9 Diagrama esquemtico do Cilindro Espanhol reproduzido no Brasil
52
O procedimento realizado para esse ensaio consiste no preenchimento do
cilindro com a amostra de pasta cimentcia e com a ajuda de um cronometro
medido o tempo de escoamento do material. O dimetro medido em dois sentidos da
pasta escoada e o tempo para esse escoamento so os parmetros a serem
analisados.
(b)
(a)
Figura 2.10 Cilindro Espanhol utilizado nos ensaios com a pasta. Demonstrao do
equipamento (a); A pasta escoando do copo do cilindro espanhol (b)
53
2.4.2.
(a)
(b)
Figura 2.11 Modelos de remetros. Remetro BML baseado nos conceito cilindros
coaxiais (a); Remetro BTRHEOM baseado nos conceitos placa/placa (b)
Fonte: BANFILL (2001)
54
comportamento do material. Uma soluo adotada para resolver esse problema
conferir uma textura rugosa superfcie dos cilindros (SAAK et al,. 2001 apud
MELO, 2005).
Para pastas e argamassas esse ensaio pode ser substitudo por
equipamentos com dimenses menores chamados de viscosmetro (MELO, 2005).
Para os ensaios com a pasta para argamassas auto-nivelante foi utilizado o
viscosmetro placa/placa.
SPINDLE
ROTAO
PASTA
BASE
(b)
(a)
Figura 2.12 Ensaios com o viscosmetro para a anlise da reologia da pasta. (a)
Equipamento utilizado nos ensaios; (b) Componentes do equipamento
55
CAPTULO 3
CONCEITOS BSICOS DA REOLOGIA
CONCEITOS DA REOLOGIA
Apesar do conhecimento da reologia por Newton e Hooke j no sculo XVII,
56
deformao o resultante linear, j no caso dos slidos elsticos, a deformao
proporcional a carga aplicada.
Na prtica, a reologia foca os materiais que tem suas propriedades de
escoamento mais complicadas do que as de um fluido simples (lquido ou gs) ou as
de um slido elstico ideal, apesar de ser observado que um material, com
comportamento simples sob uma limitada variao da condio do ensaio, poder
mostrar um comportamento mais complexo sob outras condies (TATTERSALL &
BANFILL, 1983).
As caractersticas da argamassa auto-nivelante so muito influenciadas por
suas propriedades reolgicas, definidas basicamente pela tenso de escoamento
() e a viscosidade plstica (), descritas pelo modelo de Bingham e definida pela
Equao 3.1.(BANFILL, 1994).
(Equao 3.1.)
Onde:
Viscosidade (Pa.s);
57
3.2.
PARMETROS REOLGICOS
No caso dos fluidos, a reologia est relacionada aplicao de uma fora
que resulta no escoamento. Para o melhor entendimento seguem nos prximos itens
os conceitos relacionados tenso, deformao e viscosidade.
3.2.1.
Tenso de Cisalhamento
Quando um fluido est em movimento, vrias foras atuam sobre ele, sendo
Onde:
F
Fora (N);
rea (m);
Viscosidade (Pa.s);
58
3.2.2.
Deformao
A deformao pode ser definida como uma mudana nas posies relativas
Viscosidade
A viscosidade foi o nico parmetro reolgico analisado nessa pesquisa, por
isso ela ser demonstrada com mais detalhes nesse item do referencial bibliogrfico.
O conceito de viscosidade pode ser apresentado como uma propriedade das
substancias que lhe permitem escoar sucessivamente sob a ao de uma constante
tenso de cisalhamento (PILEGGI, 1996).
Segundo Newton, a viscosidade pode ser compreendida como a relao
entre a tenso de cisalhamento e a taxa de cisalhamento de um material, podendo
ser vista na prpria Equao 3.2, a mesma utilizada para explicar conceito de tenso
de cisalhamento. De acordo com essa expresso 3.2 quanto menor a viscosidade de
59
um fluido, menor a tenso necessria para submet-la a uma dada taxa de
cisalhamento constante.
Ainda segundo PILEGGI (2001), a Figura 3.1 descreve um modelo com duas
lminas paralelas de fluido de rea igual a a, separada por uma distncia dx,
movimentando-se na mesma direo com velocidades distintas V1 e V2, sob a
ao de uma fora externa F, que representa o conceito de viscosidade.
60
3.3.
material expressa pela relao entre tenso e a deformao podendo apresentarse de diferentes formas, sendo elas classificadas em fluidos Newtonianos e fluidos
no Newtonianos.
A classificao entre os fluidos Newtonianos e no Newtonianos est na
relao existente entre tenso de cisalhamento e taxa de deformao:
Fluidos Newtonianos: sua viscosidade constante, seguem a Lei de
Newton, podendo ser exemplificados por todos os gases e lquidos no polimricos e
homogneos.
Fluidos No-Newtonianos: a relao entre a taxa de deformao e a tenso
de cisalhamento, sendo que essa relao no linear.
Os
fluidos
no-Newtonianos
ainda
podem
ser
classificados
em:
61
De acordo com TANNER (1988); TATTERSALL e BANFILL (1983), os
fluidos no-Newtonianos podem ser divididos em:
Fluidos no dependentes do tempo: so fluidos em que a taxa de
cisalhamento em qualquer ponto funo somente da tenso de cisalhamento
naquele ponto, podendo ser divididos em:
Fludos Pseudoplsticos: A viscosidade aparente diminui progressivamente
com o aumento da taxa de cisalhamento. Em meio aos fatores que causam
esse tipos de comportamento esto s caractersticas fsicas das partculas,
o tipo de interao entre as partculas, a concentrao, o peso molecular e a
conformao das molculas do dispersante presente no meio lquido.
Fludos Dilatantes: A curva de escoamento desse material indica um aumento
na
viscosidade
com
aumento
da
taxa
de
cisalhamento.
Esse
Newtonianos.
62
63
incorporao de outros elementos pasta de cimento (RAGO, 1995 et.al.;
TATTERSALL, 1978 apud COSTA, 2007).
3.4.
IMPORTNCIA
DA
REOLOGIA
NAS
ARGAMASSAS
AUTO-
NIVELANTE
Particularmente no caso de argamassa auto-nivelante, entender e dominar a
reologia so fundamentais, pois o processo de produo e execuo da argamassa
auto-nivelante, sendo que, a reologia est diretamente ligada a caracterstica dessa
argamassa no estado fresco, como destaca a seguir:
As caractersticas de aplicao da argamassa auto-nivelante, requerem uma
determinada reologia da argamassa, j que ela ser aplicada com certa
velocidade e altura, que no devem de forma alguma influenciar na perda de
qualquer das suas caractersticas, tanto no estado fresco, como no estado
endurecido. A separao dos gros (exsudao) tambm um fenmeno que
no poder acontecer na hora da aplicao dessa argamassa.
A argamassa auto-nivelante deve atingir uma determinada consistncia no
instante da sua aplicao, de modo que sua viscosidade permita uma
deformao apropriada pela ao do seu peso prprio.
Outro fator importante o espalhamento da nata sobre o substrato e a lona
plstica, que obrigatoriamente dever formar uma superfcie plana, para
receber o acabamento.
Utilizando-se os parmetros reolgicos, possvel caracterizar, mais
precisamente, a deformao, viscosidade e a capacidade de escoamento das
argamassas, de modo que atenda as condies especificas de aplicao e que
resulte em um contrapiso adequado.
64
3.5.
65
mssicas, que se aplicam a partculas gradas (milimtricas) com rea superficial
especfica pequena (PILEGGI, 2001).
66
suas partculas so muito reativas quimicamente e adsorvem molculas de
superplastificante, resultando numa tendncia da tenso de escoamento e da
viscosidade plstica em aumentar.
A substituio de parte do cimento por uma adio mineral pode resultar em
mudanas nos parmetros reolgicos de argamassas e concretos, ou seja, quanto
mais fina e esfrica as partculas dessas adies, maior a reduo desses
parmetros (CASTRO, 2007).
A morfologia das partculas, como j mencionado nesse item, tambm um
fator de grande importncia, no comportamento reolgico de suspenso das
argamassas, ou seja, quanto maior a irregularidade desse formato, maior ser a
viscosidade. Partculas rugosas e alongadas tendem a dificultar o fluxo devido ao
imbricamento, e partculas com textura arredondada e pouco alongada beneficiam o
fluxo, conforme mostra a Figura 3.4. (PILEGGI, 2001). Para a pasta auto-nivelante a
curva relacionada as esferas a que mais se assemelha ao comportamento da
mistura, por se tratar de particulas (slica ativa e cimento) com esse formato
esferico que sero adicionados mistura.
67
CAPTULO 4 PROGRAMA EXPERIMENTAL
CAPTULO 4
PROGRAMA EXPERIMENTAL
68
nivelante. As formulaes que foram consideradas ideais atravs dos critrios
propostos nesse trabalho passaram para a Etapa III, sendo, portanto submetidas
aos ensaiou de viscosidade.
O fluxograma indicado na Figura 4.1, resume todas as etapas do programa
experimental.
4.1.
cidade de Curitiba-PR, exceto os aditivos VMA e SP, cedidos pela empresa BASF,
69
ainda em fase de teste, portanto no disponibilizado comercialmente at o final
dessa pesquisa.
4.1.1.
Cimento
O cimento utilizado nessa pesquisa foi o CP V ARI RS, da marca
Mdia
CO2
MgO
SO3
2,16
5,43
3,47
Perda
Fogo
3,15
Resduo
Insolvel
13,81
Mdia
A Frio
5,0
A Quente
5,0
Tempo de
Pega
(min.)
Incio Final
252
321
Massa
Especfica
Blaine
g/cm
2,97
cm/g
5118
1 dia
24,83
3 dias
34,72
7 dias
39,63
28 dias
46,91
70
Rochas, localizado na Universidade Federal do Paran. A gua deionizada foi o
meio dispersante das partculas slidas, com velocidade de bomba de 70% e com
tempo de ultrassom de 60s. A curva de distribuio granulomtrica est
demonstrada na Figura 4.3.
71
4.1.2.
Slica Ativa
De acordo com a necessidade de se empregar uma grande quantidade de
Al2O3
SiO2
Fe2O3
CaO
MgO
Na2O
K2O
PF
0,10
94,3
0,06
0,30
0,70
0,17
1,00
2,90
72
4.1.3.
Aditivos
73
consulta em tabelas contendo informaes dos grupos correspondentes a cada
banda (SILVERSTEIN, et.al. 1979 apud AQUINO, 2006).
Ainda segundo SILVERSTEIN et.al. (1979) apud AQUINO (2006), a radiao
na faixa de 10.000 a 100cm-1 converte-se quando absorvido, em energia de vibrao
molecular, dando origem s bandas de vibrao caractersticas dos grupos,
entretanto a poro de maior utilidade est situada na regio de 4.000 a 400cm-1. A
freqncia, ou o nmero de ondas depende das massas relativas dos tomos, das
constantes de fora das ligaes e da geometria dos tomos. As posies das
bandas so apresentadas em comprimento de onda () ou em nmero de ondas
(cm-1). As intensidades das bandas so expressas como transmitncias (T) ou
absorbncia (A).
Na pesquisa foram desenvolvidos ensaios baseados na norma ASTM
E1252-98-2002 (Standard Practice for General Techniques for Obtaining Infrared
Spectra
for
Qualitative
Analysis,
1998)
que
consiste
no
equipamento
74
Composto analisado
Biblioteca de compostos
Biblioteca de compostos
Composto analisado
75
do PEG (Polietilenoglicol), e nos aditivos promotores de viscosidade foram
encontrados compostos orgnicos derivado de enxofre.
Os teores de lquido, para os aditivos VMA e SP foram encontrados atravs
do aquecimento destes em uma estufa a uma temperatura de 100C, num perodo
de 24 horas. Esse procedimento foi repetido por trs vezes e a mdia resultou nos
valores apresentados na tabela 4.4, que tambm apresenta o resumo de todas as
demais caractersticas encontradas no decorrer dos ensaios com os aditivos em
questo.
Tabela 4.4 Caracterizao dos aditivos SP e VMA
Promotor de
Viscosidade
Superplastificante
Composto Orgnico
Derivado do Enxofre
Polietilenoglicol
Aspecto
Lquido
Lquido viscoso
Colorao
Marrom escuro
Gelo
Dosagem Mdia
Recomendada pelo
Fabricante
De 0,2% a 0,65%
De 0,5% a 1,0%
94%
80%
4.2.
76
ensaios propriamente ditos da pasta auto-nivelante, j com alguns materiais
ajustados, servindo de anlise na busca das melhores formulaes da pasta.
Etapa III: Ensaios com o Viscosmetro Anlise da viscosidade das
melhores formulaes encontradas na etapa II.
A Figura 4.7 demonstra em um fluxograma essas etapas para os ensaios de
caracterizao da pasta.
Procedimento de Mistura
As propriedades das argamassas esto diretamente relacionadas com seu
77
influncias nas propriedades das argamassas, tanto no estado fresco como no
estado endurecido.
Como o tipo de mistura no foi uma varivel analisada nesse trabalho, o seu
procedimento foi o mesmo para todas as misturas. Esse procedimento foi eleito pelo
fato de conseguir uma boa homogeneidade na mistura.
Conforme mostra a Figura 4.8 os materiais foram adicionados em parcelas e
sempre misturados na argamassadeira com velocidade lenta. A gua foi misturada
em duas parcelas e os aditivos foram os ltimos constituintes adicionados a pasta.
4.2.2.
78
Os constituintes da pasta foram dosados numa balana comum, calibrada, e
misturada na argamassadeira mecnica de eixo planetrio, da marca HOBART
conforme a Figura 4.9., cujas velocidades de rotao da raquete so de 1405rpm e
28510rpm.
79
dimetro mdio de abertura da pasta escoada. Os dimetros mdios de
abertura obtidos nos ensaios executados em Valncia na Espanha para
pastas para argamassa auto-nivelante, esto compreendidos entre 25cm e
35cm, porm essas aberturas no representam o critrio nico de avaliao
da pasta, j que as anlises visuais da segregao e das bordas da pasta
escoada tambm representam fatores importantes a serem analisados no
estudo da pasta.
COPO
HASTE
PASTA
Dimetro
Dimetro
RECIPIE
(a) NTE
(b)
(c)
Figura 4.10 Ensaio com cilindro espanhol. (a) Nomenclatura dos componentes do cilindro
espanhol; (b) Escoamento da pasta atravs do orifcio do copo; (c) Determinao da
abertura da pasta com base na mdia de dois dimetros (Dimetro 1 e Dimetro 2)
b) Tempo de escoamento da pasta: refere-se ao tempo decorrido entre a sada
80
Figura 4.11 Anlise visual da borda da pasta escoada. (a) Pasta com borda
desuniforme, (b) Pasta com borda uniforme
(a)
(b)
Figura 4.12 Anlise visual da seqncia da pasta escoada. (a) Pasta sem
tendncia segregao, (b) Pasta com tendncia segregao
81
para a argamassa auto-nivelante, segundo os critrios propostos nesse trabalho,
essa pasta dever apresentar simultaneamente:
Dimetro mdio de espalhamento da pasta escoada: de 25 a 30 cm conforme
dados trazidos dos ensaios espanhis;
Anlise Visual de aspecto da borda da pasta escoada: Com borda uniforme;
Anlise Visual de segregao da pasta escoada: Sem tendncia segregao.
4.2.3.
82
Slica Ativa: A dosagem desse material feita em substituio ao
cimento. A porcentagem dessa substituio recomendada pelo fabricante
da slica ativa est entre 5% a 8% em substituio ao cimento. Para essa
etapa no foram variadas as porcentagens, j que o objetivo dos estudos
preliminares com a pasta era somente analisar o comportamento dos dois
aditivos (VMA e SP) e acertar a relao a/ms. O teor de slica ativa
utilizada nessa etapa da pesquisa foi fixado em 5%.
4.2.3.2. Variveis Independentes ou de Controle
As variveis independentes consideradas para essa etapa dos estudos so:
Relao gua/materiais secos (a/ms): A relao a/ms empregada nessa etapa
da pesquisa foi de 0,95 e 0,67. O valor de a/ms 0,95 foi utilizado em
conseqncia de alguns parmetros fornecidos pela empresa espanhola que j
comercializa a argamassa auto-nivelante. J o valor de a/ms 0,67 foi arbitrado
em funo da tentativa de diminuir a quantidade de cimento empregado
mistura.
Aditivo Promotor de Viscosidade (VMA): De acordo com alguns fabricantes a
porcentagem de dosagem recomendada do aditivo promotor de viscosidade ficou
entre 0,2% a 0,65% da massa total de cimento. Essa porcentagem de aditivo
refere-se a massa lquida de aditivo, j que nessas condies que esse aditivo
comercializado. Para essa etapa da pesquisa foram utilizados os teores de
0,2%, 0,4% e 0,6% em relao a massa de cimento, respeitando a orientao do
fabricante. Aps a execuo dos ensaios com esses teores (0,2%, 0,4% e 0,6%)
foi observada uma necessidade de um acrscimo desse aditivo, que foi de 0,8%.
As porcentagens indicadas nos rtulos dos fabricantes de aditivos referem-se a
pastas, argamassas e concretos, logo em se tratando de pasta para argamassa
auto-nivelante o teor recomendado pelos fabricantes dever ser revisto, tendo-se
em vista que o mesmo dever atuar em conjunto com o aditivo superplastificante
para proporcionar uma maior fluidez da mistura.
Aditivo Superplastificante (SP): Tambm de acordo com alguns fabricantes as
recomendaes orientativas para o uso desse produto foram de 0,5% a 1,0% da
83
massa total de cimento. Para essa etapa da pesquisa foram utilizados teores de
0,5%, 0,8% e 1,0% da massa de cimento, ressaltando que esses teores de
aditivos tambm se referem massa lquida.
Na Tabela 4.5 esto apresentadas as variveis independentes consideradas
nessa etapa de estudo preliminar.
Tabela 4.5 Resumo das variveis independentes utilizadas na etapa I
SP (%)
VMA (%)
a/ms
LQUIDA LQUIDA
0,95
0,5
0,2
0,67
0,8
0,4
1,0
0,6
0,8
4.2.3.3.
84
Tabela 4.6 Dados de entrada para a etapa I
a/c
a/ms
SLICA
ATIVA
SP
VMA
1,00
0,95
5,0
0,5
0,2
1,00
0,95
5,0
0,8
0,2
1,00
0,95
5,0
1,0
0,2
1,00
0,95
5,0
0,5
0,4
1,00
0,95
5,0
0,8
0,4
1,00
0,95
5,0
1,0
0,4
1,00
0,95
5,0
0,5
0,6
1,00
0,95
5,0
0,8
0,6
1,00
0,95
5,0
1,0
0,6
1,00
0,95
5,0
0,5
0,8
1,00
0,95
5,0
0,8
0,8
1,00
0,95
5,0
1,0
0,8
0,70
0,67
5,0
0,5
0,2
0,70
0,67
5,0
0,8
0,2
0,70
0,67
5,0
1,0
0,2
0,70
0,67
5,0
0,5
0,4
0,70
0,67
5,0
0,8
0,4
0,70
0,67
5,0
1,0
0,4
0,70
0,67
5,0
0,5
0,6
0,70
0,67
5,0
0,8
0,6
0,70
0,67
5,0
1,0
0,6
0,70
0,67
5,0
0,5
0,8
0,70
0,67
5,0
0,8
0,8
0,70
0,67
5,0
1,0
0,8
A partir dos resultados gerados com os dados da Tabela 4.6 foram definidos
novos parmetros utilizados para os ensaios da pasta (Etapa II), com o objetivo de
formular pastas mais prximas das aplicveis s argamassas auto-nivelantes para
contrapisos.
85
4.2.4.
86
resolveu-se ampliar as substituies de slica ativa que era somente de 5%, para
6%, 7% e 8%, para tambm estudar a influncia que esse material pode ter na
pasta para argamassa auto-nivelante.
A Tabela 4.7 mostra um resumo das variveis independentes utilizadas
nessa etapa da pesquisa.
Tabela 4.7 Resumo das variveis independentes utilizadas na etapa II
a/ms
VMA (%)
SLICA ATIVA
(%)
0,85
0,7
5%
0,80
0,9
6%
0,75
1,1
7%
0,70
4.2.4.3.
8%
87
Tabela 4.8 Dados de entrada utilizados para a etapa II
SLICA
ATIVA
SP
VMA
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
%
5,0
5,0
5,0
6,0
6,0
6,0
7,0
7,0
7,0
8,0
8,0
8,0
%
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
%
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,84
0,84
0,84
0,85
0,85
0,85
0,86
0,86
0,86
0,87
0,87
0,87
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
5,0
5,0
5,0
6,0
6,0
6,0
7,0
7,0
7,0
8,0
8,0
8,0
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,79
0,79
0,79
0,80
0,80
0,80
0,81
0,81
0,81
0,82
0,82
0,82
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
5,0
5,0
5,0
6,0
6,0
6,0
7,0
7,0
7,0
8,0
8,0
8,0
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,74
0,74
0,74
0,74
0,74
0,74
0,75
0,75
0,75
0,76
0,76
0,76
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
0,70
5,0
5,0
5,0
6,0
6,0
6,0
7,0
7,0
7,0
8,0
8,0
8,0
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
0,7
0,9
1,1
a/c
a/ms
0,89
0,89
0,89
0,90
0,90
0,90
0,91
0,91
0,91
0,92
0,92
0,92
88
4.2.5.
89
(a)
(c)
SPINDLE
ROTAO
PASTA
BASE
(b)
(d)
Figura 4.14 Ensaios com o viscosmetro para a anlise da reologia da pasta. (a)
Equipamento utilizado nos ensaios; (b) Colocao da pasta na base do viscosmetro; (c)
Incio do ensaio; (c) Componentes do equipamento
90
Finalizando o ensaio determinou-se a tenso de escoamento e a viscosidade
das pastas, sendo que esses parmetros foram determinados atravs do software
que baseado no modelo de Bingham. Os parmetros fixos, as variveis
dependentes e as variveis independentes, para esta etapa de ensaios, foram
propostas de acordo com os resultados analisados para o comportamento das
pastas ensaiadas na etapa II e esto descritos a seguir:
4.2.5.1. Parmetros Fixos
Os parmetros fixados nessa etapa da pesquisa foram:
Aditivo Superplastificante (SP): A porcentagem de superplastificante foi fixada em
0,5%em relao a massa de cimento.
Aditivo Promotor de Viscosidade (VMA): A porcentagem utilizada para essa etapa
de ensaios foi de 0,9% em relao ao cimento.
4.2.5.2. Variveis Independentes ou de Controle
As variveis independentes consideradas para essa etapa dos estudos so:
Relao gua materiais secos (a/ms): A relao a/ms para essa etapa de ensaios
foi considerada de 0,80 e 0,75.
Slica Ativa: A substituio de porcentagens de cimentos pela slica ativa teve
resultados positivos demonstrados na etapa II. Por esse motivo foi proposto ensaio
com o viscosmetro para as quatro porcentagens de substituio de slica, sendo
elas: 5%, 6%, 7% e 8%.
4.2.5.3. Variveis Dependentes ou de Resposta
As variveis dependentes so:
Viscosidade relativa: Determinada atravs do viscosmetro segundo a ASTM D
2196/99.
91
a/ms
5%
0,75
5%
0,80
6%
0,70
6%
0,80
7%
0,70
7%
0,80
8%
0,70
8%
0,80
92
CAPTULO 5 APRESENTAO DE ANLISE E RESULTADOS
CAPTULO 5
APRESENTAO E ANLISES DE RESULTADOS
93
Para o incio dos estudos de dosagem foram estudadas as propores de
materiais que serviriam de base para os estudos posteriores. Os aditivos SP e o
VMA foram os constituintes que obtiveram variaes nessa etapa da pesquisa,
sendo que o SP foi ensaiado com teores de 0,5%, 0,8% e 1,0% (Fabricante
recomenda de 0,5% a 1,0%), em relao ao teor de cimento. J o aditivo VMA foi
dosado com porcentagens de 0,2%, 0,4% e 0,6% (Fabricante recomenda 0,2% a
0,65%). O teor de 0,8% de VMA, tambm includo nessa etapa dos estudos,
ultrapassou o limite indicado pelo fabricante, pois nessa etapa dos testes j foi
detectada a falta de teores mais altos do VMA, por isso a incluso da porcentagem
de 0,8%.
A porcentagem de slica que substituiu o cimento foi fixada em 5%
(Fabricante recomenda de 5% a 8%) e a relao a/c foi igual a 1,0 e 0,70.
A quantidade de pasta misturada na argamassadeira foi de no mnimo 1 kg,
sendo essa uma quantidade de material adequada, no que se refere ao
preenchimento da cuba da argamassadeira que possibilite uma a mistura
homognea do material.
5.1.1.
0,5% de SP e variaes para a relao a/c (1,0 e 0,70), VMA (0,2%, 0,4%, 0,6% e
0,8%). J a slica ativa fixada em 5%.
O tempo medido para cada formulao dos ensaios com o cilindro
espanhol, no foi apresentado devido falta de coerncia nos dados obtidos. Uma
das causas mais provveis dessa disperso de valores com relao ao tempo pode
ser a dificuldade do operador na utilizao do cronmetro para frao curtas de
tempo. Sugere-se que nas prximas pesquisas, com a utilizao do cilindro
espanhol, seja utilizada uma cmara de filmagem para que seja possvel a retirada
de dados no que se refere ao tempo de escoamento.
94
FORMULAO
a/ms
ANLISE VISUAL
CP
ARI
RS
SLICA
ATIVA
(5%)
GUA
(g)
(g)
(g)
(g)
(g)
D1
D2
Mdia
(s)
SP
VMA
ESPALHAMENTO
(cm)
TEMPO
BORDA
SEPARAO
DE
MATERIAL
SS
CS
1-
0,95
500
25
500
2,5
0,5
1,0
0,2
32
35
33,5
17:34
2-
0,95
500
25
500
2,5
0,5
2,0
0,4
33
32
32,5
17:72
3-
0,95
500
25
500
2,5
0,5
3,0
0,6
33
32
32,5
17:80
4-
0,95
500
25
500
2,5
0,5
4,0
0,8
32
32
32,0
17:34
5-
0,67
500
25
350
2,5
0,5
1,0
0,2
29
33
31,0
17:72
6-
0,67
500
25
350
2,5
0,5
2,0
0,4
27
30
28,5
17:37
7-
0,67
500
25
350
2,5
0,5
3,0
0,6
26
24
25,0
17:68
8-
0,67
500
25
350
2,5
0,5
4,0
0,8
26
24
25,0
16:92
Pasta Ideal
95
PASTA COM
ELEVADA
FLUIDEZ
(a)
BORDA
DESUNIFORME
PASTA COM
BORDA
UNIFORME E
SEM
SEGREGAO
(b)
(c)
Figura 5.1 Visualizao das pastas nos ensaios preliminares com o cilindro espanhol.
Formulao 1 (a); formulao 5 (b); formulao 8 (c)
96
5.1.2.
para teor de SP de 0,8% e as mesmas variaes das relaes a/ms (0,95 e 0,67) e
VMA (0,2%, 0,4%, 0,6% e 0,8%) e 5% de slica ativa.
FORMULAO
a/ms
CP
ARI
RS
ANLISE VISUAL
SLICA
ATIVA GUA
(5%)
SP
ESPALHAMENTO
(cm)
VMA
TEMPO
BORDA
(g)
(g)
(g)
(g)
(g)
d1
d2
Mdia
(s)
SEPARAO
DE
MATERIAL
SS
CS
9-
0,95
500
25
500
2,5
0,8
1,0
0,2
34
39
36,5
15:47
10-
0,95
500
25
500
2,5
0,8
2,0
0,4
35
38
36,5
15:58
11-
0,95
500
25
500
2,5
0,8
3,0
0,6
35
37
36,0
15:68
12-
0,95
500
25
500
2,5
0,8
4,0
0,8
36
36
36,0
17:34
13-
0,67
500
25
350
2,5
0,8
1,0
0,2
40
32
36,0
17:03
14-
0,67
500
25
350
2,5
0,8
2,0
0,4
36
35
35,5
16:88
15-
0,67
500
25
350
2,5
0,8
3,0
0,6
37
32
34,5
17:44
16-
0,67
500
25
350
2,5
0,8
4,0
0,8
29
35
32,0
17:82
97
PASTA COM
ELEVADA
FLUIDEZ
PASTA COM
BORDA
DESUNFORME
COM
SEGREGAO
(a)
(b)
Figura 5.2 Visualizao das pastas nos ensaios preliminares com o cilindro espanhol.
Formulao 10 (a); formulao 14 (b)
grupo
de
formulaes
no
obteve
diferenas
significativas.
Esse
98
Figura 5.3 Grfico comparativo entre os trs teores de SP para relao a/ms 0,95 que
relaciona espalhamento versus teor de aditivo VMA
Figura 5.4 Grfico comparativo entre os trs teores de SP para relao a/ms 0,67 que
relaciona espalhamento versus teor de aditivo VMA
5.2.
99
se chegar o mais prximo possvel da pasta ideal, considerando exclusivamente os
materiais da pesquisa e os critrios de anlise visual estabelecidos.
O aditivo SP foi fixado em 0,5% em relao ao cimento, j que houve uma
ineficincia nos resultados com teores acima do pr-estabelecido no que se refere
ao comportamento da pasta.
O aditivo VMA foi fixado em trs teores: 0,7%, 0,9% e 1,1% para essa etapa
de anlise da pasta auto-nivelante. Esses valores foram escolhidos por
conseqncia dos estudos preliminares, Ao contrrio da etapa I, que o teor de slica
ativa em substituio ao cimento foi somente de 5%, nessa etapa de pesquisa
utilizou-se tambm alm dos 5% mais tambm 6%, 7% e 8%. Essa extenso nos
teores da slica ativa ocorreu devido ao seu timo desempenho na etapa I e pela
necessidade de questionar esse se esse desempenho seria melhor ainda ao
adicionarmos mais slica em substituio ao cimento.
Foram executadas trs repeties para cada formulao, sendo que os
resultados obtidos do ensaio com o cilindro espanhol foram referentes ao
espalhamento (em centmetros) e anlise visual das bordas e a presena ou no de
segregao.
Fazendo uma anlise geral da Tabela 5.3 as linhas em verde representam
as pastas consideradas ideais dentro dos parmetros estabelecidos nessa pesquisa,
ou seja, pasta sem segregao, com bordas uniformes e abertura de espalhamento
que tiveram com valores entre 25 e 35 cm.
100
Tabela 5.3 - Resultados do espalhamento e da anlise visual das pastas formuladas na
etapa II da pesquisa
1,1%
0,9%
0,7%
VMA
FOR
252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566676869707172-
a/ms
0,85
0,85
0,85
0,85
0,80
0,80
0,80
0,80
0,75
0,75
0,75
0,75
0,70
0,70
0,70
0,70
0,85
0,85
0,85
0,85
0,80
0,80
0,80
0,80
0,75
0,75
0,75
0,75
0,70
0,70
0,70
0,70
0,85
0,85
0,85
0,85
0,80
0,80
0,80
0,80
0,75
0,75
0,75
0,75
0,70
0,70
0,70
0,70
CP V
ARI
RS
SLICA
ATIVA
ANLISE VISUAL
GUA
SP
VMA
ESP.
BORDA
(g)
(g)
(g)
(g)
(g)
MDIA
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
475
470
465
460
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
25
30
35
40
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
5,0
6,0
7,0
8,0
425
425
425
425
400
400
400
400
375
375
375
375
350
350
350
350
425
425
425
425
400
400
400
400
375
375
375
375
350
350
350
350
425
425
425
425
400
400
400
400
375
375
375
375
350
350
350
350
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
3,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
4,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
5,5
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,7
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
1,1
31,8
30,0
29,3
28,3
28,8
28,0
28,0
28,0
28,5
27,3
27,0
26,3
28,5
26,8
25,8
25,0
31,5
29,2
28,3
27,3
28,8
28,3
28,0
26,7
28,2
26,3
25,5
25,3
28,0
26,2
25,5
25,3
30,7
28,8
28,2
26,2
28,3
28,2
27,3
26,5
27,3
26,0
25,0
24,3
27,0
25,2
24,7
24,3
D
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
SEPARAO
DE
MATERIAIS
SS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
CS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Legenda: FOR = Formulao; U= Borda Uniforme; D= Borda Desuniforme; SS= sem segregao;
CS= com segregao;
Pasta Ideal
101
5.2.1.
102
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 5.5 Grfico referente ao espalhamento versus VMA. Relao a/ms 0,70 (a);
Relao a/ms 0,75 (b); Relao a/ms 0,80 (c); Relao a/ms 0,85 (d)
103
Para a famlia de ensaios com VMA de 0,9%, obtiveram-se resultados mais
significativos em comparao com o teor de 0,7%. No caso das pastas 43 (a/ms
0,85; SA 7%) e 44 (a/ms 0,85; SA 8%) mesmo com um teor elevado de slica ativa o
comportamento das pastas ainda resultou em bordas desuniformes, porm j sem
segregao. Para o restante das pastas analisadas a maioria foi apontada com
bordas uniformes e sem segregao, exceto as pastas 45 (a/ms 0,80; SA 7%) e 46
(a/ms 0,80; SA 6%) que tiveram comportamento diferenciado. Essa variao de
comportamento pode ter sido causada por problemas de mo de obra do ensaio,
variaes de caractersticas dos materiais utilizados (apesar de serem do mesmo
lote), condies ambientais do laboratrio (no controladas) e outras.
Nos ensaios para o teor de 1,1%, a maioria das pastas se comportou com
bordas uniformes e sem segregao, porm acredita-se que este teor de aditivo para
a pasta possa dificultar a obteno de fluidez adequada para a argamassa autonivelante (considerando 0,5% de SP). Esta suposio se baseia nos dimetros de
espalhamento apresentados pelas pastas com 1,1% de VMA, os menores atingidos
em todo o experimento. Teores elevados de VMA causam alm de coeso
excessiva, problemas como retardamento de pega, alterao no desenvolvimento da
resistncia nas primeiras idades e aumento de retrao por secagem.
A Figura 5.6 apresenta o comportamento de trs pastas aps o escoamento
no cilindro espanhol com o objetivo de mostrar visualmente a evoluo do
comportamento dessas pastas at a chegada na pasta ideal. A formulao 41 (a/ms
0,85; SA 5%), teve como resultado uma pasta com borda desuniforme com
segregao, j a formulao 44 (a/ms 0,85 SA 8%) foi considerada ainda com borda
desuniforme, porm sem segregao. A formulao 49 (a/ms 0,75; SA 5%) j foi
considerada pasta ideal, mesmo para uma porcentagem de 5% de SA, porm nesse
caso ela foi dosada com a/ms de 0,75.
104
BORDA
DESUNIFORME
APRESENTANDO
SEGREGAO
BORDA
DESUNIFORME,
PORM SEM
SEGREGAO
(b)
(a)
BORDA UNIFORME
(QUASE UM
FORMATO
CIRCULAR) SEM
SEGREGAO
(c)
Figura 5.6 Visualizao das pastas aps o escoamento com VMA 0,9%. Formulao 41
(a); formulao 44 (b); formulao 49 (c)
105
5.2.2.
ativa para as quatro relaes a/ms e os trs teores de VMA. A partir desses grficos
possvel observar a diferena significativa entre os espalhamentos das misturas
com 5% de slica ativa e 8% de slica ativa.
(a)
(b)
106
(c)
(d)
Figura 5.7 Relao verificada entre o espalhamento versus a/ms. Slica ativa 5% (a); slica
ativa 6% (b); slica ativa 7% (c); slica ativa 8% (d)
107
pasta ideal, logo no apenas o espalhamento ser avaliado mais tambm a anlise
visual da pasta escoada (bordas e ocorrncia de segregao).
A slica ativa, por se tratar de um material com rea especifica menor do
que os demais constituintes, logo, com um nmero maior de partculas na mistura
acabam preenchendo os espaos vazios com maior eficincia, facilitando a
hidratao com a gua e a reao com os aditivos em questo. Esse fenmeno faz
com que a mistura possua uma maior viscosidade, resultando na diminuio do
dimetro de espalhamento da pasta escoada a cada aumento de teor de slica ativa.
Esse efeito da slica ativa nas pastas pode ser observado nos grficos da Figura 5.8.
Na anlise visual feita com a pasta escoada, a slica ativa obteve resultados
satisfatrios com o aumento gradativo de sua porcentagem na mistura em
substituio ao cimento. Somente para a relao a/ms 0,85 que a slica ativa no
conseguiu fazer com que a pasta se tornasse ideal, nem mesmo para o teor mais
alto dela em substituio ao cimento (8%).
Para se analisar a influncia da relao a/ms a Figura 5.8 indica quatro
pastas com mesma formulao (SA 7%; VMA 0,9%), exceto a relao a/ms que foi
aumentando conforme indicado nas setas das figuras. As figuras mostram a
ineficincia da relao a/ms de 0,85, mesmo com o teor de 7% de slica ativa. O
mesmo fenmeno ocorreu para os demais teores de slica ativa (5%, 6% e 8%).
Figura 5.8 Impacto do comportamento das pastas com o aumento da relao a/ms.
Formulao 55 (a); formulao 51 (b); formulao 47 (c); formulao 43 (d)
108
5.2.3.
Argamassa Auto-Nivelante
As pastas ideais identificadas nessa pesquisa foram apresentadas sob os
diversos teores de adies, aditivos, cimento e relao a/ms, porm alguns desses
teores foram identificados como mais adequados para a pasta destinada
argamassa auto-nivelante. O tipo do material empregado tambm um fator de
grande importncia, j que se alterarmos algum desses componentes os resultados
podem ter variaes.
Para as adies do aditivo VMA percebeu-se que o teor de 0,9% foi o mais
indicado, visto que teores abaixo (0,7%) no apresentaram comportamento
adequado para garantir resistncia segregao, e fluidez na mistura. Em
contrapartida a adio de 1,1% do aditivo VMA causou uma coeso excessiva na
mistura, o que tambm no o indicado, j que uma das principais propriedades da
pasta estudada sua elevada fluidez sem a perda de estabilidade.
A slica ativa foi o constituinte que mais influenciou no espalhamento da
mistura. O aumento do teor de slica ativa determinou a reduo do espalhamento
da mistura, mais at do que o prprio aditivo VMA.
A partir da anlise visual foi possvel analisar que o aditivo VMA foi o
constituinte que teve maior influncia sobre a segregao e o tipo de borda das
misturas. Apesar disso a slica ativa e a relao a/ms tambm mostraram certa
influncia sobre esses parmetros visuais para a pasta ideal. Uma anlise
microscpica das pastas no estado fresco poderia auxiliar na mensurao do
impacto desses constituintes na segregao e na formao de borda. Essa
avaliao no foi escopo desse trabalho e sugere-se a sua execuo para trabalhos
futuros.
Para confirmar a afirmao de que a slica ativa teve um maior desempenho
com relao ao aditivo VMA, foram desenvolvidos novos ensaios com o cilindro
espanhol, de grande valia na demonstrao da influncia mais significativa da slica
ativa.
Os
valores
fixos,
variveis
dependentes
ou
independentes
esto
109
Parmetros Fixos:
Aditivo SP: 0,5%;
Variveis Independentes
Relao a/ms: 0,80 e 0,75;
Slica Ativa: 10%, 12% e 15% (teores muito acima do recomendado pelo
fabricante);
Aditivo VMA: 0,0%, 1,3% e 3%;
Variveis Dependentes:
Espalhamento: Resultados em cm;
Anlise Visual: Borda Uniforme ou Desuniforme;
Anlise Visual: Com ou sem segregao.
A Tabela 5.4 demonstra os resultados de espalhamento e anlise visual para
a nova dosagem de parmetros:
Tabela 5.4 - Resultados do espalhamento e da anlise visual das pastas formuladas na
etapa II da pesquisa
FOR
73747576777879808182-
a/ms
0,80
0,80
0,80
0,75
0,75
0,75
0,80
0,75
0,80
0,75
CP V
ARI
RS
SLICA
ATIVA
ANLISE VISUAL
GUA
SP
VMA
ESP.
BORDA
(g)
(g)
(g)
(g)
(g)
MDIA
500
490
475
500
490
475
500
500
500
500
50
60
75
50
60
75
0,0
0,0
0,0
0,0
10
12
15
10
12
15
0
0
0
0
440
440
440
412,5
412,5
412,5
400
375
400
375
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
8,0
8,0
15,0
15,0
0
0
0
0
0
0
1,6
1,6
3,0
3,0
29,5
28,0
24,7
26,5
26,0
23,0
31,5
32,5
32,5
33,0
X
X
X
X
X
X
SEPARAO
DE
MATERIAIS
SS
CS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Legenda: FOR = Formulao; U= Borda Uniforme; D= Borda Desuniforme; SS= sem segregao;
CS= com segregao;
Pasta Ideal
110
viscosidade muito maior do que a viscosidade ideal para pastas auto-nivelante
(espalhamento inferior a 25cm).
J com relao incluso do aditivo VMA nem o acrscimo dele foi
necessrio para se conseguir altas viscosidades. Como j foram explanados no
referencial bibliogrfico dessa pesquisa, os aditivos no tm total eficincia com
teores muito acima do pr-estabelecido, ou seja, h um limite para que sua ao
seja eficaz. Porm nem mesmo os limites de ao do aditivo VMA superaram a
maior influncia da slica ativa para a pasta auto-nivelante, para esse caso
especfico, podendo em pesquisas futuras novamente serem testados.
5.3. ETAPA III: ENSAIOS COM O VISCOSMETRO
Para os ensaios com o viscosmetro foram selecionados as pastas que
apresentaram melhor desempenho nos itens referente ao dimetro do espalhamento
(entre 25 e 35 cm), anlise visual quanto forma da borda da pasta escoada
(uniforme) e anlise visual quanto a separao dos materiais (com ou sem
segregao) que resulta na pasta ideal conforme j demonstrada.
As pastas eleitas para o ensaio com o viscosmetro, foram as que obtiveram
um maior nmero de formulaes ideais. So elas: a/ms 0,80 e 0,75 e o VMA de
0,9%. J com relao aos teores de slica ativa foram realizados ensaios para os
quatro teores (5%, 6%, 7% e 8%), justificado pela eficincia nos ensaios com o
cilindro espanhol quando se refere a viscosidade das pastas com seu acrscimo.
Para os ensaios obtidos atravs do viscosmetro foram relacionados os
parmetros reolgicos como a viscosidade () versus taxa de cisalhamento (),
representado pelas curvas em cor de rosa, e a tenso de cisalhamento () versus
taxa de cisalhamento () representado pelas curvas em laranja. A taxa de
cisalhamento, como j foi mencionada varia de 1 a 50s-1.
De acordo com os grficos das Figuras 5.9 e 5.10, todas as com as
formulaes j demonstradas tiveram um comportamento pseudoplsticos, ou seja,
um decrscimo da viscosidade com o acrscimo da taxa de cisalhamento. A tenso
de escoamento representa o ponto limite onde o material trabalha no regime
elstico.
111
Tenso de
Escoamento
Comportamento
Pseudoplstico
Figura 5.9 Grfico referente aos resultado do viscosmetro quanto a viscosidade versus
taxa de cisalhamento e tenso de cisalhamento versus taxa de cisalhamento para uma
formulao de SA 5% e a/ms 0,8
(a)
112
(b)
(c)
113
(d)
(e)
114
(f)
(g)
Figura 5.10 Grfico referente aos resultado do viscosmetro quanto a viscosidade versus
taxa de cisalhamento e tenso de cisalhamento versus taxa de cisalhamento. Formulao
SA 5% e a/ms 0,75(a); formulao SA 6% e a/ms 0,80 (b); formulao SA 6% e a/ms 0,75
(c); formulao SA 7% e a/ms 0,80 (d); formulao SA 7% e a/ms 0,75 (e); formulao SA
8% e a/ms 0,80 (f); formulao SA 8% e a/ms 0,75 (g)
115
116
CAPTULO 6
CONCLUSES
117
A partir dos teores de aditivos ajustados na etapa preliminar, foram
observados resultados satisfatrios com o aumento do teor de VMA, principalmente
nas formulaes com teor de 0,9% (VMA) nas quais o comportamento resultou em
pastas ideais, ou seja, fluida e sem segregao. O cuidado que deve ser tomado
com uma quantidade excessiva desse aditivo, por exemplo, observado com o teor de
1,1%, j que nesse caso houve uma perda de fluidez da mistura, dificultando
formulaes que resultassem em pastas ideais. Cabe destacar que nesta etapa
preliminar de ensaios foi verificado que o teor mais indicado de SP deveria ser 0,5%,
frente ao comportamento das pastas formuladas com os materiais da pesquisa.
O experimento indicou tambm a influncia da adio de slica ativa na
fluidez da pasta (o aumento do teor de slica reduziu a fluidez), considerando-se a
presena de aditivo SP e VMA na mistura em vrios teores avaliados. Os resultados
de espalhamento das pastas estudadas mostraram que o aumento do teor de slica
indicou uma reduo do espalhamento da pasta, resultando tambm em pouca
segregao. J nos ensaios com o viscosmetro esse fenmeno tambm se repetiu,
ou seja, as pastas mais viscosas foram quelas formuladas com maior teor de slica
ativa em substituio ao cimento.
Foi observado nos resultados apresentados referente ao acrscimo de
teores de slica ativa em substituio ao cimento, que o dimetro de espalhamento
da
pasta
escoada
apresentou
resultados
consideravelmente
menores
em
comparao aos teores de VMA acrescidos nas misturas. Essa anlise detectada
sugere para trabalhos futuros, uma anlise do comportamento da pasta sem o
acrscimo de VMA, analisando o que a retirada do aditivo VMA poder impactar nas
novas formulaes. Essa observao feita nesse trabalho se restringe ao estado
fresco, pois possvel que haja impactos diferentes nas propriedades da pasta ou
da argamassa no estado endurecido, quando da retirada do aditivo VMA e, em
contrapartida, do acrscimo do teor de slica.
O equipamento cilindro espanhol utilizado na pesquisa demonstrou eficincia
em sua utilizao. Como j foi demonstrado ele um equipamento simples, de fcil
manuseio, demonstrando os resultados de uma forma clara ao operador. Ainda h a
necessidade de estudos mais avanados sobre esse equipamento principalmente
quanto a sua eficincia em relao ao dimetro ideal presente na parte inferior do
copo, a altura mais propcia do copo ao recipiente, a quantidade adequada de
118
material para que haja uma energia suficiente no momento de queda do material,
entre outras.
Apesar do procedimento de mistura no ter sido o mesma executado nos
ensaios da pasta com o cilindro espanhol e nos ensaios com o viscosmetro, j que
este foi executado manualmente e o primeiro na argamassadeira, os resultados
referentes viscosidade versus taxa de cisalhamento e tenso de cisalhamento
versus
taxa
de
cisalhamento
demonstraram
um
comportamento
reolgico
materiais, como por exemplo, outros tipos de cimentos, aditivos com outros
compostos, e outras adies (fler calcrio, pozolana, metacaulim etc.);
A eficincia do equipamento cilindro espanhol para outras formulaes, com
diferentes teores de constituintes;
Comparao dos resultados com o cilindro espanhol com o equipamento cone de
marsh, para poder retirar parmetros entre ambos;
Estudo da argamassa auto-nivelante, no estado fresco e endurecido;
Estudo da aplicao dessa argamassa auto-nivelante no contrapiso;
Busca de novos equipamentos para avaliar a auto-adensabilidade da argamassa
auto-nivelante.
119
CP V
a/c
ARI
RS
SA
(5%)
GUA
SP
ESPALHAMENTO
VMA
(cm)
SEPARAO
TEMPO
BORDAS
DE
MATERIAIS
d1
d2
Mdia
seg.
1,0
500
25
500
2,5
0,5
1,0
0,2
32
35
33,5
00:00:17:34
1,0
500
25
500
2,5
0,5
2,0
0,4
33
32
32,5
00:00:17:72
1,0
500
25
500
2,5
0,5
3,0
0,6
33
32
32,5
00:00:17:80
1,0
500
25
500
2,5
0,5
4,0
0,8
32
32
32,0
00:00:17:34
0,7
500
25
350
2,5
0,5
1,0
0,2
29
33
31,0
00:00:17:72
0,7
500
25
350
2,5
0,5
2,0
0,4
27
30
28,5
00:00:17:37
0,7
500
25
350
2,5
0,5
3,0
0,6
26
24
25,0
00:00:17:68
0,7
500
25
350
2,5
0,5
4,0
0,8
26
24
25,0
00:00:16:92
1,0
500
25
500
4,0
0,8
1,0
0,2
34
39
36,5
00:00:15:47
1,0
500
25
500
4,0
0,8
2,0
0,4
35
38
36,5
00:00:15:58
1,0
500
25
500
4,0
0,8
3,0
0,6
35
37
36,0
00:00:15:68
1,0
500
25
500
4,0
0,8
4,0
0,8
36
36
36,0
00:00:17:34
0,7
500
25
350
4,0
0,8
1,0
0,2
40
32
36,0
00:00:17:03
0,7
500
25
350
4,0
0,8
2,0
0,4
36
35
35,5
00:00:16:88
0,7
500
25
350
4,0
0,8
3,0
0,6
37
32
34,5
00:00:17:44
0,7
500
25
350
4,0
0,8
4,0
0,8
29
35
32,0
00:00:17:82
1,0
500
25
500
5,0
1,0
1,0
0,2
34
40
37,0
00:00:15:37
1,0
500
25
500
5,0
1,0
2,0
0,4
40
33
36,5
00:00:15:19
1,0
500
25
500
5,0
1,0
3,0
0,6
40
33
36,5
00:00:15:29
1,0
500
25
500
5,0
1,0
4,0
0,8
36
36
36,0
00:00:17:34
0,7
500
25
350
5,0
1,0
1,0
0,2
40
34
37,0
00:00:17:00
0,7
500
25
350
5,0
1,0
2,0
0,4
34
35
34,5
00:00:16:89
0,7
500
25
350
5,0
1,0
3,0
0,6
36
30
33,0
00:00:16:34
0,7
500
25
350
5,0
1,0
4,0
0,8
36
30
33,0
00:00:16:95
SS
CS
120
Anexo 2 Resultados dos ensaios com o cilindro espanhol
a/ms
ARI
SA
GUA
SP
VMA
RS
ESP 1
(cm)
TEMPO (1)
ESP 2
(cm)
TEMPO (2)
ESP 3
(cm)
SEPARAO
TEMPO (3)
ESP (cm)
BORDAS
DE
MATERIAIS
(g)
(g)
(g)
(g)
(g)
MDIA
MDIA
(s)
MDIA
(s)
MDIA
0,89
0,85
475
25
425
2,5
0,5
3,5
0,7
31,5
00:00:15:88
32,5
00:00:16:36
31,5
00:00:16:66
31,8
0,89
0,85
475
25
425
2,5
0,5
4,5
0,9
31,5
00:00:16:34
32,0
00:00:16:98
31,0
00:00:16:60
31,5
0,89
0,85
475
25
425
2,5
0,5
5,5
1,1
30,0
00:00:16:37
30,5
00:00:17:31
31,5
00:00:16:48
30,7
0,90
0,85
470
30
425
2,5
0,5
3,5
0,7
28,5
00:00:16:06
30,5
00:00:17:57
31,0
00:00:16:32
30,0
0,90
0,85
470
30
425
2,5
0,5
4,5
0,9
28,0
00:00:16:10
29,0
00:00:16:73
30,5
00:00:16:10
29,2
0,90
0,85
470
30
425
2,5
0,5
5,5
1,1
27,0
00:00:16:51
29,5
00:00:16:00
30,0
00:00:16:41
28,8
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[1/s]
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(Pas)
(Pas)
(Pas)
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[1/s]
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(Pas)
(Pas)
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125
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9,88
126
RESULTADO DE TENSO DE CISALHAMENTO a/ms 0,80
Relao a/ms 0,8 - Tenso de Cisalhamento
MS 5%
MS 6%
MS 7%
MS 8%
t [s]
[1/s]
(Pa)
(Pa)
(Pa)
(Pa)
12
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102
45
44,23
43,73
68,05
43,07
113
50
50,28
48,96
75,00
44,15
124
45
47,40
40,60
71,17
38,17
136
40
37,59
37,16
67,93
32,89
147
35
31,82
29,34
48,73
27,45
158
30
26,56
30,33
43,19
23,71
169
25
21,48
23,22
33,49
20,22
180
20
17,34
17,55
27,84
16,44
192
15
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14,55
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