O poema "Ó Sino da minha Aldeia" de Fernando Pessoa descreve a nostalgia do passado através da lembrança do sino da aldeia natal. O uso do presente do indicativo fragmenta o tempo em memórias saudosistas da infância. A identificação do poeta com o sujeito lírico é demonstrada através do uso da primeira pessoa e deíticos que personalizam o sentimento de distância do passado, mesmo que próximo.
O poema "Ó Sino da minha Aldeia" de Fernando Pessoa descreve a nostalgia do passado através da lembrança do sino da aldeia natal. O uso do presente do indicativo fragmenta o tempo em memórias saudosistas da infância. A identificação do poeta com o sujeito lírico é demonstrada através do uso da primeira pessoa e deíticos que personalizam o sentimento de distância do passado, mesmo que próximo.
O poema "Ó Sino da minha Aldeia" de Fernando Pessoa descreve a nostalgia do passado através da lembrança do sino da aldeia natal. O uso do presente do indicativo fragmenta o tempo em memórias saudosistas da infância. A identificação do poeta com o sujeito lírico é demonstrada através do uso da primeira pessoa e deíticos que personalizam o sentimento de distância do passado, mesmo que próximo.
O poema "Ó Sino da minha Aldeia" de Fernando Pessoa descreve a nostalgia do passado através da lembrança do sino da aldeia natal. O uso do presente do indicativo fragmenta o tempo em memórias saudosistas da infância. A identificação do poeta com o sujeito lírico é demonstrada através do uso da primeira pessoa e deíticos que personalizam o sentimento de distância do passado, mesmo que próximo.
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" Sino da minha Aldeia"
" sino da minha Aldeia" um poema de Fernando Pessoa
Ortnimo que se insere na temtica da nostalgia da infncia. O tempo neste poema encontra-se fragmentado da o uso do Presente do Indicativo, que remete para a vivncia passiva do momento, pela recordao saudosista do passado. O uso da 1 pessoa define como o poeta se identifica com o sujeito lrico, na 3 estrofe (versos 1 e 4) "Por mais que me tanjas perto/ Soas-me na alma distante." - os deticos personalizam o sentimento e demonstram essa identificao. A pontuao produz um ritmo lento, arrastado, que remete para o prolongamento do tempo passado. O sino toca dentro da alma do poeta, lembra-o de memrias de infncia, que lhe so relembradas como um bem perdido. medida que o sino toca acentua-se essa saudade dos tempos passados e, a primeira pancada tem o som de repetida, visto que soa na alma do poeta - "Que j a primeira pancada/ tem o som de repetida", 1 estrofe (versos 3 e 4). A aldeia aqui sinnimo do espao onde Pessoa nasceu e cresceu, sendo representado como uma pequena aldeia que se insere numa grande cidade, o seu espao ntimo dentro do espao que pertence a todos, fazendo assim uma metfora para a interioridade do poeta -"Cada tua badalada" (espao exterior) "Soa dentro da minha alma" (espao interior), traduz uma interao alma/tempo, que metaforicamente sugere a unio do espao exterior com o espao interior. Nas duas ltimas estrofes, o sujeito potico transmite duas ideias contraditrias: perto vs longe, atravs das antteses na 3 estrofe no verso 1 e 4: "Por mais que me tanjas perto/ Soas-me na alma distante" e na 4 estrofe no verso 3 e 4: "Sinto mais longe o passado,/ Sinto a saudade mais perto." No verso: "Quando passo, sempre errante" (3 estrofe, verso 3), o sujeito potico transmite um certo inconformismo, devido constante procura do "eu". A palavra "errante" significa, aqui, sem destino, sem futuro, sem esperana, reforando a ideia de que s na infncia encontra o conforto e o sentido para a vida. As palavras: dolente (v2), lento (v5), triste (v6), distante (v12), longe (v15), saudade e perto (v16), caracterizam o estado de esprito do sujeito potico: s, nostlgico e ansioso. Alm destas caractersticas, este poema tem uma grande componente de musicalidade devido ao uso da aliterao. exemplo disso: "Sinto mais longe o passado/ Sinto a saudade mais perto" (4 estrofe, verso 3 e 4).
Podemos assim concluir, que Fernando Pessoa condiciona a sua
vida, criando a sua prpria conceo psicolgica do tempo, tornando o presente em passado. Fernando Pessoa e Heternimos, Edies Sebenta