Eletricidade Básica
Eletricidade Básica
Eletricidade Básica
Mdulo I _________________________________________________6 70
Caro aluno
Pretendo que a disciplina de Eletricidade seja um instrumento que oferea a voc a base terica
para compreender o funcionamento dos inmeros dispositivos eltricos e eletrnicos que esto presentes em
nossas aeronaves.
Para que voc tenha um entendimento, a eletricidade esta presente a todo momento em nova vida
cotidiana e nas aeronaves isso no diferente. Hoje a maior parte dos sistemas so controlados e operados
eletricamente, sendo ainda que muitas das panes so de origem eltrica. Portanto, conhecer os fundamentos
da eletricidade um item mandatrio para aquele que almeja se tornar um tcnico de manuteno
aeronutica.
Esta disciplina est dividida em quatro mdulos nos quais iremos, paulatinamente, nos
aprofundando no conhecimento deste assunto.
Ao encerrar esta disciplina voc possuir condies de identificar os princpios e os elementos da
aerodinmica e sua influncia no desempenho das aeronaves, bem como as foras atuantes sobre uma
aeronave em voo.
Lembre-se que estarei ao seu lado, acompanhando-o, orientando-o, e estimulando seus estudos.
muito importante poder compartilhar esses contedos com voc.
Bons estudos!
Prof. Evandro
Fonte: www.morguefile.com
MDULO I
INTRODUO
Caro aluno,
No decorrer deste mdulo, voc ver que a eletricidade um dos estudos mais fascinantes
da fsica, sendo que aquele que se especializa nessa rea torna-se um profissional
diferenciado e reconhecido em nossa rea de trabalho.
Trataremos aqui dos conceitos fundamentais da eletricidade que no decorrer do curso
serviro de base para estudos mais profundos na rea de Avinica.
Portanto, ao final desta Unidade voc dever ser capaz de diferenciar as varias grandezas
eltricas, seus conceitos assim como suas unidades de medida.
Qualquer pessoa envolvida com manuteno de aeronaves est ciente do crescente uso da
eletricidade nos sistemas modernos e reconhece a importncia do mecnico compreender
os princpios da eletricidade.
O tomo
O tomo considerado a parte constitutiva bsica de toda matria. a menor partcula
possvel em que um elemento pode ser dividido conservando, ainda, suas propriedades
qumicas. Em sua forma mais simples, consiste em um ou mais eltrons, orbitando
velozmente em torno de um centro ou ncleos, tambm na maioria dos tomos.
O tomo no visvel, mesmo que colocssemos 200.000 deles lado a lado numa linha de
uma polegada, ainda assim no poderamos v-los. Apesar disso, grandes conhecimentos
sobre seu comportamento so obtidos atravs de testes e experincias.
O tomo mais simples o de hidrognio, que formado por um eltron girando em torno
de um prton, conforme mostrado na figura 8.2. Um tomo mais completo o do
oxignio (veja figura 8-3), que consiste de oito eltrons girando em duas rbitas diferentes,
em torno de um ncleo formado por oito prtons e oito nutrons.
1.845 vezes mais do que um eltrons, o peso total de um tomo determinado atravs da
quantidade de prtons e nutrons existentes no seu ncleo.
O peso do eltron no considerado. Na verdade a natureza da eletricidade no pode ser
definida claramente, porque no se tem certeza se o eltron uma carga negativa
desprovida de massa (peso) ou uma partcula de matria com carga negativa.
A eletricidade melhor compreendida pelo seu comportamento, que se baseia no papel da
carga transportada pelo tomo. Quando a carga positiva total dos prtons, no ncleo, se
equilibra com a carga total negativa dos eltrons em rbita, em torno do ncleo, diz-se que
o tomo possui carga neutra.
Se um tomo tem escassez de eltrons, ou carga negativa, ele est carregado positivamente,
e chamado de on positivo. Se ele possui um excesso de eltrons, diz-se que est
carregado negativamente, e chamado de on negativo. Segue abaixo um exemplo de carga
neutra, ion negativo e ion positivo.
Transferncia de Eltrons
Em condio de carga neutra, um tomo tem um eltron para cada prton existente no
ncleo. Deste modo, o nmero de eltrons atrelados ao tomo configuraro os vrios
elementos, variando de 1, no caso do hidrognio, at 92 para o urnio.
Os eltrons girando em torno do ncleo percorrem rbitas chamadas camadas. Cada
camada pode conter certo nmero mximo de eltrons e, se tal quantidade for excedida, os
eltrons excedentes sero obrigados a se transferirem para a camada mais alta (em relao
ao ncleo), ou mais externa. Abaixo temos uma figura que demostra o numero mximo de
eltrons por camadas na eletrosfera.
Fonte: www.sobiologia.com.br
A camada mais prxima do ncleo pode conter no mximo dois eltrons. A segunda
camada no mais do que oito eltrons; a terceira, dezoito eltrons; a quarta, trinta e dois;
etc. Entretanto, preciso observar que em alguns tomos, grandes e complexos, os eltrons
podem estar dispostos nas camadas mais externas antes que algumas camadas internas
estejam completas.
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No obstante, muitos objetos se tornam carregados com eletricidade esttica por meio de
frico. Uma substncia carregada somente pode afetar objetos prximos por contato. Isto
est ilustrado na figura 8-5.
Se uma vareta carregada positivamente toca uma barra de metal descarregada, fluiro
eltrons da barra descarregada pelo ponto de contato. Alguns eltrons passaro para a
vareta, deixando a barra metlica com deficincia de eltrons (positivamente carregada), e
tornando a vareta menos positiva do que estava ou, talvez, igualmente neutralizando sua
carga completamente.
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Um mtodo para carregar por induo uma barra metlica demonstrado na figura 8-6.
Uma vareta carregada positivamente aproximada, mas no toca fisicamente uma barra de
metal descarregada.
Os eltrons na barra metlica so atrados para a extremidade mais prxima da vareta
positiva, deixando a extremidade oposta da barra deficiente de eltrons.
Caso esta extremidade positiva seja tocada por um objeto neutro, eltrons fluiro para a
barra metlica, neutralizando sua carga. A barra metlica deixada com excesso de eltrons
em toda a sua extenso.
Campo Eletrosttico
Existe um campo de fora em torno de um corpo carregado. Esse campo um campo
eletrosttico (s vezes chamado um campo dieltrico) e representado por linhas
estendendo-se em todas as direes a partir do corpo carregado, at onde houver uma
carga oposta e com a mesma intensidade.
Para explicar a ao de um campo eletrosttico, so empregadas linhas para representar a
direo e a intensidade do campo de fora eltrico.
Conforme ilustrado na figura 8-7, a intensidade do campo indicada pela quantidade de
linhas por rea, e a direo mostrada pelas setas sobre as linhas, apontando na direo em
que uma pequena carga de teste poderia ou tenderia a mover-se, se afetada pelo campo de
fora.
Tanto uma carga de teste positiva ou negativa pode ser usada, mas tem sido arbitrariamente
consentido que uma pequena carga positiva ser sempre usada na determinao da direo
do campo.
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As linhas terminam sobre um objeto material, e sempre se estendem da carga positiva para
a carga negativa. Estas linhas so imaginrias, usadas para mostrar a direo do campo de
fora.
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Outro exemplo, mostrado na figura 8-10, refere-se carga em uma esfera oca. Apesar de a
esfera ser feita de material condutor, a carga distribuda uniformemente por toda a
superfcie externa.
A superfcie interna completamente neutra. Esse fenmeno usado para proteger os
operadores dos grandes geradores estticos VAN DE GRAAFF.
A rea de proteo para os operadores dentro da grande esfera, onde so gerados milhes
de volts.
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Essa comparao ilustra o princpio que causa o movimento dos eltrons, quando um
caminho disponvel, de um ponto onde h excesso a outro onde h escassez de eltrons.
Fluxo de Corrente
A corrente eltrica formada por eltrons em movimento. Essa corrente normalmente
referida como "corrente" ou "fluxo de corrente", no importando a quantidade de eltrons
em deslocamento.
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1.4 RESISTNCIA
A propriedade de um condutor de eletricidade que limita ou restringe o fluxo de corrente
eltrica chamada de resistncia. necessrio presso eltrica para superar essa resistncia,
que nada mais do que a fora de atrao mantendo os eltrons em suas rbitas. Os
materiais usados na fabricao de condutores, usualmente na forma de fios extrudados, so
materiais que oferecem diminuta resistncia ao fluxo de corrente.
Embora fios de qualquer medida ou valor de resistncia possam ser usados, a palavra
"condutor", normalmente, se refere a materiais que oferecem baixa resistncia ao fluxo de
corrente, e a palavra isolador nomeia materiais que oferecem alta resistncia para a corrente
eltrica. Veja abaixo um exemplo de condutor e isolador:
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
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A unidade empregada para medir resistncia chamada Ohm. O smbolo desta unidade a
letra grega MEGA ().
Nas frmulas matemticas a letra "R", refere-se a resistncia. A resistncia de um condutor,
e a voltagem aplicada a ele determinam a quantidade de ampres (corrente) fluindo atravs
desse condutor. Assim, 1 Ohm de resistncia limitar o fluxo de corrente em 1 ampre,
num condutor ao qual seja aplicada a voltagem de 1 volt.
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cobre ou alumnio que representam o caminho para o fluxo dos eltrons do lado negativo
da fonte de fora, atravs da resistncia retornando para o lado positivo.
A figura 8-16 uma representao ilustrada de um circuito prtico.
Fonte de Fora
A fonte de fora ou fora aplicada, para um circuito pode ser qualquer uma das fontes
comuns de f.e.m., como uma fonte mecnica (gerador), uma fonte qumica (bateria), uma
fonte fotoeltrica (luz) ou uma fonte trmica (calor). A figura 8-18 ilustra dois smbolos
esquemticos referentes a um gerador.
A maior parte dos componentes eltricos possui apenas um smbolo; entretanto, no caso
do gerador e de outros, mais de um smbolo foi criado para representar um mesmo
componente eltrico. Esses smbolos so muito parecidos em desenho.
A figura 8-18 ilustra que os dois smbolos para um gerador so to parecidos que a chance
para confuso mnima.
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Condutor
Outra necessidade bsica de um circuito o condutor, ou fio, interligando os diversos
componentes eltricos. sempre representado em diagramas esquemticos como uma
linha. A figura 8-24 ilustra dois smbolos diferentes usados para indicar fios (condutores)
que se cruzam mas no esto conectados.
Embora ambos os smbolos possam ser usados, o smbolo mostrado em "B" da figura 824
encontrado mais frequentemente, por ser menos provvel de ser interpretado
erroneamente.
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Resistores
O ltimo dos requisitos bsicos de componentes de um circuito completo pode ser
agrupado sob o simples ttulo de resistncia, que num circuito prtico aparece sob a forma
de qualquer dispositivo eltrico, como um motor ou uma lmpada que utilize energia
eltrica e tenha alguma funo utilitria. Por outro lado, a resistncia de um circuito pode
surgir na forma de resistores, cuja finalidade seja limitar o fluxo de corrente.
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Existe uma grande variedade de resistores. Alguns tm valor fixo em OHMS e outros so
variveis. So fabricados com fios especiais, grafite (carvo) ou membrana metlica.
Resistores revestidos de fio controlam correntes elevadas, enquanto os resistores de carvo
controlam correntes relativamente pequenas. Os resistores revestidos de fio so fabricados
com fio de resistncia enrolado em base de porcelana, com as extremidades do fio fixas em
terminais metlicos, cobrindo a resistncia com material protetor que permita dissipao de
calor (ver figura 8-30).
Fonte: eletroaquila.blogspot.com
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Fonte: sourcingmap.com.br
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Fonte: www.satellasoft.net
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Fonte: automacao-criativa.blogspot.com
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Abaixo segue um exemplo onde um painel do B727 utiliza de resistores variveis para
controlar a iluminao.
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Fonte: burgoseletronica.net
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Figura 8-46 Resistor codificado pelo sistema "Ponto e cor na ponta". 8-15
1. Se a terceira faixa dourada, os dois primeiros dgitos tm de ser multiplicados por 10%.
2. Se a terceira faixa prateada, os dois primeiros dgitos tm de ser multiplicados por 1%.
Se houver uma quarta faixa colorida, ela usada como multiplicador para percentual de
tolerncia, conforme indicado na tabela de cdigo de cores da figura 8-38.
Se no houver a quarta faixa, a tolerncia fica entendida como sendo de 20%.
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A figura 8-39 ilustra as regras para leitura do valor de um resistor marcado pelo sistema
"end-to-center band". Este resistor marcado com trs faixas coloridas, que tm precisam
ser lidas no sentido da extremidade para o centro.
Estes so os valores que sero obtidos:
No h quarta faixa de cor, logo a tolerncia entendida como sendo de 20%. 20% de
250.000 = 50.000.
Como a tolerncia mais ou menos, resistncia mxima = 250.000 + 50.000 = 300.000
ohms; resistncia mnima = 250.000 - 50.000 = 200.000 ohms.
A figura 8-40 contm um resistor com outro conjunto de cores, este cdigo de resistor
pode ser lido da seguinte forma:
A resistncia de 86.000 + 10% ohms. A resistncia mxima 94.600 OHMS, e a
resistncia mnima 77.400 ohms.
Como outro exemplo, a resistncia ou resistor na figura 8-41 960 + 5% ohms. A
resistncia mxima 1.008 ohms, e a resistncia mnima 912 ohms.
s vezes as necessidades do circuito determinam que a tolerncia precisa ser menor do que
20%. A figura 8-42 mostra um exemplo de resistor com 2% de tolerncia. O valor de
resistncia dele 2.500 + 2% ohms.
A resistncia mxima 2.550 ohms, e a resistncia mnima 2.450 ohms.
A figura 8-43 contm o exemplo de um resistor com a terceira faixa na cor preta.
O valor numrico correspondente cor preta "zero", e a terceira faixa indica a quantidade
de zeros a adicionar aos primeiros algarismos.
Neste caso, nenhum zero deve ser adicionado. Ento, o valor de resistncia 10 + 1%
ohms.
A resistncia mxima e 10,1 ohms e a resistncia mnima e 9,9 ohms.
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Existem duas excees para a regra que estabelece a terceira cor, como indicativa da
quantidade de zeros, a agregarem-se aos dois primeiros algarismos.
A primeira destas excees ilustrada na figura 8-44.
Quando a terceira faixa dourada, ela indica que os dois primeiros dgitos tm que ser
multiplicados por 10%. O valor deste resistor :
10 x 0,10 + 2% = 1 + 0,02 ohms
Quando a terceira faixa prateada, como o caso na figura 8-45, os dois primeiros dgitos
precisam ser multiplicados por 1%. O valor do resistor 0,45 + 10% ohms.
Sistema "body-end-dot"
Hoje, este sistema raramente utilizado. Em poucos exemplos poder ser explanado. A
localizao das cores tem o seguinte significado:
Cor do corpo
Se apenas uma extremidade do resistor colorida, isto indica o segundo dgito do valor do
resistor, e a tolerncia ser de 20%.
Os outros dois valores de tolerncia so dourado (5%) e prateado (10%).
A extremidade oposta do resistor ser colorida para indicar tolerncia diferente de 20%.
A figura 8-46 mostra um resistor codificado pelo sistema "body-end-dot". Os valores so
os seguintes:
Corpo
1 dgito
Extremidade
2 dgito
Ponto
N de zeros
0000 (4)
O valor do resistor 250.000 + 20% ohms. A tolerncia entendida como sendo de 20%,
porque um segundo ponto no utilizado.
Se a mesma cor usada mais de uma vez, o corpo, a extremidade e o ponto podem ser
todos da mesma cor, ou apenas dois desses elementos podem ter a mesma cor; mas o
cdigo de cores usado da mesma maneira. Por exemplo, um resistor de 33.000 ohms ser
inteiramente na cor laranja.
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Fonte: dw5loversdangame.wordpress.com
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Onde "I" corrente em ampres, "E" a diferena de potencial medida em volts, e "R" a
resistncia medida em ohms (designada pela letra grega mega, cujo smbolo ).
Se qualquer dupla desses trs valores for conhecida, o terceiro valor pode ser obtido por
simples transposio algbrica.
O circuito mostrado na figura 8-47 contm uma fonte de fora de 24 volts, e uma
resistncia de 30 OHMS. Se um ampermetro for inserido no circuito, conforme mostrado
na figura 8-47, a intensidade da corrente fluindo no circuito pode ser lida diretamente.
Admitindo-se que um ampermetro no esteja disponvel, a intensidade da corrente pode
ser determinada por meio da lei de Ohm, da seguinte forma:
Alguns aspectos da figura 8-47, que so tpicos de todos os circuitos eltricos apresentados
de modo esquemtico, devero ser revistos.
A presso eltrica, ou diferena de potencial aplicada ao circuito representada no esquema
pelo smbolo de bateria. O sinal negativo colocado prximo de um lado para indicar o
terminal negativo da fonte ou bateria. O lado oposto marcado com o smbolo +.
Setas so, s vezes, usadas para indicar a direo do fluxo de corrente do terminal negativo
atravs dos fios condutores e outros dispositivos do circuito, para o terminal positivo da
fonte.
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Potncia Eltrica
Juntamente com o volt, ampre e ohm, existe uma outra unidade freqentemente usada em
clculos de circuitos eltricos, a unidade de potncia eltrica. A unidade empregada para
medir potncia em circuitos de corrente contnua o watt. A potncia definida como a
razo com que um trabalho efetuado, e igual ao produto da voltagem e corrente, num
circuito de corrente contnua.
Quando a corrente em ampres (I) multiplicada pela f.e.m em volts (E), o resultado a
potncia, medida em watts (P). Isto indica que a potncia eltrica atribuda a um circuito
varia diretamente com a voltagem aplicada e a corrente fluindo no circuito. Expressa como
uma equao fica assim:
P = IE
Esta equao pode ser transposta para determinar qualquer dos trs elementos do circuito,
desde que os outros dois sejam conhecidos. Desta forma, se a potncia eltrica lida
diretamente em um wattmetro e a voltagem medida com um voltmetro, a intensidade da
corrente (I) fluindo no circuito pode ser determinada pela transposio da equao bsica
para
Similarmente, a voltagem (E) pode ser encontrada pela transposio da frmula bsica para
E = P/I. Como alguns dos valores usados para determinar a potncia distribuda em um
circuito so os mesmos usados na lei de Ohm, possvel substituir os valores da lei de
Ohm por valores equivalentes na frmula de potncia eltrica. Na lei de Ohm, I = E/R. Se
o valor E/R substitudo por I, na frmula de potncia, fica
Esta equao, P = E /R, ilustra que a potncia eltrica em watts, distribuda por um
circuito, varia diretamente com o quadrado da voltagem aplicada, e inversamente com a
resistncia do circuito.
O watt nomenclatura proveniente de James Watt, o inventor do motor a vapor.
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Watt concebeu uma experincia para medir a fora de um cavalo, com o propsito de
encontrar um meio de medir a potncia de seu motor a vapor. Um cavalo-vapor
necessrio para mover 33.000 libras, num espao de 1 p, em 1 minuto.
Como potncia a razo de trabalho realizado, equivalente ao trabalho dividido pelo
tempo. Da a frmula:
A potncia eltrica pode ser avaliada de maneira similar. Por exemplo, um motor eltrico
especificado como sendo de 1 Hp, corresponde a 746 watts de energia eltrica. Entretanto,
o watt uma unidade de fora relativamente pequena.
O kilowatt, que mais comum, igual a 1000 watts.
Na medio de quantidade de energia eltrica consumida usado o kilowatt/hora.
Por exemplo, se uma lmpada de 100 watts consome energia por 20 horas, ela usou 2.000
watts/hora, ou 2 kilowatts/hora de energia eltrica.
A potncia eltrica, que perdida na forma de calor quando a corrente flui atravs de
algum dispositivo eltrico, frequentemente chamada de potncia dissipada (perdida).
Tal calor normalmente dissipado no ar, ao redor, e no tem nenhuma utilidade, exceto
quando usado para aquecimento.
Como todos os condutores possuem alguma resistncia, os circuitos so projetados para
reduzir essas perdas.
Com referncia, de novo, frmula bsica de potncia eltrica, P = I x E, possvel
substituir os valores da lei de Ohm por "E", na frmula de potncia, para obter a
formulao que reflete diretamente as perdas de potncia em uma resistncia.
P = I x E; E = I x R
Substituindo o valor da lei de Ohm por "E" ( I x E), na frmula de potncia,
P=IxIxR
Simplificando, teremos:
Desta equao, pode ser visto que a potncia em watts num circuito varia de acordo com o
quadrado da corrente (I), e diretamente com a resistncia do circuito ().
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Finalmente, a potncia distribuda por um circuito pode ser expressa como uma juno de
corrente e resistncia, por transposio da equao de potncia P = I R, logo,
e, extraindo a raiz quadrada na equao O smbolo para chave aberta mostrado em "A"
da figura 8-27, e em "B" simboliza a chave fechada, fazendo parte de um circuito existem
inmeros tipos diferentes de chaves, mas estes smbolos podem representar todas, exceto
as mais complexas.
Assim, a corrente relativa a 500 watts, com carga (resistncia) de 100 ohms a seguinte:
Figura 8-53 Resumo das equaes bsicas usando volts, ampres, Ohms e watts.
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Com todos os cinco componentes no circuito, este apareceria conforme mostrado na figura
8-55, que um circuito em srie de corrente contnua.
Com o interruptor fechado para completar o circuito, todos os trs ampermetros indicaro
a mesma intensidade de corrente. Esta uma importante caracterstica de todos os circuitos
em srie: no importa quantos componentes sejam includos no circuito em srie, a
corrente ser a mesma em qualquer ponto do circuito. Embora seja verdade que um
aumento na quantidade de componentes de um circuito aumentar a resistncia para o
fluxo de corrente, ainda assim, o valor da corrente fluindo pelo circuito ser o mesmo em
todos os pontos.
Na figura 8-56, a corrente atravs do resistor R chamada de I e a corrente atravs de
resistor R chamada de I . Se a corrente total no circuito
o fluxo de corrente :
, a frmula demonstrando
= I = I
Sem indicar a quantidade de corrente fluindo, ser sempre verdadeiro que a corrente,
atravs de qualquer resistor, ser a mesma que fluir atravs de qualquer dos outros
resistores.
A figura 8-57 um circuito em srie contendo duas resistncias. Para determinar a
quantidade de fluxo de corrente neste circuito necessrio saber o valor da resistncia ou
oposio ao fluxo. Assim, a segunda caracterstica dos circuitos em srie : a resistncia
total num circuito em srie a soma de cada uma das resistncias do circuito. Mostrada
como frmula, fica:
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Tambm verdadeiro que h certa resistncia interna na prpria bateria, bem como, no
fusvel e na chave (interruptor). Estes pequenos valores de resistncia no sero
considerados na determinao dos valores de fluxo de corrente num circuito.
A frmula da lei de ohm para encontrar a corrente I = E/R. Sendo a voltagem da bateria
de 30 volts e a resistncia total do circuito 15 ohms, a equao fica:
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Se a voltagem reduzida para a metade do seu valor original, com resistncia constante, a
corrente diminuir para a metade do seu valor original.
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Havendo duas resistncias no circuito, haver duas diferentes quedas de voltagem, que
sero a perda na presso eltrica empregada para forar os eltrons atravs das resistncias.
A quantidade de presso eltrica necessria para forar um dado nmero de eltrons
atravs de resistncia proporcional quantidade da resistncia.
Assim sendo, a queda da voltagem cruzando R ser o dobro da observada em R, j que
R tem duas vezes o valor de resistncia de R. A queda atravs de R chamada de E, e
atravs de R E. A corrente I a mesma atravs de todo o circuito.
Usando:
Resistncia total:
Corrente total:
Quedas de voltagem:
RESUMO:
Leis de Kirchhoff
Em 1847, um fsico alemo, G.R. Kirchhoff, em consideraes sobre a lei de 0hm,
desenvolveu duas afirmaes que so conhecidas como leis de Kirchhoff, para corrente e
voltagem.
O conhecimento destas leis habilita o tcnico de aeronaves em melhor compreenso do
comportamento da eletricidade. Utilizando as leis de Kirchhoff possvel encontrar:
(1) A corrente em cada parte de um circuito com vrios segmentos, tanto a resistncia
quanto a fora eletromotriz so conhecidas em cada segmento; ou (2) a fora
eletromotriz em cada parte quando a resistncia e a corrente em cada brao so
conhecidas. Estas leis esto estabelecidas assim:
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Figura 8-61 Circuito demonstrando a Lei de Kirchhoff: (A) lei da corrente e (B) lei da
voltagem.
A figura 8-61 (A) mostra uma parte de um circuito que ilustra a lei da corrente de
Kirchhoff.
A corrente, fluindo atravs do resistor R, tem uma intensidade de quatro ampres; fluindo
atravs de resistor R, tem uma magnitude de um ampre, e est fluindo atravs da mesma
juno que a corrente atravs de R.
Usando a lei da corrente de Kirchhoff, possvel determinar quanta corrente est fluindo
atravs de R, e se est fluindo para ou da juno comum. Isto expresso na forma de
equao como:
I + I + I = 0
Substituindo os valores de corrente na equao, fica:
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A lei da corrente de Kirchhoff encontra uma aplicao mais ampla nos mais complexos
circuitos em paralelo ou srie-paralelo.
A figura 8-61 (B) um circuito de corrente contnua em srie, que est sendo usado para
demonstrar a lei da voltagem de Kirchhoff. A resistncia total a soma de R, R e R,
igual a 30 ohms. Sendo a voltagem aplicada 30 volts, a corrente fluindo no circuito de 1
ampre. Ento, as quedas de voltagem atravs de R, R e R so 5 volts, 10 volts e 15
volts, respectivamente. A soma das quedas de voltagem igual voltagem aplicada, 30
volts.
Este circuito tambm pode ser resolvido, usando-se as polaridades das voltagens e
mostrando que a soma algbrica das voltagens zero. Quando trocando o fluxo de
corrente, se o sinal (+) for encontrado primeiro, considerar as voltagens positivas; se for (-)
considerar negativas. Partindo da bateria e indo na direo do fluxo de corrente (conforme
indicado pelas setas) a seguinte equao pode ser formada:
Voltagem Total (ET)=
O ponto de incio e a polaridade, no circuito, so arbitrrios, uma questo de escolher
para cada circuito.
1.8 CIRCUITO DE CORRENTE CONTNUA EM PARALELO
Um circuito em que duas ou mais resistncias eltricas, ou cargas, so conectadas atravs da
mesma fonte de voltagem um circuito em paralelo, desde que exista mais de um caminho
para o fluxo de corrente - quanto maior a quantidade de caminhos paralelos, menor
oposio para o fluxo de eltrons da fonte se observar.
Num circuito em srie, a adio de resistncias aumenta a oposio ao fluxo de corrente.
Os requisitos mnimos para um circuito em paralelo so os seguintes:
1. uma fonte de fora.
2. condutores.
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onde
respectivamente.
A lei de Kirchhoff e a de Ohm podem ser aplicadas para achar o fluxo total de corrente no
circuito mostrado na figura 8-63.
O fluxo de corrente atravs do brao contendo a resistncia R :
ser obtidas:
Uma anlise da equao para resistncia total em um circuito em paralelo mostra que R
sempre menor do que a menor resistncia num circuito em paralelo. Assim, um resistor de
10 ohms, um de 20 ohms e um de 40 ohms conectados em paralelo tm a resistncia total
inferior a 10 ohms. Se existirem apenas dois resistores num circuito em paralelo, a frmula
recproca :
Simplificando, fica:
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RESUMO:
No prximo mdulo iremos nos aprofundar um pouco mais no estudo de circuitos mistos,
fazendo associaes de resistores e alguns clculos.
Eletricidade um tema fascinante e de fundamental importncia no exerccio da profisso
de mecnico de aeronaves.
Esperamos voc!
70
Fonte: silviaroldaomatos.blogspot.com
MDULO II
INTRODUO
Caro aluno,
No mdulo anteiror nosso olhar esteve voltado para as grandezas eltricas e suas unidades
de medida.
Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais estudando circuitos mistos e fazendo
associaes de resistores e alguns clculos; em breve a eletricidade no ir parecer to
complexa e voc poder responder com segurana qualquer questionamento sobre uma
pane eltrica tais como: Para que serve o disjuntor? O que um curto-circuito? Como
utilizar um multmetro?
Essas e outras questes sero abordadas neste mdulo
Fique atento!
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Ao final deste Mdulo, portanto, voc dever ser capaz de identificar as frmulas para
clculos bsicos, princpio de funcionamento do multmetro, ampermetro, voltmetro e
Ohmimetro, tipos de baterias e o funcionamento de reles e solenoides.
2.1 CIRCUITOS EM SRIE-PARALELO
A maior parte dos circuitos em equipamentos eltricos no so simples circuitos em srie
ou em paralelo.
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Srie: A corrente que passa nos resistores a mesma (s tem um caminho a fazer):
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A resistncia total :
A corrente total de 1 ampre flui atravs de R e divide-se no ponto "A", com parte da
corrente fluindo atravs de R e outra parte atravs de R.
Como R e R tm tamanhos iguais, obvio que a metade de corrente total, ou 0,5 amps,
fluir atravs de cada ramificao.
As quedas de voltagem no circuito so determinadas por meio da lei de Ohm:
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voltagem entre os pontos "B" e "C". Quando o brao deslizante movido para o ponto
"A", a totalidade da voltagem aplicada ao dispositivo eltrico (carga); quando o brao
movido para o ponto "C", a voltagem aplicada carga zero. O potencimetro torna
possvel a aplicao de qualquer voltagem entre zero e a voltagem total carga.
A corrente fluindo atravs do circuito da figura 8-78 deixa o terminal negativo da bateria e
se divide, uma parte fluindo atravs de um setor do potencimetro (ponto C para B) e a
outra parte atravs da carga. Ambas as partes combinam-se no ponto "B" e fluem atravs
do restante do potencimetro (ponto B para A) retornando ao terminal positivo da bateria.
Em "B" da figura 8-78 so mostrados um potencimetro e o seu smbolo esquemtico.
Na escolha da resistncia de um potencimetro preciso considerar a quantidade de
corrente demandada pela carga, bem como a que flui atravs do potencimetro
considerando todos os ajustes possveis do brao deslizante. A energia da corrente atravs
do potencimetro dissipada em forma de calor. importante manter esta corrente
dissipada to pequena quanto possvel, empregando resistncia do potencimetro to
grande quanto praticvel. Na maioria dos casos, a resistncia do potencimetro pode ser
muitas vezes superior resistncia da carga.
Reostatos e potencimetros so construdos com uma resistncia circular, sobre a qual se
move um brao corredio.
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"N", significando a ponta orientada para o polo Norte magntico, ou o polo norte do im.
Similarmente, o que ocorre com a extremidade "S". Os polos magnticos no tm a
mesma localizao dos polos geogrficos.
Figura 8-81 Uma das pontas de uma barra magntica aponta para o polo magntico.
A fora, um tanto misteriosa e completamente invisvel de um im, depende do campo
magntico que o envolve, conforme ilustrado na figura 8-82. Esse campo sempre existe
entre os polos de um im e o seu feitio ser de acordo com a forma do im.
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A teoria que explica a ao de um im considera que cada molcula constituindo uma barra
de ferro um pequeno im com ambos os polos, norte e sul, conforme ilustrado na figura
8-83.
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Tipos de Ims
Existem ims naturais e artificiais. Como os ims naturais ou magnetitas no tm uso
prtico, todos os ims considerados neste estudo so artificiais ou produzidos pelo homem.
Os ims artificiais podem, ento, ser classificados como ims permanentes que conservam
seu magnetismo muito tempo aps ser removida a fonte magnetizadora de ims
temporrios, que rapidamente perdem a maior parte do seu magnetismo quando a fora de
magnetizao removida.
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Ao duro tem sido usado ao longo do tempo para ims permanentes, mas ims at mesmo
de melhor qualidade podem agora ser obtidos de vrias ligas. Almico, uma liga de ferro,
alumnio, nquel e cobalto considerada uma das melhores. Outras com excelentes
qualidades magnticas so ligas como Remalloy e Permendur.
O velho mtodo de produzir um im esfregando um pedao de ao ou ferro com um im
natural foi substitudo por outros processos.
Um pedao de metal colocado em contato ou suficientemente perto de um im tornar-se-
magnetizado por induo, e o processo pode ser acelerado aquecendo-se o metal, e ento
colocando-o para esfriar dentro de um campo magntico.
Ims tambm podem ser produzidos, colocando-se o metal a ser magnetizado num forte
campo magntico, golpeando-o vrias vezes com um martelo. Este processo pode ser
usado para produzir ims permanentes com metais como ao duro.
A capacidade de um im absorver seu magnetismo varia enormemente conforme o tipo de
metal e conhecido como retentividade. Ims feitos de ferro-doce so facilmente
magnetizados, mas rapidamente perdem a maior parte do seu magnetismo quando a fora
externa magnetizadora removida. A pequena quantidade de magnetismo restante,
chamada de magnetismo residual, de grande importncia em aplicaes eltricas
conforme a operao de geradores.
Ims em ferradura so comumente fabricados em duas formas, conforme mostrado na
figura 8-92. O tipo mais comum feito de uma barra curvada na forma de uma ferradura,
enquanto uma variao consiste em duas barras ligadas por uma terceira, ou forquilha.
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Ims podem ser feitos com muitas formas diferentes, como bolas, cilindros ou discos. Um
tipo especial de im na forma de anel, frequentemente utilizado em instrumentos. um
elo fechado, e o nico tipo que no possui polos.
Algumas vezes, aplicaes especiais requerem que o campo de fora repouse atravs da
espessura, em vez do comprimento de uma pea de metal. Tais ims so chamados ims
chatos, e so usados como elementos de polarizao em geradores e motores.
Eletromagnetismo
Em 1819, o fsico dinamarqus, Hans Christian Oersted descobriu que a agulha de uma
bssola aproximada de um condutor sob corrente podia ser deflexionada. Quando o fluxo
de corrente parava, a agulha retornava a sua posio original.
Esta importante descoberta demonstrou a relao entre a eletricidade e o magnetismo, que
diz respeito ao eletrom e muitas das invenes em que se baseia a indstria moderna.
Fonte: mfisica.nonio.uminho.pt
Oersted descobriu que o campo magntico no tinha ligao com o condutor, no qual os
eltrons estavam fluindo, porque o condutor era feito de cobre (material no-magntico).
O campo magntico era criado pelos eltrons movendo-se atravs do fio. Como o campo
magntico acompanha uma partcula carregada, quanto maior o fluxo de corrente, maior o
campo magntico. A figura 8-93 ilustra o campo magntico em torno de um fio
conduzindo corrente.
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Figura 8-93 Campo magntico formado em torno de um condutor com fluxo de corrente.
A expanso do campo de fora proporcional intensidade da corrente, conforme
mostrado na figura 8-94. Se uma pequena corrente flui atravs do condutor, as linhas de
fora estender-se-o conforme o crculo "A". Se o fluxo de corrente aumentado, crescer
conforme o crculo "B", e um aumento adicional da corrente implicar em expanso,
conforme o crculo "C".
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Conforme a linha de fora original ( crculo) se expande do crculo "A" para o "B", uma
nova linha de fora aparecer para o crculo "A". Conforme o fluxo de corrente aumenta, o
nmero de crculos de fora aumenta, expandindo os crculos externos mais longe da
superfcie do condutor conduzindo corrente.
Se o fluxo de corrente de corrente contnua estvel, sem variao, o campo magntico
permanece estacionrio. Quando a corrente cessa, o campo magntico acaba, e o
magnetismo em torno do condutor desaparece.
Uma agulha de bssola usada para demonstrar a direo do campo magntico ao redor
do condutor onde flui corrente. A letra "A" da figura 8-95 mostra uma agulha de bssola
em ngulos alinhados com o condutor. Se no houvesse corrente fluindo, o norte indicado
pela agulha seria o polo norte magntico da terra.
Quando a corrente flui, a agulha se alinha um ngulos retos com o raio delineado no
condutor. Como a agulha da bssola um pequeno im, com linhas de fora estendendo-se
de sul para o norte dentro do metal, ela ir se virar na direo dessas linhas de fora que
envolvem o condutor.
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A intensidade do campo magntico de um eletrom pode ser aumentada, tanto pelo fluxo
de corrente, quanto pelas voltas de fio. Dobrando o fluxo de corrente, dobra-se,
aproximadamente, a intensidade do campo magntico.
De modo similar, dobrando-se o nmero de voltas de fio, dobra-se a fora do campo
magntico. Finalmente, o tipo de metal do ncleo tambm influi na intensidade do campo
do eletrom.
Uma barra de ferro-doce atrada por ambos os polos de um im permanente e, da mesma
forma, atrada por uma bobina conduzindo corrente.
Conforme mostrado na figura 8-103, as linhas de fora estendem-se atravs do ferro doce,
magnetizando-o por induo, puxando a barra de ferro na direo da bobina.
Se a barra estiver livre para se mover, ela ser atrada para o interior da bobina, para uma
posio prxima do centro, onde o campo mais forte.
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acoplado ao eixo do motor. A bateria de acumuladores usada como fonte auxiliar, quando
o gerador est inativo.
Quando os geradores esto operando em velocidade baixa, o suprimento de energia eltrica
para a aeronave mantido pela bateria, perdendo parte da energia nela estocada. Durante o
vo, o gerador carrega a bateria por grande perodo de tempo, e reestabelece a energia
qumica.
Chumbo-cido e nquel-cdmio so tipos de baterias de acumuladores geralmente em uso.
2.6 BATERIAS DE CHUMBO-CIDO
Essas baterias so usadas em aeronaves e so similares s de automveis. As clulas ou
elementos de uma bateria so conectados em srie.
Cada clula possui placas positivas de perxido de chumbo, placas negativas de chumbo
esponjoso e o eletrlito (gua e cido sulfrico).
Descarregando, a energia qumica estocada na bateria, transforma-se em energia eltrica;
carregando a energia eltrica fornecida bateria, transformada em energia qumica e
estocada. possvel recarregar uma bateria muitas vezes, antes dela se estragar
definitivamente.
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O orifcio proporciona acesso para teste da densidade do eletrlito e para que se adicione
gua, se necessrio. O suspiro permite a exausto dos gases com vazamento mnimo da
soluo, independentemente da posio que a aeronave possa assumir. Na figura 8-106
mostrada a construo do suspiro.
Em voo nivelado, o peso de chumbo permite ventilao dos gases atravs de um pequeno
furo. Em voo de dorso, este orifcio fechado pelo peso do chumbo.
As clulas individuais de uma bateria so conectadas em srie por meio de hastes,
conforme ilustrado na figura 8-107. O conjunto completo embutido numa caixa
resistente ao cido, que serve como protetor eltrico e proteo mecnica.
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Assim, a voltagem de descarga que a clula pode suprir em condies de circuito fechado
(com carga), igual voltagem de circuito aberto (sem carga) menos a queda da RI na
clula.
Para proporcionar alta descarga da corrente, e apresentar alta voltagem com carga, a bateria
deve ter baixa resistncia interna.
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Quando uma bateria est sendo carregada, produzida uma certa quantidade de hidrognio
e oxignio. Como se trata de uma combinao de gases explosiva importante adotar
medidas de preveno contra ignio desta mistura.
As tampas de ventilao devem ser afrouxadas e conservadas no lugar; evitar chamas,
centelhas e outros pontos de ignio nas proximidades. Antes de se conectar e desconectar
uma bateria, em carga, desliga-se sempre a energia, por meio de uma chave remota.
2.7 BATERIAS DE NQUEL-CDMIO
As baterias de nquel-cdmio existem j h bastante tempo, passando a ser amplamente
usadas com o crescimento da aviao comercial e executiva a jato.
As vantagens desse tipo de bateria eram bem conhecidas, porm seu custo inicial era
elevado em relao bateria chumbo cido.
Fonte: surplustraders.net
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As placas positivas lentamente liberam oxignio, que reabsorvido pelas placas negativas.
Esse processo resulta na converso de energia qumica em energia eltrica.
Durante a descarga as placas absorvem certa quantidade de eletrlito. Durante a recarga o
nvel do eletrlito aumenta, e quando completamente recarregada, o eletrlito estar no seu
mais alto nvel. Por conseguinte, s se deve adicionar gua quando a bateria estiver
totalmente carregada.
Baterias de nquel-cdmio e chumbo cido so normalmente intercambiveis. Quando
substituindo uma bateria cida por nquel cdmio, o compartimento da bateria deve ser
limpo e enxugado, e precisa estar livre de qualquer resduo de cido da antiga bateria. O
compartimento deve ser lavado e neutralizado com amnia ou soluo de cido brico, e
aps completamente seco, ser pintado com um verniz resistente aos lcalis.
Com efeito, toda e qualquer precauo deve ser adotada para afastar qualquer contedo
cido do local onde se lida com baterias de nquel-cdmio.
(2) O eletrlito (hidrxido de potssio) utilizado nas baterias de nquel-cdmio
extremamente corrosivo. Para manipular e trabalhar em baterias necessrio usar culos de
proteo, luvas e avental de borracha. Adequados meios de lavagem so necessrios para o
caso de o eletrlito atingir pele ou roupas. Tal exposio requer imediato enxaguamento
com gua ou vinagre, suco de limo ou soluo de cido brico. Quando o hidrxido de
potssio e a gua estiverem sendo misturados, o hidrxido deve ser adicionado lentamente
gua e nunca vice-versa.
(3) Violento centelhamento pode ocorrer, se for usada escova de cerdas metlicas para
limpeza da bateria. Os plugues de ventilao devem ser mantidos fechados durante o
processo de limpeza, e jamais devem ser usadas substncias como cidos, solventes ou
solues qumicas. Eletrlito borrifado pode reagir com dixido de carbono, formando
cristais de carbonato de potssio. Estes, que no so txicos nem corrosivos, podem ser
removidos com uma escova de fibra e um pano mido. Quando o carbonato de potssio se
forma sobre uma bateria, pode indicar que esteja sobrecarregada porque o regulador est
desajustado.
(4) Nunca adicionar gua bateria antes de trs ou quatro horas aps estar completamente
carregada. Caso necessrio, usar apenas gua destilada ou desmineralizada.
(5)Como o eletrlito no reage quimicamente com as placas, o peso especfico do eletrlito
no muda consideravelmente. Assim, no possvel determinar o estado de carga da
bateria com o densmetro; tambm no pode ser determinado por teste de voltagem,
porque a voltagem permanece constante durante 90% do ciclo de descarga.
(6)As baterias de nquel-cdmio devem ser verificadas a intervalos regulares baseados na
experincia, j que o consumo de gua varia com a temperatura ambiente e condies de
operao. A intervalos maiores, a bateria deve ser removida da aeronave para teste de
bancada. Se estiver completamente descarregada, algumas clulas podem atingir potencial
zero e carga invertida, afetando a bateria de tal modo que ela no mantenha a total
capacidade de carga, ela deve ser descarregada e cada clula colocada em curtocircuito, a
fim de obter balanceamento de zero potencial, antes de recarregar a bateria. Esse processo
chamado de "equalizao".
(7) A carga pode ser realizada tanto pelo mtodo da corrente-constante quanto voltagem
constante. Para carga potencial constante, manter a voltagem de carga constante at que a
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Dispositivos de Proteo
Quando a aeronave construda, tomado o maior cuidado para garantir que cada circuito
eltrico seja completamente isolado dos outros. Uma vez que a aeronave colocada em
servio, muitas coisas, se ocorressem, causariam alteraes nos circuitos originais. Algumas
dessas mudanas podem significar srios problemas, caso no sejam detectadas e corrigidas
em tempo.
Talvez o problema mais srio num circuito seja "o curto direto". O termo descreve uma
situao em que algum ponto no circuito, onde a voltagem total de um sistema esteja
presente, venha a contatar diretamente a massa ou o lado de retorno do circuito,
significando um caminho sem a devida resistncia.
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De acordo com a Lei de Ohm, se a resistncia num circuito pequena, a corrente ser
grande. Quando um curto direto ocorre, h excessiva corrente fluindo atravs da fiao.
Suponha-se que os cabos de uma bateria para um motor entrem em contato entre si, no
somente o motor pararia de girar, porque a corrente estaria seguindo pelo "curto", mas iria
se descarregar rapidamente; e haveria perigo de fogo.
Os cabos da bateria, neste exemplo, seriam fios muito grossos, capazes de suportar uma
corrente muito alta. A maioria dos fios utilizados em circuitos eltricos de aeronaves so
consideravelmente mais finos, e sua capacidade de conduzir corrente bastante limitada.
A espessura do fio utilizado em determinado circuito estabelecida pela quantidade de
corrente que se espera fluir sob condies normais de funcionamento.
Qualquer fluxo de corrente excessivo, como no caso de curto direto, causaria uma rpida
gerao de calor.
Se o excessivo fluxo de corrente causado por um curto for desprezado, o calor continuar
aumentando at ocorrer uma ruptura. possvel que apenas o fio derreta sem causar
maiores danos, entretanto existe a possibilidade de resultar em danos maiores.
O aquecimento nos fios pode torrar ou queimar sua isolao e outros fios prximos,
ocasionando mais curtos. Na presena de vazamentos de leo ou combustvel, pode
ocorrer incndio.
Para proteger os sistemas eltricos de aeronaves de danos ou falhas, causados por corrente
excessiva, vrios tipos de dispositivos de proteo so instalados nos sistemas. Fusveis
("circuit-breakers") e protetores trmicos so utilizados para estes propsitos.
Dispositivos de proteo de circuito, conforme implcito no nome, tm um propsito
comum - proteger as unidades e fiao no circuito. Alguns so destinados, primariamente,
para proteger a fiao e abrir o circuito, interrompendo o fluxo de corrente, no caso de
sobrecarga. Outros so destinados a proteger a unidade no circuito, interrompendo o fluxo
de entrada na unidade, quando esta apresenta-se excessivamente aquecida.
Fusveis
Um fusvel uma tira de metal que fundir sob excessivo fluxo de corrente, j que seu
limite de conduo cuidadosamente pr determinado.
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Fonte: lojaeletrica.com.br
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Protetores Trmicos
Um protetor trmico, ou chave, usado para proteger um motor. destinado para abrir o
circuito automaticamente, sempre que a temperatura do motor tornar-se excessivamente
alta.
H duas posies: aberto e fechado. O uso mais comum para uma chave trmica impedir
um superaquecimento do motor. Se algum defeito de um motor causar superaquecimento,
a chave trmica interromper o circuito intermitentemente.
Uma chave trmica contm um disco bimetlico, ou lmina, que se curva e corta o circuito
quando ele aquece. Isto ocorre porque um dos metais se dilata mais do que o outro,
quando submetidos mesma temperatura. Quando a lmina ou disco esfria, os metais se
contraem, retornando posio original e fechando o circuito.
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Dispositivos de Controle
As unidades nos circuitos eltricos de uma aeronave no so todas destinadas a operar
contnua ou automaticamente. A maioria delas concebida para operar durante certas
ocasies, sob certas condies, para executar funes bastante definidas.
Existem muitas maneiras de controlar tais operaes ou funcionamento. Tanto uma chave
ou um rel, ou ambos, podem ser includos no circuito, com este propsito.
2.9 CHAVES OU INTERRUPTORES
As chaves controlam o fluxo de corrente na maioria dos circuitos eltricos de aeronaves.
Uma chave usada para ligar, desligar ou mudar o fluxo de corrente num circuito. A chave
em cada circuito deve ser capaz de suportar a corrente normal, e tem que ter a isolao
adequada para a voltagem do circuito.
Figura 8-112 Chaves de um polo, para circuito simples, do tipo faca e do tipo "toggle" e
seu respectivo smbolo..
Chaves-facas so raramente usadas em aeronaves. Elas servem, aqui, de referncia para
melhor compreenso do funcionamento das chaves "toggle", que funcionam semelhana
das chaves-facas, mas suas partes mveis so embutidas. So mais utilizadas em aeronaves
do que qualquer outro tipo de chave.
Chaves "toggle", bem como alguns outros tipos, so designadas pelo nmero de polos,
cursos e posies que tenham. Um desses polos est no brao mvel ou contactor.
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Figura 8-113 Chaves de um polo, para dois circuitos, do tipo faca e do tipo "toggle" e seu
respectivo smbolo.
Figura 8-114 Chaves bipolares para circuito simples, do tipo faca e do tipo "toggle" e seu
respectivo smbolo.
O nmero de polos igual ao nmero de circuitos, ou caminhos para a corrente atravs
dos contatos da chave.
O nmero de posies o nmero de lugares ou contatos de descanso, que fecham ou
abrem um ou mais circuitos.
Uma chave bipolar que pode completar dois circuitos, um por vez em cada polo, uma
chave bipolar de duas posies. Ambas, uma faca e outra "toggle" esto ilustradas com esta
caracterstica na figura 8-115.
Figura 8-115 Chaves bipolares de duas posies, do tipo faca e do tipo "toggle" e seu
respectivo smbolo.
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Chaves "push-button"
So chaves que tem um contato estacionrio e um contato mvel, que fixado no boto de
apertar.
O "push-button" em si mesmo um isolador ou isolado do contato.
Esta chave presso de mola, e destinada a contatos momentneos.
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Rels
Rels ou chaves-rels so usadas para controle remoto de circuitos de grande amperagem.
Um rel conectado no circuito entre a unidade controlada e a fonte de fora mais
prxima (ou barra condutora de fora), de forma que os cabos conduzindo grande corrente
sejam to curtos quanto possvel.
Uma chave-rel consiste de uma bobina, ou solenoide, um ncleo de ferro, um contato fixo
e outro mvel. Um pequeno fio conecta um dos terminais da bobina (que isolado do
alojamento) fonte de fora, atravs de uma chave de controle, normalmente localizada na
cabine.
O outro terminal da bobina normalmente aterrado no alojamento. Quando a chave de
controle fechada, um campo eletromagntico formado em torno da bobina.
Num certo tipo de chave-rel, um ncleo de ferro fixado firmemente no lugar, dentro da
bobina.
Quando a chave de controle fechada, o ncleo magnetizado e puxa a armadura de
ferro-doce para si, fechando os contatos principais. Os contatos so mantidos abertos por
ao de mola, como mostrado na figura 8-119.
Quando a chave de controle desligada, o campo magntico desaparece e a mola abre os
contatos.
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Os rels variam nos detalhes de construo de acordo com o uso a que se destinam.
Quando selecionamos um rel a ser instalado num circuito, devemos nos certificar de que
seja adequado para o fim a que se destina. Abaixo segue um rel e suas partes.
Alguns rels so feitos para operar continuamente enquanto outros so destinados a operar
s intermitentemente.
A chave-rel de partida feita para operar intermitentemente, e poderia superaquecer se
usada continuamente.
A chave rel da bateria pode ser operada continuamente, porque sua bobina tem uma
resistncia razoavelmente alta, prevenindo o superaquecimento.
Num circuito conduzindo grande corrente, quanto mais rpido o circuito aberto, menor
ser o centelhamento no rel, e os contatos queimaro menos. Abaixo um exemplo de
contatos que queimaram com o uso.
Os rels, usados em circuitos com grandes motores, tm fortes molas de retorno para abrir
o circuito rapidamente. Abaixo um exemplo de rels para cargas pesadas.
Fonte: mavin.com
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A maior parte dos rels usados nos circuitos de corrente alternada de uma aeronave
energizada por corrente contnua. Estes dispositivos sero abordados, como necessrio, em
outros tpicos a respeito dos dispositivos de corrente alternada.
2.10 INSTRUMENTOS DE MEDIO DE C.C.
Compreender o objetivo funcional e o funcionamento dos instrumentos de medio
eltrica muito importante, eles so utilizados em reparos, manuteno e pesquisa de panes
(troubleshooting) de circuitos eltricos.
Embora alguns medidores possam ser usados concomitantemente para medio de circuito
de C.C. e C.A., apenas os usados para C.C. sero abordados nesta seo.
Os outros sero discutidos adiante, oportunamente.
Efeitos da Corrente
Os efeitos da corrente podem ser classificados como a seguir: qumico, psicolgico,
fotoeltrico, piezoeltrico, trmico e eletromagntico.
Qumico
Quando uma corrente eltrica atravessa certas solues, ocorre uma reao, formando um
depsito sobre um eletrodo.
A quantidade desse depsito proporcional a intensidade da corrente. Industrialmente,
este processo til em eletrodeposio e eletrlise.
Embora o efeito qumico seja proveitoso pela definio do padro de amperagem (a
intensidade da corrente causa a deposio de 0,001118 gramas de prata, em um segundo, de
uma soluo 15% de nitrato de prata), ela no considervel no uso de medidores.
Fisiolgico
O efeito fisiolgico da corrente refere-se reao do corpo humano a uma corrente
eltrica. Um choque eltrico, embora doloroso s vezes, muito difcil de avaliar
quantitativamente e, por conseguinte, sem uso prtico para uso de medidores.
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Fotoeltrico
Quando eltrons golpeiam certos materiais uma incandescncia aparece no ponto de
contato.
O tubo de imagem de uma TV e o "scope" de um equipamento de radar ilustram este
efeito.
Usar a intensidade da luz, produzida como um meio de medir a intensidade da corrente,
no preciso nem prtico.
Piezoeltrico
Certos cristais como quartzo e sal de Rochelle ficam deformados quando aplicada uma
voltagem atravs de duas de suas faces.
Este efeito no visvel pelo olho humano, pois, impraticvel quanto ao uso de
medidores.
Trmico
Quando flui corrente atravs de um resistor, produz-se calor. A quantidade de calor
produzida igual a I2R.
Esta relao estabelece que o calor varie de acordo com o quadrado da corrente. So
comuns os medidores que empregam o efeito trmico no seu funcionamento.
Eletromagntico
Sempre que os eltrons fluem atravs de um condutor criado um campo magntico
proporcional corrente. Este efeito til para medir corrente e empregado em muitos
medidores prticos.
Os quatro primeiros efeitos abordados, aqui, no tm importncia prtica para os
medidores eltricos. Os dois ltimos efeitos, trmico e magntico, so de uso prtico em
medidores.
Como a maioria dos medidores em uso tem movimentos D'Arsonval, operando devido ao
efeito magntico, somente este tipo ser discutido em detalhes.
134
Fonte: salfatis.com.br
Ampermetro
O ampermetro D'Arsonval um instrumento destinado medio da corrente contnua
fluindo num circuito, e consiste das seguintes partes: um im permanente, um elemento
mvel, mancal e um estojo que inclui terminais, um mostrador e parafusos.
Cada parte e suas funes sero abordadas a seguir.
O im permanente fornece o campo magntico, que reagir, provocado pelo elemento
mvel.
O elemento mvel montado de tal forma, que fica livre para girar quando energizado pela
corrente que ir medir, atravs de um ponteiro que se movimenta sobre uma escala
calibrada, e fixado no elemento mvel.
Um mecanismo de bobina mvel mostrado na figura 8-121.
O elemento de controle uma mola, ou molas, cuja funo principal manter uma posio
inicial do ponteiro, e retorn-lo posio de descanso.
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Em geral, duas molas so usadas; elas so enroladas em direes opostas para compensar a
expanso e contrao do material, devido variao de temperatura.
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Para obter uma rotao no sentido dos ponteiros do relgio, o polo norte do im
permanente e o correspondente da bobina precisam ser adjacentes. A corrente fluindo
atravs da bobina deve, ento, ser sempre na mesma direo.
O mecanismo D'Arsonval pode ser utilizado somente para medies de C.C., e a correta
polaridade deve ser observada. Se a corrente fluir na direo errada, atravs da bobina, o
ponteiro deflexionar no sentido anti-horrio e danificar o ponteiro.
Como o movimento da bobina diretamente proporcional ao fluxo de corrente atravs
dela, a escala normalmente linear.
Amortecimento
No sentido de que as leituras do medidor so mais rpidas e exatas, desejvel que o
ponteiro mvel ultrapasse sua correta posio apenas um pouco, e venha a se estabilizar
aps no mais do que uma ou duas oscilaes.
O termo "damping" aplicado a mtodos usados para estabilizar o ponteiro de um
medidor eltrico, quando ele se movimenta durante a medio. O "damping"
(amortecimento) pode ser obtido por meios eltricos, mecnicos ou ambos combinados.
Amortecimento Eltrico
Um mtodo comum de "damping" por meios eltricos enrolar a bobina sobre uma
armao de alumnio. Como a bobina se movimenta no campo de um im permanente,
surgiro correntes parasitas na armao de alumnio.
O campo magntico produzido por tais correntes se opem ao movimento da bobina. O
ponteiro, ento, oscilar pouco, estabilizando-se mais rapidamente na marcao.
Amortecimento Mecnico
O amortecimento a ar ("Air damping") um mtodo comumente empregado por meios
mecnicos. Conforme mostrado na figura 8-125, a palheta fixada no eixo do elemento
mvel, ficando no interior de uma cmara de ar.
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Sensibilidade do Medidor
A sensibilidade de um medidor expressa como a quantidade de corrente necessria para
dar a deflexo total na escala.
Adicionalmente, a sensibilidade pode ser expressa como o nmero de milivolts fluindo
atravs do medidor sob fluxo de corrente na escala total.
Esta queda de voltagem obtida pela multiplicao da escala total pela resistncia do
mecanismo do medidor.
Se tiver uma resistncia de 50 ohms e demandar 1 miliampre (ma) para leitura da escala
total, pode ser designado como um medidor de 0-1 miliampre e 50 milivolts.
140
O resistor , ento, chamado de "shunt" (derivao) porque permite o desvio de uma parte
da corrente por fora do instrumento, estendendo a faixa do ampermetro.
Um desenho esquemtico de um medidor com um "shunt" mostrado na figura 8-126.
141
Fonte: www.ehow.com
Fonte:
143
Uso do Voltmetro
Os instrumentos de medio de voltagem so conectados em paralelo com um circuito. Se
o valor aproximado da voltagem a ser medida no conhecido, melhor, conforme
recomendado para o ampermetro, iniciar com a faixa mais alta do voltmetro, e ir
abaixando a faixa progressivamente at atingir a leitura adequada.
Em muitos casos o voltmetro no um instrumento com a indicao central do zero. Por
isso necessrio observar a polaridade ao conect-lo num circuito, da mesma forma
praticada quando usando um ampermetro de C.C. Normalmente o tcnico ir usar o
multmetro selecionando a escala para medir DC ou AC; na Figura 8-135 temos um
multmetro selecionado para medir tenso continua, observe que como conhecido o valor
aproximado a ser medido (9VDC) a escala escolhida foi a de 10 V, como o multmetro
analgico teremos de ter o cuidado de fazer a leitura na escala correta conforme mostrado
na figura.
144
Fonte: burgoseletronica.net
Fonte: burgoseletronica.net
145
Sensibilidade do Voltmetro
A sensibilidade de um voltmetro dada em ohms por volt (/E), e determinada pela
diviso da resistncia (Rm) do medidor mais a resistncia em srie (Rs) pela voltagem
mxima da escala em volts. Assim,
Isto o mesmo que dizer que a sensibilidade igual ao inverso da corrente (em ampres),
que ,
Preciso do Voltmetro
A preciso de um medidor geralmente expressa em porcentagem. Por exemplo, um
medidor com uma preciso de 1% indicar um valor dentro de 1% do valor correto.
O que significa que, se o valor correto so 100 unidades, a indicao do medidor pode ser
algo dentro da faixa de 99 a 101 unidades.
146
2.13 OHMMETROS
Dois instrumentos so comumente usados para testar continuidade ou para medir a
resistncia de um circuito ou elemento do circuito. Estes instrumentos so o ohmmetro e
o megmetro.
O ohmmetro amplamente usado para medir resistncia e testar os circuitos eltricos e os
dispositivos.
Sua faixa normalmente estende-se a alguns megohms.
O megmetro largamente usado para medir resistncia de isolao, tal como a resistncia
entre enrolamentos e a estrutura do maquinrio, e para medir isolao de cabos, isoladores
e embuchamentos. Sua faixa pode se estender a mais de 1.000 megohms.
Quando medindo resistncias muito altas desta natureza, no necessrio achar o valor
exato da resistncia, mas saber se a isolamento se encontra abaixo ou acima de determinado
padro.
Quando h necessidade de preciso, algum tipo de circuito-fonte usado.
Ohmmetro em Srie
Um esquema simplificado de um ohmmetro mostrado na figura 8-137. "E" a fonte de
voltagem; R1 o resistor varivel usado para ajustar o zero de medidor; R2 o resistor fixo
usado para limitar a corrente no medidor; "A" e "B" so terminais de teste atravs dos
quais colocada a resistncia a ser medida.
147
a resistncia total no circuito seja 4.500 ohms, a corrente atravs do medidor de 1 ma, e a
agulha deflexiona para o mximo da escala.
Como no existe resistncia entre "A" e "B", esta posio da agulha determinada como
zero (figura 8-138).
Se uma resistncia de 4.500 ohms for colocada entre os terminais "A" e "B", a resistncia
total soma 9.000 ohms e a corrente fica em 0,5 ma.
Isto provoca deflexo da agulha em meia escala. Esta metade da escala, estabelecida como
4,5 K, na leitura, sendo igual resistncia interna do medidor, neste caso 4.500 ohms.
Se for inserida uma resistncia de 9.000 ohms entre os terminais "A" e "B", a agulha
deflexiona 1/3 da escala.
Resistncias de 13,5 K e 1.5 K colocadas entre os terminais A e B causam a deflexo de
e da escala, respectivamente.
Se os terminais "A" e "B" permanecem desconectados (circuito aberto) no flui nenhuma
corrente, e a agulha no se move, ficando em repouso no lado esquerdo da escala, que
representa resistncia infinita.
Uma escala tpica de ohmmetro mostrada na figura 8-138. Observa-se que a escala no
linear e as marcas vo se agrupando na extremidade que indica resistncia mais alta. Por
esta razo, boa pratica usar uma faixa do ohmmetro em que a leitura no esteja muito
longe da indicao intermediria da escala.
Fonte: burgoseletronica.net
148
Uma boa regra usar uma faixa em que a leitura obtida no exceda dez vezes, ou no seja
menor do que um dcimo da leitura intermediria da escala. A faixa til da escala mostrada
, por esta regra, de 450 ohms a 45.000 ohms.
A maioria dos ohmmetros tem mais de uma escala. Escalas adicionais tornam-se possveis
pelo uso de valores variados de resistores de limitao e voltagens de bateria.
Uso do Ohmmetro
Para usar a funo de ohmmetro, antes temos de tomar alguns cuidados:
1. Para testar os componentes eletrnicos no circuito, o mesmo deve estar desligado
da alimentao.
2. No devemos guardar o multitester na funo de ohmmetro, em nenhuma das
escalas, pois isto acaba rapidamente com as pilhas e baterias.
3. Escolher a escala que inclua o valor da resistncia a ser medida. Em geral, usar uma
escala em que a leitura caia na metade superior do indicador (para o lado que indica
zero).
4. Coloque o multitester na escala do ohmmetro apropriada ao componente (X1,
X10, X100, X1K ou X10K);
5. Zere o multitester (encoste as pontas e ajuste o potencimetro do painel at o
ponteiro parar no zero).
6. Desconectar pelo menos um lado do elemento a ser medido para evitar leitura de
resistncia em paralelo.
7. Coloque as pontas no componente, faa a leitura na ltima fileira de cima do painel
e acrescente os zeros da escala que estiver a chave seletora (X1 - leitura direta, X10
- acrescenta um zero, X100 - acrescenta dois zeros e assim por diante). Na Figura
8-139 vemos como zerar o multitester na funo ohmimetro; isso se faz necessrio
devido a descarga normal da bateria conforme o uso; ao fazermos este
procedimento estamos informando ao sistema interno do instrumento que a
resistncia lida zero.
149
Fonte: burgoseletronica.net
Megmetro
O megmetro um ohmmetro de alta faixa de indicao, podendo conter um gerador
manual (antigos megometros). usado para medir resistncia de isolao e outros valores
elevados de resistncia. Tambm usado para testar aterramento, continuidade e "curtocircuito" em sistemas de fora eltrica.
A principal vantagem de um megmetro sobre um ohmmetro sua capacidade de medir
resistncia com um alto potencial, ou voltagem "de ruptura".
150
Este tipo de teste para que a isolao ou um material dieltrico no entre em "curto" ou
tenha "vazamento" sob esforo eltrico potencial. A figura Figura 8-140 mostra um
megometro moderno (sem o gerador manual), um megometro mais antigo (com a
manuvela do gerador manual) e um esquemtico deste ultimo megometro.
Fonte: instrutemp.com.br
151
152
153
154
155
156
Um ampermetro colocado num circuito para medir a corrente total poderia mostrar 2
ampres, em vez dos 3 ampres calculados, j que 1 ampre de corrente estaria fluindo
atravs de cada ramificao, bvio que um deles esteja interrompido. Se um ampermetro
conectado nas derivaes uma aps outra, a que estiver aberta ser localizada pela
indicao zero do ohmmetro.
Uso modificado do ohmmetro pode tambm localizar este tipo de interrupo, conforme
mostrado na figura 8-152, uma leitura errnea de continuidade seria obtida.
158
uma interrupo ocorresse neste circuito (figura 8153), entre a bateria e o ponto "A", ou
entre a bateria e o ponto "B", a corrente no fluiria no circuito.
Figura 8-153 Abrindo uma parte do circuito para obter uma leitura acurada no ohmmetro.
Como num circuito em srie, um "curto" num circuito em paralelo provocar,
normalmente, um circuito aberto pela queima do fusvel.
Mas, diferentemente de um circuito em srie, um componente "em curto" num circuito em
paralelo interromper o fluxo de corrente causando a queima de fusvel (ver figura 8-154).
Se o resistor R entra "em curto", o caminho de resistncia quase zero ser oferecido
corrente, e toda a corrente do circuito fluir atravs da ramificao contendo o resistor
defeituoso.
aberto, num circuito em paralelo um resistor "em curto" pode ser detectado com um
ohmmetro somente se uma das extremidades do resistor por desconectada.
A pesquisa de pane num circuito resistivo em srie-paralelo envolve a localizao de
defeitos por processo semelhante ao empregado nos circuitos em srie ou paralelo.
No circuito mostrado na figura 8-155, uma interrupo ocorreu na parte em srie.
160
161
Um ohmmetro pode ser usado para pesquisar este mesmo circuito. Com a chave aberta, a
parte em srie do circuito pode ser testada colocando-se as pontas de teste do ohmmetro
entre os pontos A e B. Se R ou o condutor estiver aberto, o ohmmetro marcar infinito;
se no estiver aberto, o valor do resistor ser indicado pelo instrumento.
Entre os ponto D e E, o fusvel e o condutor podem ser testados quanto continuidade,
mas a parte em paralelo de circuito requer cuidados a fim de evitar medies equivocadas.
Para testar entre os pontos B e E, a ramificao deve ser desconectada num desses pontos,
e enquanto um deles estiver aberto, a derivao contendo a lmpada pode ser testada com
um ohmmetro.
Um "curto" na parte em srie de um circuito em srie-paralelo provoca diminuio na
resistncia total, que causar aumento da corrente total.
No circuito mostrado na figura 8-159, a resistncia total 100 ohms e a corrente total 2
ampres. Se R entra em "curto", a resistncia total muda, para 50 ohms e a corrente total
dobra para 4 ampres.
162
Espero voc!
163
Fonte: physics503.one-school.net
MDULO III
INTRODUO
Caro aluno,
No mdulo anterior nosso olhar esteve voltado para a corrente continua e sua aplicao na
aviao assim como as baterias e os dispositivos de proteo e controle.
Agora, vamos estudar a eletricidade voltada para a corrente alternada que a forma mais
usada da corrente eltrica na aviao atual. Veremos o porqu do uso da corrente alternada,
quais suas vantagens, componentes e aplicao assim como a teoria que explica sua
gerao.
Essas e outras questes sero abordadas neste mdulo.
Ao final deste Mdulo, portanto, voc dever ser capaz de identificar: o uso dos
componentes em corrente alternada, seus clculos, gerao e controle, medio e aplicao
nas aeronaves.
164
165
Princpios do Gerador
O principio de funcionamento de um gerador ser visto em detalhes no capitulo 09 em
Geradores e motores eltricas da aviao, aqui teremos apenas um breve resumo de sua
teoria de operao.
Aps a descoberta de que uma corrente eltrica fluindo cria um campo magntico em
torno do condutor, havia considervel especulao cientfica sobre a possibilidade de um
campo magntico poder criar um fluxo de corrente num condutor.
Em 1831, o cientista ingls Michael Faraday demonstrou que isto poderia ser realizado.
Esta descoberta a base do funcionamento do gerador, que assinalou o incio da "Era da
Eletricidade". Para mostrar como uma corrente eltrica pode ser criada por um campo
magntico, uma demonstrao semelhante ilustrada na figura 8-161 pode ser usada.
Vrias voltas de um condutor so enroladas em torno de um miolo cilndrico, e as
extremidades do condutor so conectadas juntas, para formar um circuito completo que
inclui um galvanmetro.
Se um im simples em barra for inserido no cilindro, pode-se observar que o galvanmetro
deflexiona da sua posio zero numa direo (A da figura 8-161).
Quando o im est imvel dentro de cilindro, o galvanmetro mostra uma leitura zero,
indicando que no h corrente fluindo (B da figura 8-161).
166
167
Ciclo e Frequncia
Sempre que uma voltagem ou corrente passam por uma srie de mudanas, retorna ao
ponto de partida e, ento, reinicia a mesma srie de mudanas, a srie chamada ciclo.
O ciclo representado pelo smbolo (~). No ciclo de voltagem mostrado na figura 8-167, a
voltagem aumenta de zero ao valor positivo mximo e cai para zero; ento, aumenta para o
valor mximo negativo e novamente cai a zero. Neste ponto, est em condies de iniciar
nova srie.
168
Existem duas alteraes num ciclo completo, a positiva e a negativa. Cada qual meio
ciclo.
169
onde P/2 o nmero de pares de polos e r.p.m./60 o nmero de revolues por segundo.
Se num gerador de 2 polos, o condutor girado a 3.600 r.p.m., as revolues por segundo
so:
170
O valor mximo o instantneo mais alto. O mais elevado valor positivo isolado ocorre
quando a voltagem da onda senide est a 90 graus, e o valor negativo isolado mais alto
ocorre quando est a 270 graus. Estes so chamados valores mximos. O valor mximo
1,41 vezes o valor efetivo (ver figura 8-170).
172
Fonte: www.camacho.eng.br
Quando uma corrente alternada flui numa bobina de fio, a elevao e queda do fluxo de
corrente, primeiro numa direo e depois na outra, provocam uma expanso e colapso do
campo magntico em torno da bobina, na qual induzida uma voltagem em direo oposta
voltagem aplicada, e que se ope a qualquer mudana na corrente alternada (ver figura 8171).
174
Os indutores podem ser conectados num circuito da mesma maneira que os resistores.
Quando conectados em srie, a indutncia total a soma das indutncias, ou
175
A indutncia total dos indutores conectados em srie paralelo pode ser calculada,
resolvendo-se as indutncias em paralelo e em seguida somando os valores em srie. Em
todos os casos, estas frmulas so vlidas para os indutores cujos campos magnticos no
tenham interao.
Reatncia Indutiva
A oposio ao fluxo de corrente, que as indutncias proporcionam num circuito,
chamada reatncia indutiva. O smbolo para reatncia XL e medida em ohms, assim
como L a resistncia.
Em qualquer circuito em que haja apenas resistncia, a equao para voltagem e corrente
a lei de ohm: I = E/R. Similarmente, quando h indutncia num circuito, o envolvimento
entre voltagem e corrente pode ser expresso assim:
corrente = voltagem E , ou I = reatancia XL
176
Onde,
177
Da, a reatncia total no circuito ilustrado na figura 8-174 ser igual soma das reatncias
individuais.
A reatncia total de indutores conectados em paralelo (figura 8-175) encontrada do
mesmo modo que a resistncia total num circuito em paralelo. Da a reatncia total de
indutncias conectadas em paralelo, conforme mostrado, ser expressa assim:
178
Fonte: www.eletronicadidatica.com.br
Quando um capacitor conectado atravs de uma fonte de corrente contnua, com uma
bateria de acumuladores (circuito mostrado na figura 8-176) e a chave ento fechada, a
placa marcada com "B" torna-se positivamente carregada e a placa "A" negativamente
carregada.
179
A corrente flui no circuito externo durante o tempo que os eltrons esto se movendo de
"B" para "A". O fluxo de corrente no circuito mximo no momento em que a chave
fechada, mas diminui continuamente, at alcanar zero.
A corrente torna-se zero assim que a diferena de voltagem de "A" e "B" torna-se igual a
voltagem da bateria. Se a chave for aberta, as placas permanecem carregadas. Entretanto, o
capacitor descarrega-se rapidamente, se colocado em "curto".
A quantidade de eletricidade que um capacitor pode acumular depende de vrios fatores,
incluindo o tipo de material do dieltrico. diretamente proporcional rea da placa, e
inversamente proporcional distncia entre as placas.
Na figura 8-177, duas chapas planas de metal so colocadas prximo uma da outra (mas
no se tocando). Normalmente elas so eletricamente neutras, isto , no h evidncia de
carga eltrica em ambas as placas.
180
entre as placas do capacitor. Entretanto, existe corrente somente enquanto ocorre carga e
descarga, e este perodo de tempo muito curto.
No pode ocorrer nenhum movimento ininterrupto de corrente contnua atravs de um
capacitor. Um capacitor bom bloquear a corrente contnua (no a C.C. pulsativa) e
permitir a passagem dos efeitos da corrente alternada.
A carga de eletricidade que pode ser colocada num capacitor proporcional voltagem
aplicada e capacitncia do capacitor (condensador). A capacitncia depende da rea total
das placas, da espessura do dieltrico e da composio do dieltrico.
Se uma folha fina de baquelite (preenchida com mica) for substituda por ar entre as placas
de um capacitor, por exemplo, a capacitncia ser aumentada cerca de cinco vezes.
Qualquer carga produzida por voltagem aplicada e mantida no limite por um isolador
(dieltrico) cria um campo dieltrico.
Uma vez que o campo seja criado, tende a opor-se a qualquer mudana de voltagem que
poderia afetar sua situao original. Todos os circuitos possuem alguma capacitncia, mas a
menos que possuam algum capacitor, ela desconsiderada.
Dois condutores, chamados eletrodos ou placas, separados por um no-condutor
(dieltrico) formam um capacitor simples. As placas podem ser feitas de cobre, de estanho
ou de alumnio. Frequentemente elas so feitas de folha (metais comprimidos em finas
folhas capazes de serem enroladas).
O dieltrico pode ser ar, vidro, mica, ou eletrlito, feito de uma pelcula de xido, mas o
tipo usado determinar o total da voltagem que pode ser aplicada e a quantidade de energia
que pode ser acumulada.
Os materiais dieltricos tm estruturas atmicas diferentes e apresentam quantidades
diferentes de tomos para o campo eletrosttico.
Todos os materiais dieltricos so comparados ao vcuo e recebem uma classificao
numrica de valor de acordo com a razo de capacidade entre eles.
O nmero atribudo a um material baseado na mesma rea e espessura em relao ao
vcuo.
Os nmeros usados para expressar essa razo so chamados constantes dieltricas, e so
representados pela letra "K". A tabela na figura 8-178 apresenta o valor de "K" para alguns
materiais usados.
181
182
Embora nenhuma corrente flua atravs do isolador entre as placas do capacitor, ela flui
constantemente no restante do circuito, entre "X" e "Y".
Num circuito em que existe somente capacitncia, a corrente precede a voltagem, ao passo
que num circuito onde exista somente indutncia, a corrente retarda-se frente a voltagem.
A unidade de medida de capacitncia o farad, para o qual o smbolo a letra "f". O farad
muito grande para uso prtico e a unidade geralmente usada o microfarad (f), um
milionsimo do farad, e o micro-microfarad (f), um micronsimo do microfarad.
Tipos de Capacitores
Os capacitores podem ser divididos em dois grupos: fixos e variveis. Os capacitores fixos
que tm, aproximadamente, capacitncia constante, podem ser divididos de acordo com o
tipo de dieltrico usado nas seguintes classes: papel, leo, mica e capacitores eletrolticos.
Os capacitores de cermica so tambm usados em alguns circuitos.
Quando conectando capacitores eletrolticos num circuito, a correta polaridade tem que ser
observada. Capacitores de papel podem ter um terminal marcado "ground" (terra),
significando que este terminal est ligado folha externa. Normalmente, a polaridade no
tem que ser observada em capacitores de papel, leo, mica ou cermica.
Capacitores de Papel
As placas dos capacitores de papel so tiras de folha de metal, separadas por papel
encerado (figura 8-180). A capacitncia dos capacitores de papel est na faixa de 200 f a
alguns f. As tiras de folha e as de papel so enroladas juntas, para formar um cartucho
cilndrico, que ento selado com cera para afastar a umidade e prevenir corroso e
vazamento.
183
Fonte: sovtube.com
Capacitores a leo
Em transmissores de radar e rdio, altas voltagens, suficientes para causar centelhamento
ou ruptura em dieltricos de papel, so muitas vezes empregadas.
Consequentemente, nestas aplicaes, capacitores que usam leo ou papel impregnado
com leo, como material dieltrico so preferidos.
184
Fonte: www.fecomponentes.com.br
Capacitores de Mica
O capacitor fixo de mica feito de placas de folha de metal, que so separadas por folhas
de mica formando o dieltrico. O conjunto inteiro coberto com plstico moldado, que
evita a umidade.
Capacitores Eletrolticos
Para capacitncias maiores do que alguns microfarads, as reas das placas dos capacitores
de mica ou papel precisam se tornar muito grandes.
Ento, neste caso, normalmente so empregados capacitores eletrolticos, que permitem
grandes capacitncias em pequenos tamanhos fsicos. Sua faixa de valores abrange de 1 a
cerca de 1.500 microfarads. Diferentemente dos outros tipos, os capacitores eletrolticos
so geralmente polarizados e podem ser submetidos apenas voltagem contnua ou
voltagem contnua pulsativa, embora um tipo especial de capacitor eletroltico seja feito
para uso em motores.
O capacitor eletroltico amplamente utilizado em circuitos eletrnicos e consiste em duas
placas de metal, separadas por um eletrlito. O eletrlito em contato com o terminal
negativo, tanto na forma lquida ou pastosa, inclui o terminal negativo.
O dieltrico uma pelcula de xido extremamente fina depositada sobre o eletrodo
positivo do capacitor. O eletrodo positivo uma folha de alumnio dobrada para obteno
de mxima rea.
O capacitor submetido a processo de modelagem durante a fabricao, quando uma
corrente passada atravs dele. O fluxo de corrente resulta no depsito de fina cobertura
de xido sobre a placa de alumnio.
O espao justo dos eletrodos positivo e negativo aumenta relativamente o alto valor de
capacitncia, mas permite maior possibilidade de interrupo de voltagem e vazamento de
eltrons de um eletrodo para o outro.
Dois tipos de capacitores eletrolticos so usados: (1) eletroltico mido; e (2) eletroltico
seco. No primeiro, o eletrlito um lquido e o invlucro deve ser prova de vazamento.
Este tipo deve sempre ser montado na posio vertical.
O eletrlito do eletroltico seco uma pasta num separador feito de um material absorvente
como gaze ou papel. O separador no somente conserva o eletrlito no lugar mas tambm
previne possibilidade de "curto-circuito" entre as placas. Capacitores eletrolticos secos so
feitos tanto na forma cilndrica quanto retangular, e podem ser cobertos com papelo ou
metal. J que o eletrlito no pode derramar, os capacitores secos podem ser montados em
qualquer posio conveniente. Capacitores eletrolticos so mostrados na figura 8-184.
186
187
Em "A" da figura 8-185, a voltagem, "E", a mesma para todos os capacitores. A carga
total, Qt, a soma das cargas individuais, Q, Q e Q.
Usando a equao bsica para o capacitor
A carga total, Qt, igual carga em qualquer dos capacitores, porque a mesma corrente flui
em todos pelo mesmo intervalo de tempo e porque a carga igual corrente vezes o
tempo em segundos (Qt = I x t).
Por isso, Qt = Q + Q + Q
188
189
190
Reatncia Capacitiva
A capacitncia, como a indutncia, oferece oposio ao fluxo de corrente. Esta oposio
chamada reatncia e medida em ohms. O smbolo para reatncia capacitiva Xc. A
equao,
similar lei de Ohm e a equao para corrente num circuito indutivo. Maior a frequncia,
menor a reatncia. Da, a reatncia capacitiva,
Problema:
Um circuito em srie concebido, em que a voltagem utilizada seja 110 volts a 60 c.p.s. e a
capacitncia de um condensador seja 80 f. Achar a reatncia capacitiva e o fluxo de
corrente.
Soluo:
Para encontrar a reatncia capacitiva, a equao Xc = 1/2
fc usada. Primeiro, a
191
A reatncia total dos capacitores conectados em paralelo encontrada da mesma forma que
a resistncia total calculada num circuito em paralelo:
193
194
Esta frmula pode ser usada para determinar a impedncia, quando os valores da reatncia
indutiva e da resistncia so conhecidos.
Ela pode ser modificada para resolver impedncia em circuitos contendo reatncia
capacitiva e resistncia, substituindo-se
por
, na frmula.
195
Soluo:
Primeiro, a reatncia indutiva da bobina calculada:
A soma das duas voltagens maior do que a voltagem da fonte. Isto decorre do fato de as
duas voltagens estarem fora de fase e, assim sendo, representam de per si a voltagem
mxima. Se a voltagem, no circuito, for medida com um voltmetro, ela ser de
aproximadamente 110 volts a voltagem da fonte.
Isto pode ser provado pela equao
196
ser
A soma destas duas voltagens no igual voltagem aplicada, j que a corrente avanada
em relao voltagem. Para encontrar a voltagem aplicada, usa-se a frmula:
198
maior do que
Ento,
199
, de L
200
201
= 0,1315 (aproximadamente)
Para encontrar a corrente atravs da capacitncia:
Ressonncia
e a reatncia capacitiva
202
A frmula de impedncia usada num circuito de C.A. em srie, precisa ser modificada para
aplicar-se a um circuito em paralelo.
203
cancela
204
205
Problema: Um motor de C.A. de 220 volts toma 50 ampres de uma linha, mas um
wattmetro na linha mostra que somente 9.350 watts so tomados pelo motor.
Qual a potncia aparente e o fator de potncia?
Soluo:
Potncia aparente = volts x ampres
206
Fonte: mapi.com.br
MDULO IV
INTRODUO
Caro aluno,
No mdulo anterior nosso olhar esteve voltado para os clculos da corrente alternada, o
comportamento de alguns componentes eletrnicos e a aplicao dos mesmos nos
circuitos.
Agora, vamos conhecer um dos componentes mais importantes no campo da corrente
alternada: o transformador cujo papel fundamental para tornar esse tipo de corrente to
utilizada nos dias de hoje, alm dele tambm iremos estudar os diodos, transstores e
medidores de corrente alternada.
Essas e outras questes sero abordadas neste mdulo
Ao final deste Mdulo, portanto, voc dever ser capaz de identificar os tipos de
transformadores, transistores e diodos alm de conhecer seu principio de funcionamento e
principais aplicaes no campo aeronutico.
207
4.1 TRANSFORMADORES
Um transformador modifica o nvel de voltagem CA ou pulsante, aumentando-o ou
diminuindo-o como necessrio. Ele consiste em duas bobinas eletricamente independentes,
que so dispostas de tal forma que o campo magntico em torno de uma das bobinas
atravessa tambm a outra bobina.
Quando uma voltagem alternada aplicada a (atravs de) uma bobina, o campo magntico
varivel formado em torno dela cria uma voltagem alternada na outra bobina por induo
mtua.
Um transformador tambm pode ser usado com C.C. pulsativa, mas voltagem C.C. pura
no pode ser usada, j que apenas uma voltagem varivel cria o campo magntico varivel,
que a base do processo de induo mtua.
Um transformador consiste de trs partes bsicas, conforme mostrado na figura 8-197. So
elas: um ncleo de ferro, que proporciona um circuito de baixa relutncia para as linhas de
fora magntica; um enrolamento primrio, que recebe a energia eltrica da fonte de
voltagem aplicada; um enrolamento secundrio, que recebe energia eltrica, por induo,
do enrolamento primrio.
208
209
210
campo magntico produzido pela corrente do primrio. Isto reduzir a voltagem auto
induzida (oposio) na bobina do primrio e permitir fluir mais corrente no primrio.
A corrente do primrio aumenta conforme a corrente de carga do secundrio aumenta e
diminui conforme a corrente de carga do secundrio diminui.
Quando a carga do secundrio removida, a corrente do primrio ento reduzida a uma
pequena corrente de excitao, suficiente somente para magnetizar o ncleo de ferro do
transformador.
Quando um transformador eleva a voltagem, ele reduz a corrente na mesma proporo.
Isto fica evidente em se considerando a frmula de potncia eltrica (I x E) e que a
potncia desenvolvida no secundrio a mesma do primrio, menos a energia perdida no
processo de transformao. Assim, se 10 volts e 4 ampres (40 watts de potncia) so
usados no primrio para produzir um campo magntico, haver 40 watts de potncia
desenvolvidos no secundrio (desconsiderando qualquer perda).
O transformador tendo uma proporo de elevao de 4 por 1, a voltagem atravs do
secundrio ser de 40 volts e a corrente ser de 1 ampre. A voltagem 4 vezes maior e a
corrente um quarto dos valores do circuito primrio, mas a potncia (valor de I x E) a
mesma. Quando a proporo de espiras e a voltagem de entrada so conhecidas, a
voltagem de sada pode ser determinada da seguinte forma:
Fonte: www.eletronicacastro.com.br
212
ser
destinados
outros
usos.
Dois
smbolos
diferentes
de
Transformadores de Corrente
So usados em sistemas de fonte de fora de C.A., para captar a corrente da linha do
gerador e prover uma corrente, proporcional corrente de linha, para circuito de proteo
e dispositivos de controle.
O transformador de corrente um transformador do tipo anel, conforme mostrado
abaixo, usando um terminal de fora condutor de corrente como primrio (tanto o terminal
de fora ou o terminal de aterramento de gerador). A corrente no primrio induz uma
corrente no secundrio, por induo magntica.
Fonte: www.renovoltech.com.br
Fonte: www.novaban.com.br
214
Potncia em Transformadores
Como um transformador no adiciona nenhuma eletricidade ao circuito, mas meramente
modifica ou transforma a eletricidade que j existe nele, de uma voltagem noutra, a
quantidade total de energia no circuito permanece a mesma.
Se fosse possvel construir um transformador perfeito, no haveria perda de fora nele; a
energia seria transferida sem eliminao, de uma voltagem noutra.
J que a potncia o produto da voltagem pela amperagem, um aumento da voltagem pelo
transformador resultar numa diminuio da corrente e vice-versa. No pode haver maior
potncia no lado do secundrio de um transformador do que existir no lado do primrio. O
produto de ampres vezes volts permanece o mesmo.
A transmisso de fora por longas distncias realizada por meio de transformadores. Na
fonte de fora a voltagem elevada para reduzir a perda na linha durante a transmisso. No
ponto de utilizao, a voltagem reduzida, j que no praticvel o uso de alta voltagem
para operar motores, luzes ou outros aparelhos eltricos.
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Neste caso, a voltagem de entrada pode ser aplicada ao primrio para permitir medio da
voltagem de sada no secundrio. Se a voltagem no secundrio for baixa pode ser concludo
que o transformador tenha alguns enrolamentos "em curto", e ele deva ser substitudo. Se a
voltagem voltar ao normal, o transformador pode ser considerado defeituoso.
Um ohmmetro pode ser usado para determinar se um transformador de elevao ou
reduo. Num transformador de reduo, a resistncia do secundrio ser menor do que a
do primrio, e a recproca ser verdadeira, no caso de um transformador de elevao.
Ainda um outro mtodo envolve aplicar uma voltagem ao primrio e medir a sada do
secundrio. As voltagens usadas no poderiam exceder a voltagem de entrada especificada.
Quando um enrolamento estiver completamente "em curto", normalmente torna-se
superaquecido por causa do elevado fluxo de corrente. Em muitos casos, o valor excessivo
derreteria a cera no transformador, e isto poderia ser percebido pelo cheiro resultante.
Uma leitura de voltmetro atravs do secundrio marcaria zero. Se o circuito incluir um
fusvel, a corrente elevada pode provocar a queima deste antes de danificar seriamente o
transformador.
Na figura 8-212 mostrado um ponto do enrolamento do transformador ligado a terra. Se
o circuito externo do circuito do transformador est aterrado, uma parte do enrolamento
est efetivamente "em curto".
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O termo "amplificador" usado para este dispositivo, porque usando-se uns poucos
miliampres obtem-se o controle de uma sada de 1 ou mais ampres.
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Fonte: laercio.com.br
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Por esta razo, e ainda, porque este assunto tem valor ilustrativo para dar ideia do que
ocorreu antes do transmissor, o estudo das vlvulas ser mantido, aqui, como parte do
programa de manuteno de aeronaves.
Originalmente, as vlvulas foram desenvolvidas para equipamentos de rdio. Elas eram
usadas em rdio-transmissores, como amplificadores, para controlar voltagem e corrente;
como osciladores para gerar sinais de udio e rdiofrequncia e, como retificadores, para
converter corrente alternada em corrente contnua.
Vlvulas de rdio foram usadas com propsitos semelhantes em muitos dispositivos
eltricos de aeronaves, tais como: piloto automtico e regulador de "turbosupercharger".
Quando um pedao de metal aquecido, a velocidade dos eltrons no metal aumentada.
Se o metal for aquecido a temperatura suficientemente elevada, os eltrons so acelerados a
um ponto em que alguns deles realmente abandonam a superfcie do metal, conforme
mostrado na figura 8-217.
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Tipos de Vlvulas
Existem muitos tipos diferentes de vlvulas, das quais a maioria classifica-se em quatro
tipos: (1) diodo, (2) triodo, (3) tetrodo e (4) pentodo.
Destas o diodo usado quase que exclusivamente para transformar corrente alternada em
corrente contnua.
Em algumas vlvulas, o catodo aquecido por C.C. e tanto emissor de eltrons quanto
membro condutor de corrente, enquanto em outras o catodo aquecido por corrente
alternada.
Vlvulas que se destinam ao funcionamento com C.A. usam um elemento de aquecimento
especial que aquece indiretamente o emissor de eltrons (catodo).
Quando um potencial C.C. aplicado entre o catodo e outro elemento da vlvula chamado
de placa, com o lado positivo de voltagem ligado placa, os eltrons emitidos pelo catodo
so atrados pela placa.
Estes dois elementos constituem a forma mais simples de vlvula, que o diodo. No diodo
os eltrons so atrados pela placa, quando ela mais positiva do que o catodo, e so
repelidos, quando a placa menos positiva.
A corrente flui atravs da vlvula quando ela instalada num circuito, somente quando
positiva em relao ao catodo.
A corrente no flui quando a placa negativa (menos positiva), em relao ao catodo,
conforme ilustrado na figura 8-218. Esta caracterstica confere ao diodo seu tipo de uso,
seja de retificao ou de transformao de corrente alternada em contnua.
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Fluem do catodo para a placa e da atravs da carga, de volta para o catodo. No ciclo
negativo da voltagem aplicada, no h fluxo de corrente atravs da vlvula. Isto resulta em
sada de voltagem retificada (C.C.), mas consiste em pulsos de corrente de meio ciclo.
Numa vlvula ligada como retificadora de onda completa, a corrente flui para a carga em
ambos os meios ciclos da corrente alternada. A corrente flui da placa superior, atravs da
carga de C.C. numa alternao, e na seguinte a corrente flui para a placa inferior e atravs
da carga na mesma direo.
Vlvulas retificadoras foram largamente substitudas em sistemas de aeronaves por discos
secos ou diodos semicondutores. No estudo de dispositivos ou aparelhos "solid state", o
processo de retificao tratado detalhadamente.
O triodo uma vlvula de trs elementos. Adicionalmente placa e ao catodo existe um
terceiro elemento, chamado grade, localizado entre o catodo e a placa, conforme mostrado
na figura 8-220.
A grade uma malha de fio fino ou tela. Ela serve para controlar o fluxo de eltrons entre
o catodo e a placa. Sempre que a grade se torna mais positiva do que o catodo, ocorre um
aumento no nmero de eltrons atrados pela placa, resultando no aumento do fluxo de
corrente de placa. Se a grade se torna negativa em relao ao catodo o movimento de
eltrons para a placa retardado, e o fluxo de corrente de placa diminui.
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Normalmente, a grade negativa com referncia ao catodo. Uma maneira de tornar a grade
negativa usar uma pequena bateria ligada em srie com o circuito de grade. Esta voltagem
negativa aplicada grade chamada de bias. O uso mais importante de um triodo como
vlvula amplificadora.
Quando uma resistncia ou impedncia ligada em srie no circuito de placa, a queda de
voltagem atravs dela, que depende da corrente fluindo por ela, pode ser modificada pela
variao da corrente de grade.
Uma diminuta mudana na voltagem de grade provocar uma grande mudana na queda de
voltagem, atravs da impedncia de placa. Ento, a voltagem aplicada grade amplificada
no circuito de placa da vlvula.
Uma vlvula tetrodo uma vlvula de quatro elementos, sendo o elemento adicional em
relao ao triodo, mais uma grade (screen grid) (figura 8-221).
Em vlvulas triodo, sendo a grade negativa em relao ao catodo, ela repele os eltrons
secundrios e o funcionamento da vlvula no afetado.
No tetrodo, o efeito da emisso secundria especialmente perceptvel, j que a "screen
grid", que positiva em relao ao catodo, atrai os eltrons secundrios e provoca uma
corrente reversa entre a "screen grid" e a placa.
Os efeitos da emisso secundria so evitados quando se acrescenta uma terceira grade,
chamada grade supressora, entre a "screen grid" e a placa. Esta grade repele os eltrons
secundrios que se direcionam para a placa.
Uma vlvula com trs grades chamada de pentodo, o qual possui um elevado fator de
amplificao e usado para amplificar sinais fracos. O esquema de um pentodo mostrado
na figura 8-222.
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Fonte: infoescola.com
Um transistor um semicondutor que pode ser de dois tipos de materiais, cada qual com
propriedades eltricas. Os semicondutores so materiais cujas caractersticas de resistncia
encontram-se classificada entre os bons condutores e isolantes. As interfaces entre as partes
do transistor so chamadas de juno. Diodos de selnio e germnio (retificadores) so
exemplos de componentes semelhantes e so chamados diodos de juno.
A maioria dos transistores feita de germnio, aos quais certas impurezas so acrescentadas
para passarem certas caractersticas. As impurezas geralmente usadas so arsnio ou
"indium".
O tipo de transistor que pode ser usado em algumas aplicaes no lugar da vlvula triodo
o transistor de funo, o qual atualmente possui duas funes.
Ele possui um emissor, base e coletor que correspondem ao catodo, grade e placa
respectivamente, na vlvula triodo. Os transistores de funo so de dois tipos, o NPN
e o PNP. (Olhar figura 8-224).
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Diodos
A figura 8-226 ilustra um diodo de germnio que consiste de dois diferentes tipos de
materiais semicondutores.
Com a bateria conectada, como mostrado, lacunas positivas e eltrons so repelidos pela
bateria para a juno, causando uma interao entre as lacunas e eltrons. Isto resulta em
um fluxo de eltrons atravs da juno para as lacunas e para o terminal positivo da bateria.
As lacunas se movem em direo ao terminal negativo da bateria. Isso chamado de
direo avanada, e uma alta corrente.
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Diodo "Zener"
Diodo "Zener" (algumas vezes chamado de diodo separador) usado primariamente para
regulagem de voltagem. Eles so designados assim, por abrirem (permitir passar corrente)
quando o potencial do circuito igual ou acima da voltagem desejada.
Abaixo da voltagem desejada, o "Zener" paralisa o circuito do mesmo modo, como
qualquer outro diodo polarizado reversamente. Por causa do diodo `Zener", admitido
livre fluxo em uma direo. Quando este usado em um circuito de corrente alternada
devem ser usados dois diodos em posies opostas. Presta-se ateno nas correntes
alternadas.
O "Zener" pode ser usado em muitos lugares onde uma vlvula no pode ser usada, por ser
este de pequeno tamanho e pode ser usado em circuito de baixa voltagem.
A vlvula usada nos circuitos acima de 75 volts, porm o diodo "Zener" pode ser usado
em regulagens de voltagens to baixas quanto 3,5 volts.
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Transistor PNP
A figura 8-228 mostra um circuito de transistor, energizado por baterias. O circuito emissor
polarizado pela bateria e, diretamente, com alto fluxo de corrente.
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Transistor NPN
Na figura 8-230, um transistor NPN est conectado no circuito. Nota-se que as polaridades
da bateria esto invertidas em relao ao circuito do transistor PNP. Mas com os tipos de
materiais do transistor invertidos, o emissor ainda polarizado diretamente, e o coletor
ainda polarizado reversamente.
Neste circuito, um pequeno sinal aplicado na entrada causa uma pequena mudana nas
correntes do emissor e coletor; porm, o coletor sendo uma alta resistncia requer somente
uma pequena mudana de corrente para voltagem. Por esta razo, um sinal amplificado
aparece no terminal de sada.
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Moto-gerador
Um moto-gerador um motor C.A. e um gerador de C.C. combinado em uma unidade.
Esta combinao frequentemente chamada de conversor. Os conversores operam
diretamente com voltagem monofsica ou trifsica. Os conversores usados em grandes
aeronaves so normalmente operados na trifase, 208 volt do sistema C.A., fornecendo uma
corrente contnua de 200 ampres a 30 volts, com uma drenagem de corrente de 28
ampres do sistema C.A. Unidades similares a aquelas usadas em aeronaves com sistemas
C.C. so providas de regulador de voltagem e equipamentos de moto-gerador.
Um motor gerador oferece um nmero de vantagens como uma fonte de fora C.C., na
aeronave. Com um moto-gerador, uma interrupo momentnea da fora C.A. no corta a
fora C.C. completamente, devido a inrcia da armadura durante a interrupo da fora
C.A. Altas trocas de temperaturas afetam o moto-gerador levemente.
Falhas devido ao sobreaquecimento so insignificantes comparadas com aquela do
retificador de vlvula a vcuo, quando operado acima da temperatura de segurana. Em
adio, um moto-gerador pode ser operado em temperaturas abaixo daquelas requeridas
pelos retificadores a disco ou estado slido.
O grande problema para o moto-gerador igual ao de todos os equipamentos sujeitos a
rotao regular, - uma manuteno considervel, e geram rudos desagradveis,
especialmente se estiverem na cabine da aeronave.
Por esta razo e por causa do peso, espao e custo, o moto-gerador rapidamente trocado
por diversas fontes de fora em estado slido.
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Retificadores a Disco
Os retificadores a disco operam pelo princpio do fluxo da corrente eltrica atravs da
juno de dois materiais condutores no semelhantes, mais rapidamente em uma direo
do que na direo aposta.
Isso verdadeiro porque a resistncia ao fluxo de corrente em uma direo baixa,
enquanto na outra direo alta.
Dependendo do material usado, alguns ampres podem fluir na direo da baixa
resistncia, porm uns poucos miliampres na direo da alta resistncia.
Trs tipos de retificadores a disco podem ser encontrados nas aeronaves. O retificador de
xido de cobre, retificador a selenium e o de sulfito de cobre magnsio.
O retificador de xido de cobre (figura 8-234) consiste de um disco de cobre sobre o qual
uma demo de xido de cobre foi aplicada por aquecimento.
Isto tambm pode ser feito jateando-se um preparado qumico de xido de cobre sobre a
superfcie de cobre. Placas de metal, normalmente placas de chumbo, so prensadas contra
as duas faces opostas do disco para dar um bom contato.
O fluxo de corrente vai do cobre para o xido de cobre.
O retificador a selenium consiste de um disco de ferro similar a uma arruela, com um dos
lados coberto com selenium. Esta operao similar a do retificador de xido de cobre. O
fluxo de corrente se d do selenium para o ferro. O retificador de sulfito de cobre
magnsio feito de um disco de magnsio em forma de arruela coberto, comum a camada
de sulfito (ou sulfato) de cobre. Os discos so colocados de modo semelhante aos dos
outros tipos. A corrente flui do magnsio para o sulfito de cobre.
Retificadores de Estado-slido
No estudo dos transistores foi apontado que o diodo de estado-slido fabricado de
material semicondutor. Ele consiste de material tipo-N e tipo-P unidos a um cristal nico.
O ponto, ou juno, onde os dois materiais esto em contato chamado uma juno P-N.
Este tipo de semicondutor independentemente de classificao ou tamanho chamado um
diodo juno.
O primeiro tipo de semicondutor usado era chamado de diodo ponto-contato. Ele utilizava
um tipo nico de material semicondutor, contra o qual um fio de bronze fosfrico ou
tungstnio chamado "BIGODE DE GATO" era prensado ou fundido. O diodo pontocontato tem sido largamente substitudo por diodo juno por causa de sua capacidade de
corrente de carga limitada. Uns dos mais comuns materiais semicondutores so: o germnio
e o silicone. Um tpico diodo de juno mostrado na figura 8-235.
Fonte: nerdeletrico.blogspot.com
Figura 8-238 mostra uma tpica caracterstica de curva para um diodo juno. Como a
polaridade direta aumentada a uma quantidade pequena, o fluxo de corrente aumenta
consideravelmente. Por esta razo dito que dispositivos de estado-slido so dispositivos
operados por corrente, desde que seja fcil medir a grande relatividade de mudana no
fluxo de corrente quando comparado a uma pequena mudana na voltagem.
Retificao
Retificao o processo de mudana de corrente alternada para corrente contnua. Quando
um semicondutor retificador, semelhante a um diodo juno, conectado em uma fonte de
voltagem de corrente alternada, ele alternadamente polarizado direto e inverso, em
alternncia com a voltagem de corrente alternada, como mostrado na figura 8-239.
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(1) Ele limita a quantidade do fluxo de corrente no circuito para um nvel de segurana, e
(2) Ele desenvolve um sinal de sada para o fluxo de corrente atravs do mesmo.
Suponhamos que na figura 8-241, o topo secundrio do transformador positivo e o fundo
negativo. Desta forma, o diodo polarizado direto; a resistncia do diodo muito baixa e
flui corrente atravs do circuito na direo da seta.
A sada atravs do resistor carga (queda de voltagem) segue a forma de onda da metade
positiva da corrente alternada de entrada.
Quando a corrente alternada de entrada segue na direo negativa, o sinal da fonte r tornase negativo e o diodo fica com a polaridade invertida.
Com a polaridade invertida aplicada ao diodo a resistncia ao diodo, torna-se muito grande,
e o fluxo de corrente atravs do diodo e do resistor-carga torna-se zero (lembraremos que
uma pequenssima corrente fluir atravs do diodo). sada, a tomada atravs do resistor,
ser zero. Se a posio do diodo for invertida, a potencia de sada ser de pulsos negativos.
Em um retificador de meia-onda, meio ciclo de potncia produzido atravs do resistor de
carga para cada ciclo completo de potncia de entrada. Para aumentar a potncia de sada,
um retificador de onda completa pode ser utilizado.
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4.6 FILTRAGEM
Esta parte do processo de retificao que envolve a converso de voltagem A.C. em
impulso C.C. foi tratada e discutida para vlvula, disco-seco e diodos semicondutores.
Para o processo de retificao, de maneira que os pulsos de voltagem so mudados para
uma aproximao aceitvel de suavidade da DC, envolve um processo chamado filtragem.
Qualquer reatncia contrria mudana na voltagem (ou corrente) armazenando energia e
soltando essa energia de volta para o circuito pode ser usado como filtro.
No estudo dos capacitores, foi demonstrado que a capacitncia ope-se a mudana da
voltagem atravs de seu terminal, armazenando energia no seu campo eletro-esttico.
Sempre que a voltagem tende a aumentar, o capacitor converte esta voltagem e a muda
para energia armazenada.
Quando a voltagem tende a cair, o capacitor converte essa energia armazenada de volta em
voltagem.
O uso de capacitor para filtragem da sada do retificador ilustrado na figura 8-245.
O retificador mostrado como um bloco, e o capacitor C conectado em paralelo com a
carga R.
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Em cada resistor cair uma poro da voltagem aplicada, menor que a voltagem total. A
mesma teoria aplica-se aos retificadores acrescentados em srie, ou empilhados.
Empilhamentos em srie aumentam a razo da voltagem.
Se, por exemplo, um retificador for destrudo por uma aplicao de voltagem excessiva de
50 volts, e para ser usado num circuito com uma aplicao de voltagem de 150 volts, o
empilhamento de diodos pode ser usado. O resultado mostrado na figura 8-250.
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Medidor Eletrodinammetro
O medidor eletrodinammetro pode ser usado para medir voltagem e corrente contnua ou
alternada.
Ele opera com os mesmos princpios do medidor de bobina mvel de magnetismo
permanente, exceto quando o magnetismo permanece, e trocado por um eletromagneto
de ncleo a ar.
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Quando este medidor de aletas de ferro mvel projetado para atuar como voltmetro, o
solenoide enrolado com mais voltas de fio fino.
Voltmetros portteis so fabricados com resistncia em srie auto contidas que variam at
750V. Maiores faixas so obtidas pelo uso de multiplicadores externos adicionais.
O instrumento de aleta de ferro mvel pode ser usado para medir corrente contnua, mas
tem um erro devido ao magnetismo residual nas aletas. O erro pode ser minimizado
revestindo-se as conexes do medidor, e fazendo uma mdia das leituras.
Quando usados em circuitos de correntes alternadas, ou seja, circuitos C.A., o instrumento
tem uma preciso de 0,5 por cento.
Por causa de sua simplicidade, ele tem um custo relativamente baixo, e o fato de que
nenhuma corrente conduzida no elemento mvel, faz com que este tipo de movimento
seja usado extensivamente para medir corrente e voltagem em circuito C.A. de potncia.
Entretanto, por causa da reatncia magntica do circuito ser alta, o medidor de aletas de
ferro mvel requer muito mais potncia para produzir deflexo completa de escala, do que
requerida pelo medidor D'Arsonval da mesma faixa. O medidor de aletas de ferro mvel
raramente usado em circuitos de alta resistncia e baixa potncia.
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