Livro Senac
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ALIMENTAÇÃO COLETIVA
© Senac-SP 2007
Gerência de Desenvolvimento 3
Roland Anton Zottele
Coordenação Técnica
Carolina Figueiredo Pereira
Apoio Técnico
Aline Barrera Mirandola
Edição e Produção
Virtual Diagramação
ADMINISTRAÇÃO NA
ALIMENTAÇÃO COLETIVA
2007
Administração na Alimentação Coletiva
SUMÁRIO
1. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO / 6
1.1 HISTÓRICO / 6
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA UAN NA EMPRESA / 8
1.3 CONCEITOS / 8
1.4 TIPOS DE CLIENTELA / 9
1.4.1 NÚMERO DE CLIENTES E DE REFEIÇÕES / 10
1.5 ADMINISTRAÇÃO DA UAN / 11
1.6 PRODUTO E CARDÁPIO / 12
2. GESTÃO DE PESSOAS / 13
2.1 ATRIBUIÇÕES DO PESSOAL NO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO / 14
2.2 ADMISSÃO DE PESSOAL / 17
2.3 MÉTODOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA EQUIPE / 19
2.4 LIDERANÇA / 22
2.4.1 ESTILOS DE LIDERANÇA / 24
2.4.2 TÉCNICAS RELACIONADAS À ORGANIZAÇÃO / 24
2.5 MÉTODOS PARA DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL / 27
2.5.1 DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL PARA UND / 27
2.5.2 DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL PARA UAN / 28
7. ANEXOS / 117
1.1 HISTÓRICO
O Sistema de Alimentação Coletiva desenvolveu-se na
Inglaterra, no início da II Grande Guerra Mundial, quan-
do o governo Britânico decidiu pelo racionamento dos
alimentos devido à escassez, e para que a produção
existente atendesse à demanda de consumo da época,
as cantinas e os restaurantes de hotéis existentes, fo-
ram induzidos pelo governo a produzir alimentos para
toda a população, de maneira que todos os civis tives-
sem pelo menos uma refeição quente por dia e a partir
daí, surgiram cantinas e restaurantes de todas as classes e de vários tipos, incentivados
inclusive financeiramente pelo governo.
Segundo Mezomo, na área hospitalar, o Serviço de Alimentação (SA) era quase ou total-
mente inexistente. A responsável pelo preparo das refeições era a “cozinheira de mão
cheia” e que entendia de comida para doentes; recebia informações do médico, enfer-
meira ou a madre superiora, encarregada de supervisionar a alimentação. Somente em
meados do século passado, com o desenvolvimento da ciência da Nutrição é que renas-
ce a dietoterapia, já que se percebeu que uma alimentação equilibrada era um recurso
importante e muitas vezes vital para a recuperação dos pacientes.
1.3 CONCEITOS
Alimentação de coletividade é um mercado em franca expansão, e, gradativamente e de
forma crescente tal segmento revela-se como grande empregador. Os profissionais que
gerenciam Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) têm, em sua maioria, formação
em Nutrição. Para melhor compreendermos o mercado, estaremos mantendo de for-
ma didática a definição de UAN para a área de coletividade e de UND para a área de
Serviços de Saúde (hospitais). É importante ressaltar que a atuação gerencial do
Nutricionista e Técnico em Nutrição e Dietética envolve também restaurantes comer-
ciais, fast food e bufês ou qualquer outra área de produção de refeição onde exista a
valorização da qualidade no atendimento ao cliente.
Apresenta normalmente:
• freqüentemente apresenta cozinha geral;
• número de refeições constantes;
Apresenta normalmente:
• produção de dietas; normal e modificada;
• a qualidade/variedade dos serviços depende das características do hospital;
• serve refeições todos os dias ininterruptamente, variando de cinco a mais refeições;
• o serviço é feito nos quartos para pacientes e acompanhantes e para os funcionários,
em refeitório.
• apresenta cozinha geral e dietética;
• apresenta produção especializada de dieta enteral, alimentação infantil e em alguns
casos o banco de leite humano;
• o número de refeições vai variar conforme a lotação do hospital;
• pode apresentar serviço de conveniência; seja em lanchonete ou mesmo no
atendimento aos quartos dos indivíduos internados e áreas administrativas do hospital.
Na UND, o número de refeições diárias nos refeitórios vai variar segundo os plantões e
carga horária trabalhada diariamente, enquanto o atendimento aos pacientes e acompa-
nhantes vai variar conforme a lotação do hospital (porcentagem de ocupação).
A elaboração dos cardápios tem tomado foco prioritário na UAN por estar relacionada
diretamente ao desempenho da Unidade, a fidelização da clientela, por ser instrumento
de marketing bem como garantia do processo produtivo que leve ao lucro.
Motivação é um processo essencial na vida de todo profissional e pode ser definida como
uma força que faz com que os colaboradores desenvolvam bem suas atividades, sejam
promovidos e valorizados. Cabe às organizações proporcionar meios para satisfazer e
motivar seus colaboradores, já que esse é o caminho para aumentar os resultados e
atingir o sucesso do negócio.
• título do cargo;
• local de desempenho do trabalho;
• relação direta de subordinação;
• atribuições e tarefas desenvolvidas;
• responsabilidade por áreas, equipamentos, utensílios e materiais;
• requisitos intelectuais necessários;
• atitudes, comportamentos, habilidades e decisões necessárias ao desempenho da
tarefa;
• condições de trabalho a que é submetido o agente do cargo.
Conhecimentos/requisitos necessários:
Conhecimentos/requisitos necessários:
Conhecimentos/requisitos necessários:
Recrutamento
É realizado por intermédio do Departamento de Desenvolvimento
de Pessoal, mediante a necessidade de contratação de determinado
funcionário (geralmente solicitado através de requisição). O recruta-
mento procura atrair um número suficiente de candidatos à determi-
nada vaga, ao mesmo tempo em que orienta sobre as normas para
inscrição, determinando os aspectos necessários solicitados. É a eta-
pa responsável pela primeira triagem dos candidatos, que podem ser de dois tipos:
Seleção
É o processo de escolher dentre os candidatos aquele que possui as qualificações e re-
quisitos adequados ao desempenho do cargo.
Existem várias ferramentas a ser utilizadas num processo de seleção, sendo elas:
• estilo de liderança;
• resistência à pressão;
• comunicabilidade;
• empatia/simpatia;
• trabalho em equipe;
• poder de argumentação.
e) Outros testes: buscando técnicas mais eficazes para a seleção de pessoal, as empre-
sas estão adotando formas alternativas tais como: grafologia, astrologia, numerologia e
testes informatizados.
Para possibilitar uma decisão coerente, se possível, realizar o processo seletivo com cola-
boração de outros membros da equipe, o que permite maior discussão dos resultados.
Decisão
A decisão do processo seletivo deve ser baseada na certeza de ser a pessoa certa no
lugar certo. Considere apenas os resultados das avaliações realizadas. Não faça uma
decisão apressada. As falhas certamente comprometerão o resultado final. Com a apro-
vação nesse processo seletivo, o candidato deverá realizar o processo de avaliação mé-
Capacitação da equipe
Os homens não são obras acabadas, assim o desenvolvimento profissional de todas as
funções dentro da organização deve ser um processo dinâmico.
Tipos de treinamento:
Fases do treinamento:
• diagnóstico da situação/necessidade;
• elaboração do processo de treinamento;
• implementação do treinamento;
• avaliação.
Assim, a avaliação deve ser também um instrumento para alcançar a motivação que é
um processo essencial na vida de todo profissional e pode ser definida como uma força
que faz com que os colaboradores desenvolvam bem as suas atividades e sejam promo-
vidos e valorizados. Cabe às organizações, proporcionar meios para satisfazer e motivar
seus colaboradores, já que este é o caminho para aumentar os resultados e atingir o
sucesso do negócio.
2.4 LIDERANÇA
A relação entre empresa e colaboradores é bastante complexa. O gerente
da empresa é o mediador dessa relação e para os funcionários, ele repre-
senta a empresa.
CICLO ADMINISTRATIVO
O ciclo administrativo tem como base o PDCA – Método que visa o Controle da Quali-
dade no processo de trabalho aplicando o ciclo de análise consecutivo a partir dos resul-
tados obtidos. As etapas de planejamento, execução e avaliação estão diretamente rela-
cionadas e integradas:
Adaptado de: Ralph White e Ronald Lippitt, “Comportamento do Líder e Reação dos Membros em Três Climas Sociais, in
Dinâmica de Grupo: Pesquisa e Teoria, Dorwin Cartwright e Alvin Zander (orgs.), São Paulo, EPU, 1975, v.2
constituído de retângulos ligados por linhas horizontais e verticais. Mas, hoje novos
modelos de organograma são desenhados representando a relação de unidade entre
os diferentes setores das empresas.
No organograma, a autoridade pode ser apresentada em LINHA:
Os itens acima devem ser divulgados ao colaborador no momento da admissão para que
o mesmo tome ciência das regras da empresa. Em alguns casos, a UAN disponibiliza um
horário na etapa de integração para que o recém-admitido participe de palestras sobre
direitos e deveres.
Os índices que serão demonstrados servem apenas de base para o cálculo, tendo em
vista que o dimensionamento do pessoal pode variar em função do padrão do hospital,
tipo de construção, sistema de distribuição, quantidade, tipo de equipamentos, instala-
ções, etc.
Exemplo:
130 funcionários = 100 %
X funcionários = 8%
X = 10 funcionários
Cálculo do número de substitutos
Levando-se em conta que o pessoal seja contratado pelo regime de CLT, isto é, 8 horas
de trabalho por dia com intervalo de 1 hora para refeição, folga semanal, férias anuais de
30 dias, o cálculo será:
Exemplo:
6 funcionários = 1 substituto de folga
10 funcionários = X substitutos de folga
X = 1,6 = 2 substitutos
Substituto de férias: como cada funcionário tem direito a 30 dias de férias por ano,
multiplicando-se o número total de funcionários por 30, teremos o total de dias que
ficaremos sem o funcionário no serviço. Levando-se em conta os feriados anuais e as
férias, cada funcionário trabalhará aproximadamente 330 dias/ano, assim:
Exemplo:
10 funcionários X 30 dias = 300 dias
300 dias: 330 dias = 0,9 funcionário = 1 funcionário como substituto de férias
a) Índice de produtividade
Um índice muito utilizado atualmente para verificação do núme-
ro de funcionários adequados ao bom andamento de um SA é o
comparativo de produtividade estabelecido através da relação
Sabe-se ainda que a relação de mecanização, tipo de serviço, tipo de cardápio e a moder-
nização das cozinhas influenciam diretamente neste índice de produção, assim como a
complexidade do serviço.
b) Indicador de Pessoal
“n” minutos = tempo médio gasto em minutos para o preparo e distribuição de uma
refeição.
8 X 60
Visa avaliar o número máximo de período de descanso dos empregados que um substi-
tuto pode cobrir por ano.
30
89
11,1
3,1
Observação:
nº médio de ausentes
Administração 15% 5%
Cafeteria 7% -
Lanches e desjejum 5% -
Distribuição - 20-15%
Higienização de utensílios 8% 8%
Recebimento e estocagem 8% 8%
Serviço noturno 6% -
A gestão dos processos produtivos envolve uma série de ações com a equipe, com a
adequação/manutenção do fluxograma de produção conforme exigência da Vigilância
Sanitária, inovações tecnológicas e estruturais, controle de custos, controle de sobras e
desperdício entre outros. É garantir a execução das atividades planejadas baseando-se
em resultados e metas desafiadoras para a evolução da UAN.
Observando o quadro acima, verificamos que o índice diminui à medida que o número
de comensais aumenta. Isto ocorre em função da produtividade associada aos equipa-
mentos e mão-de-obra.
Os fatores que afetam o dimensionamento da área física são: número de refeições, pa-
drão do cardápio, sistema de distribuição, política de compras, dependências físicas e
necessárias.
Para o cálculo da área da produção normal de uma UND deve-se considerar o mesmo
coeficiente do quadro 3; para a cozinha dietética o cálculo deve ser realizado por leito
conforme quadro abaixo. Estabelece-se ao totalizar a área destinada uma porcentagem
de 5 a 10% como margem de segurança. As exigências para a construção de uma UND
são citadas na Resolução nº50 de 2002 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
para a área de preparo de dieta enteral existe legislação específica inclusive com determi-
nação de áreas mínimas.
N. de leitos Coeficiente
até 50 leitos 2,0 m2/leito
• Localização
O pavimento térreo é preferível por proporcionar
fácil acesso externo para abastecimento,
iluminação natural e ótimas condições de
ventilação.
• Configuração geométrica
A forma mais indicada é a retangular desde que o comprimento não exceda mais de
1,5 a 2 vezes a largura. Aconselha-se que a largura mínima seja de 7 m.
• Iluminação
Deve ser distribuída de maneira uniforme pelo ambiente. A iluminação mais
recomendada é a natural; a artificial pode ser utilizada como complemento desde
que não mude a cor dos alimentos, assim como devem estar devidamente protegidas.
• Acústica
Devido à grande quantidade de equipamentos, sistema de exaustão, manipulação de
utensílios, entre outros, existe dentro da cozinha uma grande quantidade de ruído,
em torno de 45 a 55 decibéis, que é bem tolerável, porém em áreas que excedam
os 85 decibéis devem ser utilizados EPIS com vistas à redução da fadiga e irritação
por permanência prolongada em ambientes barulhentos. Deve-se prever o
isolamento acústico entre a cozinha e o refeitório, usando elementos minimizadores
à carga de transferência de ruídos.
• Ventilação
As áreas de produção devem ser bem ventiladas, especialmente as dos locais com
equipamentos que produzam excessivo calor ou vapor no ambiente, a fim de evitar
a condensação de vapor no ambiente e a proliferação de mofo. Neste ponto, o
lactário e o preparo de dieta enteral diferenciam-se por haver necessidade de maior
controle da qualidade do ar já que as salas de produção não recebem ar diretamente
do meio externo.
• Temperatura e umidade
Uma temperatura de 22 a 26°C, com umidade relativa de 50 a 60%, é considerada
compatível com as operações da UAN/UND. A ventilação adequada com renovação
constante do ar circulante deve garantir tal conforto térmico.
• Cor
A escolha das cores no ambiente de trabalho está diretamente relacionada ao índice
de reflexão. As cores têm poder de absorver luz em maior ou menor intensidade,
daí sua importância no ambiente de trabalho. A cor mais indicada é o branco ou
variações de tons claros como bege e amarelo. Outro motivo da cor ser clara é a
facilidade para visualização de sujidades e manutenção de limpeza sendo mais um
tópico exigido pela legislação.
• Edificações
Piso - deve ser constituído de material liso, resistente, impermeável de fácil limpeza
e antiderrapante, em bom estado de conservação, além de possuir inclinação
suficiente para direcionar a água aos ralos. Todas as junções entre o piso e as paredes
devem ser arredondadas semelhante a recanto sanitário.
Pé direito - a altura do piso ao teto não deve ser elevada, pois torna difícil a limpeza
e higienização do local, porém se for muito baixa pode levar a problemas com a
ventilação e distribuição de luz, etc. Assim é sugerido:
- pé direito entre 2,40 e 3,00m. - para dispensa, áreas de circulação, administração, etc.;
- pé direito entre 3,00 e 3,60m. - cozinhas de pequeno e médio porte;
- pé direito entre 3,60 e 4,50m. - cozinhas de grande porte.
Portas e janelas - as portas devem ter superfícies lisas, não absorventes, com
fechamento automático (molas ou sistema eletrônico) e abertura máxima de 1 cm
do piso, com proteção contra roedores. As janelas também devem ser lisas e de fácil
limpeza dotadas de telas de fácil remoção para evidenciar a higiene.
Forros e tetos - o acabamento deve ser liso, impermeável, lavável, de cor clara, em
bom estado de conservação, livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor,
descascamentos e em perfeitas condições de limpeza. Não devem possuir aberturas
nem bordas que propiciem a entrada de pragas e formação de ninhos.
• Instalações
Água - o abastecimento de água potável deve estar ligado à rede pública ou outra
fonte com potabilidade atestada através de laudo de análise validado a cada 6 meses.
Todos os reservatórios, obrigatoriamente, devem possuir capacidade de
armazenamento correspondente ao consumo diário, respeitando o mínimo absoluto
de 1000 litros. As caixas de água devem ser devidamente protegidas contra infiltrações,
• Administração
Deverá contar com uma sala localizada de modo a permitir
a fácil observação da cozinha e lavatórios. A parede deverá
ser dotada de visor em toda extensão com objetivo de
facilitar a visão do ambiente a ser supervisionado.
• Recebimento
É a área externa de controle de qualitativo e quantitativo dos gêneros. Sua localização
deve facilitar o acesso a caminhões e carros de entrega, preferencialmente com
plataforma de descarga e deve estar o mais próximo possível do estoque seco e frio.
Recomenda-se que o recebimento conte com pia para a pré-higienização de
hortifrutigranjeiros, além de contar com área necessária à transferência das
mercadorias das caixas de papelão e madeira para recipientes adequados
(monoblocos) devidamente higienizados. São necessários balanças, termômetro,
monoblocos e caixas vazadas, carro hidráulico e palet. Caso o recebimento seja
realizado em andar diferente das áreas de estoque e produção, deve-se prever a
existência de elevadores (monta-carga) que realize o transporte dos gêneros até
seu adequado armazenamento.
- Estoque/Almoxarifado
Área destinada ao armazenamento de produtos à temperatura ambiente, produtos
não perecíveis, devendo ser um local limpo, arejado e claro.
São necessários prateleiras a 25 cm do piso e profundidade não superior a 45 cm,
assim como estrados de madeira (palets) com altura de 25 a 40 cm do chão, balança,
carros (do tipo plataforma) para transporte, mesa e palet. O controle da
movimentação dos gêneros pode ser realizado através de sistemas informatizados,
sendo necessária previsão de computador. Nesta área, tem-se especial atenção ao
armazenamento de materiais de limpeza (produtos químicos), os quais de preferência
devem ser guardados em ambiente separado dos alimentos. Na impossibilidade, os
produtos devem ser armazenados na última prateleira, mais próximos do piso,
impedindo que ocorra qualquer risco de contaminação química dos alimentos.
- Armazenamento frio
Destina-se à estocagem de gêneros perecíveis em condições
ideais de temperatura e umidade. Os critérios de temperatura
devem seguir as recomendações da Legislação. Devido à
grande diversidade de produtos utilizados, recomenda-se a
instalação de três câmaras frigoríficas:
• câmara para armazenamento de carnes (com temperatura entre 0 e 4°C);
• câmara para laticínios e sobremesas (temperatura entre 4 e 6°C);
• câmara de hortifrutigranjeiros (temperatura entre 8 e 10°C).
• Produção
- Pré-preparo
Nesta área, são realizadas todas as operações que antecedem a confecção das
refeições, deve haver a preocupação com o movimento do pessoal operacional,
facilidade de transporte dos produtos e mobilidade dos equipamentos, com o objetivo
de diminuir o esforço físico no trabalho.
- Pré-preparo de carnes
Esta área é necessária às unidade (quaisquer unidades), independente do número de
refeições que receba carnes em peças para corte; deve ser provido de mesas com
tampos de polipropileno removíveis que, para evitar contaminação, a cada
manipulação de produto deverá ser realizada desinfecção. Caso a manipulação de
diferentes tipos de carnes ocorra no mesmo horário deverá possuir mesas e/ou
balcões suficientes para separar os produtos evitando contaminação cruzada. Ainda,
devem constar no espaço balcão com cubas em inox, equipamentos como a máquina
de moer carne, cortador de frios, balança, amaciador de bifes, amolador de facas,
conjunto de facas para diferentes cortes, tábuas em polipropileno. Esta área, de
preferência, deve ser localizada próxima às câmaras frias para facilidade do transporte
e armazenamento; a legislação sugere também a climatização do ambiente
possibilitando maior tempo de manipulação das carnes com menor variação da
temperatura.
- Pré-preparo de hortaliças
Esta área é destinada ao preparo de saladas, frutas e corte de hortaliças para a cocção.
O fluxo deve garantir uma manipulação correta onde não ocorra contaminação
cruzada. O ideal é que estes três setores sejam separados; quer por área física ou
por processo em horários predefinidos. Deve contar com balcões com tampo de
inox dotados de cubas profundas, com torneiras e chuveiros para lavagem de vegetais,
mesas de aço inox ou mesas com tampo em polipropileno. Podem ter prateleiras
inferiores para organização dos utensílios utilizados na área (deve estar a 35 cm do
piso). Ainda é necessário contar com refrigerador para o armazenamento dos
produtos processados, descascador de tubérculos, multiprocessador de alimentos,
triturador de resíduos, carro para transporte dos alimentos, espremedor de frutas e
termômetro; monoblocos e caixas vazadas, tábuas em polipropileno podendo ser
coloridas para não misturar com outros processos da área.
- Pré-preparo de cereais
Deve apresentar balcão em inox vazado para escoar os grãos ou mesa para a seleção,
além de tambores plásticos com tampa para o armazenamento dos grãos já
selecionados. Deve ser dotado de carros para lavagem de cereais. Caso a UAN
- Confeitaria
Área destinada ao preparo de sobremesas e toda linha de salgados e doces para
coffee-breaks, cocktails, breakfast, etc. São necessárias mesas de trabalho, com
obrigatoriedade de pelo menos um tampo de pedra (clara) para o trabalho de massas.
Na utilização para o manuseio de cremes, o controle de temperatura e sua localização
são fundamentais. Hoje, pela facilidade na aquisição de bons produtos e grande
variedade no mercado, a maioria das cozinhas terceiriza este serviço/produto não
planejando uma área específica. Os equipamentos necessários nesta área são:
batedeiras e acessórios, liquidificador, utensílios de confeitaria, fornos, refrigerador e
balança.
- Cocção/preparo
Deve-se situar entre a área de pré-preparo e a
distribuição. O planejamento deve estar associado
diretamente ao fluxo dos alimentos e adequado
com a localização dos equipamentos necessários,
seguindo um fluxo racional e linear, evitando
desperdício de tempo e contaminação cruzada.
Esta área é responsável pela finalização das
refeições envolvendo a confecção de assados,
cozidos, grelhados e frituras. Muitos equipamentos
são necessários e cada vez mais a tecnologia tem
avançado na criação de materiais mais leves,
resistentes e eficientes:
• fornos combinados; elétricos ou a gás;
• fogões industriais (podendo acoplar banho-maria e chapas);
• caldeirões (elétricos, a vapor, a gás ou a gás/vapor);
• frigideira elétrica e fritadeiras;
• mesas de trabalho de inox;
• utensílios em inox e polipropileno como facas, tábuas para corte, caldeirões,
caçarolas e frigideiras, espátula, escumadeira, peneira, entre outros;
• pias para lavagem de mãos com pedal (saboneteiras e anti-séptico final).
Na UND, a cozinha dietética se separada da cozinha geral, deve possuir a mesma estru-
tura, mantendo os equipamentos e utensílios também separados para facilitar a produ-
ção. Normalmente, o número de dietas normais é maior do que as dietas restritas e
pode-se adequar o número e tamanho dos materiais e equipamentos para a produção
de menor volume.
- Distribuição
A linha de distribuição deve estar bem localizada tanto em relação à cozinha para
facilitar o reabastecimento, tanto ao conforto do usuário, como na melhor disposição
dos alimentos em relação ao fluxo de clientes.
Tipos de distribuição
a) Distribuição centralizada
É o sistema considerado mais prático e funcional, onde as refeições são preparadas e
porcionadas no mesmo local e daí transportadas para os andares de distribuição em
carros isotérmicos para manter a temperatura. Na UAN, a refeição preparada é coloca-
da em recipiente de inox e levada até o balcão de distribuição localizada no mesmo
andar.
b) Distribuição descentralizada
É o sistema de distribuição onde as refeições são preparadas, porcionadas em recipien-
tes na quantidade necessária para o atendimento de uma unidade de internação; são
transportadas e na copa de internação ocorre o porcionamento para entrega aos clien-
tes nos quartos. Na UAN, a distribuição descentralizada ocorre quando há transporte da
refeição fazendo com que a distribuição seja em local diferente da área de preparo.
Algumas desvantagens são bem visíveis neste tipo de distribuição, sendo elas:
c) Distribuição mista
Mescla os dois tipos de distribuição, obtendo assim maior praticidade e qualidade na
distribuição das refeições, geralmente neste sistema nas refeições maiores como almo-
ço e jantar é utilizada a distribuição centralizada, enquanto as refeições maiores como o
desjejum, colação e lanche são distribuídos descentralizados.
- Refeitórios
O salão de refeições deve ser um local
arejado, claro e confortável, mesmo que
simples, a necessidade de diversificação
de salões por tipo de clientela deve ser
analisada com cautela, e deve estar
estreitamente relacionada à política de
Recursos Humanos da empresa.
Deve haver espaço para mesas e
cadeiras com perfeita circulação. Ainda
é aconselhável uma decoração agradável
com o objetivo do relaxamento e socialização das pessoas que utilizam o local.
Os refeitórios ainda podem contar com uma sala planejada para a distribuição de
café aos comensais após as refeições. Esta sala pode ser substituída por um pequeno
espaço onde estejam dispostos garrafas térmicas, uma máquina de café além de
todo material de suporte para a distribuição.
• Áreas de apoio
- Lavagem de utensílios
Esta área deve ser adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de
guichê para recepção do material usado. O layout deve prever a instalação para o
armazenamento do material após a higienização sendo chamada de área de guarda
de utensílios.
Por ser uma área de transmissão de alto grau de ruído deverá ser instalada em sala
fechada, se possível com tratamento acústico, além dos funcionários utilizarem os
EPIs adequados; o fluxo de trabalho deve cumprir um fluxo racional de trabalho sem
cruzamento entre materiais limpos e sujos.
Esta área deve contar com: esteira rolante, recipientes para coleta de resíduos,
esguicho para pré-lavagem, triturador de lixo, recipiente para talheres, carro para
remolho de talheres, máquina de lavar louça, sistema de exaustão, mesas de apoio,
carros para transporte de bandejas e pratos.
- Caixotaria
Deve ser um local fechado, equipado com água quente e fria para realização da
correta higienização de carros de transporte e caixas plásticas. Deve prever local
para o perfeito armazenamento das caixas.
- Depósito de lixo
Área destinada ao armazenamento diário de lixo, localizada em ponto externo sem
comunicação direta com a produção e que facilite a remoção dos resíduos. Deve
ser toda revestida de material lavável e pode ser climatizada para o armazenamento
de resíduos orgânicos. A climatização ou não está associada diretamente à freqüência
de coleta dos resíduos pela prefeitura ou empresa contratada. É importante que o
local seja dotado de esguicho de pressão com água fria e quente para lavagem dos
recipientes e carros de coleta.
Abaixo apresentamos uma sugestão de planta baixa para uma UAN, elaborado pelo
Programa Alimento Seguro – PAS, 2003. Ministério da Saúde - ANVISA.
As vantagens podem se destacadas em: menor custo de mão de obra, redução no con-
sumo de água, vapor, gás, menor gasto com materiais de limpeza, maior controle de
processo com redução acentuada de sobras e melhor garantia de preparo, já que o
mesmo ocorre por lotes pequenos fazendo com que a UAN trabalhe o mais próximo da
metodologia “just in time”. Permite maior variedade de cortes e programação dos ali-
mentos mesmo fora de safra. Facilita a coleta seletiva para embalagens como plástico e
papelão.
O conceito de cozinha de montagem pode ser aplicado tanto na UAN como na UND
sendo bastante utilizado nas redes de fast-food.
O fluxo de preparo das fórmulas deve estar coerente para que não ocorra contamina-
ção cruzada.
Fonte: Programa Alimento Seguro – PAS, Boas Práticas e Sistema APPCC em Nutrição Hospitalar
Fonte: Programa Alimento Seguro – PAS, Boas Práticas e Sistema APPCC em Nutrição Hospitalar
3.1.7 Equipamentos
Completam o planejamento físico, pois definem o lay-out da UAN.
Deve atender ao fluxo racional das operações, evitando
cruzamentos e retornos desnecessários.
• número de refeições;
• política da empresa;
• mão-de-obra;
• investimento inicial;
• padrão de cardápio;.
• sistema de distribuição;
• tempo de cocção;
• equipamentos sobre rodízios;
• produção local e refeição transportada.
O controle da higienização das áreas e equipamentos da UAN deve ser realizado pelo
profissional técnico do serviço por intermédio do acompanhamento das atividades, com
base nos critérios, procedimentos e periodicidade anteriormente estabelecidos no Ma-
nual de Boas Práticas, conforme exigência da legislação vigente. Deve ser desenvolvido
um “check-list” (lista de verificação) de higienização para o acompanhamento periódico
do trabalho realizado, além é claro da supervisão diária.
Para a definição dos produtos químicos é importante verificar suas indicações de uso,
diluições e precauções. As atividades de higienização das áreas, quando realizadas sem os
devidos critérios de segurança podem provocar acidentes de trabalho, envolvendo into-
xicações, quedas e outros acidentes como queimaduras. Para prevenção de ocorrências
de situações assim é recomendável a adoção de precauções indicadas pelo fabricante e
uso de equipamentos de proteção individuais; determinados nas Normas Regulamen-
tadoras do Ministério do Trabalho.
Higienização manual
a) remoção manual dos resíduos grossos;
b) remoção dos resíduos impregnados com água corrente e
aquecida a 44 ºC com sabão neutro ou detergente;
c) enxágüe final em água corrente;
d) desinfecção por imersão de 2 a 3 min. em água aquecida a 80ºC ou imersão em
solução clorada com enxágüe ou álcool 70% sem enxágüe;
e) secagem natural em superfícies que permitam o escoamento da água.
Higienização mecânica
a) remoção dos resíduos grossos;
b) acondiciona nas gavetas da máquina de lavar;
c) lavagem com água a 55-65ºC e detergente alcalino e não espumante por 40 segundos
ou tempo do ciclo do equipamento;
d) pausa de 5 segundos para escoar água;
e) enxágüe em água aquecida 85-90ºC por 10 segundos ou conforme ciclo do
equipamento;
f) novo enxágüe em água aquecida 85ºC com tensoativo (secante);
g) saída da máquina aquecida e pronta para uso;
h) pode-se passar álcool 70% como alternativa para não manter marcas da água seca.
3.2 CARDÁPIOS
Cardápio é por definição uma lista de preparações culinárias que
compõe uma refeição ou todas as refeições de um dia ou um perío-
do determinado. Também é chamado de menu, lista ou carta.
• clientela: hábito alimentar, idade, atividade física, sexo, estado fisiológico, religião e
número de clientes atendidos;
• custos;
• região geográfica;
• nível sócio-econômico;
• sazonalidade do alimento;
• estrutura da cozinha: área física e equipamentos.
Para a programação das preparações são pontos fundamentais que devem ser observa-
dos com muito cuidado:
Entrada
Prato principal
Guarnição
Prato base
Sobremesa
Complementos
PRATOS PRINCIPAIS
CARNE BOVINA
Bife grelhado Simples grelhado.
Bife acebolado Grelhado acompanhado com cebola refogada.
Bife à crioula Grelhado servido c/ molho de alho e cebola, salsa
picada, tomate e pimentões, mais óleo e vinagre.
Bife c/ molho de pimentão Grelhado servido com molho de tomate e tirinhas
de pimentão.
Bife à Catarina Grelhado servido com molho de tomate e ervilha.
Bife holandês Grelhado servido com molho de tomate, cenoura
ralada e presunto em tiras.
Bife à saltimboca Grelhado com uma tira de bacon.
Bife à Camões Grelhado servido com um ovo frito.
Bife à cavalo Grelhado servido com dois ovos fritos.
Bife à pizzaiolo Grelhado, coberto com fatia de mussarela e
molho de tomate com orégano. Leva-se ao forno.
Bife à chinesa Grelhado servido com refogado de moyashi, cubos
de pimentão, cubos de cebola e molho shoyu.
Bife à francesa Grelhado servido c/ refogado de presunto em tiras,
batata palha, ervilha, cebola picada e cogumelos.
Filé água na boca Bife grelhado, com molho à base do próprio suco
da carne, creme de leite, nozes e passas brancas.
Filé emental À milanesa, recheado com presunto recoberto
com queijo mussarela, tomate recheado com
queijo ralado e gratinado. Acompanha batata
palha e ervilha na manteiga
Filé mignon à açorianos Grelhado, Juliana de cenouras e chuchu, purê de
maçã, ovo cozido picadinho.
Filé mignon andaluzia Grelhado, molho demi-glacê, berinjela recheada
com presunto à doré e tomate concassé.
Filé mignon bizantino Grelhado, couve-flor à milanesa, purê de batata,
molho de champignon.
Filé mignon à Bruxelas Grelhado, couve de Bruxelas e molho de
mostarda.
Filé mignon à cubana Grelhado, arroz mexido com ovos, batata palha,
banana à milanesa, palmito à milanesa e ervilha.
Filé mignon diplomata Grelhado, milho ao creme e arroz à piemontês.
Filé mignon à Du Barry Grelhado, creme de espinafre, couve-flor à doré
e molho de champignon.
Filé mignon à Florentina Grelhado, creme de espinafre, bacon e lingüiça.
Filé mignon forestier Grelhado, bacon, batata noisetes, cebolinha em
conserva e ervilhas.
Filé mignon à garni Grelhado e legumes na manteiga.
Filé mignon à Havaí Grelhado, ervilhas, aspargos, batata palha e abacaxi
grelhado.
Filé mignon Ipanema Grelhado, jardineira de legumes e bolinhos de
arroz com cheiro verde.
Filé mignon Itamaraty Grelhado, torradas de pão com creme de
espinafre, queijo ralado e rodelas de ovo cozido.
File mignon Loid George Grelhado, com tiras de bacon, maçã assada, batata
noisete e molho holandês.
Filé mignon à L’Onion Grelhado, fatias de cebola à doré, purê de batata.
Filé mignon à moda do chefe Grelhado, fundo de alcachofras e legumes saltados
na manteiga.
CARNE DE AVES
Coq au Vin Peito, coxa e sobrecoxa de frango ensopado no
vinho tinto.
Filé de frango grelhado Filé de peito ou coxa desossada.
CARNE SUINA
Bisteca Belo Horizonte Grelhada, couve mineira, aipim frito e tutu de feijão.
Bisteca à brasileira Grelhada, farofa, batata frita e banana à milanesa.
Costelas de porco Assadas, com molho de passas, catchup, tomate
e mostarda.
Feijoada Feijão preto, paio lingüiça, carne seca, lombo, pé,
orelha, bacon, acompanha molho, arroz, couve e
farofa.
PESCADOS
Linguado à Finkenwerder Linguado, sal, pimenta, suco de limão, toucinho
defumado, farinha de trigo, salsa e limão para
guarnecer.
Linguado à La Meunière Filé de linguado dourados em óleo, guarnecer com
suco de limão, gotas de molho básico, manteiga
noisete e salsa.
Linguado à Belle Meunière Filé de linguado, dourados em óleo, guarnecer
com tomate concassé em buquê, champignon
fatiado, suco de limão, gotas de molho básico,
manteiga noisete e salsa.
Pescadinha à Colbert Pescada espalmada, temperada com sal e pimenta,
passar na farinha de trigo, ovos batidos e farinha
de rosca, fritar e colocar molho maitre d’hôtel.
Moqueca de cação Cação ao molho de tomate e leite de côco.
Moqueca de peixe Filé de namorado, leite de côco, pimentão verde
e vermelho, azeite de dendê e cebola.
MANTEIGAS
Manteiga Maitre D’Hôtel Temperada com suco de limão, pimenta e salsa.
Manteiga Noir Aquecer até escurecer sem fumegar mais suco
de limão.
Manteiga Noisette Aquecer até dourar.
Manteiga Meunière Noisette mais suco de limão.
MOLHOS QUENTES:
- caldo preparado com especiarias, no qual se refogam ou assam certas especiarias.
- espécie de preparado líquido, servido com certos pratos.
MOLHOS FRIOS
Argentino Sal, tomate sem pele, pimentão descascado, alho,
azeite, vinagre, salsa e cebola.
CONSOMMÉS
Consommé: - caldo de carne, concentrado e clarificado
SOPAS
Sopas: pratos feitos à base de caldo de variada composição e consistência, em que se cozem
diferentes alimentos. Servem geralmente de entrada.
CREMES
Creme: sopa de legumes passados na peneira ou no liquidificador, acrescida de gemas de
ovos e leite ou só creme de leite.
MASSAS
Canelone à Chopin Recheado com frango desfiado, palmito, milho
verde, champignon e molho branco.
SALADAS
Frio alemão Macarrão cozido e frio (pena ou parafuso),
maionese, azeitona, pimentão, cebola, cenoura
crua ralada, presunto e queijo em cubos.
Salada à francesa Abacaxi, presunto maçã, chucrute, maionese,
creme de leite, suco de limão, cheiro verde, açúcar
e sal.
Salada à grega Chicória, alface, pepinos, tomates, azeitonas
pretas, ricota, anchovas no óleo, cebolinha verde,
alcaparras e tempero.
Salada agreste Juliana de vagem, chuchu, cenoura, couve-flor e
molho maionese.
Salada à Juliana Cenoura cozida em tirinhas, vagens, batatas
cortadas em tirinhas, palmito, folhas de alface e/
ou agrião e tempero.
Salada americana Tomate, alface, bacon, cebolinha verde, queijo
parmesão ralado e tempero.
Salada ametista Fina juliana de repolho roxo e presunto, maçã ácida
ralada, molho francês em folhas de alface.
Salada andalouse Arroz, Juliana de pimentão vermelho e cebola,
alho dourado na manteiga, salsa picada e molho
vinagrete.
Salada árabe Pepino, pimentão, cebolinha, azeitona, azeite,
vinagre, iogurte, pimenta-do-reino.
Salada com ricota Pêra, banana, tomate, pepino, cenoura, milho,
temperos com ricota, maionese, limão e passas.
PRATOS FRIOS
Abacaxi com presunto
Carpaccio Carne crua em fatias bem finas (transparentes)
acompanha molho à base de azeite, alcaparras,
limão, mostarda e queijo parmesão ralado.
Grape Fruit com presunto cru
BATATAS INGLESAS
Allumete: palito ou prancesa Cortada em juliana e fritas.
À Riviera Cortada em rodelas, cozida com sal, dispor em
camadas com cebolas em rodelas, tomate
temperado, azeitona preta, queijo ralado e levar
ao forno.
Boulangere Cortada em fatias e assada com cebolas em fatias.
Chateau Ao vapor e dourada na manteiga.
Chips Cortada em rodela bem fina e frita.
Croquetes Purê duquesa em forma de croquete, empanar e
fritar.
Duquesa Feita em purê, gemas, colocando em manga de
confeitar (bico de pitanga) para guarnição de
pratos ou assar como “bombas”.
Inglesa A vapor.
Klosse Purê com farinha de trigo, armando pequenos
croquetes recheados de croûtons em água
fervente (para sopas).
Lionesa Cozida e refogada com cebola bem dourada
(lionnayse).
Moda de Lião Batata, sal, manteiga, cebola, pimenta branca e
salsa.
OVOS
À Cumberland Cozidos, recheados com purê de maçã e dados
de lombinho de porco com molho americano.
À russa Cozidos, recheados com salada russa.
Benedif Poché com língua ou presunto.
Cocotte Cozido em pequenos potes de porcelana.
Duri ou cozido Cozido na casca em água fervente por 10 minutos.
Escalfado Cozido na manteiga em panela de cerâmica.
Frito Em óleo bem quente.
ARROZ
À Califórnia Cebola, alho, cogumelos, margarina, arroz, caldo
de galinha, uva passa, extrato de tomate, sal e
pimenta.
À grega Arroz com cubinhos de cenoura, pimentão verde
e salsinha.
À jardineira Com dados de legumes cozidos.
À lionesal Com cebolas ou lyonnaise.
À milanesa Com açafrão, ligado com manteiga, creme de leite
e queijo ralado.
Ao forno à portuguesa Bacon, carne (boi) moída, presunto, ervilha, vinho
branco e molho.
Ao gratin Gratinado, com molho de creme de leite,
mussarela, provolone e queijo fundido.
Arco-íris Em camadas com ovos mexidos e tomate, atum
com maionese e salsa.
Branco Refogado em cebola ralada, soltinho.
Com amêndoas Arroz branco com amêndoas sem pele picadas.
Com passas Arroz branco com uvas passas brancas.
De festa Com salsa, queijo ralado e cebolinha.
De haucá Com leite de coco.
PREPARAÇÕES DIVERSAS
Abobrinha recheada Recheada à moda síria, com carne moída, hortelã
e cravo.
Miúdos de aves com ervilhas Miúdos, cebola, sal, pimenta, cogumelos frescos,
manteiga, farinha de trigo, creme de leite, noz-
moscada, suco de limão, ervilhas e salsa.
Quiche Lorraine Torta aberta com recheio de pedacinhos de bacon,
creme de leite, ovos, 2 tipos de queijo fundido e
queijo prato.
Repolho roxo agridoce Repolho roxo cortado em tiras, preparado com
calda de abacaxi e em cubos e uvas passas.
Tomate grelhado Passar o tomate no óleo, temperar com sal e
pimenta-do-reino e passar na grelha.
Tomate provençale Cortar ao meio, sem sementes, rechear com
miolo de pão amassado com manteiga, salsa e alho
picados, sal e pimenta-do-reino, levar ao forno
para corar.
Tomate recheado Com bacon, cogumelo, cebola e ovos.
Torta de camarão (recheio) Camarões pequenos inteiros, molho de tomate e
temperado com cebola dourada na manteiga.
Torta de cebola (recheio) Torta aberta com cebola, queijo parmesão ralado,
creme de leite e ovos.
Torta de palmito (recheio) Palmito temperado com manteiga e salsinha,
massa fina.
Vagem na manteiga Vagem cozida e fria (passar na frigideira com
manteiga).
Vagem Braise Manteiga, cebola e alho, vagem e água e toucinho
defumado.
Vol au Vent de frango / Massa folhada com recheio de frango
Palmito / camarão ou palmito ou camarão.
SOBREMESAS
Abacaxi com chantilly Abacaxi, creme chantilly e cerejas em calda.
Abacaxi real Abacaxi, licor marrasquino, sorvete de morango,
chantilly e morangos.
Abóbora com coco Abóbora, coco e canela em casca.
Ambrosia Ovos, leite, cravo e canela.
3.3.2 Compras
Na UAN/UND, comprar significa adquirir a matéria-prima de melhor qualidade pelo
melhor (menor) preço possível, comprar não é somente enviar o pedido ao fornecedor,
Tal processo envolve: planejamento, previsão, organização, controle, pesquisa, e conhe-
cimentos técnicos da matéria-prima e do mercado fornecedor.
Em qualquer processo, se a compra não for fechada por pessoal técnico, é necessário
que haja perfeito entrosamento entre a UAN/UND e o comprador, para que este pro-
cesso ocorra com a maior precisão e eficiência possível. Algumas concessionárias orga-
nizam centrais de compra, o que padroniza a qualidade do produto, aumenta o poder de
negociação com os fornecedores e controla os custos.
3.3.2.2 O comprador
É necessário que o comprador tenha tempo livre para pesquisar no mercado novos
fornecedores e produtos, visitas técnicas periódicas e atendimento de vendedores. No
caso do comprador não ser um técnico na área, a visita aos fornecedores deverá ser
realizada com um responsável técnico da UAN.
O bom comprador deve avaliar todos os pontos necessários para garantir a qualidade
dos produtos e com isso contribuir para a qualidade da refeição.
Para cada fornecedor em potencial deverá haver uma ficha cadastral contendo as infor-
mações: dados da empresa (CNPJ, IE, endereço completo e telefone) e a avaliação da
visita técnica. De posse destas informações fica mais fácil decidir quem deverá ser con-
sultado na cotação de preços e ter um histórico da qualidade geral do fornecedor.
O prazo de entrega definido deve também levar em consideração, tempo hábil para
substituição da matéria-prima, se a mesma precisar ser devolvida por algum problema.
Para uma melhor organização, o serviço pode elaborar um quadro de recebimento onde
constam os gêneros a ser recebidos a cada dia da semana. A freqüência e a programação
devem ser estabelecidas para cada UAN. O pedido ao fornecedor está relacionado dire-
tamente ao quadro abaixo como veremos adiante.
Para se processar a compra é fundamental que seja definida a política de compras com
relação a:
Açúcar 150 Kg
3.3.3 Recebimento
Uma etapa também fundamental na verificação e manutenção da qualidade exigindo a
observação de critérios de segurança, como controle de qualidade dos produtos e suas
condições de entrega.
• condições de entrega;
• qualidade do produto;
• nota fiscal.
3.3.4 Armazenamento
A organização dos gêneros perecíveis no estoque frio e dos gêne-
ros não perecíveis no estoque seco deve seguir a metodologia PVPS
e PEPS, isto é, primeiro que vence é o primeiro que sai e o primeiro
que entra é o primeiro que sai, respectivamente. Assim, na rotina
diária do estoquista deve ser levado em consideração o tempo ne-
cessário para a organização dos gêneros em prateleiras e caixas.
Uma UAN também negocia preços de produtos e serviços. Preço é um valor estabele-
cido para que se possa vender um determinado bem ou serviço. Sua composição pode
ser bastante variável, mas basicamente é a soma dos custos de produção e de adminis-
tração complementado pela recuperação dos impostos e a expectativa de lucro.
A receita da UAN, na maioria das empresas, representa apenas 20% de sua despesa. Os
80% restantes são subsidiados pela empresa, além das despesas relativas à atuação de
outros setores.
O custo deve ser controlado e definido a fim de garantir o bom funcionamento da UAN
e atingir seus objetivos. Porém, cada serviço possui uma fórmula para cálculo do seu
custo segundo suas características. Nos serviços tipo autogestão, os custos são geral-
mente mais simplificados, incorporando menos componentes que nos casos de hospitais
e concessionárias. Ao compararmos valores de diferentes UANs é importante a discri-
minação de todos os componentes que integram este custo.
Outra definição de custo é o unitário, o qual é obtido pela divisão entre custo global de
produção e a quantidade produzida.
Ainda na composição, devemos incluir o custo da mão de obra que é o nosso principal
patrimônio e também constitui um dos nossos custos mais significativos, exigindo con-
trole e análise constante. Ela envolve apenas a força de trabalho que, direta (cozinheiros,
auxiliares e outros) ou indiretamente (diretoria, gerência, entre outros), ajuda à produ-
ção de uma mercadoria ou serviço.
Com relação a maior ou menor facilidade de apuração contábil de seus valores na pro-
dução de determinado bem ou serviço, os custos podem ser diretos ou indiretos.
Quase todos os critérios de distribuição dos gastos indiretos ao custo direto de produ-
ção são arbitrários. Outrossim, o melhor critério de distribuição dos gastos indiretos aos
custos diretos deve basear-se em uma medida racional para cada tipo de despesa funcio-
nal da empresa. Exemplos: combustível, equipamento de proteção individual, utensílios
e material administrativo.
b) Custos variáveis: são os valores consumidos ou aplicados que tem seu crescimento
dependente da quantidade produzida. Exemplo: matéria-prima e produto de limpeza.
Para facilitar a apuração dos custos na UAN, sugere-se a elaboração de uma planilha
alimentada com informações fidedignas ao longo de um período. Dessa forma, será pos-
sível calcular o custo per capita.
Gêneros Alimentícios
Descartáveis
Dedetização e desratização
Reposição de utensílios
Manutenção
Material de escritório
Uniformes/lavanderia – EPIs
Coleta de Lixo
Treinamento
Análise microbiológica
Depreciação
Outros
TOTAL
Até os anos 80, a qualidade era vista como uma etapa do processo final, onde o produto
era considerado próprio ou impróprio sendo, neste último caso, descartado. Após os
anos 80, a importância da qualidade foi levada para todo o processo com foco na preven-
ção de erros, economia financeira e de tempo e redução nas falhas. Ações preventivas
durante todas as etapas garantem um produto adequado eliminando o sistema de “apa-
gar incêndios” durante o processo produtivo. O custo da má qualidade pode levar a
conseqüências como as citadas na figura 2.
4.2.2 5 S
A técnica 5S tem como objetivo a melhoria da qualidade com base na eliminação do
desperdício. A grande contribuição do programa 5S é permitir o envolvimento de todos
no processo e evidência: “todos podem contribuir para melhorar o ambiente”.
Cada pessoa deve saber diferenciar o útil do inútil. Evitar o desnecessário no local de
trabalho.
SEI – TON → Organização: “Um lugar para cada coisa. Cada coisa em seu lu-
gar”. Cada objetivo tem seu único e exclusivo lugar. Tudo deve sempre estar disponível
no local adequado.
SEI – SO → Limpeza: “Ambiente limpo não é aquele que mais se varre, mas é o
que suja menos”. A limpeza é parte do processo de automanutenção preventiva. A
idéia da limpeza é ampla, vai além da limpeza física, refere-se à mente também.
4.2.3 ISSO
ISSO, na verdade, não é uma sigla e sim deriva da mesma raiz grega das palavras isobárica,
isométrica ou isóscele. Elas significam igual pressão, igual medida ou triângulo de lados
iguais. O nome ISSO foi dado à organização, pois quem a fundou acreditava que o desen-
volvimento e o uso de padrões fariam produtos iguais.
As normas ISO:
4.2.4Just in Time
Produzir de acordo com a demanda e a renda, racionalizando o trabalho.
4.2.5Kanban
Sistema de cartões coloridos que são emitidos a cada vez que um produto passa por
uma etapa de produção. Ex.: liberação de um veículo na montadora.
4.2.6Reengenharia
Redesenho de processos ou do fluxograma cujo objetivo é de substituir um processo
por outro mais eficiente.
4.2.7 Benchmarking
Técnica por meio do qual a organização compara seu desempenho com a de outra que
possa ser referência no mercado.
b) das sobras - a avaliação diária das sobras é outra medida de controle. O excesso de
sobras pode denotar falhas no porcionamento, decorrente de falhas na seleção de
alimentos, baixa aceitação de uma preparação e inadequada composição do cardápio.
1) Pesquise em mercados alimentos que normalmente não fazem parte do seu hábito
alimentar. Em seguida, elabore um cardápio intermediário para uma semana de
almoço e jantar incluindo esses alimentos.
4) Desenvolva uma receita. A partir da ficha técnica, calcule o custo alimentar e não
alimentar.
ARRUDA, Gilian. Manual de boas práticas para restaurantes de coletividade. 2ª ed. São
Paulo: Ponto Crítico, 1996.
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. 5ª ed. São Paulo: Campus, 1999 – vol.
I e II.
FILHO, A.R.A.S. Manual Básico para Planejamento e Projeto de Restaurantes e Cozinhas
Industriais. São Paulo: Livraria Varela, 1996.
SILVA, SANDRA M.C.S. & BERNARDES, SILVIA M. Cardápios: Guia Prático de Elabora-
ção, São Paulo: Atheneu, 2001.
ABACATE FORTUNA A CX K 22
ABACATE BREDA A CX K 22
BANANA TERRA CX 19
BANANA PRATA SP CX 18
CAJÚ A ENG 3
CAJÚ B ENG 3
CARAMBOLA CXT 6
FIGO CONSERVA CX K 15
GRAVIOLA CXT 7
JACA KG 1
MARACUJÁ AZEDO A CX K 13
MARACUJÁ AZEDO B CX K 13
MARACUJÁ AZEDO C CX K 13
ALHO TIPO 4 CX 10
CANJICA KG 1
COCO SECO SC 20
COCO SECO SC 40
OVOS VERMELHO A CX 20
OVOS VERMELHO B CX 18
OVOS CODORNA CX 1
ABÓBORA SECA KG 1
ABÓBORA MORANGA KG 1
ABÓBORA PAULISTA SC 20
BERINJELA EXTRA AA CX K 12
BERINJELA EXTRA A CX K 12
BERINJELA EXTRA CX K 12
BETERRABA EXTRA A CX K 20
BETERRABA EXTRA CX K 20
CARÁ EXTRA A CX K 22
CARÁ EXTRA CX K 22
CENOURA EXTRA AA CX K 20
CENOURA EXTRA A CX K 20
CENOURA EXTRA CX K 20
CHUCHU EXTRA AA CX K 22
CHUCHU EXTRA A CX K 22
CHUCHU EXTRA CX K 22
GENGIBRE CX K 16
INHAME EXTRA A CX K 22
INHAME EXTRA CX K 22
INHAME ESPECIAL CX K 22
MANDIOCA GRAUDA CX K 23
MANDIOCA MÉDIA CX K 23
MANDIOCA MIUDA CX K 23
MANDIOQUINHA EXTRA AA CX K 22
MANDIOQUINHA EXTRA A CX K 22
MAXIXE CX K 20
CATALONHA DZMC 6
CHICÓRIA DZMC 6
GOBO EXTRA MC 1
HORTELÃ MC 0.3
LOURO MC 0.5
MOSTARDA DZMC 6
NABO EXTRA MC 3
NABO ESPECIAL MC 3
NABO PRIMEIRA MC 3
ORÉGANO MC 0.22
RÚCULA DZMC 6
SALSA MC 2.5
Legenda:
DZMC = dúzia de maço CB= caixa baixa CXM = caixa média CXT = caixote
ENG = engradado CX = caixa CXP = caixa pequena
MC= maço Kg= quilo SC = saco