Controle de Eficiencia Comb Apostila
Controle de Eficiencia Comb Apostila
Controle de Eficiencia Comb Apostila
Composição do ar Atmosférico
Qualquer combustível convencional requer, de acordo com sua composição, uma quantidade
específica e calculável de oxigênio (e portanto de ar, uma vez que este é o agente comum de
fornecimento) para atingir teoricamente uma reação completa. Menos do que essa quantidade,
gera perdas excessivas de calor através do gás de combustão. Na prática, a fim de se garantir
combustão completa, é utilizado um pouco mais do que a quantidade teórica necessária, por
razões posteriormente explicadas.
1
Para um composto simples tal como o metano, constituinte principal do gás natural, pode ser
escrita a equação de combustão:
Pela equação acima, temos que 1 mol de CH4 necessita de 2 moles de O2 para ocorrer
combustão completa. No caso de ar atmosférico, é envolvido obrigatoriamente mais (2 x 3,76)
moles de N2 no processo de combustão. A princípio, admite-se que o N2 não participa das
reações, e sai do processo não modificado.
Com base nesses dados é possível calcular as massas de combustível e ar envolvidos, a partir
dos pesos moleculares dos componentes da reação:
Combustível: 1 mol CH4 = 16 gramas
Ar atmosférico: 2 moles O2 = 2 x 32 = 64 gramas
(2x 3,76) moles N2 = 2 x 3,76 x 28 = 210,56 gramas
r
A/C = ___Massa de Ar_____ __ = 274,56 = 17,16
Massa de combustível 16
2
Define-se o coeficiente de excesso de ar ϕ como a relação entre o nº de moles realmente
utilizados na combustão e o nº de moles estequiométricamente necessário:
Por exemplo, se um combustível for queimado com 20% de excesso de ar, então a proporção
de trabalho de ar/combustível é 1,20 vezes a proporção estequiométrica. O ar em excesso,
então, não participa diretamente da combustão, e sai do processo junto com os produtos da
combustão.
Para que haja combustão completa é necessário reunir algumas condições especiais, a saber:
- temperatura suficiente para correr a reação
- tempo de permanência dos reagentes nesta temperatura
- contato físico entre combustível e oxidante, ou seja, uma boa mistura entre o combustível e
ar de combustão.
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As condições acima são necessárias para que ocorra a maioria das reações químicas e as
reações de combustão estão incluídas. As reações químicas necessitam de uma energia
mínima de ativação das mesmas, e isto é obtido normalmente pelo aumento de temperatura.
Uma vez que a reação inicia-se, é necessário um certo tempo para que seja completada e daí
a necessidade de um tempo de residência nesta temperatura para a ocorrência de combustão
completa. O contanto físico é obviamente necessário já que os átomos do combustível juntam-
se a um ou mais átomos de oxigênio para ocorrer a combustão. Num processo de combustão,
estas condições são obtidas através de:
- uma fonte de ignição, para iniciar a reação
- uma câmara de combustão, para confinar a reação de um volume determinado, manter
alta temperatura e suprir o tempo de permanência necessário e
- um dispositivo de mistura entre o combustível e ar: o queimador.
Uma vez que a combustão é iniciada, a temperatura do volume onde ocorre a combustão é
mantida pelo equilíbrio entre a geração de calor proveniente da queima do combustível e do
calor transferido ao meio, por exemplo, para gerar vapor ou aquecer algum material.
Qu= ∑ E 1 - ∑ perdas
Onde :
Qu: energia útil produzida
∑E1: energia total que entra
N= ∑ E 1 - ∑ perdas = 1 - ∑ perdas
∑E1 ∑E1
Devido ao fato que, na prática, a perda de calor por entalpia dos produtos de combustão é
normalmente a mais preponderante, o controle desta perda mostra-se extremamente útil.
5
Aplicando-se um balanço genérico de massa e energia num equipamento de combustão, a
porcentagem de perda de calor pelos produtos de combustão pode ser calculada através da
equação:
Através do exame da equação acima, conclui-se que duas variáveis importantes tem influencia
na perda de calor pelos gases de combustão:
Para minimização das perdas, a menor temperatura de saída é desejável, com o objetivo de
melhor aproveitamento do calor sensível contido nos gases. A temperatura de saída nem
sempre é possível de ser controlada, já que dependendo do aumento da troca de calor dos
gases com o fluído de trabalho ou material a ser aquecido. Isto implica normalmente em
aumento da área de troca de calor, que é um parâmetro original do projeto e construção de
equipamentos. O aumento da área de troca pode ser feito através da adição de recuperadores
de calor, pré-aquecendo o ar de combustão ou a água de alimentação de caldeiras.
A limitação na redução de temperatura de saída dos gases está na temperatura de processo, já
que há sempre a necessidade de um diferencial de temperatura para haver transmissão de
calor, e na temperatura de orvalho dos produtos de combustão quando se trata de
combustíveis com enxofre.
A outra variável é o excesso de ar, que deve ser mínimo até o limite onde possa ocorrer
combustão incompleta. Isto normalmente pode ser obtido através da regulagem do queimador
com o menor excesso de ar possível, identificando pela análise dos produtos de combustão,
determinando-se o teor de CO2 ou O2 para o controle de excesso de ar e CO ou HC totais para
determinação de combustão completa.
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5.1 Material Particulado - MP
As cinzas volantes são óxidos de elementos inorgânicos constituintes dos combustíveis, tais
como CaO, Al2O3, KO, etc... Sua formação e emissão depende fundamentalmente do teor de
cinzas presente no combustível, normalmente maior em combustíveis sólidos. Óleos
combustíveis pesados também apresentam algum teor de cinzas, que pode chegar até 0,1%
em massa. O arraste das cinzas pelos produtos de combustão dependem do sistema de
combustão. Para combustão de líquidos o arraste é praticamente total, enquanto que para
combustíveis sólidos em grelha ou similar, o arraste de cinzas depende do projeto do sistema
da fornalha e das condições de operação.
5.2 Fuligem
CO2 → CO + ½ O2
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5.4 Óxidos de enxofre - SOx
S + O2 → SO2
SO2 + ½ O2 → SO3
Esta reação ocorre também na atmosfera, e é ativada pelos raios ultravioletas do sol.
Nas partes mais frias do processo, ou após o efluente gasoso ter sido exaurido para a
atmosfera, a umidade dos gases, ou do ar atmosférico reage com o trióxido de enxofre
produzindo ácido sulfúrico.
Os gases ácidos de enxofre são um dos principais causadores da chuva ácida, juntamente com
óxidos de nitrogênio. A emissão de óxidos de enxofre é altamente indesejável e seu controle e
prevenção tem dispensado grandes esforços em tecnologia e investimentos Carvão mineral e
óleos combustíveis pesados são os principais insumos energéticos que contém enxofre, no
caso de óleo combustível, a presença de alguns metais, como o vanádio, catalisa a reação de
produção de trióxido de enxofre aumenta mais o potencial corrosivo dos gases de combustão.
A presença de ácido sulfúrico nos produtos de combustão aumenta a temperatura de orvalho
dos gases e ácido sulfúrico, o qual pode ser condensado nas partes mais frias do equipamento,
danificando-o rapidamente.
O ponto de orvalho dos produtos de combustão contendo óxidos de enxofre depende
fortemente da associação do SO2 para o SO3, cuja taxa de reação é difícil de prever, pois tem
dependência do histórico de temperatura dos gases de combustão e do excesso de ar. Em
condições normais num gerador de vapor, a formação de SO3 é de cerca de 0,01 a 3% do SO2
calculado estequiometricamente.
A figura abaixo mostra o ponto de orvalho dos gases de combustão típicos para óleos
combustíveis:
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Na combustão de combustíveis contendo enxofre não há como evitar a formação de seus
óxidos. O controle ambiental é feito absorvendo os gases ácidos em uma corrente nebulizada
de líquido alcalino, através de lavadores de gases, e neutralizando-os em sulfatos e sulfitos.
Em alguns casos especiais, a absorção é feita “in situ” utilizando-se a tecnologia de combustão
em leito fluidizado com a adição de calcário, absorvendo o enxofre em meio sólido, no interior
da câmara de combustão, através da produção de sulfatos.
N2 + O2 → 2NO
O + N2 ↔ NO + N
N + O2 ↔ NO + O
N + OH ↔ NO + H
Desde então, diversas teorias tem sido propostas para explicar e prever a formação dos óxidos
de nitrogênio. São três as rotas básicas que se admite para explicar a formação de NOx:
A mais importante destas rotas é a do NO térmico, que ocorre nas regiões de altas
temperaturas no interior da chama.
O controle pós-combustão da emissão de NOx é muito difícil, já que o NO é pouco solúvel em
meio aquoso, impossibilitando a absorção tal qual se faz com o SO2. A formação de NO deve
ser controlada no processo, evitando-se as duas condições principais que colaboram para a
produção do NO térmico:
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Este controle só pode ser feito através do projeto adequado do queimador e câmara de
combustão, utilizando-se diversos artifícios, tais como:
- combustão estagiada: com a adição gradativa de ar, ou adição gradativa de combustível
para controle das temperaturas de reação e da concentração de oxigênio livre.
- Recirculação dos produtos de combustão, internamente através do projeto aerodinâmico do
combustor, ou externamente através do retorno de parcela dos produtos de combustão à
base da chama. Equipamentos que se utilizam deste artifício são os chamados
queimadores de baixo NOx e tem sido gradativamente desenvolvidos e disponibilizados
pelos fabricantes de equipamentos de combustão.
Diversos compostos orgânicos voláteis podem ser emitidos pelo processo de combustão e são
originados principalmente da combustão incompleta do combustível. Estes compostos podem
ser parcelas do próprio combustível que não conseguiu ser queimado e saiu junto com outros
produtos de combustão, ou compostos formados a partir de radicais hidrocarbonetos não
oxidados completamente. A medição destes compostos nos produtos de combustão é
denominado de hidrocarbonetos totais e juntamente com o monóxido de carbono pode ser
utilizado como um indicador de combustão completa para fins de controle do processo de
combustão.
As principais razões de formação de HC totais nos gases de combustão são basicamente as
mesmas para a formação de CO e outros produtos de combustão incompleta:
Para queima eficiente de um combustível, temos que conhecer suas propriedades e seu
comportamento.
A combustão de sólidos se diferencia da combustão de gases e de líquidos pela dependência
de um número maior de parâmetros operacionais como o conhecimento da umidade, teor de
voláteis, geometria, dimensões, porosidade da partícula, etc. Na combustão de gases os
parâmetros mais importantes são a temperatura e a mistura entre os gases ou vapores
reagentes. Na de líquidos, o diâmetro de gotas passa a ser um parâmetro relevante.
Desta forma, queimar sólidos exige maiores esforços, maiores excessos de ar, melhores
fornalhas e controle de mais parâmetros como os mencionados. A queima de líquidos
necessita de boa mistura entre ar e combustível além de diminuto tamanho da gota, exigindo,
dependendo do processo baixos excessos de ar e a queima de gases, este já na forma perfeita
para combustão necessita também de uma boa relação ar/gás para desenvolver boas
temperaturas e queima completa, podendo-se em alguns casos chegar à condições
estequiométricas.
O aparelho de combustão, fornalhas e queimadores, tem papel fundamental para
desenvolvimento de uma boa combustão. Projeto de fornalhas são baseados numa
determinada carga calorífica por volume de queima e queimadores tem que ter a função de
promover uma ótima mistura ar/combustível, mas nem sempre isso pode ser conseguido,
exigindo o controle da queima para evitar consumo excessivo de combustível e de calor.
A grande preocupação é promover queima eficiente, com o máximo aproveitamento das
calorias do combustível, obtenção de ótimas trocas de calor e baixas emissões para atender
aos padrões dos órgãos ambientais.
10
6.1 Parâmetros de interesse para queima de combustíveis sólidos
Teor de umidade
Poder calorífico
Tamanho da partícula
Distribuição granulométrica (se pulverizado)
Temperatura do ar secundário
Temperatura da câmara de combustão
Coeficiente de excesso de ar
Volume de fornalha
11
6.2 Parâmetros de interesse para queima de óleos combustíveis pesados
12
6.3 Parâmetros de interesse para queima de gases
13
7. Formas de Controle da Combustão
É fácil identificar o que acontece em uma fornalha quando os gases da combustão são
cinzentos e fuliginosos. Certamente uma parte do combustível não queima e isso se traduz em
perda de energia. Também é fácil obter considerável economia com a eliminação da fuligem
através de simples ajustes na atomização do óleo e no ar de combustão. Porém, uma vez
transparentes, os gases da combustão (fumos) não oferecem referência visual alguma para a
regulagem da combustão e, provavelmente ainda haja muito a se fazer.
Como podemos determinar o excesso de oxigênio na mistura ar/combustível?
Como podemos conhecer o rendimento de uma combustão?
Vamos responder estas questões a seguir.
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8.1 Método de Orsat
Aparelho de Orsat
O aparelho de Orsat presta à análise por absorção de CO2, O2 e CO na faixa de 0 a 100% com
precisão de +/- 0,2%, independentemente do valor lido e dependendo dos seguintes fatores:
15
Vantagens do Orsat:
Embora tenha caído em desuso, ainda é empregado muito mais pela determinação do CO2 do
que pelos outros gases, O2 e CO2, p.ex. o método de Orsat está descrito em várias normas
para determinação de gases em fontes estacionárias, Cetesb, ABNT, USEPA, porém, para
alguns gases, órgãos ambientais já aceitam outros métodos de análise.
Desvantagens:
Conhecidos comercialmente pelo nome de Testoryt (Confor, fabr. Brasil) ou Fyrite (Bacharach,
fabr. USA), são largamente usados em todo o mundo.
A amostra do gás é introduzida no aparelho por meio de um bulbo de sucção, entrando o gás
em um reservatório que contém uma solução que absorve apenas um de seus componentes.
O gás em contato com a solução (o aparelho é invertido para fazer essa mistura), promove a
absorção deste e parte do volume gasoso corresponde ao gás absorvido, causa uma contração
volumétrica (depressão), um vácuo parcial. Essa redução de pressão provoca o deslocamento
da solução para a coluna graduada e a leitura é feita diretamente em percentagem volumétrica
(base seca). Estes analisadores são encontrados para medir o teor de CO2 nas faixas de 0 –
20% ou de até 60% e de O2 na faixa de 0 a 21%.
O conjunto de medição compreende um dispositivo que coleta os gases na chaminé, este
dispositivo destina-se a resfriar os gases, fazendo-se resfriar a amostra gasosa antes de ser
analisada. As soluções absorvedoras vão se saturando à medida que o instrumento vai sendo
utilizado. O fluido de CO2, é alcalino e tem durabilidade para absorção de aproximadamente
300 amostras de gás à 10% de CO2. O fluído de O2 é à base de sais de cromo, esta solução
de cor característica azul, vai se oxidar em presença do O2, tem durabilidade para
aproximadamente 60 medições de O2 à 21% (ar atmosférico), podendo durar até 100 medições
para níveis de oxigênio na amostra de 10%.
Analisador Testoryt
Solte o con ector e vir e o Compare o nive l d o fluído
Testoryt mistu rando o flu ido na esca la de % CO2 o u O2
com o gás.
16
Alguns aspectos importantes serem considerados na análise com esse tipo de aparelho são
listados a seguir:
a) O analisador é calibrado para uma amostra de gás saturada com água. Portanto, o material
de enchimento do filtro da bomba de sucção deve permanecer levemente umedecido
durante as análises.
b) Deve-se verificar todos os acessórios de coleta antes do início da análise. Não deve haver
vazamento entre as várias junções do coletor de gás.
e) Estes aparelhos tem precisão, na faixa de +/- 0,5% da leitura e para processos que
requeiram muita precisão deve ser utilizado com reservas.
O índice de fuligem (Smoke Spot Number) pode ser determinado pelo método ASTM D 2156
(USA) ou DIN 51402 (Alemão). O método consiste basicamente, em reter o produto sólido
presente em uma amostra de gás proveniente da queima de um combustível destilado de
petróleo.
Pode-se citar, como aplicação típica do método, a regulagem do excesso de ar de combustão
em uma fornalha. Deve-se minimizar o excesso de ar de tal modo a maximizar o teor de CO2
nos gases de combustão sem, no entanto, aumentar o índice de fuligem. Esta determinação se
restringe a uma análise qualitativa do teor de fuligem nos gases, sendo útil apenas para
monitoramento da qualidade da queima, não podendo auxiliar na determinação em massa de
cinzas ou fuligem.
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8.4 Analisadores eletrônicos com sensores eletroquímicos
Os sensores eletroquímicos operam reagindo com o gás a ser detectado, produzindo um sinal
elétrico proporcional a sua concentração. Um sensor eletroquímico consiste de um eletrodo de
detecção e um eletrodo reagente separados por uma fina camada de eletrólito. Quando o gás
entra em contato com o sensor, este atravessa uma pequena abertura do tipo capilar e então,
difunde-se por uma barreira hidrofóbica (onde retém água e sólido e passa somente o gás),
eventualmente alcança a superfície do eletrólito reagindo com o gás, neste processo os íons
OH são criados e migram do eletrólito líquido para o ânodo, estes íons produzem uma corrente
elétrica. Neste processo, um resistor conectado aos eletrodos gera uma corrente proporcional à
taxa de concentração do gás, a corrente pode ser medida para determinar esta concentração.
18
8.4.2 Aplicações típicas dos analisadores eletrônicos
O CO2 nestes analisadores não é medido e sim calculado com base no valor do CO2
estequiométrico (isto é, para excesso de ar igual a zero) do combustível:
Óleos pesados – CO2 máx = 15,8%
Gás natural – CO2 máx = 12,1%
Bagaço de cana – CO2 max = 19, 8%
19
O2 x CO2 x Excesso de Ar
21
20
19
18
17
16
%CO2 ou O2 nos Gases de Combustão
15
14
13
Le
G
nh
LP
12 a
11 O2
10
CO
9 2
0 70
Percentagem de Excesso de Ar
O gráfico mostra o teor do O2 medido e a curva do CO2 calculado para vários combustíveis e a
percentagem do excesso de ar correspondente.
Exemplo:
Medido o teor de 5% de O2 no gás de combustão da queima de óleo pesado, determine o CO2
e o excesso de ar correspondente:
R:
CO2 = 11,8%
Exc. Ar = 32%
20
Cálculo do NOx
Nos analisadores que possuem somente o sensor de NO, o cálculo do NOx é dado por:
Pc = K (t – to)
%CO2 med
onde:
Essa relação é a razão do CO em % vol. pelo teor do CO2 medido ou calculado em % vol e é
um parâmetro para indicar combustão higiênica entre o máximo teor de CO2 alcançado e a
mínima liberação de CO para o ambiente, onde podemos dizer que a relação ar/combustível
está sendo feita em boas condições, isto é, a formação de CO2 é a mais alta possível para uma
baixa emissão de CO, os valores são dados em percentagem e esta relação deve tender a zero
para aplicação prática.
Este valor é bem aceitável, no entanto se obtivermos 300 ppm de CO e mantido o mesmo CO2,
o ratio será de 0,003, um resultado insatisfatório.
21
9. Componentes dos gases da combustão
9.2 Oxigênio – O2
O CO é um indicador de combustão incompleta, quanto maior for sua presença nos gases da
combustão indicará anomalias e deficiência de queimadores. Combustores a óleo queimando
com valores abaixo de 50 ppm e a gás abaixo de 30 ppm são satisfatórios. Fornalhas a
biomassa, dependendo de seu projeto podem apresentar emissões acima de 3000 ppm e
valores abaixo de 500 ppm são satisfatórios.
Formado pelo enxofre presente nos óleos combustíveis e carvões, em combinação com o ar
ambiente forma o ácido sulfúrico. Queimadores a óleo com teor de enxofre máx. de 1% podem
emitir SO2 na faixa de 250 a 600 ppm, o controle do teor do oxigênio nestes queimadores é
fundamental para se reduzir estas emissões.
22
9.6 Fuligem
São formados quando a combustão é incompleta e contribui para o aumento do efeito estufa,
estes gases são o metano, butano e o benzeno, valores inferiores a 50 ppm são típicos em
queimadores a óleo ou gás.
9.8 Cinzas
Estas estão presentes na composição dos combustíveis sólidos e líquidos, formadas por
materiais orgânicos e componentes minerais como alumínio, cobre, zinco, sílica, etc.
A queima incompleta do combustível aumenta esta quantidade de cinza (não confundir com a
fuligem) e boas condições deverão ser mantidas na combustão para se obter sua redução.
Em combustíveis sólidos este aspecto é mais crítico.
Para que ocorra a combustão em condições satisfatórias, seja qual for o combustível, alguns
fatores devem ser observados, como:
23
10.2 O que nos informa a medição dos gases
Percentual de CO2
Quanto maior o teor de CO2, menor o excesso de ar , maior é a taxa de conversão de carbono
e menores serão as perdas de calor sensível nos fumos.
No entanto, o aparecimento de fumaça densa ou muito CO nos fumos significa que a
quantidade de ar não foi necessária para completar a queima.
Quanto maior for a temperatura dos gases na saída do processo, maiores serão as perdas de
calor sensível pela chaminé.
A temperatura ideal para caldeiras flamotubulares, está na faixa de 200 a 250 ºC. Em caldeiras
aquotubulares a temperatura vai depender do projeto da caldeira, podendo chegar a 400 ºC ou
mais.
Pré – aquecedores de ar ou economizadores são adicionados à saída de gases para
recuperação do calor para o processo.
Em fornos, a temperatura de saída dos gases para a chaminé vai depender do tipo de material
que está sendo processado.
O estudo correto da temperatura de saída dos gases do processo requer atenção especial para
os técnicos em combustão, pois é necessário sempre se conhecer calores específicos e
cargas térmicas aplicadas para facilitar estes estudos.
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a) A temperatura dos gases aumenta excessivamente quando
Concentrações de CO
Medição da tiragem
Toda instalação de queima deve ter pressão negativa (depressão) constante na chaminé,
porque esta incide diretamente no volume de ar de combustão.
Consegue-se uma queima constante, somente quando a tiragem permanecer constante. Se a
tiragem for insuficiente, aos gases de combustão demoram ao deixar a câmara, podendo
aparecer pulsações na chama. Se a tiragem for excessiva, introduz-se um grande volume de ar
na câmara.
Em caldeiras ou sistemas que aproveitam o calor como pré-aquecedores, estes normalmente
promovem uma pequena perda de carga, porém a mesma deverá permanecer negativa na
saída da fornalha.
A altura da chaminé, a temperatura dos gases, a altitude do local e a pressão barométrica
influenciam no sistema de tiragem.
25
Fuligem
A escala de comparação é um guia para mostrar a qualidade da emissão de fumaça que pode
variar para cada tipo de queimador.
Para óleos leves o índice de fuligem não deverá ultrapassar o nº 3 da escala de comparação,
um índice maior de fumaça provoca o depósito de fuligem nos tubos e superfície de troca,
dificultando a transmissão de calor, além de aumentar os índices de poluição atmosférica.
Recomenda-se fazer ajustes no ar de combustão para que o índice de fuligem não ultrapasse
ao índice 4 da escala de comparação. Índice de fuligem acima de 4 podem se tornar visíveis no
topo da chaminé.
Pode-se fazer uma correlação, caso a caso, do índice de fuligem, método ASTM/DIN com a
escala de Ringelmann.
c) Nebulização defeituosa
- Sujeira no bocal do queimador ou no difusor
- Viscosidade inadequada
- Operação inadequada do sistema
- Pressão insuficiente do ar ou do óleo
26
O ponto de fumaça deve ser ajustado com o ponto máximo do CO2 e o mínimo de CO.
Observar que nem sempre um alto índice de fuligem determina altas concentrações de CO nos
gases, estes se dão devido ao arraste de sujeita e coque formado na queima.
9
A EFEITO DA FULIGEM
U 8
M NO CONS UMO
E 7 DE ÓLEO
N
T 6
O
5
N
O
4
C
O 3
N
S
U 2
M
O 1
(%)
1 / 32 “ 1 / 16 “ 1/8
Espessura da fuligem
27
11. Valores de referência para ajuste de sistemas de queima*
28
Controle da Eficiência de Combustão
29