Cartilha Rufiventris Marco Torres
Cartilha Rufiventris Marco Torres
Cartilha Rufiventris Marco Torres
1) ESPÉCIES E SUBESPÉCIES
- IDENTIFICAÇÃO MELIPONA RUFIVENTRIS
Nomes científicos:
Melípona rufiventris brachychaeta (Moure & Kerr)
Nova classif: Melipona brachychaeta
Melípona rufiventris dúbia (Moure & Kerr)
Nova clasif: Melipona dúbia
Melípona rufiventris flavolineata (Friese)
Nova classif: Melípona flavolineata
Melípona rufiventris rufiventris (Lepeletier)
Nova classif.: Melípona mondory Smith(as da Mata Atlântica)
Melípona rufiventris Lepeletier (as do Brasil Central).
Melipona rufiventris paraensis Ducke
Nova classif: Melípona paraensis
Melípona rufiventris amazonensis(???) (Diós – C. Castanho)
Nomes populares:
Tujuba (tupi: tu’yuba = abelha amarela) variação:tujuva, tuiuva.
Boca de ralo
Uruçu amarela
Iraçu
Bugia
Guaraipo amarela
Uruçu do planalto central
Uruçu amarela da Amazônia oriental
Tuiuva mirim(flavolineata)
Os nomes populares causam muita confusão. O Pompílio Vieira
de Souza fez um levantamento dos nomes populares das nossas abelhas sem
ferrão e, relativamente, às denominadas abelhas rufiventris, transcrevo de seu
trabalho as seguintes denominações:
"IRAÇU ou MOMBUCA BIRA.
Melipona rufiventris - Hymenoptera, Apidae, Sub-família
Meliponinae - Tribo Meliponini. - No Ceará, são conhecida por
Mombuca Bira.
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IRAÇU OU MOMBUCA MIRIM
Melipona rufiventris flavolineata Friese -Sub-familia Meliponinae
- Tribo Meliponini.
É encontrada da Central da Bacia Amazônica e no interior do
Maranhão. A entrada do ninho fica no centro de raias
convergentes de barro. Só passa uma abelha de cada vez.
Existem ainda: Iraçu ou Uruçú amarela.
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IRAÇU OU TUJUBA MIRIM
Melipona rufiventris flavolineata Friese. Sub-familia Meliponinae
- Tribo Meliponini.
Se encontra no Brasil Central. Na Bacia Amazônica e no interior
do Maranhão. A entrada do ninho fica no centro de raias
convergentes de barro. Só passa, sai ou entra uma abelha de cada
vez.
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TUJUBA -TUIÚVA
Melipona rufiventris Monduri e Melipona rufiventris Lepeletier
- sub-familia Meliponinae - Tribo Meliponini.
Reune sob esse nome, as subespécies de maiores tamanhos dos
meliponini. Os Professores Moure e Ker consideram possível
distinguir em grupo de formas, de tamanho maior e outro e outro
de dimensões menores.
A denominação "TUIÚVA", usado no centro e no norte do
Brasil. Ambos os nomes designam abelhas muitos diferentes. Trata-
se do mais bonito de todos os meliponíneos do Brasil. Sua côr é
preta, com muitos desenhos amarelo-rúivo. Armazena o mel em
potes de 4 a 5 cm. Alguns ninhos podem produzir até 2 quilos de
mel, que é muito doce e aromático.
Pode ser encontrada desde o continente boliviano, até às
Guianas. No Brasil: Bahia, e Santa Catarina. Seus favos são
horizontais. Não fazem celas reais. Só entra e sai uma abelha de
cada vez na entrada da colméia. Potes com 4cm de altura. São
agressivas, beliscando a pele do meliponicultor. Favos com crias
horizontais ou helicoidais. O que se sabe, só nidifica em ôcos de
árvores. A própolis existente na colmeia é um pouco pegajoso.
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URUÇU AMARELA
Meliponaa rufiventris rufiventris - Subfamilia Meliponinae - Tribo
Meliponini.
Ocupa ôcos de árvores de aproximadamente 40cm de
altura.Uma ocupa madeira morta, mas já foram encontradas em
formigueiros abandonados e até em casa de João de Barro.
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URUÇU AMARELA DO MARANHÃO OU IRUÇÚ
Melipona rufiventris rufiventris subsp - Subfamilia Meliponinae
- Tribo Meliponini.
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URUÇU AMARELA DO PARÁ
Melipona rufiventris rufiventris subsp - Subfamilia
Meliponinae - Tribo Meliponini.
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URUÇU AMARELA DO PLANALTO CENTRAL
Melipona rufiventris rufiventris subsp - Subfamilia
Meliponinae - Tribo Meliponini.
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URUÇU CABOCLA
Melipona rufiventris subsp - Subfamilia Meliponinae - Tribo
Meliponini."
2) NIDIFICAÇÃO NATURAL
Por vários depoimentos e constatações, considerando as de clima seco e
as de clima únidos, as de clima úmido são extremamente dependentes da mata
ou da proximidade de mata. As da região amazônica, normalmente ocorrem em
mata fechada e de locais inundáveis durante o inverno ou pico das cheias. As da
região da mata atlântica também, de região úmida. O Marcos Wasilewski em
duas mensagens da beebr, para a região do Paraná, informa também tal
condição de nidificação:
a primeira em 25/01/2001:
"Sei por relatos de pessoas idoneas que esta especie existe nas matas, "
a segunda em 06/02/201:
"Todas as informações são de epocas passadas, quando ainda existia a
extração de madeira. Nossa região faz parte da APA de GUARATUBA em que
não se permite a retirada de nenhum extrato de madeira da Natureza. Esta
espécie ocorre apenas serra abaixo como falam os nativos. Muitos cortadores
de madeira tiveram a oportunidade de conhecer esta abelha e portanto posso
afirmar que se trata de uma espécie que não se adapta em area muito
frias....diferente das mandassaias e guaraipos (bicolor)."
- AMBIENTE DE OCORRÊNCIA:
14 - AMBIENTE DE OCORRÊNCIA:
Destaca bem o Victor Coelho: “Dentro das subespécies, tem aquelas que
são naturais do cerrado, clima seco e as da Mata Atlântica, clima úmido.”
As de clima úmido:
Melípona rufiventris rufiventris:(Melipona mondury)
“Aqui, na Serra da Ibiapaba, no Ceará, temos três zonas ecológicas bem
definidas; Zona úmida, carrasco (zona seca) e sertão. A M. rufiventris, ocorre
somente na zona úmida. Nesta região ainda existem resquícios de mata
atlântica.” F. A. Macambira.
- SUBSTRATOS DE NIDIFICAÇÃO
Informou Fernando Silveira (Abena-04/12/2003): "A uruçu amarela ou
tujuba nidifica preferencialmente em ôcos de árvores vivas. Entretanto,
encontramos um ninho em cupimzeiro e um ninho em um ninho abandonado de
joão-de-barro."
- ELEMENTOS DO ENXAME:
ENTRADA
12 – Entrada: cada espécie ou subespécie tem entrada característica.
FLAVOLINEATA: “Sua entrada é bem característica formando uma
pequena plataforma com a borda recortada”. G. Venturieri.
PARAENSIS:
Um furo simples sem raias. Apenas uma abelha fica de guarda na
entrada.
A entrada deixa passar apenas uma abelha. É construída com resina, cera,
barro, sementes, pedriscos (AO PASSAR A MÃO PARECE UM RALO,
DAÍ A DENOMINAÇÃO AQUI NO AMAZONAS DE: BOCA DE
RALO);
Ao perceberem perigo (arapuá e formiga) fecham a entrada com bolas de resina
e não entram nem mesmo as abelhas da colônia que estão fora. Passado o
perigo, abrem ou pode ser aberto com arame.
RUFIVENTRIS:
MONDURI:
BRACHYCHAETA:
DUBIA:
AMAZONENSIS:
POPULAÇÃO:
7 – POPULAÇÃO:
“Ihering (1930) estimou a população de M. rufiventris em 7.000
indivíduos.”
(Bruno Almeida de Souza – tese de mestrado sobre a abelha M.asilvai,
pág. 27)
Ou nas próprias palavras de Ihering:"Pareceu-me ser o ninho mais populoso
que examinei até agora e certamente havia nele um número de abelhas pelo
menos igual ao das celulas, que, como já foi dito, importavam em 7.000."
3 - Não deve haver falta de espaço na colméia em relação a população
do enxame ( ver item população).
INVÓLUCRO
DISCOS DE CRIAS
-CASTAS:
Castas de fácil identificação:
OPERÁRIAS
operária: é diferente da princesa e do zangão.
RAINHA
PRINCESA
princesa: de cor castanha, do tamanho das princesas de outras espécies.
ZANGÃO
zangão: (M.paraensis)apresenta três tracinhos brancos na face.
Para não faltar zangão ( machos) e rainhas (princesas), sobretudo na
criação racional, é bom manter a colméia bastante alimentada, como forma de
sempre haver as duas castas. Veja a observação de Marcia Maués-Venturieri,
em sua dissertação de mestrado, sobre a Flavolineata:
"Quando há bastante alimento disponível no ninho, machos e rainhas
virgens são encontradas com frequência."
Dentro do manejo deve sempre observar a presença de rainhas
virgens como bom sintoma do enxame, pois como observa Kerr ao destacar o
nascimento de 3% a 25% de rainhas virgens, como um verdadeiro "seguro de
vida" da colméia.
OUTROS ELEMENTOS:
(REALEIRA)
(PRISÃO REAL)
FAUNA ASSOCIADA
Na tese sobre Flavolineata a Márcia Maués ainda observa:
"Foi observada a existência de muitos ácaros no ninho instalado no
laboratório, identificados como Macrocheles sp, Tyrophagus putrescentia e
Hemileius initialis, ficavam nas paredes da caixa e no batume (proximo ao
vidro), aparentemente alimentando-se dos fungos que se acumulam nestes
locais, e nos montes de lixo."
COMPORTAMENTO:
13 – COMPORTAMENTO OBSERVADO
a) Iniciam o trabalho às 5 horas. Das 12 às 15 horas, diminuem o ritmo de
trabalho;
b) Desidratam o néctar e o xarope fora da colméia;
Observação do Dr. Kerr: “d) As M. rufiventris têm uma vantagem sobre
outras abelhas. Elas ‘descobriram’ que, nas condições da Amazônia, é melhor
desidratar o mel fora da colméia, onde sempre terão uma umidade de 3 a 30%
abaixo que dentro da colméia.”
c) Quando há ataque de outras abelhas, inclusive da mesma espécie, as abelhas
que saem da colméia vibram as asas incitando a saída de mais abelhas para
defender o enxame;
d) É excelente produtora de mel, desde que haja florada;
e) há uma tendência de abandono quando a colméia tem pouca população;
f) É defensiva:
Veja a observação de Davi Said Aidar:
“Encontrei colônias extremamente agressivas aqui na Amazônia. As
operárias atracam as mandíbulas no nosso rosto dificultando muito a
manipulação do ninho. Nunca notei isso nas rufiventris do sul. Este
comportamento varia de colônia para colônia da mesma espécie.”
3) CRIAÇÃO RACIONAL:
"Para uma boa criação de abelhas são necessárias boas colméias.
Uma boa colméia é aquela que oferece todas as condições requeridas pelas
abelhas, com um espaço interno ideal para sua acomodação e uma boa proteção
contra parasitas e variações do clima. As colmeias devem facilitar o
crescimento das colônias e permitir que elas sejam divididas artificialmente
sem maiores danos às colméias. Elas também, como mencionado por Aidar
(1996), devem proporcionar melhor aproveitamento e facilidade na colheita
dos produtos elaborados pelas abelhas, além de não prejudicar os favos de cria,
o que pode comprometer o desenvolvimento das colônias." Pompeu
MELIPONÁRIO:
SUPORTES:
Os suportes devem ser individuais, ter protetor contra formiga e
besuntados contra cupim. Deve obedecer a distância de cinco metros.
LOCAL
É correta a observação que fez o Victor Coelho a respeito do local de
criação das rufiventris, em orientação a um criador que estava com problemas
com rufiventris, na mensagem datada de 25/02/2005, na ABENA:
"Para tentar salvar suas colméias eu sugiro levá-las para um lugar onde
há mata. Estas abelhas são difíceis de criar. Como vc mora em bairro populoso
e industrial, acho q não conseguirá criar estas abelhas.""Tudo devemos fazer
para salvar estas abelhinhas q são extremamente dependentes de mata para a
sobrevivência."
O Jean Locateli, em 11/12/2003, na Beebr, emitiu a sua acertada
conclusão:
"O que conclui até o momento, sem fundamentação concreta, é que
esssas abelhas dependem em muito do local em que vivem, quer seja de
flores de árvores nativas, quer de algum outro item desconhecido (água
potável, ar limpo, terra vegetal para construção do ninho, algum inseto
simbionte,etc).
Colméias transferidas para a cidade podem sofrer demasiadamente com
a questão urbana (luminosidade, barulho, poluição, insolação,
predadores...), por serem menos adaptáveis do que outras espécies
estressam muito o que deve concorrer para com sua morte,"
Observou o Victor em 05/12/2003:
"Tlvz vc tenha problemas, pois precisam de matas ao redor e são bastante
seletivas na coleta de polém."
PROTEÇÃO
Aqui a proteção é geral, abrangendo outros itens abordados em
separado. Proteção contra chuva, contra ventos fortes, contra queda de galhos,
contra formiga e cupins.
PASTAGEM MELIPONÍCOLA
No Ceará, J.A. Macambira cita as seguintes plantas visitadas pela
rufiventris:"Tenho observado que poucas plantas são visitadas por elas, como
marmeleiro, leucena, acácia chuva de ouro, goiaba e urucú."
Aqui no Amazonas já observei a paraensis em goiaba de anta
(beluscia),....
SOL X SOMBRA
Aplica-se a todas as abelhas sem ferrão a regra de não expor as colméias
ao sol quente. A sombra faz-lhe bem. O sol quente faz mal à postura.
DIREÇÃO
É sempre bom colocar a direção da entrada/saída para o nascente.
DISTÂNCIA
10 – COLOCAÇÃO DAS COLMÉIAS
Não colocar recebendo o sol, pois é muito sensível ao calor;
Nunca colocar colméias a menos de três metros. Melhor a cinco metros,
Se transportar mais de uma colméia para outro meliponário, é aconselhável não
abri-las no mesmo horário que as outras vizinhas.
CALOR X FRIO
6) MULTIPLICAÇÃO DE ENXAME
9 – MULTIPLICAÇÃO
Alguns consideram a multiplicação como problemática.
Já dizia João Vaz da Silva (Beebr- 08/08/2001:
"A rufiventris é de manejo muito dirfícil do que a mandaçaia, difícil para
que a divisão de uma colônia em duas ocorra sem problemas;"
– A multiplicação deve ser feita quando pressentir que a colméia está
superpopulosa para evitar o problema do abandono (enxameação ?) das abelhas
adultas;
_ Lembre-se do que é uma colméia forte, como observou o Victor, para
selecionar a colméia a ser multiplicada;
– Na divisão/ multiplicação, a colônia matriz não deve perder/ceder a maior
parte das abelhas adultas. Deve-se evitar o desequilíbrio populacional,
especialmente das campeiras, na colméia matriz. A maior parte deve ficar com
a colônia matriz;
– O Sr. Sebastião de Paula Pereira Sobrinho, de Brasília, (fone 61 – 628.2250)
passou-me as seguintes observações, ainda não confirmadas ou
experimentadas:
-após a divisão, só abrir o invólucro depois de trinta dias;
-a colméia filha só deve ser multiplicada após um ano;
-a colônia matriz pode ser divida após seis meses.
- Na técnica de multiplicação por sobreninho, o enxame se recupera mais
rápido do que a multiplicação pela técnica tradicional .
5)“Segundo um amigo no Rio de Janeiro, as divisões de Rufiventris são feitas
com pelo menos 3 discos de cria e de acordo com a sua afirmação não falha
nunca.
Já tive uma situação de abandono de colméias, ficando a rainha e discos de cria,
como a rufiventris precisa de muita abelha para a formação da colméia, apenas
não perdi por ter outra que forneceu as campeiras “ (Marco Torres)
Abena/26/10/05.
6) Momento de multiplicação para evitar enxameação, conforme informação
pessoal por telefone dada por Pedro Paulo do Rio de Janeiro:
Quando os favos de cria chegarem em cima, encostando na 1ª melgueira (caixa
vertical) ou na tampa(caixa horizontal).
7) Dificuldade de formação e aceitação de rainha:
Afirma ainda o Sr. Pedro Paulo que há dificuldade de aceitação e
formação de rainha. Formar o enxame com três discos e se até o terceiro disco
de cria não houver rainha, devem ser acrescentado mais dois discos.
O Pedro Paulo não tem perdido enxames, mas apenas verifica morte
de princesas ou dificuldade de formação de rainhas.
Para escolha e formação de rainha, quando for vista princesa, pode
ser adotada a prática do Pe Bruenning: fechar a colméia.
Dificuldade de formação de rainha, pois as abelhas matam as princesas:
-Formar núcleos só com abelhas jovens;
-Após eleita e fecundada a rainha, oferecer novos favos de crias maduros
para aumentar a população; ou
-Capturar abelhas adultas, deixando-as em quarentena por 48 horas, e
depois juntar ao núcleo.
A propósito transcrevo uma mensagem do Rudy de 23/10/2005, que
primeiro demonstra a dificuldade de formação de rainha e segundo a
necessidade de se ter mais de uma família para socorrer a outra em caso de
necessidade e também evitar parentesco na fecundação:
"OLÁ A TODOS.
ESTOU COM UM PROBLEMA, SE ALGUÉM PUDER AJUDAR:
ANTES DO FRIO, MINHA TUJUBA(M.RUFIVENTRIS), ESTAVA
ÓTIMA, TINHA 11 OU 12 DISCOS DE CRIA, ASSIM Q
COMEÇOU A ESQUENTAR ELA DEU SINAIS CLARO DE
ENXAMEAGEM, FALEI COM O CRIADOR QUE ME VENDEU E
ELE ME DISSE PARA DIVIDIR LOGO.
FIZ ISSO, MAS NÃO FORMOU RAINHA NA NOVA CAIXA, E
PRA COMPLETAR A CAIXA MÃE, AGORA TAMBÉM ESTÁ
ORFÃ, FAZ ALGUM TEMPO.
TEM DISCOS DE CRIA NAS DUAS CAIXAS, MAS SÃO TODOS
DE OPERÁRIAS, DELES NASCEM APENAS MACHOS, E
NENHUMA OPERÁRIA OU PRINCESA.
ELAS VÃO ACABAR EM POUCO TEMPO, ASSIM Q
MORREREM TODAS AS OPERÁRIAS.
OBS: OS ESTOQUES DE MEL E POLÉM SÃO MUITO BONS.
JÁ CONTACTEI COM 2 CRIADORES CONHECIDOS, TODOS
COM MAIS DE 13 COLÔNIAS DE RUFIVENTRIS, MAS.........,
ELES DISSERAM QUE NÃO TINHAM DISCOS MADUROS
AGORA, E OLHA QUE É PRA COMPRAREM. NÃO É DEMAIS?
DESSA FORMA SE ALGUÉM PUDER AJUDAR, EU GOSTARIA
DE ADQUIRIR UNS DOIS DISCOS E TENTAR SALVAR
MINHAS CAIXAS."
Além do mais, os machos nascidos sem a presença da rainha normalmente são
inviáveis. Não se pode deixar a colméia por muito tempo (faz algum tempo)
sem rainha sob pena de ficar zanganeira e as operárias não aceitarem princesas
introduzidas ou nascidas de favos de cria.
(Localização de realeiras)
Divisão dos discos de crias
Discos de crias novas(verdes)
Discos de crias velhos(maduros)
REVISÃO;
11 – REVISÃO
A revisão deve ser freqüente para solução de problemas (falta de rainha,
falta de alimento, falta de operária, excesso de lixo, presença de forídeos),
Bom sintoma: bastante abelhas ao redor da entrada desidratando néctar ou
xarope. Havendo diminuição, procurar examinar;
Quando houver invólucro grosso e da cor dos potes (escuro), procure verificar a
área das crias, pois procuram esconder a destruição dos favos de crias;
Quando notar queda do movimento das campeiras, também deve ser examinada
a colméia, para se identificar a causa;
Normalmente, quando mexida a colméia forte ou mesmo batida, saem muitas
abelhas e causam alvoroço e reboliço. Daí a necessidade de um certo
afastamento entre colméias;
Se durante as revisões constatar um falso invólucro (grosso e escuro), deve o
mesmo ser afastado, fazendo-se o mesmo se constatar os alvéolos ressecados:
verificada a existência de rainha, fazer fortalecimento e acompanhar se há
postura; se destroem, provavelmente, indica problema da rainha;
tendo muitas abelhas, basta introduzir princesa ou rainha em bob por seis horas,
antes de se tornar zanganeira (só nasce macho);
tendo poucas abelhas, dar um favo de crias e fortalecer com abelhas (mudança
de local).
Por outro lado, observou a pesquisadora Yasmine que não se deve abrir
muito a colméia de rufiventris. De certo modo, parece ser verdadeiro tal
procedimento esperado pois caixas antigas de rufiventris continuam com a
efetiva troca de rainhas. É inclusive o conselho de Sebastião, de Brasília, de só
abrir o invólucro após trinta dias da divisão.
Mas aconselhava Victor, em 5/12/2003: "Não são abelhas tão rústicas
assim, faça inspeções regularmente."
Assim, para facilitar a visualização do enxame, o ninho de crias
deverá ser colocado por sobre as melgueiras, provida de uma entretampa de
vidro/acrílico/plástico, o que vai possibilitar acompanhar o desenvolvimento da
divisão sem abrir a colméia, o que normalmente é bom e benéfico.
- “Um conselho dado pelo sr Jean Locatelli: Nunca abra uma Rufiventris á
noite, deve ser seguido á risca pois as mesmas vão todas para a borda da caixa
numa situação defensiva, é quase impossível colocar a tampa a menos que se
use o plástico” (Marco Torres- Abena 26/10/05).
- “Quando o ninho fica forte estas abelhas são muito agressivas,
defendendo sua colméia com muita coragem. Recomendamos que no manejo
dessa espécie, sempre seja utilizado um véu de filó sobre a cabeça”.
G.Venturieri.
- “Para manejar as bugias (dos meus amigos) que estou cuidando, sempre
fecho a entrada com uma folha, daí elas não incomodam até a gente terminar o
serviço. Conclusa a alimentação ou faxina e a cx fechada, se retira a folha e sai
de perto que elas fazem uma revoada e se acalmam... tente pra ver se as tuas
aceitam esse manejo?”(Jean Carlos Locateli).
ALIMENTAÇÃO:
8 – ALIMENTAÇÃO:
- Consomem bastante alimento. Dar bastante alimentação;
- Em alimentadores coletivos, sempre ocorrem brigas. Vão a alimentadores de
outros enxames, se externos, mesmo que individuais e afastados;
- Usar sempre alimentador individual, de preferência interno;
- Diminuindo a freqüência no alimentador interno, demonstra diminuição de
população, sendo sinal de problema com rainha, não existe ou não nasceu nova;
- Manter todas com alimentação equilibrada para não haver saque em outras
colméias fracas (enxame forte com pouca alimentação saqueia enxame fraco
com bastante alimentação).
Já dizia João Vaz da Silva (Beebbr- 08/08/2001:
"se várias colônias convivem no meliponário e se usa um alimentador
coletivo abelhas de colônias diferentes brigamentre si até a morte."
Fórmula do xarope Joãozinho(Belterra)
Bombom Cappas
Fórmula Marco Aurélio Torres
FORMIGA E CUPIM:ATAQUE/CONTROLE
......
FORÍDEOS:
6 - FORÍDEOS
Das colméias que perdi de rufiventris, a maioria foi por ataque de forídeos,
normalmente quando estava viajando, sem poder combatê-los. Apesar de a
entrada ficar sempre ocupada por uma única abelha (não passa mais que uma),
seria de se esperar que dificilmente entrariam forídeos. A rufiventris é capaz de
pegar forídeo no ar e normalmente jogam as larvas foram. Todos que criaram e
criam são unânimes: são frágeis aos forídeos.
ARANHA
......
REFORÇO DE ENXAMES: CRIAS, OPERÁRIAS E ALIMENTAÇÃO:
4 - Os três problemas anteriores (1-briga, 2-enxameação e 3-falta de
espaço para a população) dificultam a manutenção dos enxames fortes e
populosos.
DISCOS DE CRIAS
É importante verificar e ter conhecimento da quantidade de discos de
crias do enxame de Rufiventris, visto que a quantidade de uma boa colméia é
de mais de dez discos de crias. H. von Ihering escreveu:
"Os favos eram em número de 15, os inferiores um pouco
menores, os do meio com cerca de 24 fileiras de células, num e noutro sentido,
perfazendo 576 células e ao todo cerca de 7.000. Os favos, em posição
horizontal, ligavam-se uns aos outros por meio de pilastras curtas e não havia
orifício de comunicação de um favo para outro. O intervalo entre dois favos
media 7 a 8 mms., cada célula 10 a 11 mms. x 5,5mms."
FALTA DE RAINHA
Troca de rainha durante o inverno - problema:
Hipótese:
- diminuição da oferta de pólen, pela dificuldade de coleta;
- a rainha diminui a postura;
- as abelhas então matam a rainha.
Solução: - fornecer pólen.
O problema acima já foi observado com a devida orientação para
solução por Marco A. Torres,em mensagem particular, com relação a Guaraipo:
"Algumas espécies de abelhas cessam a postura quando em
períodos muito grande de ausência de proteina que é o caso do
Guaraipo (melipona bicolor schenki) que em condições adversas
ao clima da região de ocorrência cessam a postura ou não trocam
de rainha porém sacrificam a poedeira e esta não é substituída
ficando a colméia órfã acabando por perecer.
Quando não é morta a fisogástrica, adicionamos pólem de
scaptotrigona a esa colméia e esta em 5 dias (na experiência que
tive) o guaraipo voltou à postura."
INTRODUÇÃO DE RAINHA
O acompanhamento da existência de rainha é muito importante,
pois percebida logo a ausência pode-se adotar providências saneadoras,
evitando que a colméia se torne zanganeira, donde norlmente só nascem
machos inviáveis.
INTRODUÇÃO DE PRINCESA
Como já destacado, é sempre bom observar a presença de
princesas no enxame antes de fazer qualquer divisão ou multiplicação, pois só
assim haverá certeza de formação de rainha em qualquer das colméias
Métodos:peralta/marco a. torres.
COLETA DE CAMPEIRAS
Fórmula Marco A. Torres: incenso
HIBERNAÇÃO
Hibernaçao é um comportamento biológico das abelhas para superar
dificuldades climáticas. É semelhante à dormência de algumas sementes, que
só germinam quando há as condições favoráveis para o desenvolvimento da
planta.
No caso das abelhas ocorre o mesmo quando sentem que as
condições são de dificuldade para o desenvolvimento do enxame e das crias.
Vejamos alguns depoimentos:
Egon Roepke, em 27/04/2005-ABENA:
"O noso amigo Capas creio que está serto pois pasei por isto a
alguns anos. As minhas madaçaias ficaram sem crias no mes de
março fiquei assustado no momento mas tudo voltou ao normal
depois de algum tempo."
No entanto, há solução para superar a hibernação, a qual só
deve ser aplicada com os devidos cuidados para que não se exponham as
abelhas a riscos climáticos externos, especialmente em regiões, onde elas
possam ficar congeladas.
Exemplo de superação de hibernação é o ensinamento de
Valtair Andreotti (abena 27/04/2005):
"MORO NO NORTE DO ESTADO DO PARANÁ, E MINHAS
MANDAÇAIAS NÃO PARAM A POSTURA, MESMO NOS
MESES DE FRIO (JUNHO/JULHO).
EU AS ALIMENTO TODO O ANO, MAS NO PERÍODO DO
FRIO A ALIMENTAÇÃO É REFORÇADA (MAIS
ALIMENTO)."
ABELHA LIMÃO
...
CONSANGUINIDADE
Em dúvida, adotar medidas de variabilidade genética. Trocar favos
de criar, trocar enxames com outros criadores e, quando for dividir, utilizar
favos de crias de outro meliponário.
UMIDADE
......
SAQUE/PILHAGEM
Veja o relato dde F.A.MACAMBIRA (Ubajara-Ceará) em mensagem
de 09/02/2004, na ABENA:
"No curto intervalo para o almoço, fui verificar uma caixa com um
família de Scaura latitarsis, que há 5 dias retirei de um cupinzeiro aéreo, que
havia se desprendido de uma árvore. Qual não foi a minha surpresa, quando vi
as minhas rufiventris atacando esta caixa e mais uma de Nannotrigona punctata,
que há seis meses convivia ao lado das rufiventris. Registro para o grupo, pois é
a primeira vez que observo este comportamento nas Meliponas rufiventris.,"
BRIGA:
1 - São abelhas muito brigonas: Das colméias que brigaram com
grande mortandade, todas pereceram; foram ficando fracas, destruíram os
alvéolos com crias para se alimentarem e mataram a rainha ou esta morreu por
falta de quem a alimentasse e as larvas já desenvolvidas ressecam nos alvéolos.
“lutas entre colônias que resultam em grande mortalidade”(Fernando
Silveira)
Veja um conselho dado pela pesquisadora Yasmine, em mensagem
de 28/09/2004, na ABENA:
"Prezado Francisco a Melipona rufiventris é uma abelha bastante
agressiva e ao mesmo tempo muito frágil. As colônias devem ficar
longe umas das outras e vc deve interferir o menos possível."
LIMPESA:
5 – Depositam muitas fezes dentro da colméia e ao mesmo tempo não
removem para fora, demorando também na retirada da película formada pelo
fundo dos alvéolos de crias (escutelos). Normalmente, no final da tarde fazem
remoção do lixo.
FAUNA ASSOCIADA
Verifique se há fauna associada. Não havendo colete de outras colméias
um pouco de lixo com fauna associada e coloque na colméia. Veja um problema
apontado por Eduardo Porto e a solução dada por Pedro Martini, em
decorrência da ausência de fauna associada que combate fungos:
"Pessoal,
constatei que uma das minhas caixas de Mandaçaia apresentou
alguns discos de cria com alguns ovos secos, isto é podia-se ver
os ovulos sem a parte de cima e com a parte de alimento das
larvas ressecada e sem sinal das abelhas jovens, isto progrediu
até quase a falência do enxame, coloquei discos novos e
consegui estabiliza-lo quando estava progredindo bem, de novo
apareceram ovos secos do meio para fora do disco isto
aconteceu por tres vezes, estou tentando novamente alguem
saberia o porque? considerando que houve uma troca de rainha
no período em que reforcei com discos novos. este
acontecimento é estranho uma vez que acontece apenas em
uma caixa....
eduardo porto spsp"
"Alô Eduardo
Os favos de cria parecem um tiro de espalha chumbo, cheios de
falhas? As larvas morrem e são removidas ficando o resto do
alimento no fundo. Pode ser pólen contaminado por fungos. Se
tiver alguma caixa com aqueles piolhos esbranquiçados, remova
um pouco de batume com esses bichinhos e introduza na caixa
com o problema. Dentro de um mês os favos devem estar
cheios, sem falhas.
Boa sorte, Martini."
Caso sua criação não esteja em local em que possa existir a fauna associada,
deve providenciar urgentemente, pois a presença da mesma atua para a
estabilidade biológica da colméia. Diferentemente da mosca, cuja origem é a
umidade da madeira que atrai a oviposição com penetração da larva por brechas
da colméia.
PRÓPOLIS
BATUME
ENXAME