A Missa e Seu Significado
A Missa e Seu Significado
A Missa e Seu Significado
Pegando o clice, deu graas e disse: 'Tomai este clice e distribu-o entre vs (...) Tomou em seguida o po e depois de ter dado graas, partiu-o e deu-lho, dizendo: 'Isto o meu corpo, que dado por vs; fazei isto em memria de mim'. Do mesmo modo tomou tambm o clice, depois de cear, dizendo: "Este clice a nova aliana em meu sangue, que derramado por vs...". (Lc 22, 17-20) Nessa ocasio Jesus celebrou a primeira missa. importante notar que o Senhor pede que o clice seja distribudo entre todos; a partilha, a comunho entre os presentes. Depois, Jesus diz isto . Ele no disse isto representa ou significa, mas disse bem claramente . Neste momento, no mundo inteiro celebrada uma missa onde o po transformado no Corpo de Cristo e o vinho transformado em Seu Sangue, pelo poder do Esprito Santo. O grande milagre A Missa a maior, a mais completa e a mais poderosa orao da qual dispe o catlico. Entretanto, se no conhecemos o seu valor e significado e repetimos as oraes de maneira mecnica, no usufruiremos os imensos benefcios que a missa traz. Lembremo-nos, antes de qualquer coisa, de que somos convidados especiais. Jesus convida a cada um de ns em particular para esta festa. Preparemo-nos, portanto, de um modo muito mais cuidadoso do que para qualquer outra festa, porque nesse caso o anfitrio Deus em pessoa. Ao entrar na Igreja, saibamos dar valor graa de Deus que nos trouxe ao momento presente, abrindo nosso corao na certeza de que Deus nos ama. Ao entrar, tambm importante persignar-se com gua benta, pois essa uma maneira de recordarmos o nosso Batismo e invocar a proteo e a bno do Senhor. A Missa para todos, mas a maneira de cada um participar pode ser diferente. Depende da f que as pessoas tm. Existe quem vem Missa para fazer pedidos a Deus, outros apenas para cumprir uma obrigao e outros com alegria e f, para louvar e bendizer a Deus. E voc porque veio Missa? (pausa) Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte histria: Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construda. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operrios moviam-se por todos os lados para levant-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a grande construo. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um aps o outro, carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar trs deles. A pergunta foi a mesma para todos. - O que voc est fazendo? - Carregando pedras, disse o primeiro. - Defendendo meu po, respondeu o segundo.
Mas o terceiro respondeu: - Estou construindo uma catedral, onde muitos louvaro a Deus, e onde meus filhos aprendero o caminho do cu. Essa histria relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porm a maneira de cada um realizar diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela a mesma para todos, contudo a maneira de participar diferente, dependendo da f e do interesse de cada um: - Existem os que vo para cumprir um preceito; - H os que vo Missa para fazer seus pedidos e oraes; - E h aqueles que vo Missa para louvar a Deus em comunho com seus irmos. MAS PORQUE IR IGREJA? O individualismo no tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O prprio cu visto como uma multido em festa e no como indivduos isolados. A Igreja o povo de Deus. Com ela Jesus fez a Nova e Eterna Aliana no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assemblia. um povo reunido na f, no amor e na esperana pelo chamado de Jesus Cristo. A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma f e se alimentam do mesmo Po. Todos os fiis formam um s "corpo". So Paulo disse aos cristos: "Agora no h mais judeus nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Pois todos vs sois UM S em Cristo Jesus" (Gl 3,28).
quando entramos na igreja e dela samos, se ali existir o Sacrrio. - Inclinao: Inclinar-se diante do Santssimo Sacramento sinal de adorao. - Mos levantadas: atitude dos orantes. Significa splica e entrega a Deus. - Mos juntas: Significam recolhimento interior, busca de Deus, f, splica, confiana e entrega da vida. - Silncio: O silncio ajuda o aprofundamento nos mistrios da f. Fazer silncio tambm necessrio para interiorizar e meditar, sem ele a Missa seria como chuva forte e rpida que no penetra na terra. CANTO LITRGICO A liturgia inclui dos elementos: o divino e o humano. Ela nos leva ao encontro pessoal com Deus, tendo como Mediador o prprio Cristo, que nascido de Maria, rene em Si a Divindade e a Humanidade. Portanto, a Missa mais do que um conjunto de oraes: ela a grande Orao do prprio Jesus, que assume todas as nossas oraes individuais e coletivas para nos oferecer ao Pai, juntamente com Ele. O canto na Missa est a servio do louvor de Deus e de nossa santificao. No apenas para embelezar a Missa, para nos ajudar a rezar. E cada canto deve estar em sintonia com o momento litrgico que se celebra. O canto penitencial deve nos ajudar a pedir perdo de corao arrependido; um canto de Ofertrio deve nos ajudar a fazer a nossa entrega a deus; um canto de Comunho deve nos colocar em maior intimidade com Deus e expressar nossa adorao e ao de graas. O SACERDOTE O Conclio Vaticano II diz que o padre age "in persona Christ", isto , em lugar da pessoa de Jesus. O padre presbtero e profeta. Como sacerdote, administra os sacramentos, preside o culto divino e cuida da santificao da comunidade, como profeta, anuncia o Reino de Deus e denuncia as injustias e tudo o que contra o Reino; como presbtero, o padre administra e governa a Igreja. O ALTAR O altar representa a mesa da Ceia do Senhor. Lembra tambm a cruz de Jesus, que foi como um "altar" onde o Senhor ofereceu o Sacrifcio de sua prpria vida. O altar deve ter o sentido de uma mesa de refeio para celebrar a Ceia do Senhor. Sobre o altar vai a toalha, geralmente branca, comprida. Deve ser limpa, condizente com a grandeza da Ceia do Senhor. OBJETOS USADOS NA MISSA - Hstia: po de trigo puro. H uma hstia grande para o presidente da celebrao e as pequenas para o povo. A do padre grande para ser vista de longe na elevao. - Vinho: vinho puro, de uva. Assim como o po se muda no Corpo de Cristo na consagrao, o vinho se muda no Sangue do Senhor, vivo e ressuscitado.
- Clice: uma "taa" revestida de ouro ou prateada. Nele se deposita o vinho a ser consagrado. - mbula: semelhante ao clice, mas tem uma tampa. Nela se colocam as hstias. Aps a Missa guardada no Sacrrio com as hstias consagradas. - Patena: um "pratinho" de metal. Sobre ele se coloca a hstia grande. - gua: natural. Serve para purificar as mos do sacerdote e ser colocada no vinho (umas gotas s), para simbolizar a unio da humanidade com a Divindade em Jesus. Tambm usada para purificar o clice e a mbula. - Pala: uma pea quadrada, dura, (um carto revestido de linho). Cobre o clice. - Sanguinho: uma toalhinha comprida, branca. Serve para enxugar o clice e a mbula. - : uma toalhinha quadrada. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se o Corpo do Senhor (mbula e clice), no centro do altar. - Galhetas: so como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a gua, na outra, o vinho. Elas esto sempre juntas, num pratinho, ao lado do altar. - Manustrgio: Vem da palavra latina "manus", que quer dizer "mo". para enxugar as mos do Celebrante, no ofertrio. Acompanha as galhetas. - Missal: um livro grosso que tem o rito da Missa, menos as Leituras, que esto num outro livro chamado Lecionrio. - Crucifixo: Sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo para lembrar que a Ceia do Senhor inseparvel do seu Sacrifcio Redentor. - Velas: Sobre o altar vo duas velas. A chama da vela o smbolo da f, que recebemos de Jesus, "Luz do Mundo". sinal de que a Missa s tem sentido para quem vive a f.
merea fruir as alegrias eternas". - Cngulo: um cordo branco ou da cor dos paramentos, de seda, linho ou algodo, com que o sacerdote se cinge cintura. Os antigos o usavam para maior comodidade, a fim de que a alva, comprida, no os estorvasse nos trabalhos ou nas longas caminhadas. Recorda as cordas com que Jesus foi atado pelos algozes. Simboliza o combate s paixes e a pureza do corao. Ao cingir-se com o cngulo, o sacerdote reza: "Cingi-me, Senhor, com o cngulo da pureza e extingui em meu corao o fogo da concupiscncia, para que floresa em meu corao a virtude da caridade". - Manpulo: uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. Tem uns 40 cm de comprimento e uns 12 de largura. preso ao brao esquerdo. Antigamente, servia para limpar o p ou suor da fronte durante as caminhadas e trabalhos, ou ainda, com suas dobras, fazia-se as vezes de algibeira. Recorda as cordas com que Jesus foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifcio e s boas obras. Ao acomod-la ao brao, o sacerdote reza: "Que eu merea, Senhor, trazer este manpulo de dor e penitncia, para que possa, com alegria, receber os prmios dos meus trabalhos". - Estola: uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula e do manpulo. Mede uns oito palmos de comprimento e uns 12 cm de largura. D a volta ao pescoo, cruzando ao peito e passando sob o cngulo, altura da cintura. Os antigos a usavam como sudrio ou como smbolo de autoridade e condecorao honorfica. Recorda as cordas com que Jesus foi puxado ao Calvrio. Simboliza o poder espiritual do sacerdote, bem como a nossa dignidade de cristo e penhor de imortalidade. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Restitu-me, Senhor, a estola da imortalidade que perdi pelo pecado dos nossos primeiros pais; e ainda que eu seja indigno de acercar-me aos vossos Santos Mistrios, possa, contudo, merecer a felicidade eterna. - Casula: a ltima veste que o sacerdote usa, por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrs, uma grande Cruz. Os antigos a usavam como uma capa, nas estaes chuvosas. Casula, em latim, significa "pequena casa". Recorda a tnica inconstil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradio, por Nossa Senhora. No Calvrio, os soldados no quiseram retalh-la, mas sortearam-na entre si. Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que devemos levar, e que se torna leve para as almas generosas. Ao vesti-la, o sacerdote reza: " Senhor, que dissestes: ' o meu jugo suave e o meu fardo leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa graa". - Dalmtica: uma tnica originria da Dalmcia. usada pelo dicono nas Missas solenes. O subdicono usa, nas Missas solenes, a tunicela, bastante parecida com a dalmtica, mas que deve ser um pouco mais curta e menos adornada que esta. - PluviaL: uma capa comprida, usada pelos antigos em tempos de chuva, como indica o seu mesmo nome. Atrs, em cima. h uma dobra ou capucho, com que os antigos se cobriam a cabea, semelhana de algumas capas impermeveis modernas. O sacerdote a usa nas Bnos do Santssimo Sacramento, nas procisses e outras funes litrgicas solenes. - Batina ou hbito: Veste talar dos abades, padres e religiosos, cujo uso dirio aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do
Clerical ou "Clericman" como meio de identificao, sendo esta uma pea nica de vesturio, ou seja, um colarinho circular que envolve o pescoo com uma pequena faixa branca central. - Tonsura: Corte circular, rente, do cabelo, na parte mais alta e posterior da cabea, que se faz nos clrigos, tambm denominado cercilho ou coroa, em desuso. A "Prima Tonsura" consiste em cerimnia religiosa em que o prelado, conferindo ao ordinando o primeiro grau de clericato, lhe d a tonsura. AS CORES DOS PARAMENTOS LITURGICOS A liturgia sagrada da Igreja tem uma linguagem simblica muito expressiva, atravs das cores. As cores propriamente litrgicas so seis: branco, vermelho, verde, roxa, rosceo e preto. Em alguns lugares, por privilgio, usa-se o azul celeste na festividade da Imaculada Conceio. - Branca: Resultado de todas as cores juntas, simboliza a pureza e a alegria. usada em todas as festividades de Nosso Senhor (excetuadas as da Paixo), que a Luz do mundo; nas festas de Nossa Senhora, dos anjos e dos santos no-mrtires. - Verde: Simboliza a esperana. adotada nos domingos que seguem a festa da Epifania, at Setuagsima; e aps o Pentecostes, at o Advento. - Vermelha: Simboliza o fogo do amor, da caridade ou do martrio. adotada nas festividades do Esprito Santo da Santa Cruz e dos Santos Mrtires. - Roxa: Simboliza a penitncia e a contrio. Usa-se no tempo da Quaresma e do Advento. - Roscea: Simboliza a alegria, dentro de um tempo destinado penitncia. Usa-se no 3. domingo do Advento e no 4. domingo da Quaresma. - Preta: Simboliza o luto, dor e tristeza. usada na Sexta-feira Santa e nas Missas de defuntos, quando a Igreja chora, respectivamente, a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e a dos seus filhos espirituais. (Em desuso no Brasil.)
Entrada do Celebrante Vai comear a Celebrao. o nosso encontro com Deus, marcado pelo prprio Cristo. Jesus o orante mximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele a cabea e ns os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa orao seja eficaz. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinao e depois beija o altar. O beijo tem um endereo: no propriamente para o mrmore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que o centro de nossa piedade. Saudao O padre dirige-se aos fiis fazendo o sinal da cruz. Essa expresso "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPRITO SANTO", tem um sentido bblico. Nome em sentido bblico quer dizer a prpria pessoa. Isto iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ao nas mos da Santssima Trindade. O sinal da cruz, significa que estamos na presena do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder. Ato penitencial O Ato Penitencial um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. um pedido de perdo que parte do corao com um sentido de mudana de vida e reconciliao com Deus e os irmos. E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos sua graa curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em perdo e estendemos a mo para perdoar a ns mesmos e aos outros. Ao perdoar e receber o perdo divino, ficamos impregnados de misericrdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericrdia comea a se embeber da graa e do amor que esto nossa espera. quando os fiis em unssono dizem: Senhor, tende piedade de ns! Hino de louvor O Glria um hino de louvor Trindade: Pai, Filho e Esprito Santo. No Glria (um dos primeiros cnticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a orao dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contnuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele o oleiro, ns somos a argila (Jer 18-6). Louvemos! Ns temos a tendncia a nos voltar para a splica, ou seja, permanecemos no centro da orao. No louvor, ao contrrio, Jesus o centro de nossa orao. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de ns mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor. OREMOS A orao seguida de uma pausa este o momento que o celebrante nos
convida a nos colocarmos em orao. Durante esse tempo de silncio cada um faa Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mos e profere a orao, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mos o celebrante est assumindo e elevando a Deus todas as intenes dos fiis. Aps a orao todos respondem AMM, para dizer que aquela orao tambm sua. LITURGIA DA PALAVRA Aps o AMM da Orao, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante dirigir-se cadeira. A Liturgia da Palavra tem um contedo de maior importncia, pois nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus". A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas splicas e ofertas. Primeira leitura E quando se inicia a Liturgia da Palavra, peamos ao Esprito Santo que nos fale por intermdio dos versculos bblicos: que as leituras sejam para ns palavras de sabedoria, discernimento, compreenso e cura. A Primeira Leitura geralmente tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da Histria da Salvao. O prprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias. Salmo responsorial Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado. Segunda leitura A Segunda Leitura tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas so dirigidas a uma comunidade a todos ns. Canto de aclamao ao Evangelho Terminada a Segunda Leitura, vem a Monio ao Evangelho, que um breve comentrio convidando e motivando a Assemblia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamao uma espcie de aplauso para o Senhor que via nos falar.
Evangelho Toda a Assemblia est de p, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada, no pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distrao, com nenhuma preocupao. como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de ns para nos falar. A Palavra do Senhor luz para nossa inteligncia, paz para nosso Esprito e alegria para nosso corao. Homilia a interpretao de uma profecia ou a explicao de um texto bblico. A
Bblia no um livro de sabedoria humana, mas de inspirao divina. Jesus tinha encerrado sua misso na terra. Havia ensinado o povo e particularmente os discpulos. Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Misso cumprida! Mas sua obra da Salvao no podia parar, devia continuar at o fim do mundo. Por isso Jesus passou aos Apstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a todos os povos. O sacerdote esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito h dois mil anos e nos diz o que Deus est querendo nos dizer hoje". Ento o sacerdote explica as leituras. o prprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos coraes ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prtica em nossa vida. Profisso de f Em seguida, os fiis se levantam e recitam o Credo. Nessa orao professamos a f do nosso Batismo. A f base da religio, o fundamento do amor e da esperana crist. Crer em Deus tambm confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para p-la em prtica. Orao da comunidade (Orao dos fiis) Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa f e confiana em Deus que nos falou, ns colocamos em Suas mos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido no seja pronunciado em voz alta, eu posso coloc-lo na grande orao da comunidade. Assim se torna orao de toda a Igreja. E ainda de p rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos tambm nossas ofertas a Deus. LITURGIA EUCARSTICA Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus convidado e reunido, sob a presidncia do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memria do Senhor. Vem a seguir o momento mais sublime da missa: a renovao do Sacrifcio da Cruz, agora de maneira incruenta, isto , sem dor e sem violncia. Pela ao do Esprito Santo, realiza-se um milagre contnuo: a transformao do po e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. o milagre da Transubstanciao, pelo qual Deus mantm as aparncias do po e do vinho (matria) mesmo que tenha desaparecido a substncia subjacente (do po e do vinho). Ou seja, a substncia agora inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparncias sejam a do po e do vinho. Procisso das oferendas As principais ofertas so o po e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o po e o vinho esto saindo das mos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro o fruto da generosidade e do trabalho dos fiis. Deus no precisa de esmola porque Ele no mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta um sinal de gratido e contribui na conservao e manuteno da casa de Deus. Na Missa ns oferecemos a Deus o po e o
vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de f traz apenas po e vinho, mas no po e no vinho, oferece a sua vida. O sacerdote oferece o po a Deus, depois coloca a hstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferec-lo do mesmo modo. Ele pe algumas gotas de gua no vinho simboliza a unio da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnao, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a gua colocada no clice torna-se uma s coisa com o vinho, tambm ns, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um s corpo com Ele. O celebrante lava as mos, essa purificao das mos significa uma purificao espiritual do ministro de Deus. Santo Prefcio um hino "abertura" que nos introduz no Mistrio Eucarstico. Por isso o celebrante convida a Assemblia para elevar os coraes a Deus, dizendo Coraes ao alto"! um hino que proclama a Santidade de Deus e d graas ao Senhor. O final do Prefcio termina com a aclamao Santo, Santo, Santo... tirado do livro do profeta Isaas (6,3) e a repetio um reforo de expresso para significar o mximo de santidade, embora sendo pecadores, de lbios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor. Consagrao do po e vinho O celebrante estende as mos sobre o po e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Esprito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o prprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI... O celebrante faz uma genuflexo para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o clice em suas mos, deu graas novamente, e o deu a seus discpulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia. "EIS O MISTRIO DA F" Estamos diante do Mistrio de Deus. E o Mistrio s aceito por quem cr. Oraes pela igreja A Igreja est espalhada por toda a terra e alm dos limites geogrficos: est na terra, como Igreja peregrina e militante; est no purgatrio, como Igreja padecente; e est no cu como Igreja gloriosa e triunfante. Entre todos os membros dessa Igreja, que est no cu e na terra, existe a intercomunicao da graa ou comunho dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmos, membros da grande Famlia de Deus. A primeira orao pelo Papa e pelo bispo Diocesano, so os pastores do rebanho, sua misso ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos um ato de caridade, a Igreja mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por ns mesmos como "povo santo e pecador". Por Cristo, com Cristo e em Cristo Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hstia e o clice e a assemblia responde amm.
RITO DA COMUNHO Pai nosso Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. uma orao de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensao de integridade e descanso toma conta de ns. Como cristos, fazer a vontade do Pai to importante para nosso esprito quanto o alimento para nosso corpo. O Pai Nosso, no apenas uma simples frmula de orao, nem um ensinamento terico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o PaiNosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido tambm pelos seus discpulos. Com o Pai Nosso comea a preparao para a Comunho Eucarstica. Essa belssima orao a sntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunho" com meus irmos, que so membros do Corpo Mstico de Cristo. Pai Nosso recitado de p, com as mos erguidas, na posio de orante. Pode tambm ser cantado, mas sem alterar a sua frmula. aps o Pai Nosso na Missa no se diz amm pois a orao seguinte continuao. A paz Aps o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. A paz um dom de Deus. o maior bem que h sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remdios e todo o dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apstolos como presente de sua Ressurreio. Que paz essa da qual fala Jesus? o amor para com o prximo. s vezes vamos Igreja rezar pela paz no mundo, mas no estamos em paz conosco ou com nossas famlias. No nos esqueamos: a paz deve comear dentro de ns e dentro de nossas casas. Assim como s Deus pode dar a verdadeira paz, tambm s quem est em comunho com Deus que pode comunicar a seus irmos a paz. Frao do po O celebrante parte da hstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do clice, que representa a unio do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifcio e mesma comunho. Cordeiro de Deus Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fIis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdo mais uma vez. Comunho A Eucaristia um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como MIstrio da Salvao para todos os que nele crem. Comungar receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna. mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual
A hora da Comunho merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma s coisa em Cristo. E sabemos que essa unio com Cristo o lao de caridade que nos une ao prximo. O fruto de nossa Comunho no ser verdadeiro se no vemos melhorar a nossa compaixo, pacincia e compreenso para com os outros. Modo de comungar Quem comunga recebendo a hstia na mo deve elevar a mo esquerda aberta, para o padre colocar a comunho na palma da mo. O comungaste imediatamente, pega a Hstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na boca. Quando a comunho nas duas espcies, ou seja, po e vinho diretamente na boca. Ps comunho Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem, poderamos dizer, abraados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faa? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que Deus est vivo e presente em ns! Rito final Seguem-se a Ao de Graas e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e nessa hora que comea nossa misso: a de levar Deus queles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a aes. Como receber a beno preciso valorizar mais e receber com f a beno solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a beno. Qual a parte mais importante da Missa? justamente agora a parte mais importante da Missa, quando Ela se acaba, pois colocamos em prtica tudo aquilo que ouvimos e aprendemos durante a celebrao, enfim quando vivenciamos os ensinamentos de Deus Pai.