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Partículas Litúrgicas. Missa Do Crisma

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PARTÍCULAS LITÚRGICAS

Estimado leitor, permita-me neste mês fugir um pouco do estudo referente das partes da Santa Missa
para provocar uma reflexão acerca de um elemento que faz parte das celebrações por ocasião da Semana
Santa. Neste texto, gostaria de destacar a Missa, como chamamos Missa do Crisma, normalmente ocorrida
na Quinta-Feira Santa pela manhã. No ano corrente, como proposta do nosso bispo faremos uma única Missa
no dia 9 de abril às 10h na Igreja Nossa Senhora da Conceição, Conforto/VR.

Nesta ocasião normalmente pela manhã e na catedral, o bispo com seu presbitério, com a presença
dos diáconos, seminaristas e todo o povo de Deus celebram a Missa do Crisma. É oportuno, pois, antes de
celebrar o Tríduo Pascal, Memorial da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, a Igreja volta o seu olhar
para Àquele que é o Sumo e Eterno Sacerdote, Àquele que exercerá o clímax do seu sacerdócio, ao entregar-
se por nós até a morte de cruz.

A Igreja Diocesana se reúne como povo sacerdotal ao redor do bispo, sucessor dos apóstolos, e dos
presbíteros, seus colaboradores, esta Missa é a verdadeira Festa do Sacerdócio Ministerial – daqueles que,
recebendo a unção do Cristo, no interior do povo dos batizados, povo todo sacerdotal, agem na pessoa de
Cristo Cabeça da Igreja. Ainda nesta Eucaristia os padres renovam suas promessas sacerdotais diante do
bispo diocesano que convida a Assembleia a rezar pelos seus presbíteros e ao mesmo tempo por ele mesmo.

No desenvolver do rito, são abençoados Óleos dos Catecúmenos (usado nos batizados), no passado
chamava-se Óleo do Exorcismo porque devia proteger o catecúmeno contra o demônio, por isto no rito do
batismo, a unção com este Óleo é feita antes do batismo. O Óleo dos Enfermos (usado nos doentes), visa
oferecer a saúde corporal e espiritual. E o Santo Óleo do Crisma, é consagrado e confeccionado, neste
misturando perfume, tornando-se sinal da força do Espírito Santo, Dom do Cristo morto e ressuscitado à sua
Igreja ainda dentro do rito e oportunamente o bispo sopra sobre o Óleo. Na Igreja Primitiva se chamava Óleo
de Ação de Graças. Este Óleo é usado na cabeça dos recém batizados, na fronte dos Crismandos, na palma
das mãos dos neo-sacerdotes, derramado sobre a cabeça do novo bispo e com este Óleo são ungidos o altar
e as colunas das novas igrejas.

Os Santos Óleos são renovados a cada ano, por isso entende-se que por ocasião desta Missa os Óleos
antigos devem ser queimados. Uma sugestão é embebedá-los em flocos de algodão, em seguida, coloca-se
fogo, tendo cuidado para que não se derrame. Assim, após o algodão consumido pelo fogo, seus resquícios
podem ser enterrados. O Catecismo da Igreja Católica no número 1183 assevera que o Óleo do Crisma tenha
um lugar para ser conservado e venerado. Perto dele podem-se colocar os outros dois Óleos. O Cânon 847
§2 diz: “o pároco obtenha do próprio bispo os Santos Óleos, os guarde com diligência e decência”.

A beleza desta Missa é a experiência da Igreja Diocesana, reunida em Nome de Cristo, O Ungido do
Pai. Ela é o Corpo do Senhor e, como tal, se prepara para celebrar logo mais à noite o Sagrado Tríduo Pascal.
Poder-se-ia perguntar por que esta Missa não se dá após o Dia da Páscoa, já que os Santos Óleos são
expressão do Dom do Espírito, fruto do Mistério Pascal, simples, é porque com estes Óleos serão ungidos
aqueles que serão batizados e Crismados na Noite Santa da Vigília Pascal.

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