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Divina Liturgia Objetos Litúrgicos

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Santa e Divina liturgia – Sagrada Ceia

do Senhor: “o mistério da fé”


A liturgia é o cume e a fonte da ação
da Igreja
“A liturgia renova e aprofunda a aliança do Senhor com
os homens, na eucaristia, fazendo-os arder no amor de
Cristo. Dela, pois, especialmente da eucaristia, como de
uma fonte, derrama-se sobre nós a graça e brota com
soberana eficácia a santidade em Cristo e a glória de
Deus, fim para o qual tudo tende na Igreja”.

Sacrosanctum Concilium, 7
Sagrado Concílio
Ecumênico
Vaticano II
11.10.1962 - 08.12.1965
Exposição e explicação das principais
partes do Edifício Sagrado

“A casa de oração onde a Eucaristia é celebrada e conservada,


onde os fiéis se reúnem, onde a presença do Filho de Deus é
honrada para auxílio e consolação dos cristãos deve ser bela e
adequada para a oração e as celebrações religiosas. Nesta casa
de Deus, a verdade e a harmonia dos sinais que a constituem
devem manifestar o Cristo que está presente e age neste
lugar...”
(CIC 1180)
A nave e o presbitério

Nave central da igreja O presbitério


O Altar:
“ara Christus est”
Sobre o Altar, que na liturgia é o centro da igreja, para onde se deve
convergir nossos olhares e toda a nossa atenção, se faz presente o
Sacrifício da Cruz sob os sinais sacramentais. Ele representa dois
aspectos de um mesmo mistério: o altar do sacrifício e a mesa do Senhor,
e isto tanto mais porque o altar cristão é o símbolo do próprio Cristo,
presente no meio da assembléia dos fiéis como vítima de reconciliação e
alimento celeste.

“Não aos mártires mas ao Deus dos mártires erigimos nossos altares”
S. Agostinho
“Com efeito, que é o altar de Cristo senão a imagem do corpo de Cristo?”
S. Ambrósio
Sagrados Ritos da dedicação de Altar
O Ambão
Mesa da Palavra – estante da leitura da palavra de Deus

É o verdadeiro trono da sabedoria do qual Cristo se revela como nosso único Mestre.
É a cátedra de onde Deus nos fala. A Palavra nos é dada do alto.

“A dignidade da Palavra de Deus exige que exista na igreja um lugar que favoreça o
anúncio desta palavra e para a qual, durante a liturgia da Palavra, se volta
espontaneamente a atenção dos fiéis”
(CIC 1184)
Cadeira Presidencial

É o lugar daquele que preside à assembléia


litúrgica, seu significado é este: é o lugar de Cristo
que preside ao seu povo, na pessoa do ministro
sagrado: o sacerdote (presbíteros ou bispos).
Quando se trata de sede episcopal o nome a ela
atribuído é Cátedra ,ou seja, lugar do ensinamento,
da instrução, da catequese. isso também pode ser
aplicado para a cadeira presidencial. É o lugar de
onde quem preside, também ensina o povo de Deus.
Por isso o Missal Romano e o Cerimonial da Igreja
orientam que a homilia seja feita da cadeira
O Sacrário
Tabernáculo do Senhor eucarístico

É o lugar onde se guarda o Santíssimo Sacramento para a adoração dos fiéis e


distribuição da Sagrada Comunhão para os enfermos. A nobreza, a disposição e a
segurança do tabernáculo eucarístico devem favorecer a adoração do Senhor
realmente presente no Santíssimo Sacramento.

O sacrário não faz parte do espaço litúrgico celebrativo.


Livros litúrgicos

Missal Romano

Lecionários Evangeliário
Objetos litúrgicos
Os vasos sagrados:

Patena

Cálice Âmbula
Ostensório
Objetos litúrgicos

Galhetas

Turíbulo e naveta

Círio pascal Caldeirinha e asperge


Objetos litúrgicos

Velas
Sino ou campainha

Cruz
processional
Gestos litúrgicos
As posturas do corpo:
Nosso corpo também reza

A seguir as três posições


corporais na liturgia:

1- de pé
2- de joelhos
3- assentados
Sinas de reverência em geral
1. As inclinações de cabeça e de corpo
A inclinação é sinal de reverência e de honra que se presta às
próprias pessoas ou as sua imagens.

2. A genuflexão
Significa e expressa um culto de latria, ou seja, de adoração.
O sinal da Cruz:
Sinal de pertença ao rebanho de Cristo

Dentro da celebração Eucarística


nós o fazemos 3 vezes:

1- no principio da Missa
2- na proclamação do Evangelho
3- na benção final

Em um rito muito eloqüente, no batismo, o sacerdote


traçou sobre nossas cabeças o sinal da cruz dizendo:
“Eu te assinalo com o sinal de Cristo Salvador”.
As procissões na liturgia
somos povo de Deus em caminhada
A procissão de abertura
O presidente, com os demais ministros, avança em marcha para o Altar, enquanto a
comunidade entoa o canto de abertura. Esse gesto tem por fim salientar que o
presidente é o sinal visível de Cristo, verdadeiro Sacerdote ao qual nos uniremos.
A procissão do Evangeliário
Durante a canto de aclamação ao evangelho, o ministro se aproxima do Altar onde está,
desde a abertura da celebração, o livro dos evangelhos (evangeliário). Esse significativo livro
litúrgico que simboliza o Cristo que fala ao seu povo, na procissão de entrada é deitado
sobre o Altar. Podemos observar algo interessante: Altar e Livro: um binômio que acena
para o duplo encontro que vamos ter com Cristo. Palavra e divino alimento da comunidade
cristã. Tomado o Evangeliário, o ministro translada até o ambão acompanhado das duas
velas e também do turíbulo fumegando. Chegando ao Ambão abre o livro para a
proclamação da Boa Nova de Cristo.
A procissão do
ofertório
É a procissão onde os fiéis levam até o
Sacerdote os dons para o sacrifício: pão
e vinho. Também pode-se trazer em
procissão outras ofertas como alimento
e donativos aos pobres, porém não se
deve se colocá-las sobre o Alar do
Sacrifício. Seja o que for que se trouxer
na procissão, o pão e o vinho, sinais
escolhidos desde o princípios dos tempos
para a Eucaristia, devem ser o último
dos sinas a ser apresentados ao
Sacerdote.
As procissões na liturgia
somos povo de Deus em caminhada
Depois de analisarmos as procissões dentro da celebração Eucarística ,vemos
que o movimento de caminhar na Liturgia é muito constante. Para
entendermos seu significado podemos recorrer a Sagrada Escritura.
A vida cristã é “seguir Jesus”, é fazer caminho. Os primeiros cristãos
identificavam frequentemente a fé com caminho (At 9,2). Também Paulo
falava da “corrida” de um cristão (Gl 2,2;5,7). No antigo testamento vemos o
povo da antiga aliança que caminhou incessantemente rumo a sua libertação
(livro do Êxodo). Também a Igreja está em marcha, ela é peregrina na terra.
Somos povo de Deus que caminha rumo a eternidade, rumo a vida verdadeira
e a amizade com Cristo.
As cores litúrgicas:
Sua função e significado dentro da
celebração eucarística

O uso das cores litúrgicas pode ajudar-nos a penetrar


no mistério que celebramos, quer na celebração do dia
quer no tempo litúrgico.
Como nos diz o Missal Romano em suas instruções
gerais:
“A diversidade de cores nas vestes sagradas tem como
fim expressar com mais eficácia, ainda que
exteriormente, as características dos mistérios da fé que
se celebram...” (IGMR 307)
O BRANCO:
Resultado de todas as cores juntas, simboliza a
pureza, paz, alegria, júbilo. Sendo assim é usada no
Natal e na Epifania, durante todo o tempo pascal.
Também se usa nas festas e solenidades de Cristo e
da Virgem Maria, nas festas dos anjos e santos que
não se tornaram mártires.
O jovem anjo que aparece junto ao sepulcro do
Ressuscitado está vestido de branco (Mc 16,5). Os
vencedores do Apocalipse triunfam vestidos de
linho branco e montados em cavalos brancos (Ap
19, 14). Na transfiguração no monte Tabor, a glória
de Cristo é simbolizada com vestes brancas como a
luz e a neve (Mt 17,2).
O vermelho:
Nos traz à imaginação o fogo e o sangue. Sendo
assim, seu simbolismo adapta-se ao sentido do
amor ardente: uma paixão tão profunda que leva a
doação da própria vida.
É usada do Domingo de Ramos na ação litúrgica da
sexta-feira santa e na festa da exaltação da Santa
Cruz: é a melhor aproximação simbólica dos
tormentos do Cristo sofredor. Também é usada nas
festas dos apóstolos, evangelistas e todos os
santos ,mártires; eles deram testemunho de Cristo
com o próprio sangue. Seu uso se dá ainda na
solenidade de pentecostes e na celebração da
confirmação, uma vez que o Espírito Santo é o fogo
da vida.
O verde:
O verde é a cor da vegetação mais viva, e daí advêm
a essa cor diversos simbolismos e aproximações
metafóricas: é a cor do equilíbrio ecológico, da
serenidade, e sobretudo simboliza a esperança.
O verde é a cor do Tempo Comum : as 34 semanas
nas quais não se celebra um mistério concreto de
Cristo, mas o conjunto da história da salvação e
sobretudo o mistério semanal do Domingo como o
dia do Senhor. Simboliza os frutos que o mistério
pascal de Cristo deve produzir nos corações dos
fiéis.
O roxo:

È a junção do azul e do vermelho. Indica


discrição, contrição, penitência, e às
vezes adquire uma conotação de dor e
tristeza. Sendo assim é a cor que
distingue as celebrações do tempo do
Advento e Quaresma e da semana santa.
Também é utilizada nas celebrações
penitenciais e nas celebrações para os
fiéis defuntos.
O Preto:
É a negação da cor, evoca espontaneamente a
escuridão, falta de luz; é tipicamente a cor do
luto e da tristeza.
Na idade média era a cor do Advento e da
Quaresma. Seu uso agora ficou muito mais
discretamente indicado: permanece apenas
como uso facultativo nas celebrações de
exéquias e demais celebrações para os
defuntos.
O rosa:

É a cor litúrgica usada em apenas duas


ocasiões do ano litúrgico: no terceiro domingo
do Advento (domingo Gaudete) e também no
quarto domingo da Quaresma (domingo
Laetare).
Seu uso deu-se a pedagogia de um tempo que
chegou a sua metade e quer adiantar de
alguma forma a meta festiva a que se dirige.
As sagradas
Alfaias
1- Corporal
3
2- Sangüíneo 4

3- Pala
1 2
4- Manustérgio
Paramentos litúrgicos
Insígnias episcopais:

Solidéu

Mitra

Anel
Cruz peitoral Báculo pastoral
Paramentos litúrgicos

Casula

Alva ouTúnica
Estola
Paramentos litúrgicos

Véu umeral
Dalmática

Capa magna ou de asperges


O uso do incenso na liturgia
Devemos exalar o bom odor de Cristo
O uso do incenso para o culto é antiqüíssimo, pré-cristão. Novamente
recorramos a Bíblia para o compreender melhor. No Templo de Jerusalém – já
antes em torno da Arca da Aliança – o rito do incenso era clássico. No cap. 30
do Êxodo estabelece-se como será o “altar do incenso”. Outra passagem
podemos ler no Evangelho de Lucas 1, 8-9. O profeta Isaías anunciou que na
nova era de Jerusalém viriam reis do oriente trazendo ouro e incenso em honra
do Senhor (Is 60, 6). O evangelista vê a profecia cumprida nos dons que os
magos do oriente oferecem ao Menino Divino: ouro, incenso e mirra.
Elegantemente e solenemente, o uso do incenso dentro da Celebração
litúrgica, expressa o respeito e a reverência ao Senhor nosso Deus.
Todavia, em profundidade maior, indica a atitude de elevação da mente
para Deus. Já o salmo 140 nos faz rezar: “Que minha oração suba até vós
como a fumaça do incenso e minhas mãos como oferta da tarde”.
Também podemos conferir no Apocalipse de S. João 8, 3-4. O incenso,
cheio de perfumes que sobe aos céus, simboliza a fé, o amor, a oração, a
adoração e sobre tudo a atitude de oferenda e sacrifício dos fiéis diante
de Deus.
”E veio outro anjo, tendo um turíbulo de ouro; e foi-lhe dado
muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos
sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do
incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo
até diante de Deus.” (Ap 8,3-4)

Devemos ter consciência de que o verdadeiro perfume


agradável a Deus – do qual o incenso é sinal exterior – é a
nossa vida como oferta e sacrifício de louvor. Nos exorta o
apóstolo Paulo: “vivei no amor, como Cristo nos amou e se
entregou a si mesmo a Deus por nós em oblação de vítima,
como perfume de agradável odor” (Ef 5,2). Os ritos de
incensação querem indicar nossa própria vida como um
sacrifício agradável a Deus e perfume benfazejo para os
demais.
Contemplando o Mistério inexaurível do Cristo sacrificado sobre o altar nas
espécies sagradas, é muito conveniente rezarmos como nos ensinou São Tomás
de Aquino, repetindo o poema sagrado “adoro te devote”:

“Com devoção te adoro, latente divindade.


Que sob essas figuras, te escondes na verdade.
Meu coração de pleno sujeito a ti, obedece
Pois que, em te contemplando, todo ele desfalece.
A vista, o tato, o gosto,
Certo, jamais de alcançar; pela audição somente
Te crêm com segurança.
Creio em tudo o que disse, de Deus Filho e Cordeiro.
Nada é mais da verdade que tal voz verdadeiro”.

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