Santa Missa Parte Por Parte
Santa Missa Parte Por Parte
Santa Missa Parte Por Parte
Canto de Entrada
“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de
entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da
assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a
procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.º 25)
Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da
missa:
a) O canto
Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da
música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente
acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa forma
de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda assembléia durante
os cantos.
b) A procissão
O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as
procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.
A ordem da procissão de entrada é a seguinte: A Cruz Processional, os leitores,
MECEs, coroinhas e o celebrante.
c) O beijo no altar
Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que
ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar, que
representa Cristo, em sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar.
Saudação
a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a
missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo
particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela
cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade.
b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo , o presidente da celebração e a
assembléia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de
Deus, mas também é encontro com os irmãos.
Ato Penitencial
Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a,
em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da
misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da
misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso
a Deus Todo-Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende
compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar...
Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela
aspersão da água, que nos convida a rememorar-mos o nosso compromisso
assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedimos para
sermos purificados.
Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e
súplica, em que a assembléia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai
e ao Cordeiro. É proclamado nos domingos - exceto os do tempo da
quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de caráter mais
solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra.
Oração da Coleta
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes,
tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente
seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a
qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR n.º 32).
introduz a assembleia na celebração do dia, o desenrolar dessa oração é feita da
seguinte maneira:
- um convite à oração / - tempo de silêncio durante o qual cada um encomenda a
Deus as suas intenções / - a oração pronunciada pelo presidente: nela, o sacerdote
reúne, “coleta”, a oração de todos numa prece comum. Obedece à seguinte
estrutura:
- a invocação: Deus... / - a anamnsese ou ação de graças: que... - a
petição: concede... / - a afirmação da mediação de Criação: Por nosso senhor
Jesus Cristo...
Exemplo
- Ó Deus,
- que fizestes são Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de
humildade e pobreza,
- concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-
nos convosco na perfeita alegria. - Por nosso Senhor Jesus Cristo...
A comunidade ratifica a oração rezada pelo presidente mediante a aclamação:
O Rito da Palavra é a segunda parte da missa, e também a
segunda mais importante, ficando atrás, somente do Rito
Sacramental, que é o auge de toda celebração.
Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que
facilita a instrução. Normalmente são feitas três leituras
extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo
Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um
texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente. Isto,
porém, não significa que será sempre assim; às vezes a 1ª
leitura cede espaço para um outro texto do Novo
Testamento, como o Apocalipse, e a 2ª leitura, para um
texto extraído dos Atos dos Apóstolos; é raro acontecer, mas
acontece... Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que será
extraído do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.
O ambão
A dignidade da Palavra de
Deus requer, na Igreja , um lugar
próprio para a sua proclamação...
Em princípio, esse lugar deve ser
uma simples estante, geralmente
do mesmo material do altar e da
sédia. Do ambão são proferidas as
leituras, o salmo responsorial e o
precônio pascal. Nele se podem
fazer, também, a homilia e a
oração universal ou oração dos
fiéis. O ambão é lugar da Palavra
de Deus.
1. Primeira Leitura
A primeira leitura costuma ser extraída do Antigo Testamento. Isto é
feito para demonstrar que já o Antigo Testamento previa a vinda de
Jesus e que Ele mesmo o cumpriu (cf. Mt 5,17). De fato, não poucas
vezes os evangelistas citam passagens do Antigo Testamento,
principalmente dos profetas, provando que Jesus era o Messias que
estava para vir.
O leitor deve ler o texto com calma e de forma clara. Por esse motivo,
não é recomendável escolher os leitores poucos instantes antes do
início da missa, principalmente pessoas que não têm o costume de
freqüentar aquela comunidade. Quando isso acontece e o "leitor", na
hora da leitura, começa a gaguejar, a cometer erros de leitura e de
português, podemos ter a certeza de que, quando ele disser: "Palavra
do Senhor", a resposta da comunidade, "Graças a Deus", não se
referirá aos frutos rendidos pela leitura, mas sim pelo alívio do
término de tamanha catástrofe!
2. Salmo Responsorial
O Salmo Responsorial também é retirado da Bíblia, quase sempre (em 99% dos
casos) do livro dos Salmos. Muitas comunidades recitam-no, mas o correto
mesmo é cantá-lo... Por isso uma ou outra comunidade possui, além do cantor,
um salmista, já que muitas vezes o salmo exige uma certa criatividade e
espontaneidade, uma vez que as traduções do hebraico (ou grego) para o
português nem sempre conseguem manter a métrica ou a beleza do original.
3. Segunda Leitura
Da mesma forma como a primeira leitura tem como costume usar textos do
Antigo Testamento, a segunda leitura tem como característica extrair textos do
Novo Testamento, das cartas escritas pelos apóstolos (Paulo, Tiago, Pedro, João e
Judas), mais notadamente as escritas por São Paulo.
Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos
Apóstolos dirigido às comunidades cristãs.
A segunda leitura deve ser encerrada de modo idêntico ao da primeira leitura,
com o leitor exclamando: "Palavra do Senhor!" e a comunidade respondendo
com: "Graças a Deus!“.
4. Canto De Aclamação Ao Evangelho
Com o início do canto de Aclamação a assembléia se põe de
pé, para aclamar o Santo Evangelho. O Canto de Aclamação
tem como característica distintiva a palavra "Aleluia", um
termo hebraico que significa "louvai o Senhor". Na verdade,
estamos felizes em poder ouvir as palavras de Jesus e estamos
saudando-O como fizeram as multidões quando Ele adentrou
Jerusalém no domingo de Ramos.
O Canto deve ser tirado do lecionário, pois se identifica com a
leitura do dia, por isso não se pode colocar qualquer música
como aclamação, não basta que tenha a palavra aleluia.
No tempo da Quaresma não se tem o Aleluia.
5. Evangelho
Antes da proclamação do Evangelho, se estiver sendo feito uso de
incenso, o sacerdote ou o diácono, incensará e logo a seguir a leitura
do Evangelho.
O texto do Evangelho é sempre retirado dos livros canônicos de
Mateus, Marcos, Lucas e João, e jamais pode ser omitido. Ao encerrar a
leitura do Evangelho, o sacerdote ou diácono profere a expressão:
"Palavra da Salvação!" e toda a comunidade glorifica ao Senhor,
dizendo: "Glória a vós, Senhor!". Neste momento, o sacerdote ou
diácono, em sinal de veneração à Palavra de Deus beija-a (rezando em
silêncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os
nossos pecados") e todo o povo pode voltar a se sentar.
6. Homilia
A homilia nos recorda o Sermão da Montanha, quando Jesus subiu
o Monte das Oliveiras para ensinar todo o povo reunido. Observe-
se que o altar já se encontra, em relação aos bancos onde estão os
fiéis, em ponto mais alto, aludindo claramente a esse episódio.
Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade, após sua
ascensão, a Igreja recebeu a incumbência de pregar a todos os
povos e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo pregou. A
autoridade de Cristo foi, portanto, passada à Igreja.
A homilia é o momento em que o sacerdote, como homem de Deus,
traz para o presente aquela palavra pregada por Cristo há dois mil
anos. Neste momento, devemos dar ouvidos aos ensinamentos do
sacerdote, que são os mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o
próprio Cristo que disse: "Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos
rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). Logo, toda a comunidade deve
prestar atenção às palavras do sacerdote.
7. Profissão De Fé (Credo)
Encerrada a homilia, todos ficam de pé para recitar o
Credo que é um resumo da fé católica, que nos distingue
das demais religiões. É como que um juramento público,
como nos lembra o Pe. Luiz Cechinatto.
Embora existam outros Credos católicos, expressando uma
única e mesma verdade de fé, durante a missa costuma-se
recitar o Símbolo dos Apóstolos, oriundo do séc. I, ou o
Símbolo Niceno-Constantinopolitano, do séc. IV. O
primeiro é mais curto, mais simples; o segundo, redigido
para eliminar certas heresias a respeito da divindade de
Cristo, é mais longo, mais completo. Na prática, usa-se o
segundo nas grandes solenidades da Igreja.
8. Oração Da Comunidade
Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde de
certo modo à palavra de Deus acolhida na fé e exercendo a
sua função sacerdotal, eleva preces a Deus pela salvação de
todos. Convém que normalmente se faça esta oração nas
Missas com o povo, de tal sorte que se reze pela Santa
Igreja, pelos governantes, pelos que sofrem necessidades,
por todos os seres humanos e pela salvação do mundo
inteiro
As necessidades da Igreja
As autoridades públicas.
Os doentes, abandonados e desempregados.
A paz e a salvação do mundo inteiro.
As necessidades da Comunidade Local