Ceia Eucarística
Ceia Eucarística
Ceia Eucarística
A CEIA EUCARÍSTICA
A importância do canto
O apóstolo aconselha os fiéis que se reúnem em assembleia para aguardar a
vinda do Senhor e cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (Cl
3,16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (At 2,46).
Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da Missa, tendo
em conta a índole dos povos e a possibilidade de cada assembleia litúrgica.
Ainda uma observação sobre os cantos, existem os cantos que acompanham o
rito e cantos que são os próprios ritos.
Cantos que acompanham o rito – devem sessar a medida que os ritos se
concluem. Como o próprio nome já diz, servem apenas para acompanhar os
ritos. São os cantos de entrada, ofertório, paz, comunhão.
Cantos que são o próprio rito – Não acompanham, pois são na sua própria
essência os ritos. São eles: Ato penitencial, Glória, Aclamação ao Evangelho.
Devem ser cantados na íntegra.
O silêncio
Oportunamente como parte da celebração deve-se observar o silêncio sagrado.
A sua natureza depende do momento em que ocorre em cada celebração.
Assim no ato penitencial e após o convite à oração, cada fiel se recolhe; após
uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; após a
comunhão, enfim, louvam e rezam a Deus no íntimo do coração.
Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na Igreja, na
sacristia e mesmo nos lugares mais próximos, para que todos se disponham
devotamente e devidamente para realizarem os sagrados mistérios.
A) Ritos iniciais
Os ritos que precedem a liturgia da Palavra, isto é, entrada, saudação, rito
penitencial, gloria e oração do dia, têm caráter de introdução, de preparação. A
finalidade dos ritos é fazer com que os fiéis, reunidos em assembleia,
constituem uma comunhão e se disponha para ouvir atentamente a Palavra de
Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia.
Entrada
Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros,
começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração,
promover a união da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da
festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.
Chegando ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar
com uma inclinação profunda. Feita a saudação do povo, o sacerdote, o
diácono ou outro ministro, pode com brevíssimas palavras introduzir os fiéis na
Missa do dia.
Ato Penitencial
Em seguida, o sacerdote convida para o ato penitencial que, após breve pausa
de silencio, é realizado por toda a assembleia através de uma fórmula de
confissão geral. A oração final do sacerdote não tem caráter de sacramento da
penitência.
B) LITURGIA DA PALAVRA
A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada
Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e
concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal dos fiéis.
A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação,
por isso deve ser de todo evitada qualquer presa que impeça o recolhimento.
Integra-se também breves momentos de silencio.
Leituras bíblicas
Mediante as leituras é preparada para os fiéis a mesa da Palavra e abrem-se
os tesouros da Bíblia. Por isso é melhor conservar a disposição das leituras
bíblicas pela qual se manifesta a unidade dos dois testamentos e da história da
salvação. Não é permitido trocar as leituras, nem o salmo, por outros textos
não bíblicos.
Salmo responsorial
À primeira leitura segue-se o salmo responsorial, que é parte integrante da
liturgia da Palavra, constituindo-se em grande importância litúrgica pastoral, por
favorecer a meditação da Palavra de Deus.
A homilia
A homilia é parte da liturgia da palavra e vivamente recomendada, sendo
indispensável para nutrir a vida cristã.
Profissão de fé
Proclamar, como comunidade reunida a regra de fé que nos une.
C) LITURGIA EUCARÍSTICA
Na última ceia, Cristo instituiu o sacrifício da ceia pascal, que torna
continuamente presente na Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote,
representante de Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e
entregou aos discípulos para que fizessem em sua memória.
Cristo, na verdade, tomou o pão e o cálice, deu graças, partiu o pão, e deu aos
seus discípulos dizendo: Tomai, comei, bebei: isto é meu Corpo; este é o cálice
do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim. Por isso a Igreja dispôs de
toda a celebração da liturgia eucarística em partes que correspondem às
palavras e gestos de Cristo. De fato:
a) Na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é,
aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos.
b) Na oração eucarística rendem-se graças a Deus por toda a obra da salvação
e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo.
c) Pela fração do pão e pela Comunhão aos fiéis, embora muitos, recebem o
Corpo e o Sangue do Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo
como os apóstolos, das mãos do próprio Cristo.
Oração eucarística
Inicia-se agora a oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece
de ação de graças e santificação. O sentido desta oração é que toda a
assembleia se uma a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na
oblação do sacrifício.
Podem distinguir-se do seguinte modo os principais elementos que compõem a
oração eucarística:
a) Ação de graças (expressa principalmente no Prefácio) em que o sacerdote,
em nome de todo o povo santo glorifica a Deus e rende graças por toda a obra
da salvação.
b) A aclamação pela qual toda a assembleia, unindo-se aos espíritos celestes
canta o santo.
c) A epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocações especiais a força
do Espírito Santo para que os dons oferecidos pelo ser humano sejam
consagrados.
d) A narrativa da instituição e a consagração quando pelas palavras e ações de
Cristo se realiza o sacrifício que ele instituiu na última ceia.
e) A anamnese, pela qual, cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor
através dos Apóstolos, a Igreja faz memória do próprio Cristo, relembrando a
paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos céus.
f) A oblação, pela qual a Igreja, em particular a assembleia atualmente reunida,
realiza essa memória oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada,
para que finalmente Deus seja tudo em todos.
g) As intercessões, pelas quais se exprime que a eucaristia é celebrada em
comunhão com toda a Igreja.
h) A doxologia final, que exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e
concluída pela aclamação amém do povo.
Ritos da comunhão
Sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem
do Senhor, o seu Corpo e seu Sangue sejam recebidos como alimento
espiritual pelos fiéis devidamente preparados.
A oração do Senhor
Na oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos
antes de tudo o pão eucarístico e pede-se a purificação dos pecados.
Rito da paz
Comunhão
Nesse momento o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena
e sobre o cálice e convida-os ao banquete de Cristo.
Por fim, nossa celebração se encerra com as orações sobre o povo e a benção
final.