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Liturgia Á Festa Do Povo

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Liturgia

a festa
do povo

Sem. José Jacobson França Nascimento.


O que é Liturgia?
No dicionário podemos encontrar
o significado da palavra liturgia
como:

substantivo feminino
LITURGIA
1. 1.
o conjunto dos elementos e práticas do
culto religioso (missa, orações,
cerimônias, sacramentos, objetos de
culto etc.) instituídos por uma Igreja ou
seita religiosa.
2. 2
conjunto das formas (palavras, gestos)
utilizadas na realização de cada um dos
ofícios e sacramentos; rito.

e no catecismo da igreja católica fala o seguinte:


“liturgia” significa, originariamente, “serviço de e em favor do povo”. Na tradição cristã,
significa que o povo de Deus faz parte da “obra de Deus” (CIC, 1069).

______________________________________________________________________

Liturgia, portanto, é a ação do Povo de Deus, reunido em Jesus Cristo, na


comunhão do Espírito Santo. É sempre uma celebração do Mistério Pascal,
isto é, passagem da morte para vida, através de sinais, gestos e palavras. A
liturgia é ação de Cristo na Igreja.

O ponto culminante de uma comunidade eclesial é a celebração comunitária,


onde todos expressam sua fé comum; ouvem o mesmo Senhor e Salvador;
agradecem os favores de Deus; cantam as mesmas canções. Aí todos louvam
a Deus e os laços do amor fortalecidos. Cresce a fraternidade e o Povo de
Deus se reanima, sobretudo nos Sacramentos, para continuar a luta pela
construção do Reino.

Nenhuma atividade pastoral pode realizar-se sem referencia à liturgia.


Qualquer celebração tem sentido evangelizador e catequético. Toda ação
pastoral terá como ponto de referencia a liturgia, na qual se celebra a memória
e se proclama a atualidade do projeto de Jesus Cristo (cf. Doc. 38 - CNBB).

A celebração litúrgica, como a obra de Cristo Sacerdote e Pastor, e da Igreja


que é seu Corpo, é uma ação sagrada por excelência. Sua eficácia não é
igualada por nenhuma outra ação da Igreja (cf. SC, 7).

2
O que é a Missa?

A Santa Missa, também chamada


de Eucaristia, é o memorial
perpétuo da Paixão, Morte e
Ressurreição de Jesus Cristo. Ela é
composta de duas partes essenciais,
que são a Liturgia da Palavra e a
Liturgia Eucarística, e essas são
inseparáveis! Para que seus efeitos
sejam aproveitados, é necessário que
haja uma preparação prévia tanto por
parte daqueles que organizam suas
devidas partes litúrgicas, quanto dos
demais que participam como fiéis.

Entendendo que a Missa é essa


celebração do Mistério Pascal de Cristo, é o próprio
Jesus quem nos convida a vivenciarmos tão grande mistério: “Em verdade,
em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho de homem e não
beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Sabendo o
quão importante é a Eucaristia, o apóstolo Paulo nos orienta a não
participarmos da Santa Missa de qualquer forma, mas antes nos
prepararmos bem. O apóstolo nos diz: “Examine-se cada um a si mesmo e,
assim, coma o pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem distinguir
devidamente o corpo, come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,28-
29).

Ainda entendendo um pouco mais sobre o Sacramento da Eucaristia,


vejamos o que diz São Leonardo de Porto-Maurício: o sacrifício oferecido
em cada Santa Missa é o mesmo oferecido na Cruz, a
única diferença é o modo. Na Cruz o sacrifício foi
com o derramamento de sangue, ou seja, de
forma cruenta; já na Eucaristia, não há
derramamento de sangue, ou seja, ele é
incruento. A vivência da Santa Missa nos
proporciona as graças da nossa
redenção.

3
Você sabe quais são as partes da Missa e
seus elementos?
A Missa é dividida em várias partes, além das duas principais (Liturgia da Palavra
e a Liturgia Eucarística) quero abordar mais detalhadamente as demais partes.
São elas: os Ritos Iniciais, o Rito da Comunhão, o Rito da Paz e os Ritos Finais.

Então a Santa Missa é dividida nas seguintes partes:

Ritos Iniciais:

Essa parte da missa é explicada pelo próprio nome: os ritos


iniciais são o conjunto de ações que acontecem no momento em
que a Santa Missa tem início – geralmente, a entrada do padre,
seguido pelos diáconos e os ministros. Ao mesmo tempo, têm início
os cânticos de entrada, que fazem coro à entrada dos sacerdotes
ao altar. Feito isso, acontece o ato penitencial – como forma de
confissão e absolvição geral de todos os envolvidos. A oração da
coleta, em que todos são convidados a elevar-se em oração para
entenderem que se encontram na presença do Senhor, seguido dos
dizeres do sacerdote dirigidos a Deus Pai, por Cristo, no Espírito
Santo, encerra o ciclo dos ritos iniciais.

Liturgia da Palavra:

A Primeira Leitura, proveniente do Antigo Testamento,


representa a revelação do Senhor sobre os mistérios do homem e
do mundo. Já o Salmo é a palavra poética de adoração e louvor e
nos ajudam a compreender a Primeira leitura. O Evangelho, palavra
que vem do Novo Testamento, é o ponto-alto da Liturgia da Palavra.
Nele, o próprio Cristo, o verbo que se fez carne, revela-se para os fiéis sob a
forma de seus ensinamentos e ministrações durante sua
passagem na Terra. Vale lembrar que, aos domingos, existe
uma Segunda Leitura extraída das cartas e epístolas dos
apóstolos.

O segundo momento dentro da Liturgia da Palavra é


marcada pelos acontecimentos da homilia, da profissão de
fé e das preces da comunidade. Este primeiro momento é
quando o padre ou o diácono esclarecem e explicam a
mensagem de Deus, transmitidas durante as leituras
anteriores. A homilia é um momento crucial dentro da
missa, pois é ela que determina a plena compreensão dos
desígnios e entendimentos de deus no coração dos fiéis e
por isso, deve ser sempre bem preparada pelo ministrante.
A profissão de fé ou credo, é o momento em que os fiéis
atestam sua crença na Verdade divina e seu compromisso
em transmiti-las a toda criatura. Com as preces da
comunidade pela salvação de todos os homens,
governantes e habitantes da Terra, conclui-se a segunda
parte da missa.
4
Liturgia Eucarística:
Assim que o momento de leituras de reflexões
da Santíssima Palavra é concluído, tem início um dos
momentos mais importantes e significativos de toda a
cerimônia: a liturgia eucarística, no qual se concretiza
o sagrado momento da Eucaristia. Nesse momento
tão importante para os fiéis católicos, a realidade do
sacrifício de Cristo é trazida à tona por meio de dois
dos principais símbolos da Igreja: o pão, ou o corpo; e
o vinho, o sangue. É aqui que a missa assume seu verdadeiro tom litúrgico, pois é
o momento em que a solenidade se transforma em uma grande ceia na qual os
fiéis relembram e dão graças pelo nobre sacrifício de Jesus! Dentro da Liturgia
Eucarística, acontecem 3 momentos significativos:

• Apresentação das oferendas: apresentação do pão, do vinho e da


água, representativo dos dons do Senhor que serão partilhados entre os fiéis e
dos próprios homens;
• Oração Eucarística: dividida em várias partes, trata-se da aclamação,
da invocação do Espírito, da consagração e doxologia – parte final da oração –
acerca dos acontecimentos que levaram ao sacrifício divino e do papel da Igreja
enquanto representante de Deus;
• Ritos de Comunhão: momento em que se reza um Pai Nosso e
acontece o tão esperado momento em que o corpo de Cristo é partilhado em
memória dele.

Ritos Finais:
Agora que todos estão plenos de unção e repletos do Espírito Santo, é hora de
dar início aos ritos finais, que marcam o encerramento da Santa Missa. É o
momento em que são dados os avisos e mensagens importantes, assim como a
bênção final e a despedida. O fim da missa, no então, é apenas o início da
jornada do fiel pelos momentos que antecedem a próxima Eucaristia. É momento
de autoanálise, de mudanças em si e no relacionamento com Deus
– é, também, hora de transformar! Pronto! Está cumprido
mais um momento tão especial na vida do cristão:
receber e entender os ensinamentos de Cristo por meio
de sua palavra e relembrar, aclamar e agradecer pelo
seu sacrifício de Amor. E então, pronto para ensinar a
todos sobre as partes da missa e seus significados?
Que tal conferir também as principais datas do
calendário litúrgico deste ano? Não se esqueça
de acompanhar nosso blog para receber
mais dicas e conteúdo abençoados!
Fiquem todos com Deus e até mais!

5
Ano Litúrgico:

Todos nós já conhecemos o


calendário civil, que tem início no dia 1º
de janeiro e vai até o dia 31 de dezembro.
Mas, você sabia que o calendário da Igreja
é diferente? É o chamado Ano Litúrgico, o
tempo em que a Igreja celebra todos os
feitos salvifics operados por Deus em
Jesus Cristo.

Durante o ano inteiro, os católicos


vivem e celebram os mistérios da salvação. De acordo com o Missionário
Redentorista Pe. Aragonês Parreira, todos eles estão marcados no calendário
do Ano Litúrgico. “É o modo que a Igreja celebra os mistérios de nosso Senhor
Jesus Cristo, sendo a Páscoa do Senhor o centro deste Ano Litúrgico”, explica.

Diferente do ano civil, o Ano Litúrgico não tem data fixa de início e de
término. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no
sábado da 34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do domingo,
após a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Essa última solenidade do Ano
Litúrgico marca e simboliza a realeza absoluta de Cristo no fim dos tempos.

As divisões do Ano Litúrgico:

O Ciclo do Natal se inicia no primeiro Domingo do Advento e se encerra


na Festa do Batismo do Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na
solenidade do Natal. Já o ciclo da Páscoa tem início na Quarta-Feira de
Cinzas, início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo Pascal,
encerrando-se no Domingo de Pentecostes.

Entre os dois ciclos do Ano Litúrgico,


encontra-se um longo período, chamado
Tempo Comum. É o tempo verde da vida
litúrgica. Após o Natal, exprime a floração das
alegrias natalinas, aí aparecendo o início da vida
pública de Jesus com suas primeiras pregações.

Após o ciclo da Páscoa, este tempo verde


anuncia vivamente a floração das alegrias
pascais. Os dois ciclos litúrgicos, com suas
duas irradiações vivas do Tempo Comum, são
como que as quatro estações do Ano Litúrgico.

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Calendário Litúrgico:

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Objetos Litúrgicos:

Âmbula: É também chamada de cibório ou píxide.


Vem de latim cibus, que significa alimento. É
utilizada para a conservação e distribuição das
hóstias consagradas.

Cálice: Recipiente onde se consagra o


vinho durante a santa Missa. O cálice, junto
com a patena, nos remete à nova aliança do
Senhor, tem suas raízes na páscoa judaica.
Esses objetos são consagrados pelo Bispo com o
santo óleo do Crisma. Deve ser de metal
dourado.

Patena: Pequeno prato, também geralmente de


metal dourado, utilizado na consagração da
Eucaristia. Também é usada na distribuição da
santa comunhão a fim de prevenir a queda de
partículas consagradas, ou partes delas, no chão.

Galhetas: São dois pequenos jarros onde são


colocados a água e o vinho – separadamente –
para serem usados na Celebração Eucarística.

Hóstia: Vem do latim, e significa “vítima que


será sacrificada”. Trata-se do Pão Eucarístico,
não fermentado (ázimo), circular, também
chamado de partícula. É distribuída aos fiéis
durante o rito da Comunhão. As hóstias que
sobram são guardadas no Sacrário para
adoração e consumidas na celebração seguinte, quando
assim são chamadas de reservas eucarísticas.
8
Hóstia Magna: Por sua vez, magna
significa “maior”,´é a hóstia utilizada
pelo celebrante. É assim chamada
porque possui um tamanho maior que
as hóstias distribuídas aos fiéis, para
que todos possam vê-la no momento
da elevação, após a consagração.

Corporal: Tecido em forma quadrangular,


geralmente com uma cruz ao centro. Sobre o
corporal se coloca o cálice com o vinho e a
patena com o pão. Sua finalidade é proteger as
Sagradas espécies que porventura vierem a
cair.

Manustérgio: Pequena toalha com a qual o


sacerdote enxuga as mãos, após purificá-la.

Pala: É como uma tampa


retangular e flexível, revestida de tecido
branco. É utilizada para cobrir a patena e o
cálice, a fim de protegê-los.

Sanguíneo: Também chamado de


purificatório. É um tecido retangular, com o
qual, o sacerdote, depois da comunhão,
limpa o cálice, a patena e as âmbulas, e, se
for preciso, a boca e os dedos.

Véu do Cálice: Pano utilizado para cobrir o


cálice com o sanguíneo, a pala e a patena.

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Jarro e lavabo/ablução:: Recipiente de
metal com água, junto à bacia e ao
manustérgio (toalhinha para enxugar),
usado para lavar as mãos do sacerdote no
momento da celebração. Conjunto de
objetos usados para lavar as mãos: bacia,
jarro e manustérgio. Durante a missa o
lavabo é utilizado na purificação das mãos
do sacerdote, após a apresentação das
ofertas. Também é usado na celebração de
lava-pés, e na unção das mãos do neo-
sacerdote numa ordenação sacerdotal.

Castiçal: Suporte destinado a sustentar


uma vela.

Crucifixo: Além da cruz processional há


um crucifixo menor, que fica sobre o
altar durante a Missa. Serve para nos
recordar que a Ceia do Senhor é
inseparável do seu Sacrifício Redentor.

Aspersório/hissopo e
caldeira/caldeirinha: Objeto metálico usado
para aspergir água benta nas pessoas e nos
objetos ou em locais a serem abençoados. E
o vaso Litúrgico onde se coloca água benta
para aspersão do povo.

Turíbulo: Recipiente utilizado na incensação,


ou seja, para queimar o incenso.

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Incenso: Resina de aroma suave que
produz uma fumaça que sobe aos céus.
Símbolo das nossas preces e orações a
Deus.

Naveta: É um objeto em forma de barquinho,


usado para guardar o incenso que será
colocado no turíbulo.

Teca: Pequeno recipiente,


geralmente de metal, onde se leva a sagrada
Eucaristia para os doentes ou pessoas
impossibilitadas de irem à Missa.

Cruz Processional: Cruz com uma haste maior,


utilizada nas procissões à frente de qualquer
cortejo. Deve permanecer em lugar nobre no
presbitério.

Sineta: Pequeno sino, usado pelo


coroinha, durante a consagração e em
outros momentos sagrados.

Matraca: É um instrumento muito antigo tocado


durante a Semana Santa, entre a quinta-feira
santa e o Domingo de Páscoa, em substituição aos
sinos.

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Ostensório: Peça que serve para expor
solenemente o Santíssimo – a Hóstia
consagrada – sobre o altar para a adoração
dos fiéis, para transportá-la em procissão e
também para dar a bênção eucarística. Nele
há uma parte central fixa, chamada de
custódia, que contém uma parte móvel,
transparente, circular, e a luneta, onde se
coloca a hóstia consagrada.

Pálio: Manto sustentado por quatro ou mais


hastes sob o qual se conduz o Santíssimo
Sacramento exposto no ostensório ou relíquias
sagradas, em procissões, fora da igreja.

Umbela: Objeto em formato de guarda-


chuva, usado para transportar o
santíssimo sacramento de forma menos
solene que o pálio.

Sacrário: Espaço reservado para


guardar a Eucaristia. É ornado, e
geralmente trancado à chave.
Lamparina: Pequena lâmpada
vermelha que fica diante do sacrário
anunciando que ali se encontra o
Santíssimo Corpo de Jesus.

Relicário: Recipiente onde são


guardadas as relíquias dos santos.

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Círio Pascal: Vela grande, abençoada
solenemente na Missa da Vigília Pascal, no
Sábado Santo. É utilizado nas Missas
celebradas durante o Tempo Pascal e nos
batizados. Representa para os fiéis o Cristo – a
luz do mundo. Nela se pode ler Alfa e Ômega
(Cristo: começo e fim) e o ano em curso. Possui
cinco grãos de incenso que representam as cinco
chagas de Cristo.

Andor: Suporte enfeitado com


flores utilizado para levar as
imagens dos santos e
padroeiros nas procissões.

Genuflexorio: usado para se ajoelhar em


determinados momentos da liturgia.

Conopeu: Véu que cobre a porta


do sacrário. A cor desse véu varia
segundo a cor do tempo litúrgico.

13
Livros litúrgicos:

Missal: Livro que contém o rito da santa


Missa, exceto as leituras bíblicas. Nele há
orações para as diferentes celebrações
durante todo Ano Litúrgico. Certamente,
esse será o livro que você mais terá
contato, pois costuma ficar sobre o altar ou
sob manuseio de um coroinha. Usa-se fitas
de cores diferentes para marcar as orações
da missa, possivelmente os Ritos
Ordinários, Prefácio e, quando necessário,
Bênção Solene. É bom estudá-lo bem para
ter segurança na sua vez de manuseá-lo!

Lecionário Semanal: Também chamado de


ferial, contém as leituras para os dias da
semana de todo o Ano Litúrgico. A primeira
leitura e o salmo responsorial de cada dia
estão classificados por ano ímpar e ano par.
O Evangelho varia de acordo com o ano
litúrgico.

Lecionário Santoral: Livro que contém as


leituras para as solenidades e festas dos
santos.

Lecionário Dominical: Livro que contém as


leituras para os domingos e algumas
Solenidades.

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Evangeliário: Livro que contém os santos
Evangelhos, usado na missa no momento da
proclamação do Evangelho. Pode ser levado
na procissão de entrada por um diácono ou
um sacerdote, e reverenciado com incenso.

Cerimonial dos Bispos: É


usado especialmente nas celebrações
presididas pelo bispo. Contém os diversos
textos usados para sacramentos e
celebrações litúrgicas.

Liturgia das Horas ou Ofício Divino: Livros


de oração da Igreja, que tem por objetivo o
louvor a Deus e a consagração do tempo à
devoção.

Sacramentário: Livro que contém as


leituras para uso durante os
sacramentos.

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Gestos e posições do povo na Santa Missa:

A missa é simultaneamente sacrifício de louvor e de ação de graças. É o


memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor Jesus. Desde o seu
início até a bênção final ela é importante, por isso a necessidade de se chegar
antes de seu começo e só sair depois da bênção final.

Mas para entender a Santa Missa é necessário perceber também que o


nosso corpo “reza” e expressa um louvor visível a Deus através dos seguintes
gestos, postura e atitudes:

Sentados: é uma posição cômoda que favorece a catequese e a meditação sobre


a Palavra que está sendo recebida;

Em pé: demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e


disposição para obedecer;

Ajoelhados: declaramos nossa adoração e total submissão a Deus e à Sua


vontade;

As mãos levantadas: significam súplica e entrega a Deus. É a atitude dos


orantes;

As mãos juntas: significam recolhimento interior. Mostra fé, súplica e


confiança. É atitude de profunda piedade;

Prostração: é atitude de adoração na Celebração da Sexta-Feira Santa. Na


ordenação presbiteral é a atitude própria de quem se consagra a Deus,
significa morrer para o mundo e nascer para Deus em uma nova vida e nova
missão;

Genuflexão (ato de flexionar os joelhos): é um gesto de adoração a Jesus


Eucarístico. Fazemos diante do Sacrário;

Reverência: feita de pé, abaixando-se a cabeça, é atitude de veneração ao altar.


Então, ao entrarmos na Igreja se o Sacrário estiver localizado no eu interior
fazemos a genuflexão em sua direção; se não estiver, reverenciamos o altar;

O silêncio: ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio também


é necessário para interiorização e meditação.

Por isso, na próxima celebração que participar perceba cada gesto e


postura e os seus significados e importância. Dos Ritos Iniciais, no canto e
procissão de entrada, ato penitencial, hino de louvor; passando pela Liturgia
da Palavra, com as leituras, Salmo e homilia; na Eucarística, Comunhão e
Ritos Finais, cada reflexão e reverência é uma atitude não só de oração, mas de
compromisso com a evangelização.

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Paramentos Litúrgicos:

Amito: Pequeno tecido branco com o qual o


sacerdote cobre o pescoço e os ombros.
Representa a fortaleza. Simboliza o "capacete da
salvação" contra os maus pensamentos e recorda
o véu com que vendaram a sagrada face.

Alva: Túnica branca que o padre coloca


sobre a batina. Representa a pureza da
alma. Simboliza a "couraça da justiça" e
recorda o vestido branco "dos loucos" com o
qual escarneceram de nosso senhor.

Cíngulo: É um cordão usado para ajustar a alva à


cintura. Representa a castidade, e recorda as cordas
com que o amarraram.

Estola :É uma longa faixa de pano que o


sacerdote coloca sobre os ombros para a missa e para os
sacramentos. Representa as três virtudes teologais e
também simboliza o poder sacerdotal.

Casula: É o paramento que o padre


põe sobre a alva e a estola para a missa.
Representa a caridade, simboliza o jugo do
senhor e lembra a cruz que nosso senhor foi
obrigado a carregar para nossa salvação.

Dalmática: É o paramento próprio do


diácono. É uma túnica comprida com mangas
longas e largas, adornadas de duas bandes de cores verticais
na parte da frente e de trás.
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Pluvial ou capa de asperges: É uma veste
sacerdotal, é um manto aberto com capuz, para
se proteger contra o frio e a chuva. Desde o século
XI o capuz é apenas um ornamento.

Véu umeral: O véu umeral, ou véu de


ombros, não é na prática um paramento. É
usado pelo clérigo ao redor dos ombros, para
tocar na custódia com o
santíssimo sacramento e das a
benção.

Batina: A batina é a veste civil do clérigo (padre, bispo,


sacerdote, diácono e mesmo seminaristas), também é a
veste do acólito (homem) na liturgia.

Sobrepeliz: A sobrepeliz é uma túnica talar,


comprida de uso clerical, com mangas longas
usada sobre a batina.

Barrete: É uma espécie de chapéu que os clérigos usam


em certas circunstâncias, simboliza a autoridade
sacerdotal. O barrete não é um paramento litúrgico, mas
secular, e está majoritariamente em desuso.

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