Orientações - Tríduo Pascal 2022
Orientações - Tríduo Pascal 2022
Orientações - Tríduo Pascal 2022
O Tríduo Pascal é o centro de todo o Ano Litúrgico. O ponto alto é a Vigília Pascal. Os três
dias são como um desdobramento da celebração do mistério central de nossa fé: o Mistério Pascal.
QUINTA-FEIRA SANTA
Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao sagrado
Tríduo Pascal. Nesta celebração repetimos em memória de Jesus, os gestos da sua última ceia
que estrutura a Liturgia eucarística: “tomou o pão, deu graças, partiu e passou aos seus”.
Com esta celebração retomamos o verdadeiro sentido da Eucaristia. Eis o gesto de Jesus
na noite em que foi entregue, tendo à mesa Judas, aquele que o iria entregar. Com este mesmo
sentido, repetimos o gesto do lava-pés, outra versão da eucaristia, segundo João.
Com efeito, “a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus, prefigurada
pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo Senhor, principalmente
pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa
Ascensão, ministério este pelo qual morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando restaurou a
nossa vida. Foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o admirável sacramento de toda
a Igreja.
Ao contemplar Cristo, Senhor e seu Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e
a sua missão de estender a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que
hoje celebra em ação de graças por dom tão inefável.
Para esta celebração segue o que se prescreve:
- Pelas três horas da tarde, salvo se razão pastoral leve a escolher hora mais tardia, celebra-se a
paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada
Comunhão.
- Após a Liturgia da Palavra segue a adoração da cruz, gesto querido do povo, que requer o tempo
necessário para possibilitar que todos se aproximem com calma para o beijo de uma única cruz,
conforme exige a “verdade do sinal” (cf. Paschalis Sollemnitatis, n. 69). Portanto, usa-se,
obrigatoriamente, uma única cruz para a adoração, tal como requer a verdade do sinal.
- Para a Adoração da Cruz conforme a orientação Diocesana de 2021 poderá ser feito o beijo da
Cruz somente pelo Sacerdote ou Diácono e Mece na Celebração da Palavra com Eucaristia. Após
a Liturgia da Palavra e no final da Celebração a comunidade em gesto reverente poderá adorar a
Cruz com certa distância, porém sem beijar a Cruz.
- O altar deve estar completamente desnudado, sem Cruz, sem castiçais, sem toalhas.
- Pela importância pastoral, sejam valorizadas a Via-sacra, as procissões da Paixão e a memória
das dores da bem-aventurada Virgem Maria na Semana Santa.
O GRANDE SÁBADO DA SEPULTURA DO SENHOR
O foco deste segundo dia do Tríduo é a sepultura do Senhor, certificação de sua morte,
pertencente à forma mais antiga da fé: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (lCor 15,3-4). “A Igreja
permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e morte, a sua descida à mansão
dos mortos, e esperando na oração e no jejum a sua ressurreição” (Paschalis Sollemnitatis, 73).
A Igreja propõe o mistério pascal em sua totalidade, pelos hinos, salmos, antífonas, leituras
e orações na Liturgia das Horas e na sua versão inculturada, o Ofício Divino das Comunidades.
Reunida em oração, na igreja despojada (não na capela da reposição), ouvindo a Palavra e a
Homilia do Sábado Santo, a comunidade faz a experiência de passar da morte à vida que se
anuncia.
Para esta celebração segue o que se prescreve:
- A celebração da Vigília Pascal se realiza de noite. Não é permitido, em hipótese alguma que,
neste dia, pela manhã ou em outro horário, se antecipe a celebração da Vigília Pascal antes do
anoitecer. Mais grave ainda antecipar, neste dia, a celebração do Domingo da Páscoa na
Ressurreição do Senhor.
- Para facilitar a participação dos fiéis está prevista a Vigília Pascal presidida por ministros leigos e
leigos, que “por força do seu Batismo e Confirmação assume legitimamente este serviço” (CNBB,
documento 43, n.100). Inclui em nossa Diocese a participação dos Diáconos permanentes neste
número 100 do documento.
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