Emoções: Educação Emocional
Emoções: Educação Emocional
Emoções: Educação Emocional
O objetivo deste artigo é despertar o público para a questão das emoções e sua
expressão adequada no ambiente interpessoal, em especial no trabalho.
Muito se tem dito e ouvido sobre este assunto, através de Inteligência Emocional
(Goleman), Educação emocional (Claude Steiner), QI Emocional, etc. Tudo que vem de
afetividade é correto e útil. Estes temas foram todos abordados e estudados
profundamente por Eric Berne (o criador da análise transacional, método
psicológico), em meados dos anos 60.
Em uma visão psicológica ampla, daremos aqui uma idéia geral do assunto.
Se a pessoa não entra em contato com estas sensações e emoções subsequentes, pode
entrar em estresse e ter um comportamento completamente contrário ao esperado.
Este estresse é orgânico-funcional, já que lida tanto com a parte neurovegetativa
do organismo (responsável por músculos lisos e glândulas), como o sistema nervoso
central (pensamento). Toda esta energia mal direcionada tem que encontrar um
caminho para ser descarregada. Assim, surgem as somatizações ( que são causa de
absenteísmo e até de licenças saúde), dificuldades de relacionamento (levando a
perda de emprego, de separações, (ocasionando a depressão e outras doenças), auto
estima baixa. Interpretações inadequadas da realidade interna e externa - levam a
conflitos que comprometem a vida de relação do indivíduo.
As emoções básicas são afeto, alegria, medo, raiva, tristeza. Aceitá-las como
naturais e de expressão necessária pode romper uma rede de angustia, facilitando a
convivência.
Nossa cultura valoriza a expressão de emoções agradáveis, tais como a alegria e o
afeto, desde que sejam contidas, ou disfarçadas em outras que não causam dano ao
ambiente. Sabe-se que um indivíduo autêntico e caloroso é bem vindo em qualquer
situação, entretanto se exercer esta liberdade em outras emoções tais como medo,
raiva ou tristeza, pode ser considerado respectivamente: inseguro, agressivo e
fraco.
Desta forma, desde criança aprendemos a lidar com as emoções de uma forma que não
fira os valores culturais e familiares. Elogiar-se é entendido em algumas famílias
como falta de humildade. Abraçar um amigo tem sempre que estar acompanhado de
tapas nas costas, assim como entre as mulheres o abraço só é considerado livre de
problemas até a adolescência, pois pode ser mal interpretado em termos de opção
sexual. Pais carinhosos deixam de sê-lo quando os filhos atingem a puberdade. O
medo é característica de um perdedor, a tristeza é tida como emoção de
fragilidade, e a raiva sugere uma pessoa difícil.
Pessoas que não expressam seu desconforto através do medo, raiva ou tristeza não
saberão expressar adequadamente e sem culpa a alegria e o afeto.
Fica claro que este mecanismo defensivo tem conseqüências negativas para a pessoa
e para os que a cercam, levando-a a somatizações, perda da auto estima e
motivação, dificultando a vida de relação.
NOTAS