PRODUO TCNICA

TTULO CONSTRUO DE FRACTAIS COM USO DO SOFTWARE GEOGEBRA

AUTORES Teresinha Aparecida Faccio Padilha Maria Madalena Dullius Marli Teresinha Quartieri

CONTEXTUALIZAO A motivao de trabalhar com a geometria surge com a percepo do quo ela permeia o mundo em que vivemos. O domnio de competncias e habilidades relacionadas a essa rea da Matemtica indispensvel, visto que elas podem instrumentalizar os discentes para superar desafios que surgem no dia a dia e prepar-los para a atuao em inmeras reas no mercado de trabalho. A abordagem dos fractais no ensino da geometria proposta tendo presente a insuficincia da geometria euclidiana na contemplao das diferentes formas que encontramos na natureza e sua crescente aplicabilidade nas mais diferentes reas. Grande parte dos elementos naturais no pode ser representada por figuras costumeiramente estudadas como retngulos, quadrados entre outros. No entanto, a construo manual de muitos fractais pode ser uma atividade trabalhosa, exigindo tempo e preciso de medidas, processo que pode ser facilitado com a utilizao de um recurso computacional. A partir das consideraes feitas, propusemos a realizao de uma interveno pedaggica que faz uma abordagem alternativa da construo de fractais com uso de um recurso computacional software Geogebra - explorando contedos geomtricos e algbricos.

Numa proposta de no unicidade de recursos utilizados tambm propusemos a construo de cartes fractais e fractais tridimensionais. A prtica pedaggica foi desenvolvida com uma turma de 7 srie do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Otto Gustavo Daniel Brands, no municpio de Venncio Aires. A turma composta de 20 alunos, sendo 11 meninas e 09 meninos, que frequentam as aulas no turno da manh. Os estudantes esto na faixa etria de 12 a 16 anos. A opo por esta turma deu-se pelo fato de a autora da pesquisa lecionar e ser a professora titular da disciplina de Matemtica na j mencionada instituio de ensino. OBJETIVO Propor uma abordagem alternativa da construo de fractais usando como principal ferramenta de apoio o software Geogebra de modo a propiciar o desenvolvimento de contedos geomtricos e algbricos. DETALHAMENTOS/ETAPAS A interveno pedaggica desenvolvida composta de dez atividades as quais descrevemos na sequncia.

Atividade 1: Descoberta da geometria fractal Esta atividade teve por objetivo despertar nos alunos a percepo da insuficincia da Geometria Euclidiana na representao de elementos da natureza. Comeamos com o questionrio apresentado, que instigou sobre quais formas geomtricas os alunos conheciam. Na sequncia, os estudantes foram convidados a observar objetos ou elementos quaisquer da natureza e associ-los s formas geomtricas conhecidas. Foi nesse momento que se questionou sobre possveis dificuldades encontradas na realizao da atividade:

1) Faa o desenho das formas geomtricas que voc conhece com seu o respectivo nome:

2) Agora faa uma lista de dez coisas que voc pode observar na natureza e associe com a forma geomtrica que mais lhe parea familiar: Quadro 1 Associao de elementos da natureza a formas geomtricas. Elemento observado Forma geomtrica a que voc o associa

Fonte: Da autora.

3) Voc teve alguma dificuldade em associar os elementos escolhidos com uma forma geomtrica conhecida? Por qu? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ A explorao detalhada das respostas obtidas foi feita em um momento de socializao seguido de um questionamento aos alunos sobre as formas da natureza poderem todas serem associadas ou construdas a partir das figuras geomtricas euclidianas. Ampliamos com questionamentos do tipo: Como a natureza sabe construir essas estruturas? Como ela sabe a regra de construo? Comentamos sobre o surgimento da geometria fractal para sanar a insuficincia da geometria euclidiana percebida pelos alunos na realizao da atividade e a apresentamos em forma de slides com imagens (ANEXO I), exemplificando, conceituando e mostrando diferentes aplicaes.

Atividade 2: Conhecendo o software geogebra A Atividade 2 foi o primeiro contato dos alunos com o software Geogebra para que pudessem conhec-lo e explor-lo sem que fossem conduzidos por uma atividade dirigida. No primeiro momento, apresentamos aos alunos os passos operacionais de acesso ao software Geogebra.

Acessando o Geogebra pela rea de trabalho Conhecendo o Geogebra

Figura 1 Janela principal do Geogebra.

Barra de Ferramentas Janela de Janela de lgebra Visualizao

Fonte: Interface do software Geogebra (2012).

Campo de Entrada

Um dos diferenciais deste programa em relao aos outros softwares de Geometria Dinmica o fato de se poder acessar as funes, tanto via botes na Barra de Ferramentas quanto pelo Campo de Entrada. Alm disso, podemos alterar as propriedades dos objetos construdos via Janela da lgebra e tambm por meio de algumas ferramentas do Boto Direito do Mouse. A Barra de Ferramentas est dividida em 12 janelas como a que apresentamos na Figura 2. Figura 2 Janelas do Geogebra

.Fonte: Interface do software Geogebra (2012).

Cada janela possui vrias ferramentas que podem ser visualizadas com um clique na parte inferior do cone. Assim, o programa abrir as opes referentes janela. Cada cone tem um desenho e um nome para ajudar a lembrar o que a ferramenta faz. O Campo de Entrada fica no rodap da janela do Geogebra. Por meio dele possvel operar o programa usando comandos escritos, que desempenham praticamente as mesmas funes da Barra de Ferramenta. Dependendo do objetivo que se tem, este recurso pode apresentar algumas vantagens como, por exemplo, a preciso de um ponto ao digitarmos suas coordenadas, que com um clique no mouse pode no sair no local desejado. A Janela da lgebra, que geralmente aparece quando iniciado o Geogebra, pode ser ocultada a partir da Barra de Menu, em EXIBIR e marcando a opo JANELA DE LGEBRA. Uma das funes desta Janela exibir as informaes algbricas dos objetos que esto na Janela de Visualizao, sendo possvel editar as suas respectivas propriedades. Para tanto, preciso clicar com o boto direito do mouse sobre a informao algbrica do objeto e escolher a opo PROPRIEDADES, ou ento, fazer essa edio com um duplo clique sobre a informao algbrica. Depois de apresentado o software aos alunos, deixou-se um tempo livre para que pudessem se familiarizar com as funes e possibilidades de trabalho com uso o programa. Zuchi (2008) endossa que as potencialidades de um ambiente informatizado esto intimamente ligadas s suas especificidades e que conhec-las pode ajudar a explorar os recursos da ferramenta de maneira a potencializar determinada atividade.

Atividade 3: Construo da Curva de Koch com o software Geogebra A Curva de Koch, mostrada na Figura 3, foi proposta para ser construda no Geogebra com o objetivo de identificar a regra de construo do referido fractal e em seguida mobilizar conhecimentos acerca da classificao dos tringulos, segmentos de reta, semirretas, paralelismo, raio da circunferncia para a sua construo. Tambm objetivava-se fazer uso da potenciao e dos nmeros racionais para representar os comprimentos dos segmentos em cada iterao.

Figura 3 Imagem da Curva de Koch.

Fonte: CCAPITALIA (2012).

Assim, apresentamos a imagem em slides do fractal Curva de Koch com algumas informaes histricas sobre ele. Os alunos foram convidados a identificar as caractersticas fractais ali presentes, bem como o padro geomtrico utilizado para sua construo. Os passos para construo do fractal no Geogebra foram discutidos juntamente com os alunos, buscando sempre relacionar cada deciso tomada com o respectivo contedo geomtrico utilizado. Assim, explicitaremos os passos para a construo com base em trabalho de Macedo e Franco (s/d): Abrir uma janela no Geogebra e esconder os eixos e a malha quadriculada caso estejam visveis clicando em exibir eixos e malha. Figura 4 Interface do Geogebra.

Fonte: Interface do software Geogebra (2012).

Questionar os alunos sobre qual deve ser o ponto de partida para a construo o fractal desejado. Partindo das respostas dadas, inicie a construo de um segmento de reta definido por dois pontos utilizando o terceiro cone: Figura 5 Ponto de partida para a construo da Curva de Koch.

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco (s/d) .

Aps decidir qual deve ser o prximo passo, dividir o segmento em trs partes iguais. Ouvir as diferentes sugestes para a realizao do proposto e sugerir os passos que seguem para que, ao criar a nova ferramenta, ela funcione. Num outro local da tela construir outro segmento de reta para ser nossa unidade de medida. Construir uma semirreta do ponto A de um tamanho qualquer. Figura 6 Sequncia da construo da Curva de Koch.

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco (s/d).

Agora, marcar na semirreta trs segmentos de mesmo tamanho utilizando a nossa unidade a partir do ponto A. Para isso, construir uma circunferncia de

centro em A e raio b, conforme instrues constantes no 6 cone crculo dados centro e raio - e marcar a interseco de dois objetos (circunferncia e semirreta 2 cone). Repetir o processo mais duas vezes centrando o crculo na interseco. Marcar o ponto de interseco da semirreta auxiliar com a ltima circunferncia construda. Figura 7 Continuao da construo da Curva de Koch

.Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco (s/d).

Traar o segmento de reta g (3 cone), passando pelos pontos B e H e paralelas a g passando pelos pontos de interseco F e G de acordo com as instrues do 4 cone (retas paralelas). Encontrar o ponto de interseco entre o segmento a e as paralelas que passam por F e G. Observar a diviso do segmento em trs partes congruentes.

Figura 8 Processo de construo da Curva de Koch.

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco (s/d).

Para esconder os objetos que aparecem durante a construo, basta clicar com o boto direito do mouse sobre o objeto e em exibir objeto. Se quiser esconder os nomes dos objetos, clicar em exibir rtulo. Figura 9 Imagem com as construes de apoio escondidos.

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco (s/d).

Para apagar a parte central teremos que esconder o segmento de reta a e construir dois segmentos de reta: AJ e KB. Vamos agora substituir a parte central por um tringulo equiltero sem um lado e, para isso, desenharemos um crculo de centro em J e outro de centro em K e raio j ou k. Marcar o ponto de interseco dessas duas circunferncias. Figura 10 Interseco das duas circunferncias.

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco (s/d).

Desenhar o segmento de reta JL e LK e esconder as circunferncias. Figura 11 Circunferncias ocultas

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco.

Agora precisamos repetir para cada segmento o mesmo processo realizado no segmento inicial. Esse processo chamado iterao e, atravs dele, obteremos a Curva de Koch. Mas esta repetio seria muito trabalhosa. aqui que temos uma grande vantagem de uso do software Geogebra, que permite criar uma ferramenta que reproduz a construo. Para isso, ative a opo ferramentas criar nova ferramenta, abrindo uma janela com abas que contm as seguintes informaes: Objetos finais: so os objetos que quero reproduzir e que dependem de outros. No nosso caso so os pontos J, L, K, segmento j, segmento l, segmento m, segmento k. Para inseri-los na construo, basta clicar sobre esses objetos com o boto esquerdo do mouse. Objetos iniciais: so objetos que foram informados inicialmente dos quais dependem toda a construo. No nosso exemplo, correspondem aos pontos A, B, C, D, e E. Esses objetos automaticamente aparecem em objetos iniciais. Nome e cone: o nome dado ao novo cone conforme desejado. Aps a nomeao dessa ferramenta, clicar em concludo. Ir aparecer um novo cone com a ferramenta construda. Para utiliz-la preciso clicar no cone com o nome dado e nos pontos A, J, C, D, E. Ao construir essa nova parte da Curva, teremos que esconder o segmento j para eliminar o segmento central. Vamos repetir esse processo novamente, mas agora com os segmentos J, L, C, D, E; L, K, C, D, E e K, B, C, D, E. Poderemos fazer quantas iteraes desejarmos. A Figura 18, que segue, mostra trs iteraes. Figura 12 Curva de Koch concluda.

Fonte: Da autora, baseado em Macedo e Franco.

A partir da construo do fractal Curva de Koch foi proposta a seguinte atividade de explorao do fractal:

Aps ter construdo no Geogebra a Curva de Koch, preencha o quadro que segue, que uma atividade modificada de Gomes (2007), tomando como base o segmento inicial de comprimento c: Quadro 2 Atividade sobre a Curva de Koch. Ilustrao Nmero de iteraes realizadas 0 Nmero de segmentos Comprimento Comprimento de cada total da Curva segmento

...

Fonte: Da autora, adaptado de Gomes (2007).

Atividade 4: Construo da Ilha de Koch ou Floco de Neve com o software Geogebra A Atividade 4 foi proposta com o objetivo identificar a regra utilizada na construo do fractal de modo a estabelecer relaes com o Floco de Neve construdo anteriormente. Alm deste, constituam objetivos retomar os conceitos similares ao da Atividade 3 agora aplicados em contexto diferenciado, bem como usar a lgebra nas generalizaes exigidas. Apresentamos assim, a imagem projetada do fractal Floco de Neve e os alunos imediatamente foram encontrando semelhanas com o fractal anteriormente trabalhado. Discusses surgiram acerca dos passos necessrios para a construo. Mostraremos os passos adotados por grande parte dos alunos. Construa um tringulo equiltero usando a ferramenta polgono regular: Figura13 - Ponto de partida para a construo da Ilha de Koch.

Fonte: Interface do software Geobebra.

Realizar a primeira iterao com a mesma ferramenta construda anteriormente para a Curva de Koch:

Figura 14 - Primeira iterao da Ilha de Koch.

Fonte: Interface do software Geogebra.

Para ocultar os pontos e nomes dos segmentos basta clicar com o boto do direito do mouse e escolher a opo EXIBIR RTULO. Figura 15 Ilha de Koch com objetos ocultos.

Fonte: Interface do software Geogebra.

Desse modo, segue-se realizando quantas iteraes desejar.

Figura 16 Fractal Floco de Neve construdo aps trs iteraes.

Fonte: Interface do Geogebra

Concluda a construo da Ilha de Koch no Geogebra, foram distribudas aos alunos as seguintes questes:

Explorando o fractal Floco de Neve com atividades baseadas em Barbosa (2005): 1) Contagem dos segmentos: a) Quantos lados tem a figura inicial do fractal? Suas medidas so iguais? Por qu? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ b) Aps realizada a primeira iterao, quantos segmentos passou a ter cada um dos seus lados? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

c) E a figura toda passou a ter quantos segmentos? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ d) Aps a segunda iterao, cada um dos segmentos passou a ser substitudo por quantos? Ficando agora a figura com que total de segmentos? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ e) Seguindo este mesmo raciocnio, como poderamos representar o total de segmentos aps trs iteraes? Quatro? Cinco? E aps n iteraes? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2) Permetro: considerando o comprimento do lado do tringulo inicial como c responda: a) Qual o permetro do tringulo inicial? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ b) Aps a primeira iterao, cada segmento resultante passou a medir que parte do segmento inicial c? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ c) Ento como podemos expressar o permetro neste nvel? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ d) De quanto foi este aumento em relao ao nvel anterior?

__________________________________________________________________ __________________________________________________________________ e) Se continuarmos a realizar as iteraes o que acontecer com o valor do permetro do Floco de Neve? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

Atividade 5: Construo do Tringulo de Sierpinski com o software Geogebra Esta atividade foi elaborada com a inteno de que os alunos identificassem a regra utilizada na construo do fractal e o construssem. Tambm pretendia-se que eles consolidassem conceitos de permetro, rea, classificao de tringulos, porcentagem e fizessem uso da lgebra nas generalizaes. Assim, apresentamos a imagem projetada do Tringulo de Sierpinski para os alunos em slides e os questionamos sobre qual foi o ponto de partida para sua construo, bem como sobre quais procedimentos foram utilizados para sua construo. Disponibilizamos um tempo para que os alunos investigassem procedimentos para a construo do fractal em questo tendo disponveis as ferramentas do software em uso. Explicitaremos um roteiro semelhante ao adotado por muitos alunos aps vrias tentativas. Abrir uma janela no Geogebra e esconder os eixos e a malha quadriculada, caso estejam visveis, clicando em exibir eixos e malha.

Figura 17 Interface do Geogebra com eixos e malha ocultos.

Fonte: Interface do software Geogebra.

Construir um tringulo equiltero utilizando o quinto cone. Figura 18 Tringulo equiltero construdo no Geogebra.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Em seguida marcar os pontos mdios utilizando o 2 cone.

Figura 19 Identificao dos pontos mdios dos lados do tringulo.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Agora construir um novo tringulo equiltero que tenha como base os pontos mdios do tringulo feito no princpio. Figura 20 Tringulo construdo tendo como base os pontos mdios.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Desconsiderar o tringulo central que ser pintado de uma cor diferenciada a fim de termos nossa primeira iterao. Esse processo deve ser repetido marcando-se o ponto mdio de cada um dos lados dos demais tringulos. Em seguida, unir os segmentos e desconsiderar o tringulo do meio e assim, sucessivamente. Para isso, utilizaremos a criao de uma nova ferramenta na interface do Geogebra que nos facilitar essa repetio. Ela se encontra no cone Ferramentas- criar nova ferramenta e, sendo utilizada, abrir uma nova aba na tela, conforme Figura 21. Figura 21 Visualizao da janela Ferramenta aberta.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Objetos finais: so os objetos que quero reproduzir e que dependem de outros. No nosso caso so os segmentos d, e, e f. Para inseri-los na construo, basta clicar sobre esses objetos com o boto esquerdo do mouse. Objetos iniciais: so objetos que foram informados inicialmente dos quais depende toda a construo. No nosso exemplo, correspondem aos pontos A e B. Esses objetos automaticamente aparecem em objetos iniciais. Nome e cone: nome dado, conforme desejado, ao novo cone para a ferramenta. Aps clicar em concludo ir aparecer um novo cone com a

ferramenta construda. Para utiliz-la, iremos clicar no cone com o nome dado e nos pontos desejados. Figura 22 Ferramenta construda com xito.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Depois de criada a macroferramenta, fica muito fcil fazer quantas iteraes desejarmos. Aps propor a realizao da seguinte atividade:

1) Responda: a) Qual foi a figura que voc teve como ponto de partida para a construo do Tringulo de Sierpinski? Quais so suas caratersticas? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ b) Como podemos generalizar a medida do comprimento do lado da figura inicial? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ c) Como expressar seu permetro? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

d) Quantos tringulos voc ignorou em cada etapa? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ e) Existe alguma regra ou frmula para expressar o total de tringulos ignorados? Qual? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ f) Quantos tringulos restam em cada iterao? O que eles representam? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ g) Existe uma regra ou frmula para expressar quantos tringulos so considerados em cada iterao? Qual? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Agora preencha os dados no quadro modificado de Gomes (2007): Quadro 3 Atividade que explora o Tringulo de Sierpinski. Iterao 0 1 2 3 ... N
Fonte: Produo da autora, adaptada de Gomes (2007).

Nmero tringulos

de Comprimento do Permetro de Permetro total lado cada tringulo

2) O que voc observa que acontece com permetro total medida que aumentam as iteraes? Esse valor tende a qu? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3) Se considerarmos que o tringulo inicial possui rea , cada novo tringulo gerado na primeira iterao ter que rea? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

4) E aps a segunda iterao cada novo tringulo ter qual rea? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5) Na sequncia, aps a terceira iterao, cada novo tringulo ter rea igual a ___________________________________________________________________ 6) Agora organizaremos esses dados num quadro modificado de Gomes (2007):

Quadro 4 Continuao da explorao do Tringulo de Sierpinski. Iterao Nmero de tringulos 0 1 2 3 ... N

rea de cada tringulo

rea total

7) O que voc observa que acontece com a rea total medida que aumentam as iteraes? Esse valor tende a qu? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 8) Considerando a rea do tringulo inicial como referncia responda: a) Qual a porcentagem que a rea do tringulo inicial representa? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ b) Que porcentagem representa cada tringulo resultante da primeira iterao? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

Atividade 6: Relao entre o Tringulo de Sierpinski e o de Pascal no Geogebra (Baseada em Barbosa, 2005) Pesquisar sobre o Tringulo de Pascal e sua relao com o Tringulo de Sierpinski e apresentar o que foi encontrado para os demais colegas da turma. Construir o Tringulo de Pascal sobre o de Sierpinski no Geogebra com procedimentos semelhantes aos j descritos anteriormente. A nica adequao necessria deve ser feita na macroferramenta criada de forma que ela no pinte a parte que, no Tringulo de Sierpinski retirvamos, e apenas divida em novos tringulos com base no ponto mdio dos lados. Divididos em grupos, cada um responsvel por pintar de cor diferenciada os mltiplos de dois, trs, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez. A partir da observao descobrir se a configurao de cada mltiplo forma ou no uma estrutura fractal. Vejamos na Figura 23 como ficaram os mltiplos de dois e trs. Figura 23 Fractais Mltiplos de Dois e de Trs.

Fonte: Interface do Geogebra.

Explorar com os alunos os padres existentes em cada mltiplo, os critrios de divisibilidade adotados ou no em cada grupo questionando quando eles so teis facilitando o processo e quando no auxiliam sendo mais rpido realizar o clculo. Atividade 7: Carpete de Sierpinski no Geogebra A realizao da Atividade 7 tinha como objetivo identificar a regra de construo do fractal e constru-lo fazendo uso dos conhecimentos geomtricos intrnsecos no processo, como a diviso do segmento em trs partes iguais, o ponto de partida com o quadrado e sua rea aps cada iterao. Novamente o uso da lgebra, da potenciao e dos nmeros racionais nas generalizaes era um propsito.

A imagem do Carpete de Sierpinski foi projetada para os alunos e eles foram questionados sobre qual foi o ponto de partida para sua construo e quais procedimentos foram utilizados para ele se apresentar dessa forma. Descreveremos um roteiro adotado por um nmero significativo de alunos: Construir um quadrado utilizando o quinto cone. Figura 24 Quadrado construdo no Geogebra.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Dividir um dos lados do quadrado em trs partes iguais. Para isso adotaremos os mesmos procedimentos feitos quando dividimos o segmento na Curva de Koch. Num outro local da tela, construir outro segmento de reta para ser nossa unidade de medida. Construir uma semirreta do ponto D, de qualquer tamanho.

Figura 25 Sequncia da construo do Carpete de Sierpinski.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Agora marcar na semirreta trs segmentos de mesmo tamanho utilizando a nossa unidade, a partir do ponto D. Para isso, construir uma circunferncia de centro em D e raio e, conforme instrues constantes no 6 cone crculo, dados, centro e raio - e marcar a interseco de dois objetos (circunferncia e semirreta 2 cone). Repetir o processo mais duas vezes, centrando o crculo na interseco. Marcar o ponto de interseo da semirreta auxiliar com a ltima circunferncia construda. Figura 26 Circunferncias sobre a semirreta.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Traar o segmento de reta g (3 cone), passando pelos pontos J e C e paralelas a i passando pelos pontos de interseco I e H de acordo com as instrues do 4 cone (retas paralelas). Encontrar o ponto de interseco entre o segmento c lado do polgono - e as paralelas que passam por I e H. Observar a diviso do segmento em trs partes congruentes. Figura 27 Retas paralelas na construo.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Para esconder os objetos que aparecem durante a construo, basta clicar com o boto direito do mouse sobre o objeto e em exibir objeto. Se quiser esconder os nomes dos objetos, clicar em exibir rtulo. Figura 28 Construes auxiliares ocultas.

Fonte: Interface do Geogebra com atividade produzida pela autora.

Construir um polgono regular de quatro lados - quadrado - com o uso do quinto cone dados os pontos K e D, na sequncia outro com os pontos C e L. Continuar construindo quadrados at preencher todo o espao interno do quadrado inicial. Para representar a remoo do quadrado central, pintar de uma cor diferente. Figura 29 Carpete de Sierpinski,1 Iterao

Fonte: Interface do Geogebra.

Temos assim concluda a primeira iterao. Para realizar as demais, criaremos uma ferramenta para evitar muitas repeties de procedimentos longos. Para isso iremos em ferramenta - criar nova ferramenta - abrindo com isso uma nova aba na tela, conforme Figura 29. Objetos finais: so os objetos que quero reproduzir e que dependem de outros. No nosso caso, so os polgonos 2, 3, 4, 5, 6,7, 8, 9 e 10. Para inseri-los na construo, basta clicar numa flecha dentro da aba aberta e selecion-los. Objetos iniciais: so objetos que foram informados inicialmente dos quais depende toda a construo. No nosso exemplo correspondem aos pontos A e B. Esses objetos automaticamente aparecem em objetos iniciais. Nome e cone: nome dado o novo cone com a ferramenta conforme desejado. Aps a nomeao, clicar em concludo. Ir aparecer um novo cone com a ferramenta construda. Para utiliz-la, clicar no cone com o nome dado e nos pontos desejados.

Figura 30 Janela Ferramenta aberta.

Fonte: Interface do software Geogebra.

Podemos realizar quantas iteraes desejarmos. Figura 31 Iterao 1 e 2 do Fractal Carpete de Sierpinski.

Fonte: Interface do Geogebra.

Atividade proposta para explorar conhecimentos relativos construo do fractal carpete de Sierpinski:

Atividade posterior construo do Carpete de Sierpinski: 1) Qual figura foi o ponto de partida para construo do fractal? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 2) Quantas peas quadradas surgem: Na iterao zero:____________________________________________________ Na primeira iterao:________________________________________________ Na segunda iterao:_________________________________________________ Na terceira iterao:_________________________________________________ Na ensima iterao:_________________________________________________

3) Como sabermos quantas peas quadradas surgiro aps a quinta iterao? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4) Complete o quadro, modificado de Gomes (2007), considerando como medida do lado do quadrado inicial c: Quadro 5 Atividade sobre Fractal Carpete de Sierpinski. Iterao Nmero de quadrados Comprimento do rea de cada lado de cada quadrado quadrado rea total

0 1 2 3 N
Fonte: Quadro produzido pela autora, sendo modificado de Gomes (2007).

Atividade 8: Criao de fractais com uso do software Geogebra A Atividade foi proposta a fim de desafiar os alunos a criar um fractal utilizando os recursos disponveis pelo software Geogebra e apresent-lo para a turma explicando as caractersticas que o definem como fractal.

Atividade 9: Construo de cartes fractais (Atividades que tiveram como base trabalho apresentado por Almeida et al (s/d). A construo do carto Degraus Centrais foi proposta a fim de diversificar os recursos em uso na abordagem do contedo que vem sendo desenvolvido. Assim, espera-se que os alunos consigam identificar o padro fractal no carto, as figuras geomtricas que surgem em cada iterao com as respectivas quantidades.

A) Carto Degraus Centrais Figura 32 Carto Degraus Centrais construdo pelo aluno A2.

Fonte: Aluno A2.

Passos para construo do carto: Pegue uma folha de tamanho A4. Dobre a folha ao meio, ao longo de sua altura. Com a folha dobrada ao meio, faa dois cortes verticais simtricos a uma distncia extremidades da folha, de altura . Observe que: 2 X X das

Dobre o retngulo formado para cima, fazendo um vinco na dobra. Volte o retngulo dobrado para a posio inicial e puxe o centro da figura em relevo. Pode-se dizer que esta a primeira iterao do carto fractal.

Dobre novamente, pois as iteraes sero obtidas seguindo os mesmos passos de 3 a 5, porm em uma escala menor, apenas na regio dobrada.

Dobre o retngulo para cima, fazendo um vinco na dobra. Volte o retngulo dobrado para a posio inicial e puxe a figura em relevo. Neste momento, temos a primeira e a segunda iterao do carto fractal.

Para obter mais iteraes, repita esse processo enquanto for possvel realizar os cortes e as dobraduras no papel, sempre usando a regra de corte estabelecida no passo 3. Por fim, desdobre os recortes e puxe as figuras em relevo. Concluda a construo do carto fractal propor a realizao da seguinte atividade:

Atividade posterior construo do Carto Fractal Degraus Centrais:

1) Que propriedades dos fractais podemos visualizar no carto fractal construdo? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 2) Que formas geomtricas resultaram dos cortes e dobraduras? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3) O que acontece aps cada iterao realizada? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4) Qual o volume do paraleleppedo da primeira iterao? ___________________________________________________________________________ 5) Complete o quadro: Quadro 6 Atividade sobre carto Fractal Degraus Centrais. Iterao 0 1 2 3 4 ... N
Fonte: Da autora, baseado em Almeida et al. (s/d).

Nmero de paraleleppedos novos

...

B) Carto Tringulo de Sierpinski Elaborada no mesmo modelo da atividade anterior, a Atividade 9 B tinha como inteno que os alunos identificassem as formas geomtricas resultantes dos cortes e dobraduras e que conseguissem fazer uso da potenciao para expressar a quantidade de novos paraleleppedos a cada iterao, fazendo, em seguida, a respectiva generalizao. Passos para a construo do Carto Tringulo de Sierpinski: Pegue uma folha de tamanho A4.

Dobre a folha ao meio, ao longo de sua altura. Com a folha dobrada ao meio, marque o ponto mdio na parte dobrada de largura faa um corte vertical de altura y qualquer. e

Dobre um dos retngulos formado para cima, fazendo um vinco na dobra. As geraes seguintes sero obtidas nos dois retngulos formados no carto, aplicando a mesma regra do passo 3. Note que os retngulos possuem os cortes verticais em seus pontos mdios devem ter altura a . De forma a explorar o fractal construdo, propor a realizao da seguinte atividade: Atividade posterior construo do carto Tringulo de Sierpinski: de base, logo

1) Que formas geomtricas resultaram dos cortes e dobraduras? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 2) O que acontece aps cada iterao realizada? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3) Complete o quadro: Quadro 7 Atividade sobre Carto Fractal Tringulo de Sierpinski. Iterao 0 1 2 3 4 ... N Nmero de paraleleppedos novos

...

Fonte: Da autora, baseado em Almeida et al. (s/d).

Atividade 10: Construo de fractais com slidos geomtricos baseados em Souza (2010) A Atividade 10 A foi planejada com o intuito de os alunos estabelecerem relaes entre a figura plana e o slido tridimensional. Era exigncia que encontrassem um valor para a

rea de cada fractal no final de diferentes iteraes e comparassem os resultados encontrados de modo a elaborarem suas concluses sobre o que acontece com tais valores. Propor a realizao da construo do Fractal em grupos, pois individualmente ela torna-se muito trabalhosa: A) Tetraedro de Sierpinski Figura 33- Imagem de fractais construdos pelos alunos A6, A7, A14, A8, A9, A18, A11 e A13

Iterao 1

Iterao 0

Iterao 2

Em grupos, propor que os alunos imaginem como seria construir no espao o Tringulo de Sierpinski. Obtido a partir de um tetraedro, este fractal uma variao do Tringulo de Sierpinski no espao. Construir um tetraedro; A partir dos pontos mdios de cada aresta obter cinco novos tetraedros semelhantes ao tetraedro original; Retirar o tetraedro central; Repetir os passos anteriores para os tetraedros anteriores e assim sucessivamente. Concluda a construo, propor a realizao da seguinte atividade:

Atividade posterior construo do Tetraedro de Sierpinski: 1) Qual a rea do tetraedro inicial? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

2) Quantos tetraedros foram gerados a partir da primeira iterao? Qual a rea de cada um deles? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3) Como poderamos escrever esse valor genericamente? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4) E a rea total aps a primeira iterao? Compare esse valor com a rea inicial e justifique porque isso acontece. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 5) Quantos tetraedros foram gerados a partir da segunda iterao? Qual rea de cada um deles? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 6) E a rea total aps a segunda iterao? Compare esse valor com a rea inicial e explique por que isso acontece. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ B) Esponja de Menger De maneira similar anterior, esta atividade foi proposta com o intuito de que os alunos estabelecessem relaes entre a figura plana, referindo-se ao Carpete de Sierpinski, e o slido tridimensional confeccionado. Tambm foi objetivo da atividade proposta que os alunos fizessem uso da potenciao, dos nmeros racionais e da lgebra nas generalizaes exigidas e em contexto diferenciado dos anteriores. Aliado a isso, a retomada do conceito de volume era um propsito da atividade. Inicialmente levamos para a escola um grande cubo e pedimos que os alunos sugerissem como poderamos construir um fractal no espao, de modo que cada face do cubo

se parecesse com um Carpete de Sierpinski, que ento denominado Esponja de Menger e foi criado por Karl Menger (1902-1985) Questionamos os alunos sobre quantos cubos e de que medida deve ser a aresta que precisamos para obtermos a primeira iterao. Cada aluno construiu um cubo de razo , totalizando 27 cubos. Em seguida, retirou-se os cubos centrais de cada uma das faces e o cubo central. Para repetir esses passos em cada um dos cubos restantes cada aluno fez uma parte. Aps o trmino da construo do fractal, foi proposta a seguinte atividade: Atividade posterior construo da Esponja de Menger: 1) Complete o quadro: Quadro 8 Atividade sobre Fractal Esponja de Menger. Iterao 0 1 2 3 ... n
Fonte: Da autora, baseado em Souza (2010).

Aresta de cada cubo

...

2) Preencha o quadro: Quadro 9 Continuao da Atividade sobre o Fractal Esponja de Menger. Iterao Nmero de cubos retirados 0 1 Nmero de cubos restantes Aresta de cada cubo Volume total do fractal

2 3
Fonte: Quadro produzido pela autora, baseado em Souza (2010).

3) O que voc observa que est acontecendo com o volume do fractal medida que aumentam as iteraes?

RESULTADOS OBTIDOS:

uso

do

recurso

computacional

trouxe

significativas

contribuies

ao

desenvolvimento de nossa proposta. Com uma interface de fcil entendimento, o software Geogebra ofereceu condies para que os alunos manipulassem os diferentes componentes das figuras construdas permitindo a explorao e realizao de conjecturas de forma a embasar a construo de conceitos geomtricos e algbricos. A possibilidade de visualizar os diferentes nveis de cada fractal, mesmo aps terem concludo a construo proporcionando uma espcie de feedback, foi outra vantagem da utilizao desse recurso. A preciso das medidas ao passo que as iteraes fractais iam aumentando foi outra das contribuies obtidas com o software Geogebra. Manualmente, com uso de recursos convencionais como rgua e compasso, fazer medies em intervalos de espao muito pequenos uma tarefa que requer muita habilidade. Assim, o ambiente computacional proporcionou exatido aos traados e otimizou o tempo gasto que desprenderamos com o fazer manual dos fractais. A explorao da geometria fractal encantou e desafiou os alunos possibilitando estabelecer relaes entre o referido contedo e os elementos da natureza que os rodeiam. A apreciao beleza presente nas figuras fractais despertou interesse e os motivou a empenharem-se na realizao das atividades propostas, sem que isso significasse algum descaso aos conhecimentos matemticos envolvidos no processo. Contemplar os aspectos harmoniosos e observar as regularidades nas prprias irregularidades de cada fragmento fractal permitiu que os alunos percebessem o condicionamento desses aos aspectos algbricos e geomtricos favorecendo a explorao de tais conhecimentos. Desse modo, a generalizao das regularidades observadas em cada

fractal contribuiu para o desenvolvimento do pensamento algbrico dos discentes. Percebemos uma evoluo nos alunos na apropriao da simbologia algbrica nos registros e verbalizaes realizadas. A abordagem geometria fractal nesse caso foi um aspecto que facilitou o progresso observado, visto que tornou a aprendizagem prazerosa e significativa, vinculando a lgebra a questes reais e no a meros exerccios mecnicos. A prtica desenvolvida confirmou o que pensvamos anteriormente, ou seja, acrescentar a geometria fractal ao currculo escolar no deve ser associada excluso da geometria euclidiana, mas um complemento a ela. Estender a abordagem geometria fractal alm de ter proporcionado descobertas fascinantes e ampliado o campo de viso geomtrico favoreceu o desenvolvimento de contedos tpicos da geometria euclidiana como classificao de tringulos, quadrilteros, retas, semirretas, ponto, paralelismo, simetria, entre outros, reforando assim essa fuso. As construes fractais tambm possibilitaram o desenvolvimento intenso de contedos como rea, volume, permetro, potenciao e fraes. Vinculados a estes, tivemos sempre presente a lgebra como forma de representarmos as diferentes generalizaes. Apropriar-se de conhecimentos algbricos, nesse caso, facilitou o aprendizado, visto que no foram exerccios mecnicos. Era perceptvel como os alunos faziam uso da lgebra de maneira natural, visto que compreendiam seu significado. Dessa forma, esperamos que tenhamos contribudo no sentido de propormos e divulgarmos uma alternativa de abordagem da Geometria Fractal contemplando aspectos relevantes para o ensino da matemtica e despertando o interesse de professores para a insero do tema em suas aulas. Contudo, sabemos que esta apenas uma, dentre tantas, alternativas possveis de encaminhamento e reflexes a respeito do assunto.

REFERNCIAS/LEITURAS SUGERIDAS: ALMEIDA, T. B.; MARTINELLI, R. O. M.; RODRIGUES, V. M.; SILVA, A. M. M. Fractais no Ensino Fundamental: explorando essa nova geometria. s/d. Disponvel em: <http://www.leoakio.com/cariboost_files/fractais_20no_20ensino_20fundamental.pdf>. Acesso em: 15 de fev. 2012. BARBOSA. R. M. Descobrindo a geometria fractal - para a sala de aula. 2 ed. Belo Horizonte: Autntica. 2005.

CCAPITALIA. Disponvel em: <http://www.ccapitalia.net/?cat=146>. Acesso em 14/02/2012. GOMES, A. S. Motivao do estudo de reas e permetros de figuras geomtricas atravs de fractais. Monografia. Universidade Federal do Paran. PR. 2007. MACEDO, J. S. K.; FRANCO, V. S. Fractais uma abordagem em sala de aula com o auxlio de softwares geomtricos. s/d. Disponvel em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2204-6.pdf. Acesso em 20/04/2011>. Acesso em: 14 jul. 2011. SOUZA, R. S. Fractais geomtricos. Trabalho de concluso de curso de Licenciatura em Matemtica. Universidade Federal de Alfenas. Alfenas. MG. 2010. ZUCHI, I. A integrao dos ambientes tecnolgicos em sala: novas potencialidades e novas formas de trabalho. In: 2 Simpsio Internacional de Pesquisa em Educao Matemtica2SIPEMAT. De 28 de julho a 1 de agosto de 2008. Brasil, Recife, Pernambuco. Universidade Federal Rural de Pernambuco.

ANEXO I Slides apresentados aos alunos para iniciar os fractais.