DECRETO N 38254

DE 9 DE JANEIRO DE 2014

Aprova o Regulamento Disciplinar Especial da Guarda Municipal do Rio de Janeiro.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuies que lhe so conferidas pela legislao em vigor,

DECRETA:

Art. 1 Fica aprovado o Regulamento Disciplinar da Guarda Municipal, nos termos do Anexo nico deste Decreto, conforme disposto no art. 18 e seguintes da Lei Complementar n 100, de 15 de outubro de 2009. Art. 2 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2014 - 449 da Fundao da Cidade.

EDUARDO PAES

D. O RIO 10.01.2014

ANEXO NICO

REGULAMENTO DISCIPLINAR TTULO I Do Regime Disciplinar Especial da Guarda Municipal CAPTULO I Das Disposies Iniciais

Art. 1 O Regulamento Disciplinar da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (RDGM) visa estabelecer normas relativas amplitude e aplicao das medidas disciplinares punitivas, assim como, classificao do Conceito Disciplinar Profissional dos integrantes da rea operacional da GM-Rio, dentre outras medidas administrativas. Art. 2 Os servidores da GM-Rio, alm dos termos dispostos no presente regulamento, esto sob a gide da disciplina e penalidades editadas pela Lei Complementar n 100, de 15 de outubro de 2009, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei n 94, de 14 de maro de 1979. Art. 3 Fica estabelecido nos termos deste Regulamento as formas de recompensas, de elogios e dispensas do servio.

CAPTULO II Da Hierarquia Funcional

Art. 4 A hierarquia funcional a ordenao da autoridade exercida nos diferentes nveis no mbito da GM-Rio. 1 So superiores hierrquicos: I o Inspetor Geral; II o Inspetor Corregedor; III os dirigentes de rgos administrativos descentralizados, obedecida a estrutura organizacional definidas na Lei Complementar 100/2009 e regulamentada nos Decretos 31.346/2009 e Decreto 37.042/2013.

 2 A hierarquia confere ao superior o poder/dever de emitir determinaes, fiscalizar seu cumprimento, e, de rever decises em relao ao subordinado a quem se impe o dever de cumpri-la. 3 As determinaes devem ser cumpridas, salvo, quando manifestamente ilegais, importando ao executante a responsabilidade pelos excessos e abusos cometidos no cumprimento da ordem recebida.

CAPTULO III Da Disciplina Seo I Das Transgresses Disciplinares

Art. 5 As transgresses disciplinares devem ser apuradas respeitando-se o direito da ampla defesa e do contraditrio, seguindo-se o devido processo legal para aplicao das penalidades administrativas. Art. 6 So transgresses disciplinares toda e qualquer ao ou omisso contrria ao dever funcional ou inobservncia dos preceitos institudos por este regulamento, lei, decreto e qualquer outro ato normativo, alm de ordens escritas ou verbais de superiores hierrquicos. Art. 7 A classificao das penalidades administrativas disciplinares e a aplicao das respectivas punies devero obedecer ao disposto na Lei Complementar n 100/2009.

Seo II Das Transgresses e do Ilcito Penal

Art. 8 Pelo exerccio irregular de suas atribuies, o servidor responder civil, penal e administrativamente. Art. 9 A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuzo da Fazenda Municipal, ou, de terceiro. Art. 10. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputadas ao servidor nessa qualidade.

Art. 11. A responsabilidade administrativa resulta de atos praticados ou omisses ocorridas no desempenho do cargo ou funo pblica. Art. 12. As cominaes civis, penais e disciplinares podero cumular-se sendo umas e outras independentes entre si, bem como, as esferas civil, penal e administrativa. Art. 13. No caso da infrao disciplinar tambm constituir ilcito penal, evidenciado de plano ou durante o trmite do processo, cpia da sindicncia ou do competente processo administrativo disciplinar ser remetida ao Ministrio Pblico competente para conhecimento e adoo das medidas cabveis, ficando trasladado na repartio. Pargrafo nico. Verificada sua ausncia nos autos, a autoridade instauradora imediatamente determinar providncias para o competente registro da ocorrncia junto Delegacia Policial da Circunscrio. Art. 14. Danos Materiais - Quando, dentre os fatos apurados, concluir a Comisso pela culpabilidade e/ou responsabilidade de qualquer servidor pelo extravio, perda, dano total ou dano parcial de qualquer bem pertencente ao patrimnio da Autarquia dever a Comisso fazer juntar aos autos do Procedimento Administrativo documento hbil contendo informaes quanto ao valor pecunirio do bem sinistrado para ressarcimento do prejuzo por parte do responsvel e/ou culpado, se for o caso. 1 Em se tratando de danos causados a viaturas da GM-Rio, dever constar dos autos um Termo de Avaliao elaborado pela CTR Coordenadoria de Transportes, com a descrio das avarias e o custo previsto para sua recuperao. 2 Quando se tratar de equipamentos de telecomunicaes ou informtica, sejam eles da rede fixa ou da rede mvel, dever ser juntado aos autos um Termo de Avaliao fornecido pela CTE Coordenadoria de Telecomunicaes, ou

Coordenadoria de Informtica, com a descrio das avarias e o custo previsto para sua recuperao e, no caso de extravio ou perda total, o valor do equipamento. 3 Nos demais casos, dever constar dos autos informaes neste sentido, fornecidas pela DAF/Gerncia de Patrimnio, contendo o valor do bem extraviado ou danificado visando, se for o caso, seu ressarcimento pelo responsvel ou responsveis. 4 Na ocorrncia de quaisquer dos fatos acima descritos, aps concludo o Procedimento Administrativo, dever ser remetida cpia do Relatrio e da Soluo Diretoria Administrativa e Financeira, para conhecimento e adoo das medidas

administrativas de sua alada, no que concerne recuperao, substituio e/ou excluso do bem danificado ou extraviado. Art. 15. Acidentes em Servio - Poder, no curso de uma sindicncia, surgir evidncias de que ocorreu um acidente de servio. Neste caso, para sua caracterizao, dever ser comprovado nos autos que no houve por parte do servidor acidentado, negligncia, impercia ou imprudncia, nem a prtica de transgresses disciplinares que, de qualquer forma, tenham concorrido direta ou indiretamente para sua determinao. 1 Acidente de Servio: Conceitua-se como acidente de servio todo aquele sofrido pelo servidor, em razo do cumprimento de suas obrigaes profissionais, resultante de disposies regulamentares ou de ordem recebida, o qual resulte reduo total ou parcial de sua capacidade laborativa. 2 Considera-se ainda acidente em servio aqueles verificados nas dependncias dos diversos rgos da GM-Rio, independente da vontade da vtima ou vtimas, em virtude de fora maior/caso fortuito, tais como: incndios, exploses, desabamentos, desmoronamentos, bem como os acidentes ocorridos com o empregado durante seu deslocamento entre sua residncia e seu local de trabalho ou aquele em que sua misso deva ter seu incio ou prosseguimento, e vice-versa.

CAPTULO IV Do Conceito Disciplinar Profissional

Art. 16. O Conceito Disciplinar Profissional dos servidores da Guarda Municipal ser classificado em: I - EXCELENTE: Quando no tenha sofrido qualquer penalidade nos ltimos 05 (cinco) anos; II - MUITO BOM: Quando, no perodo dos ltimos 03 (trs) anos, tenha sido apenado com at 01 (uma) repreenso; III - BOM: Quando, no perodo dos ltimos 02 (dois) anos, tenha sido apenado com at 02 (duas) repreenses; IV - REGULAR: Quando, no perodo dos ltimos 02 (dois) anos, tenha sido apenado com at 04 (quatro) repreenses;
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V - MAU: Quando, no perodo dos ltimos 02 (dois) anos, tenha sido apenado com at 05 (quatro) repreenses; VI - INEFICIENTE: Quando, no perodo dos ltimos 02 (dois) anos, tenha sido apenado com mais de 05(cinco) repreenses. Pargrafo nico. Para efeito de converso, duas advertncias, equivalem a uma repreenso, e, uma suspenso, equivale a duas repreenses. Art. 17. A reclassificao ser automtica para o Conceito Disciplinar Profissional (CDP), conforme especificado. Art. 18. Todos os servidores efetivos ao ingressarem na autarquia sero classificados no conceito Bom. Art. 19. Os servidores operacionais da GM-Rio que ingressarem no conceito indicado no inciso V do art.15 deste Decreto, devero ser encaminhados sua respectiva diretoria, para imediata incluso em curso de atualizao profissional de frequncia obrigatria . Art. 20. A matria tratada no presente captulo se aplica apenas aos servidores da rea operacional da GMRIO- atividade fim, na forma do estabelecido pela LC 100/2009, devendo o setor responsvel rever todas as fichas disciplinares profissionais lanadas, de forma a mant-las rigorosamente atualizadas.

TTULO II Dos Direitos e Recompensas CAPTULO I Das Recompensas

Art. 21. As recompensas constituem reconhecimento dos bons servios prestados, alm de outros atos meritrios praticados pelos integrantes da GMRIO. Pargrafo nico. As recompensas so classificadas em: I - Louvores II - Elogios; a) Com dispensa do servio; b) Sem dispensa do servio;

Art. 22. O Louvor ser atribudo ao integrante da GM-Rio que, voluntariamente, fizer doao de sangue para qualquer Banco de Sangue da rede pblica ou rede particular. O louvor ser sempre de carter individual e publicado no Boletim da GM-Rio. Art. 23. O Elogio constitui reconhecimento da Chefia pelos bons servios prestados ou a prtica de ato meritrio pelos integrantes da GM-Rio, podendo ser de carter individual ou coletivo, carter este que obrigatoriamente dever constar do Boletim Interno Ostensivo quando da publicao do ato. Art. 24. O elogio aos integrantes da GM-Rio dever ser formalmente proposto ao Inspetor Geral, devidamente fundamentado pela autoridade proponente. Pargrafo nico. Toda e qualquer proposta de elogio encaminhada ao Inspetor Geral dever ser acompanhada do documento de solicitao, com a indicao dos fatos que comprovem a ao meritria do servidor ou servidores indicado ao elogio. Art. 25. O elogio poder ser concedido com ou sem Dispensa do Servio. 1 O elogio com a dispensa do servio ser concedido queles servidores que, a critrio de sua Chefia, tenham praticado qualquer ato meritrio de relevncia relacionado ao servio ou de grande repercusso social, que os tornem merecedores desse tipo de recompensa. 2 O elogio com Dispensa do Servio dever ter prvia publicao em Boletim Interno Ostensivo. 3 O elogio poder prever, de no mximo, 01(uma) dispensa do servio por ms, salvo se a dispensa for concedida por Diretor, Coordenador ou Inspetor Corregedor, ocasio em que podero ser concedidas 02(duas) dispensas mensais. 4 O Inspetor Geral poder conceder at 04 (quatro) dispensas mensais ao servio. 5 O chefe da unidade administrativa decidir se o gozo das dispensas concedidas nos termos dos 2 e 3 deste artigo, sero sequenciais ou intercaladas, de forma a no prejudicar o regular desenvolvimento do servio.

CAPTULO II Do Cancelamento das Penalidades

Art. 26. O servidor penalizado disciplinarmente com base na legislao disciplinar vigente, aps transcorrido o prazo de 05 (cinco) anos da publicao de sua ltima
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penalidade, ter garantido o direito ao cancelamento desta penalidade ou penalidades sofridas. 1 No sero considerados para fins do computo do prazo de 05 (cinco) anos: I - o perodo de afastamento mdico. II - faltas injustificadas ao servio. III - o perodo de cumprimento de suspenso administrativa, quando esta no for convertida em multa. IV - o perodo de gozo de Licena Prmio V - licena sem vencimentos. 2 Para fins de incidncia do presente captulo, no ser considerado afastamento mdico, aquela causa decorrente de acidente em servio, devidamente comprovado em procedimento administrativo. Art. 27. A competncia para avaliar e deliberar o requerimento de cancelamento de penalidades impostas ao servidor ser da autoridade responsvel pela aplicao destas. Pargrafo nico. No sero canceladas, por deciso devidamente fundamentada, as punies que, a critrio da autoridade competente, tenham ferido gravemente a: I - tica do servidor pblico municipal. II - Disciplina e a hierarquia. III - Moralidade. Art. 28. Caber s autoridades mencionadas no pargrafo nico do artigo anterior disciplinar a forma de cancelamento das punies por eles aplicadas.

TTULO III Das Medidas Apuratrias CAPTULO I Das Disposies Iniciais

Art. 29. Esto sujeitos ao disciplinar prevista neste Regulamento Disciplinar Especial, os servidores da rea operacional da GM-Rio, na forma do disposto no art. 18 c/c art. 36 da LC 100/2009, independentemente de seu local ou rgo de lotao.

Art. 30. Qualquer integrante da GM-Rio que tiver conhecimento de fatos contrrios disciplina, dever comunic-los ao seu Chefe imediato, por escrito ou verbalmente, o qual determinar a sua averiguao prvia ou determinar, de imediato, a sua apurao pelos meios competentes, respondendo o noticiante, na hiptese da constatao de sua m-f. Pargrafo nico. Caso recebida a comunicao, no seja a autoridade competente para solucion-la, na forma do previsto no art. 28 da LC 100/2009, dever encaminhla autoridade imediatamente superior.

CAPTULO II Dos Instrumentos de Apurao Disciplinar

Art. 31. A autoridade que tiver cincia de qualquer irregularidade no servio pblico dever determinar a imediata apurao, por meios sumrios ou mediante processo administrativo disciplinar, assegurando ao servidor os direitos e garantias individuais previstos pela Carta Constitucional. Art. 32. A autoridade de que trata o artigo anterior, dever observar a competncia regulamentar prevista no art. 28 da LC 100/2009, no que tange as suas atribuies e das demais autoridades. Art. 33. As participaes, queixas, ou denncias sobre irregularidades perpetradas sero objeto de apurao, desde que contenham elementos mnimos indicao de possvel cometimento de transgresso disciplinar. Pargrafo nico. No caso de ausncia dos elementos mnimos de identificao do fato, conduta ou autoria, dever a autoridade competente determinar o arquivamento, por meio de deciso devidamente fundamentada.

CAPTULO III Dos Ritos de Apurao

Art. 34. A Sindicncia dar-se- atravs de rito sumarssimo, ou, rito sumrio, a ser determinado pela autoridade competente, quando cabvel, de acordo com as peculiaridades e consequncias do caso em concreto.
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Seo I Do Rito Sumarssimo de Sindicncia

Art. 35. Fica institudo, no mbito da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) o rito sumarssimo de sindicncia para faltas administrativas objetivas. Pargrafo nico. Considera-se falta administrativa objetiva toda conduta identificada como transgresso disciplinar passvel de imediato enquadramento legal, falta cuja materialidade e autoria pode ser comprovada de plano, tornando-se desnecessria a sua dilao probatria, observadas as garantias da ampla defesa e contraditrio. Art. 36. So autoridades competentes para instaurao do rito sumarssimo de sindicncia: I - Inspetor Geral e Inspetor Corregedor para todas as transgresses disciplinares; II - Demais autoridades previstas no artigo 28, nos casos de falta ao servio, na forma do art. 19, inciso I, ambos da LC 100/2009. Art. 37. Definida a natureza da transgresso administrativa disciplinar praticada pelo servidor, a autoridade competente designar um servidor efetivo, que funcionar como autuante, por meio de Portaria a ser publicada no Boletim Interno Ostensivo da autarquia. 1 Publicado ato referido no caput, dever ser solicitada a sua autuao junto ao setor responsvel e providenciada juntada aos autos da integralidade do expediente pertinente ao fato em apurao. 2 O servidor designado dever cientificar formalmente o sindicado do inteiro teor dos fatos ele imputados, conferindo-lhe ampla oportunidade para, em querendo, oferecer sua defesa escrita no prazo de 05 (cinco) dias teis, subscrevendo o competente termo, a ser autuado aos autos. 3 Da defesa apresentada, o servidor designado dever encaminhar os autos autoridade instauradora, em 2 (dois) dias, juntamente com relatrio resumido dos fatos apurados, para elaborao da respectiva soluo. 4 Caso a defesa oferecida pelo servidor sindicado negue a existncia do fato que lhe imputado, bem como sua autoria e, restando impossibilitada a sua comprovao de plano dos fatos imputados, a autoridade competente dever proceder convolao para o rito sumrio de sindicncia, servindo os autos como pea exordial.
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Art. 38. Recebido os autos, caso tenha sido configurada a irregularidade e identificado o autor, a autoridade que houver promovido a sindicncia, aps ouvida a Corregedoria e Consultoria Jurdica, aplicar, de imediato, a pena disciplinar cabvel, se esta for de sua competncia. 1 Aps proferida soluo, os autos devero ser r emetidos Corregedoria da GMRio, para fins de anlise, no prazo de 08 (oito) dias corridos, podendo ser determinado o seu aditamento ou restituio unidade de origem para a adoo de diligncias complementares. 2 A Consultoria Jurdica ter o prazo de 05 (cinco) dias corridos para se pronunciar quanto adequao da pena aplicvel ou propor autoridade superior a remessa dos autos da sindicncia, em original, para instaurao de Sindicncia pelo rito sumrio ou procedimento administrativo disciplinar. Art. 39. Da deciso disposta no artigo anterior, o servidor enquadrado ser notificado, em duas vias, sendo uma entregue ao servidor e a segunda juntada aos autos, devendo a autoridade instauradora encaminhar nota de aplicao de penalidade Corregedoria da GM-Rio para a competente publicao. Art. 40. Da penalidade imposta ao servidor, mediante o devido processo legal, caber a interposio de recurso administrativo pelo mesmo, na forma prevista na Lei Complementar n 100/2009.

Seo II Do Rito Sumrio de Sindicncia

Art 41. A autoridade administrativa que tiver cincia de qualquer irregularidade no Servio Pblico obrigada a promover, de imediato, sua apurao por meio de sindicncia de rito sumrio, salvo nas hipteses previstas na seo I do presente captulo. Art. 42. O procedimento sumrio de sindicncia tem por finalidade o levantamento de todos os dados e informaes capazes de esclarecer o fato irregular e de identificar, pessoas nele envolvidas.

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Art. 43. O presente rito no ficar adstrito apurao dos fatos, constituindo-se em averiguao que, concluda, servir de fundamento para a imediata aplicao da pena ou para a instaurao de outro administrativo.

Da instaurao da sindicncia

Art. 44. So competentes para determinar a instaurao de sindicncia pelo rito sumrio os servidores relacionados no art. 28 da LC 100/2009. 1 Se o fato envolver a pessoa do Chefe da unidad e, a instaurao da sindicncia caber ao superior hierrquico imediato. 2 Em caso de omisso ou negligncia do Chefe da unidade em que ocorreu a irregularidade, dever o superior hierrquico determinar a abertura da sindicncia exigvel. Art. 45. A instaurao da sindicncia pelo rito sumrio no impede a comunicao imediata autoridade competente para adoo das medidas acautelatrias. Art. 46. A sindicncia pelo rito sumrio ser sempre instaurada por ato escrito e publicado no Dirio Oficial do Municpio, contendo: I - cargo de autoridade instauradora da sindicncia; II - objetivo da sindicncia; III - designao da comisso que proceder sindicncia; IV - prazo para concluso da sindicncia; V - local e data do ato e assinatura da autoridade que determinou a sindicncia. Pargrafo nico. Aps a publicao, ser juntada cpia impressa aos autos, juntamente com Termo Descritivo, de forma clara e objetiva, contendo os fatos a serem apurados. Art. 47. A sindicncia pelo rito sumrio ser realizada por uma comisso de trs servidores efetivos, devendo, do ato de instaurao, constar em primeiro lugar o nome daquele que ir presidi-la. Pargrafo nico. No podero integrar a comisso de sindicncia os parentes at o segundo grau e o cnjuge das pessoas envolvidas no evento objeto da sindicncia. Art. 48. Ao presidente da comisso da sindicncia incumbe: I - presidir, dirigir e coordenar os trabalhos de sindicncia; II - designar um funcionrio para secretariar os trabalhos;
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III - designar, dentre os membros da comisso, o seu substituto, na ocorrncia de eventuais impedimentos; IV - providenciar a convocao das pessoas envolvidas no evento objeto da sindicncia; V - qualific-Ias e inquir-Ias, reduzindo a termo suas declaraes; VI - determinar ou autorizar diligncias, vistorias, juntada de documentos e quaisquer outras providncias consideradas necessrias; VII - determinar a elaborao e o encaminhamento de expedientes; VIII - numerar e rubricar as folhas dos autos; IX - encaminhar autoridade instauradora os autos da sindicncia com o relatrio final. Art. 49. Aos dois outros membros caber: I - atender s determinaes do presidente no tocante aos trabalhos de sindicncia. II - assessorar os trabalhos gerais da comisso; III - sugerir medidas no interesse da sindicncia; IV - elaborar e encaminhar expedientes; V - participar de diligncias e vistorias; VI - substituir o presidente nos seus eventuais impedimentos; VII - assistir aos atos da sindicncia e assin-Ios juntamente com o presidente.

Dos trabalhos da sindicncia

Art. 50. O trabalho de sindicncia dever constituir um procedimento informativo da irregularidade ocorrida. Em consequncia, todo o material coligido pela comisso retratar o fato em sua inteireza, de modo claro e preciso. Art. 51. Ao iniciar os trabalhos de apurao dever, a comisso, ouvir, preliminarmente, o informante, reduzindo a termo suas declaraes, que devero conter: I - dia, hora, local e descrio pormenorizada do evento; II - nome e qualificao das pessoas suspeitas de sua autoria; III - nome e qualificao das pessoas que o testemunharam ou que possam, de alguma forma, trazer esclarecimentos apurao do fato; IV - especificao das caractersticas dos bens em caso de seu desaparecimento, desvio, danificao ou uso indevido;
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V - em caso de habitualidade de evento, informao sobre se ela resulta de deficincia de pessoal, de precariedade de medidas de segurana ou de controle. Art. 52. De posse dessas informaes preliminares a comisso dever ; I - proceder a um exame visual do local do evento, lavrando o respectivo termo de diligncia; II - solicitar as percias tcnicas que se fizerem necessrias, nos termos do art. 56 e seus pargrafos; III - ouvir as demais pessoas relacionadas com o evento: - a autoridade que ordenou a sindicncia, quando conveniente; o suspeito, se houver; os servidores; os empregados de companhias prestadoras de servios; os estranhos eventualmente ligados ao fato. 1 A qualificao do informante e das pessoas envolvidas na irregularidade objeto da sindicncia dever conter: nome completo, filiao, identidade, CPF, cargo efetivo ou emprego, cargo em comisso, matrcula, rgo de lotao e respectivos endereo e telefone, residncia e telefone e, ainda, quaisquer outras referncias consideradas de interesse pela comisso de sindicncia. Em se tratando de pessoas estranhas aos Quadros do Municpio, a qualificao dever ser, tambm a mais completa possvel. 2 Por se tratar de apurao de rito sumrio, as declaraes do servidor tido como suspeito, ao qual ser declarada tal condio, sero recebidas tambm como defesa. 3 Ao sindicado assegurado acesso aos autos, mediante certido lavrada nos prprios autos, previamente sua oitiva, a qual s poder ocorrer 02 (dois) dias aps este acesso, salvo se o sindicado expressamente abrir mo deste prazo, mediante termo acostado aos autos, ocasio em que sua oitiva poder ser tomada de imediato.

Dos prazos

Art. 53. A sindicncia, com o relatrio final, no poder exceder o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias corridos, prorrogvel uma nica vez at 10 (dez) dias corridos. 1 O pedido de prorrogao de prazo dever ser encaminhado autoridade instauradora com uma antecedncia mnima de 3 (trs) dias, justificados por escrito os motivos do pedido.

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2 A deciso quanto ao pedido de prorrogao ser publicada em Boletim Interno Ostensivo da autarquia.

Dos procedimentos de apurao

Art. 54. Os procedimentos de apurao sumria tero forma prpria e peculiar, com atos datilografados. Seus atos contero em original: I - o ato de instaurao de sindicncia; II - termos de declarao; III - termos de reconhecimentos; IV - termos de acareao; V - termos de diligncia; VI - documentao; VII - laudo pericial; VIII - relatrio. Art. 55. Os termos da declarao contero a qualificao completa do informante e demais pessoas envolvidas no fato, definida a posio de cada uma na sindicncia, e o relato objetivo dos esclarecimentos prestados, seguidos da data e da assinatura das pessoas presentes, apostas sobre os nomes completos e datilografados. As demais foIhas em que foram tomados os termos devero ser rubricadas pelo interrogando. Art. 56. Os termos da acareao e do reconhecimento sero igualmente pormenorizados. 1 A acareao e o reconhecimento, bem como o lau do pericial, s sero imprescindveis quando o imediatismo de sua realizao for necessria para o resguardo de situao passvel de modificaes com o decurso do tempo. 2 Se o laudo pericial for incompleto ou no cont iver elementos informativos suficientes, dever a comisso sindicante solicitar ao perito a sua complementao. Art. 57. Os termos de diligncia contero o nome do responsvel por ela, sua finalidade, indicao do local em que foi realizada, qualificao do informante e todas as ocorrncias, inclusive mencionando documentos recolhidos e informaes obtidas.

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Art. 58. Os documentos, anexados aos autos da sindicncia, sejam de que procedncia forem, tero seu contedo examinado e feitas, se necessrias, as retificaes em termo parte, pela comisso. Pargrafo nico. O exame dos documentos objetiva a retificao de nomes e demais dados da qualificao das pessoas envolvidas no evento ou quaisquer outras que se fizerem necessrias. Art. 59. imprescindvel que os documentos anexados aos autos da sindicncia sejam legveis e, se possvel, originais. Art. 60. Se, no curso da sindicncia, ficar evidenciada a existncia de falta praticada por servidor contratado pelo regime da CLT, ou servidor efetivo da rea administrativa, na forma do art. 36 da LC 100/2009, a comisso oficiar, de imediato, autoridade instauradora, comunicando este fato e juntando peas que julgar necessrias, para as providncias de que trata a CLT e a Lei 94/79 respectivamente. Art. 61. O relatrio a pea final da sindicncia, e dever ser apresentado dentro do prazo legal, comprovada ou no a existncia do fato ou da autoria. Sua elaborao ser criteriosa e objetiva, de carter expositivo, e conter, exclusivamente, de modo claro e ordenado: I - breve relato do fato, desde a sua ocorrncia at a instaurao da sindicncia; II - narrativa do que foi feito para apurar o fato, nela includas as medidas tomadas pela comisso para sua elucidao; III - referncia s provas colhidas, com indicao do provvel autor do ilcito. Pargrafo nico. Dever o relator abster-se de quaisquer observaes ou concluses de cunho jurdico ou legal, deixando autoridade competente a capitulao das eventuais transgresses disciplinares previstas no Estatuto. Todavia dever discorrer sobre a existncia de materialidade e autoria. Art. 62. Com a concluso do relatrio que aponte a ocorrncia de transgresso disciplinar, a Comisso dar vistas ao sindicado do processo, reduzido a termo. 1 O sindicado, aps vistas dos autos, poder em at 03 (trs) dias teis, apresentar suas alegaes finais, que podem ser por escrito ou de forma oral. 2 Apresentadas as alegaes finais, a comisso, imediatamente, far remessa dos autos autoridade instauradora.

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3 No havendo a entrega das alegaes finais, a comisso lavrar termo, e cumprir o previsto no pargrafo anterior. 4 Negando-se, o sindicado, a tomar cincia da concluso do relatrio, dever a comisso lavrar termo, aguardar o prazo estipulado no caput, e posteriormente remeter os autos autoridade instauradora. Art. 63. Recebido os autos, caso haja lacunas ou obscuridades na concluso exarada, a autoridade instauradora retornar o feito Comisso Sindicante para a realizao de instruo complementar, com a oitiva de outros servidores, complementao das oitivas j realizadas, assim como, realizao de outras diligncias que se fizerem necessrias, estipulando prazo no superior a 30 (trinta) dias. Pargrafo nico. Havendo baixa dos autos Comisso Sindicante, esta, aps cumprimento das diligncias, confeccionar Relatrio- Aditamento, aplicando-se o previsto no art. 62. Art. 64. Recebido os autos, caso tenha sido configurada a irregularidade e identificado o autor, a autoridade que houver promovido a sindicncia, aps ouvida a Corregedoria e Consultoria Jurdica, aplicar, de imediato, a pena disciplinar cabvel, se esta for de sua competncia. 1 Aps proferida soluo, os autos devero ser r emetidos Corregedoria da GMRio, para fins de anlise, no prazo de 20 ( vinte ) dias corridos, podendo ser determinado o seu aditamento ou restituio unidade de origem para a adoo de diligncias complementares. 2 A Consultoria Jurdica ter o prazo de 08 (oito) dias corridos para se pronunciar quanto adequao da pena aplicvel ou propor autoridade superior a remessa dos autos da sindicncia, em original, para instaurao de Sindicncia pelo rito sumrio ou procedimento administrativo disciplinar. 3 Confirmada ocorrncia de irregularidade, sem identificao do autor, caber, ainda, incontinenti, a remessa do expediente original ao Inspetor Geral para deciso fundamentada quanto ao arquivamento ou instaurao de Inqurito Administrativo. 4 No tendo sido evidenciada a ocorrncia de irr egularidade, a sindicncia ser arquivada pela autoridade que a determinou. 5 O arquivamento da sindicncia ser de responsa bilidade da autoridade que a instaurou e a supervenincia de fato novo ensejar sua reabertura.
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CAPTULO IV Do Processo Administrativo Disciplinar

Art. 65. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) o instrumento destinado a apurar a responsabilidade do servidor infrator pela prtica transgressiva, tanto na vida pblica quanto na particular, que importe em grave prejuzo imagem da instituio, ou, ainda, grande embarao boa marcha do servio pblico. Art. 66. O corpo probatrio produzido em sede de Sindicncia Administrativa Disciplinar poder integrar os autos do PAD, assumindo carter de pea informativa exordial da instruo processual. Art. 67. O PAD ser conduzido por comisso composta de trs servidores efetivos, designados atravs de ato normativo editado pelo Inspetor Geral da GM-Rio, devendo, do ato de instaurao, constar em primeiro lugar o nome daquele que ir presidi-la. 1 Comisso Processante, tambm, ser vedada a participao de cnjuge, companheiro, ou, parente do sindicado, afim ou consanguneo, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, bem como, a participao de servidor que seja parte interessada na apurao, que seja desafeto ou que tenha laos afetivos com o acusado. 2 A formao da comisso processante observar o nvel e a classe do acusado, devendo os seus membros possuir nvel igual ou superior ao do servidor cuja conduta est sendo alvo de apurao. Art. 68. O PAD desenvolver-se- nas seguintes fases: I - instaurao, com a publicao do ato de constituio da comisso; II - fase instrutiva, compreendendo a instruo probatria; e III- fase de julgamento.

Seo I Da Instaurao

Art. 69. A portaria editada pela autoridade instauradora conter apresentao dos fatos motivadores da instaurao do processo, fazendo meno aos dispositivos disciplinares infringidos pelo servidor acusado.
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 1 O prazo para a concluso do PAD ser de at 60 (sessenta) dias, prorrogvel uma nica vez por at 30 (trinta) dias, a contar da data de sua publicao no Dirio Oficial do Municpio. 2 As reunies da comisso sero registradas em atas que devero detalhar as deliberaes adotadas.

Seo II Da Fase Instrutiva

Art. 70. A fase instrutiva obedecer ao princpio do contraditrio, assegurando-se ao indiciado a ampla defesa, o devido processo legal, admitindo-se todas as provas reconhecidas pelo Direito. 1 O servidor tido como indiciado ser notificado da instaurao do PAD, sendo-lhe conferido, a partir da data da sua notificao, prazo de 05 (cinco) dias teis para a apresentao de suas Razes Iniciais de Defesa (RID); 2 Das razes iniciais de defesa do servidor indiciado, devero constar todos e quaisquer argumentos pertinentes sua defesa, indicando as provas que pretende produzir, e, fazendo constar o rol de testemunhas de defesa a serem inquiridas pela comisso; 3 O prazo disposto no pargrafo primeiro deste artigo no implica em suspenso do processo, podendo a comisso praticar todos os atos pertinentes instruo processual durante o seu decurso, sem que importe em qualquer prejuzo defesa do acusado; Art. 71. Na fase instrutiva, a comisso promover a tomada de depoimentos, acareaes, investigaes e diligncias cabveis, objetivando a coleta de todas as provas possveis, recorrendo, quando necessrio, a tcnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidao dos fatos. Art. 72. assegurado ao servidor o direito de acompanhar todo o processo, pessoalmente ou por procurador nomeado nos autos, bem como, arrolar e solicitar a reinquirio de testemunhas, produzir provas, contraprovas, e, formular quesitos quando se tratar de prova pericial.

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Art. 73. A autoridade instauradora do processo disciplinar poder determinar o afastamento do servidor de sua lotao de origem, at a confeco do relatrio da comisso, como medida cautelar, visando que o servidor no venha a influenciar na apurao processual. Pargrafo nico. Findo o prazo para o afastamento tratado no caput deste artigo, cessaro os seus efeitos, ainda que no solucionado o processo disciplinar. Art. 74. O presidente da comisso poder denegar pedidos considerados

impertinentes, meramente protelatrios, ou, despidos de qualquer interesse para a elucidao dos fatos em apurao. Pargrafo nico. Poder ser indeferido de plano o pedido de prova pericial, quando a comprovao do fato independer de conhecimento tcnico pericial. Art. 75. As testemunhas sero convidadas a prestar declaraes mediante termo expedido pelo presidente da comisso, devendo a segunda via, com cincia do interessado, ser juntada aos autos por certido. 1 Se a testemunha for servidor pblico, o encaminhamento do expediente competente ser imediato ao comandante da unidade de sua lotao, ou, ao chefe da repartio onde exerce suas funes, com a indicao do dia e hora designados para a inquirio, a ser realizada oralmente e reduzida a termo, no sendo lcito testemunha traz-lo por escrito, apenas apontamentos. 2 As testemunhas sero inquiridas separadamente, e, na hiptese de declaraes ou depoimentos contraditrios, ou, ainda, que se infirmem, proceder-se- imediata acareao entre os declarantes e depoentes. Art. 76. Concluda a inquirio das testemunhas, a comisso promover o interrogatrio do servidor indiciado. 1 No caso de mais de um indiciado, cada um deles ser ouvido separadamente, e, sempre que divergirem em suas declaraes sobre fatos ou circunstncias, poder ser promovida a acareao entre os mesmos; 2 O procurador do servidor arrolado poder assistir ao depoimento, bem como, inquirio das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porm, ao final, reinquiri-las, por intermdio do presidente da comisso.

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Art. 77. Finda instruo, restando tipificada a infrao disciplinar, ser confeccionada Nota Indicativa, onde constar a indiciao do servidor, com a especificao dos fatos a ele imputados, e, das respectivas provas. 1 A comisso poder manter a tipificao e a descrio dos fatos apontados na portaria instauradora do PAD ou, conforme instruo, propor a sua alterao; 2 Caso a comisso entenda pela alterao disposta no pargrafo anterior, os autos devero ser encaminhados para a autoridade instauradora para deciso, ocorrendo, na hiptese, a suspenso da contagem do prazo para instruo do processo; 3 O indiciado ser citado, por termo expedido pelo presidente da comisso, para apresentar suas Razes Finais de Defesa (RAFID), de forma escrita ou oral, no prazo de 10 (dez) dias a contar da citao, assegurando-lhe o direito de vistas do processo, na repartio onde processado, e apontamentos; 4 Havendo dois ou mais indiciados, lhes sero facultados prazo comum de 15 (quinze) dias; 5 No caso de recusa do indiciado em apor o seu ciente na cpia da citao, o prazo para defesa contar-se- da juntada aos autos do termo, lavrado pelo membro da comisso realizao o ato de citao, com a assinatura de 02 (duas) testemunhas. Art. 78. O indiciado que mudar de residncia dever comunicar imediatamente comisso o lugar onde poder ser encontrado, sob pena de transgresso, na forma da legislao vigente. Art. 79. Achando-se o indiciado em lugar incerto e no sabido, o mesmo ser citado por edital, publicado, por meio do Dirio Oficial do Municpio, para apresentar RAFID. Pargrafo nico. Na hiptese deste artigo, o prazo para apresentao das razes ser de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicao do edital. Art. 80. Considerar-se- revel o indiciado que, regularmente citado, no apresentar RAFID no prazo legal, bem como aquele que, uma vez citado do processo, deixa de comparecer aos seus atos. Pargrafo nico. A revelia ser declarada, por termo prprio, nos autos do processo e devolver o prazo para a RAFID de ofcio, a ser desempenhada por servidor designado pelo Inspetor Geral da GM-Rio, o qual atuar como defensor dativo, devendo ser ocupante de cargo efetivo e ter que ter formao de nvel superior;

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Art. 81. Ultrapassada a defesa apresentada, a comisso elaborar relatrio minucioso, onde descriminar, de forma concisa, as peas principais dos autos e mencionar as provas em que se baseou para formar a sua convico. 1 O relatrio ser sempre conclusivo quanto inocncia ou responsabilidade do servidor; 2 Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comisso indicar o dispositivo legal ou regulamento transgredido, bem como, as circunstncias agravantes ou atenuantes, ou, causas de justificao. Art. 82. O Processo Administrativo Disciplinar, com o relatrio da comisso, ser remetido autoridade que determinou a sua instaurao, para julgamento, com prvia oitiva da Corregedoria da GMRIO. Pargrafo nico. A Corregedoria da GM-RIO, no prazo de 20 ( vinte ) dias corridos, dever se manifestar quanto a existncias de vcios formais e materiais, devendo, caso necessrio, sugerir autoridade que determinou a instaurao a adoo de diligncias complementares, ou saneamento do procedimento.

Seo III Da Fase de Julgamento

Art. 83. No prazo de at 30 (trinta) dias, contados do recebimento do processo, encaminhado pela Corregedoria, a autoridade julgadora proferir a sua deciso, obedecendo a competncia para a aplicao das penas disciplinares previstas na Lei Complementar n 100, de 15 de outubro de 2009 e Lei 94/79, este ltima com aplicao subsidiria. 1 No tendo sido evidenciada a ocorrncia de irregularidade, a processo administrativo ser arquivado pela autoridade que o instaurou, sendo a deciso de sua exclusiva responsabilidade, devendo determinar a sua reabertura no caso de supervenincia de fato novo. 2 A Consultoria Jurdica ter o prazo de 15 (quinze) dias corridos para se pronunciar quanto adequao da pena aplicvel ou propor autoridade superior a sua modificao.

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Art. 84. A autoridade julgadora poder, motivadamente, discordar do relatrio conclusivo da comisso. Art. 85. Verificada a ocorrncia de vcio insanvel, a autoridade que determinou a instaurao do processo declarar a sua nulidade, total ou parcial, e ordenar, no mesmo ato, a constituio de outra comisso para instaurao de novo processo. Art. 86. O julgamento fora do prazo legal no implicar na nulidade do processo, todavia, acarretar na responsabilidade a quem lhe deu causa.

CAPTULO V Do Sobrestamento

Art. 87. O sobrestamento o instituto pelo qual a autoridade instauradora, na impossibilidade de prosseguir na instruo processual, suspender o decurso do prazo para a apurao do fato, sendo aplicvel s Sindicncias e ao Procedimento Administrativo Disciplinar. 1 O sobrestamento dar-se- a critrio da autoridade instauradora, mediante requerimento fundamentado apresentado pelo servidor autuante, ou, pelo presidente da comisso, por meio de memorando, seguindo a cronologia dos autos; 2 Cessada a causa que ensejou o sobrestamento, o autuante, ou, presidente da comisso dever solicitar autoridade instauradora a sustao do ato e prosseguimento do procedimento, a partir do ltimo ato realizado. Art. 88. O sobrestamento no pode servir de causa protelatria ao regular andamento do procedimento e de sua respectiva concluso, devendo o processo ser suspenso nos seguintes casos: I - frias do sindicado/indiciado; II - internao hospitalar, comprovada, do sindicado/indiciado; III - licena para tratamento de sade, quando a enfermidade for declarada pelo rgo de Percia Mdica do Municpio como impeditivo para o acompanhamento processual do sindicado/ indiciado. IV - licena para Servio Militar Obrigatrio; V - dependncia de prova crucial para a instruo do processo;

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Art. 89. Deferido o sobrestamento, o processo ficar acautelado com o servidor autuante, ou, com a comisso, devendo-se comunicar de imediato Corregedoria, os casos de suspenso no previstas no art. 88 deste decreto. Pargrafo nico. Devero as autoridades previstas no caput observar o andamento das causas ensejadores do sobrestamento, comunicando sua modificao

imediatamente autoridade instauradora, para manifestao.

CAPTULO VI Dos Recursos

Art. 90. Da deciso prolatada na Sindicncia e Processo Administrativo Disciplinar caber recurso imprprio, no prazo de dez dias, para o titular da Secretaria a que estiver vinculada a GM-RIO e, posteriormente, para o Prefeito, na forma do estabelecido no art. 28, 2 da LC100/2009. Art. 91. O recurso poder ser interposto apresentando as razes, fatos ou circunstncias suscetveis de justificar a conduta do servidor punido ou atenuar sua gravidade. Pargrafo nico. O recurso poder ser interposto: I - pelo servidor punido; II - por qualquer pessoa interessada, nos casos de falecimento, desaparecimento ou incapacidade do servidor punido. Art. 92. A Autoridade competente para julgamento do recurso dever emitir deciso no prazo de at 45 (quarenta e cinco) dias. Pargrafo nico. O rgo de assessoria jurdica, vinculado autoridade prevista no caput, ter o prazo de at 15 (quinze) dias para pronunciamento quanto adequao da pena aplicvel, ou, na hiptese de procedimento de Sindicncia, propor autoridade superior a remessa dos autos, em original, para instruo de Processo Administrativo Disciplinar: Art. 93. O recurso processar-se- em apenso ao processo originrio.

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TTULO IV Das Disposies Finais e Transitrias

Art. 94. O processo administrativo disciplinar e as sindicncias administrativas, possuem natureza sigilosa e reservada, constituindo falta grave qualquer infrao do dever legal de sigilo praticada por qualquer membro da Comisso de Sindicncia ou qualquer outro servidor que de seu teor tenha tomado conhecimento em razo de servio. Pargrafo nico. O carter reservado da sindicncia no se aplica ao sindicado, bem como ao seu advogado devidamente constitudo. Art. 95. Os prazos previstos neste decreto e na sua regulamentao sero contados por dias corridos, no se computando o dia inicial, e, prorrogando-se o vencimento que incidir em sbado, domingo ou feriado, para o primeiro dia til subsequente. Art. 96. Os rgos municipais, sob pena de responsabilidade direta de seus titulares, atendero com a mxima presteza s solicitaes encaminhadas pelo Inspetor Geral da GMRIO, devendo comunicar, de imediato, a impossibilidade de atendimento, em caso de fora maior. Art. 97. A no observncia dos prazos previstos neste decreto e suas normas regulamentadoras, no acarretar nulidade do processo, importando, porm, quando no se tratar de sobrestamento, em responsabilidade administrativa do servidor autuante, ou, dos membros da Comisso. Art. 98. O servidor que responder a processo administrativo disciplinar s poder ser exonerado pedido, ou, aposentado voluntariamente, aps a concluso do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Pargrafo nico. No caso do servidor j exonerado a pedido ou de ofcio, ou servidor j aposentado, o ato ser convertido em demisso ou cassao de aposentadoria, respectivamente. Art. 99. Os processos e procedimentos em trmite nas esferas da administrao direta e indireta do municpio at a data da publicao deste decreto, manter-se-o inalterados, devendo ser observadas at a sua concluso a legislao em vigor. Art. 100. Caber ao Inspetor Geral da GM- Rio, por meio de Portaria, publicar os modelos dos termos citados no presente Regulamento.
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Art. 101. Os casos omissos sero resolvidos pelo Inspetor Geral da GM-Rio, aplicandose subsidiariamente as regras do regime disciplinar dos servidores da administrao direta municipal. Art. 102. Este Regulamento Disciplinar entrar em vigor no prazo de 30 (trinta) dias.

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