A Teoria Dos Sentimentos Morais
A Teoria Dos Sentimentos Morais
A Teoria Dos Sentimentos Morais
Esse livro que foi publicado 17 anos antes de A Riqueza das Naes, mas teve edies
publicadas por toda a vida de Smith, discute as foras morais que restringiam o egosmo e
uniam as pessoas em uma sociedade trabalhista.
A Teoria dos Sentimentos Morais comea com o captulo Da solidariedade. Smith falou que a
solidariedade supera at mesmo o egosmo. A solidariedade desperta nosso interesse pelo
sucesso dos outros e faz a felicidade deles necessria para ns. Sentimos solidariedade at
mesmo diante dos mortos, porque imaginamos nossa alma vivendo nos corpos inanimados e,
ento, entendemos como nossas emoes ficariam diante dessa situao. O medo da morte
envenena nossa felicidade, mas restringe a injustia da humanidade. Esse medo aflige e
atormenta o indivduo, mas vigia e protege a sociedade.
Para Smith, existem duas paixes, as sociais e as no sociais. Por exemplo, o dio e o
ressentimento so no sociais, e a generosidade, a bondade, o carinho, a misericrdia e a
mtua relao de amizade e de estima so paixes sociais. Sempre temos muita simpatia pelas
paixes benevolentes, pois elas nos parecem agradveis, em todos os sentidos.
As pessoas se identificam muito mais com a alegria do que com a tristeza, por isso procuramos
exibir o que temos de melhor e esconder o ruim. Queremos ser observados com bons olhos,
sempre com simpatia e aprovao. Os ricos se glorificam em suas riquezas porque chamam a
ateno do mundo por meio delas,e os pobres ficam envergonhados de sua pobreza, que os
deixa no anonimato.
As pessoas podem existir apenas na sociedade. Elas esto expostas s injrias mtuas e
precisam da ajuda de algum. Quando a ajuda necessria reciprocamente oferecida por
amor, gratido, amizade e estima, a sociedade se desenvolve e fica feliz. Mas isso no pode
existir entre aqueles que esto a toda hora prontos a prejudicar e ofender o outro. Assim, o
sistema de justia requerido. Smith diz que nossas faculdades morais tambm impem
regras de conduta que restringem nossas aes de egosmo.
Em uma das passagens mais famosas do livro A Riqueza das Naes, Smith diz que os ricos
consomem menos que os trabalhadores, pois tendem a economizar e reinvestir. Os ricos,
inadvertidamente, compartilham o produto de todos os seus melhoramentos com os
trabalhadores mais pobres, embora o nico fim que eles proponham para o trabalho dos seus
empregados seja a gratificao dos seus desejos.
A RIQUEZA DAS NAES
um tratado econmico de 900 pginas, que surgiu em 1776 e foi o livro que consagrou Smith
como um dos principais pensadores da histria.
O primeiro captulo se chama Da Diviso do Trabalho, nele Smith fala que o maior o
aperfeioamento nos poderes produtivos do trabalho e a maior parte da tcnica, habilidade e
julgamento com os quais estejam direcionados ou aplicados em qualquer lugar parecem ter
sido os efeitos da diviso de trabalho.
Para Smith, a diviso do trabalho aumentava a quantidadede produo por trs motivos. O
primeiro era que o trabalhador desenvolve uma habilidade maior na realizao de uma
simples tarefa repetitiva. Segundo que se economiza tempo, pois se houver alguma falta,
outro trabalhador pode facilmente fazer sua funo. E terceiro, as maquinas podem ser
desenvolvidas para aumentar a produtividade, uma vez que as tarefas tenham sido
simplificadas. Comeando seu livro com uma discusso sobre como a diviso do trabalho pode
aumentar a produtividade com um mesmo numero de trabalhadores, Smith mostra que o livro
era uma quebra das principais noes de economia ento existentes.
Smith tambm disse que os participantes da economia tendem a ir atrs de seus interesses
pessoais. O negociante busca o lucro. No da benevolncia do aougueiro, do cervejeiro ou
do padeiro que ns esperamos nosso jantar, mas da sua considerao de seu prprio
interesse (Smith, The wealth of nations, p.27.). O consumidor procura o preo mais baixo. O
trabalhador tenta encontrar o salrio mais alto. Mas no meio desse caos da atividade
econmica, est a ordem natural. Existe uma mo invisvel que regula o comportamento do
interesse prprio para tal caminho que o bem social emerge.
Para entender a mo invisvel, temos que entender o conceito de competitividade. A ao de
cada produtor ou mercador que esta tentando obter lucro contida por outros que tambm
esto tentando ganhar dinheiro. A competitividade reduz o preo dos bens, assim reduz
tambm o lucro de cadavendedor. Em situaes, em que h inicialmente apenas um vendedor,
o seu lucro alto atrai outros para o mesmo mercado, aumentando a oferta e eliminando os
lucros excessivos. Assim, os recursos so alocados para suas aplicaes mais valiosas, a
eficincia econmica prevalece e devido s economias e aos investimentos, o capital acumula
e a economia cresce. Assim, a busca pelo prprio interesse, restrita pela competitividade,
tende a produzir o bem estar social, a produo mxima e o crescimento da economia.
Essa harmonia de interesses no poderia ser interrompida pelo governo, pois segundo Smith,
os governos so esbanjadores, corruptos, ineficientes e concessores de privilgios de
monoplio em detrimento de toda a sociedade.
Smith propagou sua crena na harmonia dos interesses e laisez-faire para o comrcio
internacional, em uma critica direta ao mercantilismo, argumentou que o governo no deveria
interferir no comrcio internacional. As naes, como indivduos e as famlias, deveriam se
especializar na produo de bens para quais elas tem uma vantagem e negoci-las por bens
para os quais outras naes tm uma vantagem. Ele tambm fala que o mercado internacional
pode superar a limitao do mercado nacional, pois as exportaes podem transferir produtos
que no tem demanda interna e trazer produtos pelos quais h uma demanda nacional.
Mesmo defendendo o laissez-faire, Smith viu um significativo, mas limitado, papel para o
Estado. Ele notou trs funes principais dogoverno. Primeiro, proteger a sociedade do ataque
estrangeiro. Segundo, estabelecer a administrao da justia e terceiro, elevar e manter os
trabalhos e as instituies pblicas a fim de que os empresrios privados no possam tentar
obter lucros muito elevados.
Alm de outras intervenes estatais, Smith favoreceu dois tipos de tarifas protecionistas,
aquelas que protegem uma indstria nacional essencial para a defesa da nao, e aquelas que
igualam a carga tributria sobre uma indstria nacional especfica ao impor uma tarifa na
importao daquele bem. Entre os trabalhos pblicos que o governo deveria oferecer esto
aqueles que estimulam o comrcio e a educao, incluindo canais, portos, estradas correios
para o comrcio e escolas pblicas gratuitas para as pessoas comuns, que essencial como
uma maneira de neutralizar os efeitos negativos da diviso do trabalho. E para financiar as
atividades governamentais, ele recomendou a tributao. Smith escreveu quatro mximas
para o imposto. Primeiro, os impostos deveriam ser proporcionais receita obtida sob a
proteo do Estado. Isso foi uma drstica ruptura com os impostos regressivos predominantes
naquela poca. Segundo, os impostos deveriam ser previsveis e uniformes para a poca do
pagamento, para a maneira de pagamento e para a quantia a ser paga. Terceiro, os impostos
deveriam ser cobrados no momento e de maneira conveniente para o contribuinte. E quarto,
os impostos deveriam se recolhidos com um custo mnimo para o
(2012, 10). Resumo - a teoria dos sentimentos morais e a riqueza das
naes.TrabalhosFeitos.com. Retirado 10, 2012, de
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resumo-a-Teoria-Dos-Sentimentos/449680.html