O documento resume os principais conceitos da economia capitalista, incluindo: (1) a produção é realizada por unidades produtivas que empregam mão-de-obra assalariada, com os trabalhadores vendendo sua força de trabalho e os capitalistas organizando a produção; (2) o produto é dividido em salários para os trabalhadores e excedente para os capitalistas; (3) a taxa de lucro depende da relação entre o lucro obtido e o capital investido.
O documento resume os principais conceitos da economia capitalista, incluindo: (1) a produção é realizada por unidades produtivas que empregam mão-de-obra assalariada, com os trabalhadores vendendo sua força de trabalho e os capitalistas organizando a produção; (2) o produto é dividido em salários para os trabalhadores e excedente para os capitalistas; (3) a taxa de lucro depende da relação entre o lucro obtido e o capital investido.
O documento resume os principais conceitos da economia capitalista, incluindo: (1) a produção é realizada por unidades produtivas que empregam mão-de-obra assalariada, com os trabalhadores vendendo sua força de trabalho e os capitalistas organizando a produção; (2) o produto é dividido em salários para os trabalhadores e excedente para os capitalistas; (3) a taxa de lucro depende da relação entre o lucro obtido e o capital investido.
O documento resume os principais conceitos da economia capitalista, incluindo: (1) a produção é realizada por unidades produtivas que empregam mão-de-obra assalariada, com os trabalhadores vendendo sua força de trabalho e os capitalistas organizando a produção; (2) o produto é dividido em salários para os trabalhadores e excedente para os capitalistas; (3) a taxa de lucro depende da relação entre o lucro obtido e o capital investido.
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BASTOS, Vnia Lomnaco. A repartio do produto na economia capitalista.
In:______. Para entender a economia capitalista: noes introdutrias. 3. ed. [Rio de
Janeiro]: Forense Universitria, [1996]. cap. 4, p. 47-67.
Resumo Para entender a economia capitalista: noes introdutrias
1. Alguns Aspectos Bsicos No capitalismo, a produo se efetiva atravs de unidades produtivas que utilizam mo-de-obra assalariada: os trabalhadores vendem sua fora de trabalho aos capitalistas, que possuem meios de produo e capital e, assim, organizam a produo de bens. O conjunto das produes individuais constitui o produto da sociedade, que ir fornecer meios para a existncia dos membros da sociedade e tambm para ampliao do produto futuro. A quantidade disponvel de bens para cada membro da sociedade em um dado momento depende das condies tcnicas e das relaes sociais vigentes (tamanho e distribuio). O produto vira salrio para os trabalhadores e excedente para os capitalistas, ambos gerados a partir do trabalho assalariado.
2. As Condies da Produo Na indstria moderna h uma grande diversidade de meios de produo, funes e insumos para a obteno do produto, o que torna difcil acompanhar o funcionamento da economia. Didaticamente, possvel utilizar um exemplo com vrias simplificaes e que pode, at mesmo, ser aplicado para economias mais complexas. No exemplo, em uma economia capitalista simples, h duas empresas, que produzem, respectivamente, trigo e bolo. Na primeira, o capitalista, com 6 toneladas de semente de trigo e um trabalhador, obtm 10,5 ton. de trigo como produto. A segunda, com um trabalhador, transforma 2 ton. de trigo em 3 de bolo. Como saldo, 2 trabalhadores transformam 8 ton. de trigo (6 como semente e 2 como matria-prima) em 3 ton. de bolo. Restaro 2,5 ton. de trigo e 3 ton. de bolo no fim do processo, consumidos pelos membros da economia.A produo anual deve fornecer para que o processo se repita, ou seja, preciso restabelecer as 6 ton. de sementes e 2 ton. de trigo como insumo. A repartio do produto depende da funo de cada um no processo: os trabalhadores recebem o salrio, os proprietrios, o excedente.
3. A Determinao dos salrios Os economistas da Escola Clssica e Marx, embora sem negar os efeitos temporrios da oferta e demanda nas flutuaes ocasionais (abordagem realizada por muitos economistas), colocam o salrio como resultado da luta de de classes, estabelecem que ele tende a ficar num nvel que garanta a sobrevivncia do trabalhador. Adam Smith aborda a questo seguindo essa linha de pensamento: h um contrato entre as partes, que tem interesses conflitantes. Embora o patro tenha uma vantagem bvia, o salrio deve ser suficiente para garantir o sustento do trabalhador (1983, p. 92-94). Tal conflito entre patro e empregado fica evidente no exemplo do bolo: aumentando a porcentagem do produto destinada ao pagamento dos salrios, diminui o excedente. Para Karl Marx, as necessidades bsicas de um povo so um produto histrico e dependem da cultura e dos hbitos (1984, p. 141.). O "nvel de subsistncia" no tem sentido apenas fisiolgico, ele requer um contexto histrico-social e incorpora a luta de classes (como sindicatos e movimentos grevistas), a determinao do nvel de subsistncia resulta tambm desse confronto. Numa economia em crescimento, como h uma grande demanda por mo-de- obra, os salrios podem aumentar temporariamente. Porm, salrios altos estimulam empresrios a investir em tecnologia, o que reduz a demanda e diminui os salrios, preservando o lucro. Quando determinado o salrio real do trabalhador, automaticamente a parte do excedente que ser transformada em lucro tambm definida, uma parcela s aumenta com a diminuio da outra. No caso do bolo, se o salrio anual for estabelecido como 1 ton. de trigo por trabalhador, os proprietrios destinaro 2 ton. de trigo para pagar os 2 trabalhadores e o restante do produto, 0,5 ton. de trigo e 3 ton. de bolo, ser o excedente. A apropriao dos excedentes s possvel por esse controle exercido pelos produtores, que estabelecem o trabalho que permanece em suas mos. A nica maneira de elevar os salrios e manter os excedentes atravs do aumento da produtividade com tecnologias. Se, com a mesma quantidade de insumos e de fora de trabalho, houver uma produo de 11,5 t de trigo, os salrios poderiam ser de 1,5 t. Mas, na prtica, um aumento da produtividade dificilmente seria repassado para os trabalhadores sem a luta de classes. No costume haver situaes estacionrias na economia, se os salrios reais se mantm constantes enquanto ocorrem aumentos na produtividade, apenas os capitalistas esto sendo beneficiados pelo crescimento.
4. A Taxa de Lucro e a Distribuio do Excedente Os produtores investem seu capital monetrio porque objetivam o lucro, ponto principal da lgica capitalista. A relao entre o lucro obtido e o volume de capital que foi necessrio para obt-lo calculado pela "taxa de lucro", que a razo entre o lucro e o capital investido. Ela utilizada para ajudar a analisar quo lucrativo um determinado investimento . No exemplo do bolo, a empresa agrcola obtm um excedente de 3,5 t de trigo (10,5 - 1 do salrio - 6 dos insumos). Assim, a taxa de lucro seria de 3,5/7 = 50%. Na empresa de bolos, o produto final constitudo 3 t de bolo, produzido com 3 t de trigo (2 t de insumos e 1 t de salrio). A quantidade de bolo que ter que vender para obter essa quantidade de trigo depende do preo relativo entre eles: se a tonelada de bolo custo 7,5 unidades monetrias e a de trigo custa 5, para pagar o salrio e os insumos o produtor necessita de 15 unidades monetrias, ou seja, 2 t de bolo. A taxa de lucro seria de 50%, a mesma da empresa agrcola, garantindo igual retorno por volume igual de investimento aos dois capitalistas. Qualquer conjunto que mantenha a relao de 1 t de bolo = 1,5 t de trigo entre os preos ir gerar uma igual taxa de lucro para os dois capitalistas. Os economistas chamam de preos naturais ou preos de produo os preos que permitem a igualao da taxas de lucro.
5. Comentrios Numa economia em que h facilidade de transferncia de capital entre os setores (livre movimentao de capitais), o esperado seria que houvesse uma igualao da taxa de lucro entre eles. Se um setor em, determinado momento, tivesse uma elevao da sua taxa de lucro, atrairia todos os investimentos para si. Com o aumento da oferta do produto, haveria uma queda da demanda, estabilizando a taxa de lucro novamente. A economia est em equilbrio quando as taxas de lucro so iguais, pois os capitalistas no podero aumentar seus lucros transferindo os investimentos de setor. Uma situao de equilbrio pleno, porm, no possvel para o mundo capitalista atual, que no um sistema concorrencial como o que foi citado anteriormente. A mobilidade de capital encontra frequentes obstculos, como o domnio da tecnologia, o volume necessrio de investimento inicial e as barreiras institucionais ao ingresso de capitais. Em todos os casos, os mecanismos responsveis pela igualao da taxa de lucro deixaro de atuar. Alguns capitalistas recebem lucros maiores, os excedentes no so bem distribudos. Os preos no mercado so diferentes dos naturais. Os preos naturais permitem analisar como ocorre a diviso do produto e o papel dos preos relativos numa economia capitalista: a distribuio do produto entre salrios e lucros no altera o seu volume; excetuando quando h aumento da produtividade, os salrios s aumentam com reduo dos lucros; a distribuio do produto se expressa atravs dos salrios reais e dos preos relativos das demais mercadorias, um aumento salarial ocasiona o aumento dos preos monetrios das demais mercadorias, os preos relativos e a repartio do produto podem se alterar ou no. Em uma situao de inflao, os trabalhadores recebem um aumento salarial que no real, uma vez que sofrem uma diminuio nos seus poderes de compra. Um aumento salarial real significa uma alterao da distribuio do produto disponvel, o que gera prejuzos para os capitalistas, que elevam os preos dos produtos, tentando preservar os lucros. O produto pode passar a ter um valor monetrio maior, tornando maiores os valores destinados aos salrios e lucros, ou h uma reduo na participao dos salrios no produto. H um falso aumento salarial, visto que os capitalistas fazem o repasse para seus produtos.
Apndice B No modelo simplificado, a taxa de lucro obtida de maneira simples, j que insumos, salrios e produto utilizam o mesmo referencial do trigo. Um vez obtida a taxa de lucro da empresa, e consideram a igualao da taxa de juros, possvel encontrar os preos relativos que permitem empresa produtora de bolos realizar essa mesma taxa, considerando que a empresa de bolos deve cobrir os custos e apresentar uma mesma lucratividade: 3pb = 2pt + w + 1; sendo pb o preo da tonelada de bolo, pt o preo da tonelada de trigo, w o salrio e o lucro sendo 1. 3pb = 2pt + w + r (2pt + w); como w = pt e r = 0,5; pb = (3pt +0,5 (3pt))/3, pb = 1,5pt possvel tambm verificar a elevao dos salrios, sem que os preos das mercadorias se alterem, afetando a taxa de lucros: 10,5pt = 6pt + w + rt(6pt +w), para a empresa de trigo; 3pb = 2pt + w + rb(2pt +w), para a empresa de bolo. Considerando rt = taxa de lucro para a empresa de trigo e rb = taxa de lucro para a empresa de bolo e supondo que pt = 5 u.m., pb = 7,5 u.m. e w = 6 u.m., possvel chegar aos seguintes valores: rt = 0,49 e rb = 0,41. Sendo assim, as duas taxas de juros foram reduzidas. Para a manuteno da mesma taxa de lucro nas duas empresas, pb deveria ser igual a 1,47pt.