Geopolítica Do Mundo Multipolar
Geopolítica Do Mundo Multipolar
Geopolítica Do Mundo Multipolar
DO MUNDO
MULTIPOLAR
Alexander Dugin
Alexander Dugin
GEOPOLTICA
DO MUNDO
MULTIPOLAR
1 Edio
Curitiba-PR
Editora Austral
2012
ndicesparacatlogosistemtico:
1.MundoMultipolar:Geopoltica320.12
Traduo por: lvaro Krbes Hauschild, Joo Paulo Arrais e Srgio Lopes.
Reviso por: Luana Rege e Tiago Pothin.
Ilustrao por: Alessandra Oltramari.
1 Edio -2012
Curitiba-PR
Esse livro est de acordo com a Nova Ortografia da Lngua Portuguesa.
Sumrio
Prefcio............................................................................................. 06
Sobre o autor..................................................................................... 16
Captulo 1: Multipolaridade como um Projeto Aberto...................... 18
Captulo 2: Para a Teoria da Multipolaridade:
Fundaes Ideolgicas...................................................................... 42
Captulo 3: Teoria do Multipolarismo: Motivos Estratgicos........ 64
Captulo 4: Passos Prticos para a Construo do Mundo Multipolar:
Orientaes Bsicas; Eixos Multipolares.......................................... 95
Captulo 5: Institucionalizao do Multipolarismo...........................128
Captulo 6: O Mundo Multipolar e a Ps-Modernidade ...................152
Aliana Revolucionria Global: Manifesto
Parte 1: Situao do fim....................................................................172
Parte 2: A imagem do mundo normal................................................179
Parte 3: Revoluo imperativa..........................................................185
Parte 4: A Queda do Ocidente: os Estados Unidos como um Pas do Mal
Absoluto...........................................................................................190
Parte 5: Prtica de Guerra.................................................................197
Parte 6: A Estrutura da Aliana Global Revolucionria.....................201
Parte 7: Imagens do Futuro: a Dialtica das Mltiplas Normas........209
A Viso Eurasianista.........................................................................216
The Round World and the Winning of the Peace, H. J. Mackinder, Foreign Affairs, 21,
1943.
3
HAUSHOFER, K. De la Gopolitique, op.cit (Apologie de la "gopolitique"
allemande), p. 162, Paris, Fayard, 1986.
4
Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer guerra. LACOSTE. Y. 19 Ed.
Papirus, 2011.
5
- La Grande Guerre des Continents. DUGIN. A. Avatar Editions, Frana, 2006.
- The USA and the New World Order, primeria rplica, DUGIN, A. 2011. Acesso em:
09/07/2012 http://debateolavodugin.blogspot.com.br/2011/03/alexandre-duguinprimeira-replica.html
8
- O Sagrado e o Profano, A essncia das religies. ELIADE, M. Martins Fontes, 2008.
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- The USA and the New World Order, Introduo, A transio global e seus
inimigos, DUGIN, A. 2011. Acessado dia 09/07/2012
http://debateolavodugin.blogspot.com.br/2011/03/alexandre-duguin-introducao.html
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1. Quartel-General do Mundo Unipolar, 2a. Comunidade Transatlntica OTAN, 2b. Zona de Controle Americano no Pacfico, 3. Terceiro Mundo - Zona
de Mxima Concentrao de Energia Antiglobalista, 4. Ncleo de Resistncia
Multipolar.
29
Murray D., Brown D. (eds.) Multipolarity in the 21st Century. A New World Order.
Abingdon, UK: Routledge, 2010; Ambrosio Th. Challenging America global
Preeminence: Russian Quest for Multipolarity. Chippenheim, Wiltshire: Anthony Rose,
2005; Peral L. (ed.) Global Security in a Multipolar World. Chaillot Paper. Paris:
European Institute for Security Studies, 2009; Hiro D. After Empire: The Birth of a
Multipolar World. Yale: Nation Books , 2009.
30
Turner Susan. Russia, Chine and the Multipolar World Order: the danger in the
undefined// Asian Perspective. 2009. Vol. 33, No. 1. C. 159-184; Higgott Richard
MultiPolarity and Trans-Atlantic Relations: Normative - Aspirations and Practical
Limits of EU Foreign Policy. www.garnet-eu.org. 2010. [Electronic resource] URL:
http://www.garnet eu.org/fileadmin/documents/working_papers/7610.pdf (
28.08.2010); Katz M. - Primakov Redux. Putins Pursuit of Multipolarism
in Asia//Demokratizatsya. 2006. vol.14 4. C.144-152.
3
Krauthammer Ch. The Unipolar Moment// Foreign Affairs. 1990 / 1991 Winter. Vol.
70, No 1. . 23-33.
4
31
Dclaration de M. Hubert Vdrine, ministre des affaires trangres sur la reprise dune
dialogue approfondie entre la France et lHinde: les enjeux de la resistance a
luniformisation culturelle et aux exces du monde unipolaire. New Delhi -- 1
lesdiscours.vie-publique.fr. 7.02.2000. [Electronic resource] URL:
http://lesdiscours.viepublique. fr/pdf/003000733.pdf
32
33
34
. . .:
, 2005.
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Ibid P.
37
Ibid.
38
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Ibid. P.
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Organicismo: (Alfred Espina (1844 - 1922), Rene Worms (1869 1926), Paul von Lilienfeld-Toal (1829 - 1903), Albert Schaffle
(1831 - 1903), etc);
Lebensphilosophie: (Friedrich Nietzsche (1844 - 1900), Wilhelm
Dilthey (1833 - 1911), Henri Bergson (1859 - 1941), etc);
Tradio Holstica na Sociologia: (F. Tnnies (1855 - 1936), G.
Simmel (1858 - 1918), W. Sombart (1863 - 1941), M. Moss (1872 1950),G. Durand, etc);
Antropologia Cultural/Etnosociologia: (Franz Boas (1858 - 1942) e
seus seguidores, Alfred Kroeber (1876 - 1960), Edward Sapir (1884
- 1939), Robert Lovy (1883 - 1957), e tambm Bronislaw
Malinowski (1884 - 1942), Alfred Radcliffe-Brown (1881 - 1955),
Claude Levi-Strauss (1908 - 2009), Richard Thurnwald (1869 1954), Wilhelm Mullman (1904 - 1988), etc);
Eslavofilia Russa e Filosofia Religiosa: (A. S. Khomyakov (1804 1860), I. V. Kireevsky (1806 - 1856), K. N. Leontyev (1831 1891), N. Y. Danilevsky (1822 - 1885), V. S. Soloviev (1853 1900), etc);
Eurasianismo: (N. S. Trubetskoy (1890 - 1938), P. N. Savitsky
(1895 - 1965), G. V. Vernadsky (1877 - 1973), N. N. Alekseev
(1879 - 1964), etc);
Ontologia Fundamental: (M. Heidegger (1889 - 1976));
Revoluo Conservadora: (O. Spengler (1880 - 1936), C. Schmitt
(1888 -1985), E. Niekisch (1889 - 1967), E. Jnger (1895 - 1998),
etc);
43
Tradicionalismo: (R. Gunon (1886 - 1951), J. Evola (1889 1974), M. Eliade (1907-1986), etc).
As fontes europeias e russas devem ser complementadas com a
totalidade do esprito da filosofia Oriental moderna:
Japonesa: (Kitaro Nishida (1870 - 1945), Teitaro Daisetsu Suzuki
(1870 - 1966), etc);
Indiana: (Bal Ganadhar Tilak (1856 - 1920), Sri Ramana Maharishi
(1879 - 1950), Ananda Coomaraswamy (1877 - 1947), etc);
Chinesa: (Kang Youwei (1858 - 1927), Liang Chi Chao (1873 1923), Sheng Youding (1908 -1989), Liang Shuming (1893 - 1988),
etc);
Iraniana: (Muhammad Ikbal (1877 - 1938), Ali Shariati (1933 1977), Muhammad Hussein Tabatabai (1892 - 1981), Murtaza
Mattaheri (1920 - 1979), Seyid Hossein Nasr, etc);
rabe: (Abdel-Rahman Badawi (1917 - 2002), Hassan Hanafi,
Nadir El-Bizri, Hichem Djait, etc).
Este enorme leque de teorias, escolas, ideias e autores, que
podem ser expandidos ao infinito em todas as direes (geogrficas e
histricas, at as profundezas dos tempos), tem a seguinte propriedade
em comum. Todos eles, independente de serem do Ocidente ou do
Oriente:
Avaliam criticamente a estrutura filosfica de valores da
Civilizao Ocidental;
Rejeitam suas reivindicaes de universalismo;
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. . . .: ,
1992.
45
Cole D. (ed.) Franz Boas' Baffin Island Letter-Diary, 1883-1884/ Stocking George
W.Jr. Observers Observed. Essays on Ethnographic Fieldwork. Madison: The University
of Wisconsin Press, 1983. C.33.
46
.. . , 1920.
15
.. . :, 1997.
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f. Dugin A. Martin Heidegger and the possibilty of the Russian Philosophy. M.,
2010.
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Dugin A. Martin Heidegger and the possibilty of the Russian Philosophy. Op. cit.
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Huntington Samuel P. The Clash of Civilizations and the Remaking of the World
Order. New York: Simon and Schuster, 1996.
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Hettner A. Die Geographie, ihre Geschichte, ihr Wesen und ihre Methoden. Breslau:
Ferdinand Hirt, 1927.
58
Nishida K. Logik des Ortes. Der Anfang der modernen Philosophie in Japan.
Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1999.
59
Gurvitch Georges. The Spectrum of Social Time. Dordrecht: D. Reidel, 1964. Cf.
Dugin A. The sociology of the imaginary. The introduction into the structural sociology.
M., 2010. Idem. The sociology of Russian Society. M., 2010.
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Dugin A. The sociology of the imaginary. The introduction into the structural
sociology. M., 2010. Idem. Postphilosophy. M., 2009.
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pan-humano (mais precisamente ao tempo fsico e calendrio europeuocidental), com o lado que entrelaa a um contexto complexo de tempos
locais. A questo no somente que algumas sociedades passaram a
uma forma maior na lgica comum de histria e uma menor possui as
outras (isso exatamente o surgimento do racismo). As muitas
estruturas do tempo podem ser diferentes em cada sociedade e no h
como considerar que todas elas movem-se na mesma direo. Algumas,
talvez, movem-se exatamente onde a sociedade ocidental se move e
outras podem muito bem se moverem a uma direo absolutamente
distinta em correspondncia com a estrutura da sua temporalidade e seu
senso, mas elas tambm podem mover-se a lugar nenhum (como no caso
de um centro tnico). No h fundamentos racionais para projetar
sociedades do seu prprio tempo e jog-las no ambiente do tempo
ocidental, moderniz-las, torn-las contemporneas do momento global.
Para a maioria das sociedades presentemente existentes, a globalizao
como um momento natural da sua prpria histria no chegou ainda e,
possivelmente, nunca chegar. Por isso, for-las a considerar o presente
momento global simplesmente uma violncia irracional.
Pluralidade dos Tempos como uma Norma
A filosofia do Multipolarismo, por sua vez, reconhece a
pluralidade dos tempos como um fato e como um estado normativo de
negcios. Diferentes sociedades vivem em tempos diferentes e tm o
total direito e motivos para isso. Esses tempos podem seguir em
diferentes direes, como vias de corrente, eles podem fundir e
ramificar, mas tambm podem, como rios, se manter. No se deve
realizar uma ditadura temporal, impor a outros um estgio ou uma era.
A sociedade islmica conta sua histria desde Hegira. Os cristos
Anno Domini. Os judeus desde a criao do mundo. Os hindus,
chineses e budistas tambm tm seus sistemas cronolgicos prprios. H
algumas naes na Terra to longe que no conhecem o tempo ainda
mais o cclico (algumas tribos de aborgenes australianos), portanto, no
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Grande Espao
Civilizao
Consequentemente, a unificao cultural e poltica de um
espao tem a mesma raiz e pode fluir em cada um dependendo de uma
especfica circunstncia histrica. Se considerarmos as ideias de Samuel
Huntington em relao coliso das civilizaes sob este ngulo visual,
veremos que no h nada infundado no sentido que a unidade cultural de
uma civilizao pode bem ser adicionada a um componente estratgico
em algumas situaes, o que os crticos de Huntington no levaram em
conta, tendo considerado que ele superestimou o significado do fator
cultural32. Assim, uma civilizao hoje pode se tornar um Imprio
amanh, como uma matriz comum o Grande Espao subjaz em
ambos.
Essa convertibilidade de uma unidade cultural em algo
estratgico deve explicar toda carncia de fundamento da ideia de um
Grande Espao e seu significado para o mundo multipolar. O mundo
multipolar deve ser construdo sob condies de uma escolha histrica
natural de desenvolvimentos objetivos pelas sociedades e,
consequentemente, sob o fundamento do seu paradigma cultural. A
introduo do conceito de um Grande Espao demonstra como
transformar cultura em poltica nos casos onde se torna necessrio. No
entanto, o conceito de um Imprio deveria ser concebido
tecnicamente, em isolamento da conotao histrica; como um termo
politolgico, significa nada mais que: uma unidade estratgica com
preservao das autonomias locais perdidas e das partes diferentes do
todo com diferentes graus de integrao sociopoltica.
Nesse sentido, o Imprio teoricamente combina com
federalismo, mas contradiz a ideia de um Estado nacional, que efetua a
unificao completa da populao em aspectos legais, educacionais,
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Nishida Kitaro. Intelligibility and the Philosophy of nothingness. Honolulu: EastWest Center Press, 1958; Idem. An inquiry into the Good. New Haven and London: Yale
University Press, 1990.
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Dugin A. The sociology of the imaginary. The introduction into the structural
sociology. M., 2010. Idem. The sociology of Russian Society. M., 2010.
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77
Fukuyama F. The End of History and the Last Man New York, NY: Free Press, 1992.
38
Fukuyama F. 2004. State-Building: Governance and World Order in the 21st Century.
New York: Cornell University Press, 2004. Fukuyama Dugin. Ideas do mean/ Profile,
2007 23(531).
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Dugin A. The sociology of the imaginary. The introduction into the structural
sociology. M., 2010. Idem. The sociology of Russian Society. M., 2010.
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Dugin A. Martin Heidegger and the possibilty of the Russian Philosophy. Op. cit.
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Ibidem.
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Ocidente mal ocultam um disfarce de horror ao ter que admitir que ela
possa voltar atrs nas suas decises ainda degradantes e entrar em uma
nova rbita histrica, como aconteceu muitas vezes no passado.
Para a Geopoltica-3 ("zona costeira), a Zona Central e o
destino poltico da Rssia so tambm de grande importncia, desde que
a presena do Poder da Terra somente d a Rimland a possibilidade de
formar uma escolha de orientao estratgica ou combinar certos
elementos (do Mar e da Terra). Caso contrrio, o que quer que seja o
papel dessa rea ser intil e se tornar uma aplicao tcnica para os
EUA e, alm disso, um tipo de colnia estratgica.
A Geopoltica-2 v a funo crucial da Rssia como o sinal
oposto em comparao Geopoltica-1, como Poder da Terra e todas
as tendncias que esto de alguma forma em ressonncia com essa
civilizao obtm uma chance para se desenvolver sob os princpios da
Terra (e no atlantista, globalista, nem unipolar) se a Rssia somente
suceder em preservar seu potencial estratgico, integridade territorial e
independncia poltica. Somente na presena da quarta regio
eurasiana - o mundo multipolar pode surgir. Na ausncia do completo
controle russo sobre a Zona Central e da sua participao na
reorganizao global do espao poltico em novos fundamentos, sejam
as foras estratgicas e econmicas da Unio Europeia ou da China to
significantes, elas cedo ou tarde passaro a ficar sob o controle direto do
ncleo global, sendo forados a aceitar suas regras e leis e, assim,
serem dissolvidos na sociedade global. E estando sozinhos, eles no
podem resistir aos EUA.
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..
. -- kremlin.ru. 2007. [Electronic resource] URL:
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Purta Frat. The Greater Central Asia Partnership Initiative and its Impacts on Eurasian
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http://www.turkishweekly.net/article/319/the-greater-central-asia-partnership-initiativeand-its-impacts-oneurasian-security.html.
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Grand Chessboard63, onde ele descreve a estratgia ideal dos EUA para
a regio do Oceano Pacfico. Assim, ele apia o comrcio e a
aproximao econmica com a China (desde que a China, claro, se
insira na Sociedade Global) ao mesmo tempo em que insiste em
formar um bloco estratgico-militar contra a China. Com o Japo, Z.
Brzezinski, ao contrrio, sugere uma melhora militar na parceria
estratgica contra a China e a Rssia (na verdade, a questo no
parceria, mas uso mais ativo do territrio japons para a implantao
dos objetivos estratgico-militares dos EUA) e competir estritamente no
campo econmico junto do mercado japons far os EUA dominar
economicamente em escala mundial.
A ordem mundial multipolar estima, logicamente, que a situao
mude futuramente: a economia liberal da China no um autovalor em
si e apenas refora a sua dependncia do poder econmico e militar dos
ocidentais, especialmente no seguimento naval, mas ao contrrio, com
a perspectiva de criao de um fundo de libertao dos Oceanos
Pacfico e ndico da presena norte-americana, que o Japo e a China
podero competir com as economias ocidentais como uma soluo para
a hegemonia das regras do atual mercado global (h esperana que o
Japo possa us-lo em determinado momento seu favor), porm o
Japo sendo instrumento passivo da estratgia americana muito menos
atrante como parceiro do mundo multipolar. Em todos os casos, seria
timo um cenrio de libertao do Japo da domio norte-americana e
sua sada da rbita de influncia geopoltica yankee. Neste caso, dificil
imaginar um candidato melhor para a construo do novo modelo de
equilbrio estratgico no Oceano Pacfico. Atualmente, com relao ao
estado das coisas, possvel reservar o lugar de um polo na regio do
Oceano Pacfico por duas potncias China e Japo. Ambos tm
motivos srios para desempenharem o papel de um lder ou de dois
lderes, essencialmente maiores do que todos os outros pases da regio
do extremo oriente.
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Ibid.
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Ibid.
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Ibid.
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Ibid.
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O kontseptsii nacionalnoy bezopasnosti Rossiyskoy federatsii. -www.businesspravo.ru. 2001. [Electronic resource] URL:
http://www.businesspravo.ru/Docum/DocumShow_DocumID_11586.html
131
Ibid.
73
Ibid.
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Ibid.
76
Ibid.
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Ibidem.
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Por exemplo, O Senador da Repblica Jesse Helms. Veja o Senator Jesse Helms
Rebukes the U.N. Newswatch.2000. [Electronic resource] URL:
http://www.garymcleod.org/helms.htm (reference date 20.09.2010.). A assinatura do
Senador John Bolton, quem explicitamente demandou dispensar a ONU antes, o
representante dos EUA na ONU por George Bush Junior tambm demonstrativo. Veja
Gill Kathy. John Bolton, UN Nominee. www.about.com. 2005. [Electronic resource]
URL: http://uspolitics.about.com/od/politicalcommentary/a/ed_bolton.htm (reference
date 20.09.2010).
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Khanna Parag. Der Kampf um die zweite Welt Imperien und Einfluss in der neuen
Weltordnung. Berlin: Berlin Verlag, 2008.
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que as relaes possam ser arranjadas com cada um dos quatros pases
do Segundo Mundo severamente. Mas o senso de multipolarismo est
exatamente desenvolvendo as regras da ordem internacional que no
corresponderiam com uma situao especial onde um poder separado,
talvez grande, obtm o desejado, mas eles fariam com um princpio
geral quando os EUA e seus aliados no puderem iniciar uma invaso
por livre-arbtrio sem avaliar ningum mais. A invaso dos EUA no
Iraque no consideram profundamente a China ou a Rssia, ou a ndia,
ou Brasil. A invaso no Afeganisto foi instantaneamente (pelo menos
pareceu ser) benfica para a Rssia e em parte para a ndia (o bloqueio
de um assento para baixo do Isl radical beligerante). Mas uma srie de
passos similares por parte dos EUA cedo ou tarde gerar uma direo a
partir desse padro de comportamento e a colocar na fundao de um
modelo legal como vemos no projeto da Liga das Democracias.
Portanto, necessrio deter severamente os EUA em tais casos
antecipadamente e por razes principais, no porque alguma coisa
situacionalmente benfica ou malfica para um ou para outro pas do
Segundo Mundo. aqui que a lei do dividir e conquistar (divide et
impera em latim) se manifesta. Se o Segundo Mundo consolidado
por uma filosofia, estratgia e geopoltica comum multipolar, ser
inacessvel para as intrigas unipolares e pode seguir no caminho direto
sua institucionalizao e atribuio de um carter legal para regras
multipolares.
Hoje, os BRICs como uma organizao, esto apenas no
comeo de um grande caminho e ningum pode prometer que ser fcil.
No entanto, a forma existente de um clube de quatro grandes poderes j
representa uma forma, um prottipo de uma estrutura internacional que
poderia gradualmente se tornar o ncleo institucional do mundo
multipolar.
A Organizao de Cooperao de Shangai e suas Funes Geopolticas
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desenvolveram um sistema de organizao alternativa do espao pssovitico. Seu sentido foi esse:
Isolar os pases CIS da Rssia;
Concili-los com os EUA e Unio Europeia;
Comear o processo de sua integrao OTAN;
Construir uma coalizo anti-russa no espao CIS;
Substituir regimes polticos dos pases CIS amigveis ou, ao
menos, neutros, Rssia por globalistas, pr-ocidente e anti-russos;
Implantar objetivos militares americanos nos pases pr-Amrica.
Com essa proposio, os EUA e, em particular, o fundo do
mundialista G. Soros, ativamente provocou revolues coloridas na
Ucrnia, Gergia e Moldvia (algumas tentativas foram feitas na
Bielorrssia, Armnia e Quirguisto). E alguns pases que acabaram na
rea de influncia atlantista criaram suas prprias coalizes anti-russas
como a GUAM91 (Gergia, Ucrnia, Azerbaijo e Moldvia) ou o
efmero Democratic Choice Commonwealth (declarado por
Yuschenko e Saakashvili em 2005 a Ucrnia, Gergia, Litunia,
Latvia, Estnia, Moldvia, Eslovnia, Macednia e Romnia).
Assim, o espao ps-sovitico inteiro foi dividido em reas
Eurasianas (integrao) e Atlantistas (desintegrao). Ambas regies
foram includas em processos legais e institucionais endereados a
2008. [Electronic resource] URL: http://www.rightweb.irconline.
org/profile/1992_Draft_Defense_Planning_Guidance (reference date 20.09.2010).
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absolutamente diferente.
O Multipolarismo em comparao com o unipolarismo e o
globalismo no apenas um apelo ao velho ou um chamado para
preservar tudo como . O Multipolarismo no insiste tanto na
preservao dos estados nacionais (o mundo de Vestflia) ou na
restaurao do modelo bipolar (o mundo de Yalta), ou congelando esse
estado transitrio, onde hoje a vida internacional permanece.
O Multipolarismo uma olhada no futuro (tal como ainda nunca
foi), um projeto de organizao e uma ordem mundial absoluta sobre
novos princpios e elementos, uma sria reviso dos axiomas nos quais a
modernidades se sustenta nos sentidos ideolgicos, filosficos e
sociolgicos.
O Multipolarismo, assim como o unipolarismo e a globalizao,
orientado para construir o que nunca houve antes, para o esforo
criativo do esprito livre, a busca filosfica e esforo para construir uma
sociedade melhor, mais absoluta, justa, harmoniosa e feliz. Mas o
carter dessa sociedade, seus princpios e valores e tambm os mtodos
para construir sua fundao so vistas apenas radicalmente diferente (do
que entre globalistas). Multipolarismo v um futuro mltiplo, variativo,
diferenciado, dissimilar, preservando um amplo leque de escolhas de
auto-identificao (coletiva e individual) e tambm nuances de
sociedades limtrofes com interferncia de diferentes matrizes de
identificao. Este um modelo de "complexidade florescente" do
mundo, onde uma infinidade de lugares combina com uma infinidade de
tempos, onde atores coletivos e individuais de mltiplas escalas se
engajam em um dilogo, descobrindo e, s vezes, transformando suas
identidades no decorrer de tal dilogo. A cultura, a filosofia, poltica,
economia e tecnologia ocidental so vistas nesse mundo futuro para
serem apenas alguns dos fenmenos locais e de modo algum para
exaltar a cultura, filosofia, poltica, economia e tecnologia das
sociedades asiticas e tribos arcaicas. Todos ns acreditamos que as
diferentes formas de etnias, povos, naes e civilizaes so variaes
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Dugin A. The sociology of the imaginary. The introduction into the structural
sociology. M., 2010
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Ibid.
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Huntington Samuel P. The Clash of Civilizations and the Remaking of the World
Order. New York: Simon and Schuster, 1996.
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Heidegger called globalism with the term Planeter Idiotism having in mind the
original Greek meaning of the word that implies a polis inhabitant deprived of
civil identity, i.e., of affiliation to a phyle, caste, trade, cult, etc. See Dugin A. Martin
Heidegger and philosopgiya drugogo nachala. Op. cit.
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Michael Hardt and Antonio Negri, Empire, Harvard University Press, 2000.
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Dugin A. The sociology of the imaginary. The introduction into the structural
sociology. M., 2010.
162
163
164
Mann St. R. Chaos Theory and Strategic Thought//Parameters. 1992. Autumn. 55.
165
Dugin A. Martin Heidegger and the possibilty of the Russian Philosophy. Op. cit.
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(Manifesto)
(Programa, Princpios, Estraggia)
Insatisfeitos de todo o mundo, uni-vos!
Parte 1 - Situao do fim
1. Vivemos no final de um ciclo histrico. Todos os processos
que constituem o sentido da histria chegaram a um impasse lgico.
O fim do capitalismo: O desenvolvimento do capitalismo
chegou ao seu limite natural. H somente uma coisa deixada para o
sistema econmico mundial entrar em colapso no abismo. Baseado em
um aumento progressivo das instituies puramente financeiras, bancos
em primeiro lugar e, em seguida, estruturas de aes mais complexas e
sofisticadas, o sistema do capitalismo moderno, completamente
divorciado da realidade, a partir do equilbrio da oferta e da procura, a
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refutada por todo o curso das coisas. Nosso mundo no est ficando
melhor, mas, pelo contrrio, est sendo rapidamente degradado ou, pelo
menos, continua a ser to cruel, cnico e desleal como antes. A
descoberta desse fato leva ao colapso da cosmoviso humanista. O
padro duplo do mundo ocidental, sob slogans cativantes sobre direitos
humanos e liberdade, nos quais hoje apenas cegos no veem a vontade
egosta de colonizar e controlar, torna-se vulgaridade. O progresso no
apenas no garantido, mas improvvel. Se as coisas continuarem a se
desenvolver como se desenvolvem hoje, prognsticos mais pessimistas,
catastrficos e apocalpticos tornar-se-o reais.
2. Em geral, estamos lidando com o fim de um grande ciclo
histrico, no qual os parmetros bsicos esto esgotados, perturbados e
as expectativas associadas a ele iludidas e riscadas. O fim do mundo no
vem, ele se desdobra diante de nossos olhos e ns somos os seus
observadores e participantes. Ser que o fim da civilizao moderna
ou o fim da humanidade? Ningum pode prever. Mas a dimenso da
catstrofe tamanha que no podemos excluir o fato de que o
agonizante mundo ocidentocntrico global vai levar consigo para o
abismo todos os outros. A situao se torna ainda mais dramtica pelo
fato de que no mbito da situao atual e a existente organizao do
poder global mundial da oligarquia transnacional, todos os processos
catastrficos no podem continuar (o limite atingido), nem parar (a
fora de inrcia muito alta), nem mudar o curso (a taxa das principais
tendncias no permite fazer uma manobra brusca para mudar de
trajetria).
3. A situao atual intolervel, no s como , mas para onde
vai por si s. Hoje - uma catstrofe, amanh - a morte garantida. O
futuro foi roubado da Humanidade. Mas o homem difere dos animais
por ter um horizonte histrico. E mesmo se num dado momento no
sente todas as exigncias da situao, seu conhecimento do passado e
previso do futuro construdo reproduziu nele perspectivas otimistas ou
sinistras. Vendo onde estvamos ontem e para onde estamos indo agora,
no podemos subestimar esse caminho como do mal, da ameaa, do
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tambm danos irreparveis para todas as outras naes da terra. Tornouse global e universal, portanto ningum pode simplesmente evitar ou
isolar-se disso. Isso s pode ser alterado ao arrancar todo o espectro de
fenmenos catastrficos. E, apesar do fato de que em sociedades no
ocidentais, a situao um pouco diferente, simplesmente ignorar o
desafio do Ocidente no pode mudar nada. As razes do mal so muito
profundas. Elas devem ser claramente entendidas, compreendidas,
identificadas e colocadas no centro das atenes. impossvel lutar
contra as consequncias sem entender as razes.
5. H razes para a situao desastrosa atual e tambm h
aqueles que esto interessados nela, aqueles que querem que ela dure,
quem obtm o benefcio, o lucro, quem lucra com isso, aqueles que so
responsveis por isso os quais apiam, fortalecem, protegem e
guardam essa situao, bem como a impedem de mudar o seu curso de
consecuo e desenvolvimento. Essa uma oligarquia mundial global, a
qual inclui estratgia poltica, financeira, econmica, o ncleo
estratgico-militar da elite mundial (principalmente ocidental) e uma
ampla rede de intelectuais servindo-a, executivos, magnatas da mdia,
formando um squito fiel de globalistas oligrquicos. Tomados em
conjunto, a oligarquia global e seus assistentes so a classe dominante
do globalismo. Isso inclui os lderes polticos dos Estados Unidos,
alguns dos maiores pases da OTAN, magnatas econmicos e
financeiros, agentes da globalizao que os servem, que compem a
gigantesca rede planetria, na qual os recursos so alocados para aqueles
que so leais ao principal curso dos processos globais, bem como os
fluxos de manipulao da informao, lobby poltico, cultural,
intelectual e ideolgico, a coleta de dados, a infiltrao nas estruturas
dos Estados nacionais, ainda no totalmente privados de soberania, bem
como a corrupo pura e simples, suborno, influncia, as campanhas de
perseguio de indesejados, etc.
Essa rede globalista consiste em vrios andares, incluindo as
misses polticas e diplomticas, bem como as empresas multinacionais
e sua gesto, rede de mdia, o comrcio global e estruturas industriais de
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operao.
A Aliana Revolucionria Global deve estar em todo lugar e em
lugar nenhum. Deve realizar suas aes rebeldes sempre e nunca em um
tempo fixo. A Aliana Revolucionria Global deve aparecer ali mesmo,
onde a oligarquia global menos espera. Nisso a Aliana Revolucionria
Global deve ter uma atuao de vanguarda, para prtica de Budismo Zen
ou jogo vigoroso, para jogar a fundo o fim da humanidade. As regras
desse jogo podem ser facilmente mudadas ao seu desenrolar; os
jogadores podem mudar suas caras, identidades, histria pessoal e outras
caractersticas pessoais (incluindo residncia e documentao).
A Aliana Revolucionria Global deve provocar a falha no
sistema, um curto-circuito no funcionamento da hierarquia global e seu
sistema configurado. impossvel realizar isso de maneira bem
planejada, preparada e modelada; a oligarquia global ir descobrir
imediatamente e tomar medidas preventivas. por isso que devemos
agir com foco na completa imprevisibilidade - combinando aes
hericas pessoais com aes coletivas em todos os segmentos da
realidade.
2. A Aliana Revolucionria Global deve ser deliberadamente
assimtrica que poderia potencialmente tomar parte em estados, foras
sociais, partidos polticos, movimentos, grupos, at indivduos isolados.
Tudo o que se ope realmente ou moderadamente, frontalmente ou
tangencialmente ao poder da oligarquia global deve ser considerado
como territrio da Aliana Revolucionria Global. Esta rea pode ser
condicional ou concreta, nacional ou ciberntica, natural ou em rede.
Se qualquer pas no mundo grande ou pequeno age contra a
dominao global dos Estados Unidos, OTAN, o Ocidente global e
o sistema financeiro liberal global, ento esse estado deve ser
considerado parte da Aliana Revolucionria Global e ser ajudado
de toda maneira, independentemente se compartilhamos dos
valores desse estado, se seus comandantes so atraentes ou
repulsivos, se seu atual sistema justo ou corrupto.
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Nada deve nos impedir de dar suporte a tal estado, como por
toda parte no atual equilbrio mundial da crtica de poderes,
chantagem e demonizao de tal estado no so nada alm de
propaganda difamatria das elites globais, desacreditando seus
oponentes.
A Aliana Revolucionria Global probe categoricamente seus
apoiadores e participantes de qualquer crtica aos regimes
antiamericanos e tambm a tais pases, cujas polticas ao menos diferem
significativamente da estratgia da elite global. Aqueles que
sucumbirem ao truque do sistema mundial de desinformao total e
acreditarem em insinuaes feitas contra tais regimes antiamericanos,
merecem uma censura. No podemos excluir, que se trate de
provocadores procurando dividir os escales da contra-elite. A
observao dessa regra ou sua violao pode ser uma causa provvel
para determinao da adequao ou inadequao dos que pretendem
participar da Aliana Revolucionria Global.
O mesmo princpio aplicvel no caso de avaliar movimentos,
partidos, religies, organizaes polticas e nacionais. No importa
o que eles esto reivindicando, se seus objetivos so bons ou ruins,
se gostamos ou no de seus lderes, se seus valores so claros ou
no, suas atitudes, motivos, objetivos. Importa outra coisa: se eles
lutam contra os Estados Unidos e a oligarquia global, se eles
destroem o sistema existente, ou pelo contrario, o mantm, o
servem e do assistncia ao seu funcionamento. Se o primeiro, so
automaticamente
considerados
elementos
da
Aliana
Revolucionria Global; se o segundo ento caem dentro do
campo do mal do mundo e satlites da oligarquia global; e nesse
caso no devem esperar por misericrdia ou benevolncia.
Sobretudo critrio de orientao sobre a discrdia deve ser
distinguido aqui: ditos movimentos, partidos polticos, grupos
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pode ser desvantajoso para eles (logo para todos ns). Sobre isso,
necessrio apenas avaliar o dano que eles podem causar na prtica
contra a oligarquia global e proceder a partir disto. Um programa
categrico para que eles esto lutando absolutamente irrelevante.
Isso deve ficar conosco e deve ser completamente alheio.
necessrio avaliar essas pessoas por extenso e efetividade de sua
resistncia, sua subversividade, destruio para com o atual status quo.
Se esse nvel bom, eles merecem um total e indubitvel apoio. E
novamente nesse caso deve ser um engano, at mesmo um crime aceitar
informaes detratoras, que so produzidas contra eles pela mdia
oligarca globais e satlites nacionais. Se a oligarquia pe uma pessoa em
particular na lista negra, a Aliana Revolucionria Global deve
simplesmente apoi-la. Na maioria das vezes tudo o que alegado sobre
essa pessoa pode ser uma mentira deliberada do comeo ao fim. Mas
isso no importa se todas as insinuaes globalistas eram verdade, no
muda nada vivemos sob uma lei marcial e o heri aquele capaz de
infligir maior dano ao inimigo, no algum que seja exemplo moral ou
tenha outras qualidades, crucial para a estima social humana em tempos
de paz. Um revolucionrio tem sua prpria moral: a eficcia e sucesso
de sua luta contra o despotismo mundial.
3. Seja qual for os motivos que fazem certos poderes rejeitar o
status quo e desafiar a oligarquia, a globalizao, o liberalismo e os
Estados Unidos, eles devem ser, em todo caso, trazidos aliana. O
resto ser decidido aps a vitria sobre o inimigo e o colapso da nova
Babilnia. Esse o princpio mais importante que deve ser tomado por
base da Aliana Revolucionria Global. A oligarquia global baseia seu
poder no fato de que projetos de foras revolucionrias alternativas
diferem de uma zona para outra, de uma sociedade para outra, de uma
confisso, ou mesmo dentro de linhas confessionais, para outra, de um
partido para outro e finalmente, de um atuante para outro. Essas
contradies de objetivos afrouxam ao mximo a campanha dos
oponentes do status quo e assim, criam condies para exclusiva
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A Viso Eurasianista
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