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17 Roda de Trilhamento PDF

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PAPER

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Title

Trilhamento e eroso de isoladores e pra-raios polimricos

Registration N: (Abstract)

220

Company
Centro de Pesquisas de Energia Eltrica (CEPEL)

Name
Darcy Ramalho de Mello

Authors of the paper


Country
Brasil

darcy@cepel.br

Flvio Bittencourt Barbosa

Brasil

fbb@cepel.br

Jorge Ribeiro de Mendona

Brasil

jribeiro@cepel.br

Jorge Lus de Oliveira

Brasil

jldo@cepel.br

e-mail

Key words
Trilhamento, Eroso, Polimrico. Isolador, Pra-raios, Ensaios

Resumo

Existem trs mtodos para avaliar a capacidade do revestimento polimrico de um isolador de


suportar trilhamento e eroso, que podem expor o ncleo de um isolador s intempries, podendo
causar uma falha. O problema qual mtodo escolher, visto que as normas existentes somente os
apresentam e indicam como execut-los sem informar qual o mais rigoroso.
Este artigo tem como objetivo inicial apresentar os resultados obtidos com a comparao entre os
dois mtodos de ensaio normalizados, considerando os que foram relacionados como os mais rigorosos
em uma pesquisa realizada pela IEC.
Como segundo objetivo, este artigo apresenta os resultados obtidos ao submeter os revestimentos de
pra-raios polimricos aos mesmos ensaios aos quais os isoladores foram submetidos, pois no caso de
dano ao revestimento dos pra-raios polimricos, seus blocos de resistncia varivel ficariam tambm
expostos umidade e acabariam por se danificar e reduzir sua capacidade operacional.
Os resultados obtidos mostraram que o ensaio da roda de trilhamento mais rigoroso tanto para
isoladores polimricos quanto para pra-raios polimricos, com a vantagem de permitir a obteno de
resultados em um intervalo de tempo menor e possuir um custo menor.
Essa informao obtida muito importante, pois serve como orientao aos futuros compradores de
isoladores e pra-raios polimricos que podem solicitar o uso de um mtodo de ensaio confivel, mais
barato e mais rigoroso.
2

Introduo

O trilhamento e a eroso do revestimento de isoladores e pra-raios polimricos, como pode ser visto
na Figura 1, constitui na principal causa de falhas nesses equipamentos. Para avaliar a capacidade de

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suportar trilhamento e eroso as normas tcnicas [1 a 3] tm proposto diversos ensaios: 1000 h, 5000 h
(simulando condies ambientais) e roda de trilhamento.
O ensaio de 5000 h, considerado como a opo mais completa, apresenta diversos inconvenientes
como: complexidade da instalao e do ciclo de ensaio, custo e durao do ensaio. Apesar disso, o
CEPEL realizou, no perodo de 2004 a 2007, este ensaio em diversos isoladores e pra-raios
polimricos, utilizando um ciclo de ensaio adaptado s condies ambientais brasileiras.
A norma IEC 62217 apresentou os ensaios de 1000 h e roda de trilhamento como os mais indicados
na avaliao do trilhamento e eroso e colocou o ensaio de 5000 h como uma opo, alm de modificar
seu arranjo do ensaio e a tenso a ser aplicada.
Com a publicao, pela IEC, do resultado de um enquete mundial sobre os mtodos de ensaio para
trilhamento e eroso, indicando o ensaio da roda de trilhamento como o mais rigoroso, como pode ser
visto na Figura 2, o CEPEL decidiu realizar uma avaliao entre os 2 mtodos de ensaio de trilhamento e
eroso considerados mais severos. O objetivo poder orientar melhor seus clientes, visto a grande
disparidade dos custos dos ensaios e dos tempos de execuo.

Figura 1 Isolador basto polimrico retirado de uma linha de 500 kV

Figura 2 Resultado da
pesquisa realizada pela
IEC

Para realizar este estudo comparativo, isoladores e pra-raios polimricos que haviam sido
submetidos ao ensaio de 5000 h foram submetidos tambm aos ensaios da roda de trilhamento. Os
resultados obtidos confirmaram que o ensaio da roda de trilhamento realmente mais rigoroso que os
demais e, assim sendo, se tornando o mais indicado para avaliar o trilhamento e eroso de
revestimentos polimricos.

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3.1

Arranjo de ensaio
5000 h

O ensaio foi montado em uma cmara com 5,20m x 4,60m x 4,60 m de altura, permitindo a instalao
de 24 isoladores basto polimricos, para 15 kV, e at 63 pra-raios ou isoladores pino/pilar polimricos,
para 15 kV, para serem ensaiados simultaneamente, como pode ser visto na Figura 3.
A norma IEC 61109 de 1992 [1] prev a aplicao das seguintes solicitaes em itens sob ensaio
energizados com a tenso de operao fase-terra, segundo um ciclo de ensaio mostrado na Figura 4.
a) simulao de radiao solar;
b) chuva artificial;
c) calor seco;
d) calor mido (prximo saturao);
e) umidade elevada temperatura ambiente (deve ser obtida a saturao);
f) nvoa de poluio leve.

Como o ciclo normalizado no atendia s caractersticas climticas brasileiras, que possuem maior
incidncia solar, foi utilizado nos ensaios um novo ciclo dirio no qual todas as solicitaes so
aplicadas, mas a durao de cada uma diferente do ciclo normalizado pela IEC 61109 [1]. Os dois
ciclos de ensaio so apresentados na Figura 4.

(a) Para isoladores basto polimricos

(b) Para pra-raios polimricos

Figura 3 Arranjos para o ensaio de 5000 h

(a) Ciclo da IEC

(b) Ciclo adaptado


Figura 4 Ciclos para ensaio de 5000 h

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3.2

Roda de trilhamento

O ensaio foi realizado na mesma sala onde o ensaio de 5000 havia sido montado e a Figura 5 mostra
o arranjo de ensaio para isoladores polimricos e para pra-raios polimricos. Neste ensaio a tenso a
ser aplicada em funo do valor da distncia de escoamento dos itens de ensaio e o ciclo de ensaio
pode ser visto na Figura 6.

(a) Arranjo com isoladores polimricos


(b) Arranjo para pra-raios polimricos
Figura 5 Arranjos para ensaio da roda de trilhamento

Figura 6 Ciclo de ensaio da roda de


trilhamento para isoladores e praraios polimricos.

Resultados obtidos

4.1

Isoladores polimricos
As caractersticas dos isoladores de 15 kV podem ser vistas na Tabela 1.
Tabela 1: Caractersticas principais dos isoladores basto polimricos

Nmero do isolador

Distncia de arco a
seco (mm)

Distncia de
escoamento (mm)

Tenso para a roda de


trilhamento (kV)

260

682

23.,8

240

524

18,3

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Os resultados dos ensaios podem ser vistos nas Figuras 6 e 7 com a seguinte seqncia:
Isolador quando novo
B
Isolador aps o ensaio de 5000 h
Isoladores aps o ensaio da roda de trilhamento (4 isoladores)

A
C

A)

B)

C)

Figura 6 Ensaio no isolador 1

B)

A)

C)

Figura 7 Ensaio no isolador 2


4.2

Pra-raios polimricos

Diversos pra-raios de 12 kV 10 kA foram submetidos ao ensaio de 5000 h, como pode ser visto na
Figura 8. Para o ensaio da roda de trilhamento, o comprimento dos pra-raios ensaiados necessitava de
adaptao ao circuito de ensaio do CEPEL. Devido a isto, decidiu-se utilizar um pra-raios de 24 kV, de
um dos fabricantes submetidos ao ensaio de 5000 h, cujas caractersticas podem ser vistas na Tabela 2,
que se adaptou perfeitamente ao equipamento de ensaio. Os resultados da roda de trilhamento podem
ser vistos na Figura 9.
Tabela 2: Caractersticas principais dos pra-raios polimricos

Pra-raios

Distncia de
escoamento (mm)

Tenso para a roda de


trilhamento (kV)

24 kV

610

17,6

Concluses

A roda de trilhamento o mtodo de ensaio de trilhamento e eroso mais rigoroso tanto para
isoladores polimricos quanto para pra-raios polimricos. Assim sendo devem ser realizadas alteraes
nas normas de pra-raios para incluir este ensaio. A diferena principal est na tenso de ensaio, pois a
roda de trilhamento utiliza um valor de tenso de ensaio proporcional distncia de escoamento do item
sob ensaio. A norma IEC 62217[2] e a verso atualizada da IEC 61109 [3] j trazem esta alterao, mas

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para isso, limitou-se a amostragem de ensaio. Estas alteraes no permitem mais realizar o ensaio de
5000 h com grande nmero de amostras, reduzindo assim a possibilidade de dividir seu elevado custo
entre diversos fabricantes, e tornando mais fcil a opo pelo ensaio da roda de trilhamento.

Antes do ensaio.

Figura 8 Resultado do ensaio de


5000 h.

Depois do ensaio.

Antes do ensaio.
Depois do ensaio.
Figura 9 Resultado do ensaio da roda de trilhamento
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Bibliografia

[1]
IEC 61109, Composite suspension and tension insulators for a.c. overhead lines with a nominal
voltage greater than 1 000 V - Definitions, test methods and acceptance criterion, 1992
[2]
IEC 62217, Polymeric insulators for indoor and outdoor use with a nominal voltage greater than
1 000 V General definitions, test methods and acceptance criterion, 2005
[3]
IEC 61109, Insulators for overhead lines Composite suspension and tension insulators for ac
systems with a nominal voltage greater than 1 000 V - Definitions, test methods and acceptance
criterion, 2008

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