Conexao FMU2 PDF
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Presidente da Mantenedora
Marcelo Cardoso
Reitor
Prof Dr Arthur Roquete de Macedo
Vice-Reitor Executivo
Prof Arthur Sperando de Macedo
Pr-Reitor do Strictu Sensu
Prof Angelo Palmisano
Pr-Reitor de Ensino de Graduao
Prof Luiz Felipe Quel
Pr-Reitoria de Ensino de Graduao
do FIAM-FAAM Centro Universitrio
Prof Paula Katakura
sobre o autor
Rodrigo Mendes
tema 1
Apresentao do contedo:
Mercados Internacionais
Neste tema voc ver alguns conceitos muito importantes presentes
nos mercados internacionais. Comeando com uma descrio histrica
de todo sistema monetrio internacional e sua evoluo, do padro ouro
clssico passando pelo frustrado perodo entre guerras, vendo as principais
caractersticas que compuseram os arranjos monetrios acordados em
Bretton-Woods, e os pontos marcantes do perodo ps Bretton-Woods.
Ver tambm a importncia do mercado financeiro internacional,
bem como seus trs principais mercados, Cmbio, Capitais e Crdito.
O mercado dos ttulos internacionais, utilizado por grandes empresas
privadas em todo o mundo e tambm pelos pases para captar recursos,
com a finalidade de financiar investimentos e cobrir despesas. E por fim o
mercado de euromoedas, tambm conhecido como euromercado, onde
teve seu incio, qual sua importncia e tambm seu funcionamento nos
dias atuais.
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Contedo:
Neste tema, voc estudar:
Evoluo do sistema monetrio Internacional.
Mercado financeiro internacional.
Mercado de ttulos internacionais.
Mercado de euromoedas.
Introduo ao tema:
Voc j percebeu que a articulao entre as economias pelo comrcio, setor financeiro e
produtividade industrial s poderia ocorrer por algo comum (a moeda) que harmonizasse
minimamente as trocas, fazendo surgir, ento, a necessidade de um Sistema Monetrio
Internacional (MARINHO, 2011). A histria do sistema monetrio internacional no fornece
uma receita simples para sua estabilidade. Desde o sculo XIX, o sistema desenvolveuse irregularmente em decorrncia de mudanas nas condies externas e em sua prpria
dinmica interna (EICHENGREEN, 1995). Dessa forma, questiona-se a existncia de um
sistema monetrio internacional plenamente satisfatrio, bem-sucedido ou vivel.
Leitura digital:
1. Evoluo do sistema monetrio Internacional
O sistema monetrio internacional pode ser definido como um conjunto de instituies,
polticas, instrumentos, leis e regras, que tem por finalidade regular todas as atividades
comerciais de carter internacional, ou seja, regula os pagamentos gerados por transaes
comerciais e econmicas entre os pases, visando gerar liquidez monetria e o equilbrio
interno e externo da economia (CORAZZA, 2007; LOPES, 2013).
Ao longo da histria, alguns arranjos monetrios internacionais foram utilizados, cada um com
caractersticas prprias, mas todos sempre visando estabilidade monetria internacional.
Para Eichengreen (1995), em uma perspectiva histrica, pode-se observar certos atributos
comuns nos arranjos monetrios internacionais bem-sucedidos. Todos eles compartilham
trs caractersticas: capacidade de ajustamento de preos relativos, adeso de todos os
participantes a regras monetrias robustas e habilidade para conter presses de mercado.
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Esse arranjo vigorou at 1914, ano em que se iniciou a primeira guerra mundial. Aps esse
perodo outro arranjo monetrio entrou em vigor, conhecido como entre guerras.
1.4 Ps Bretton-Woods
Segundo Eichengreen (1995), trs foram as iniciativas significativas nos arranjos
monetrios internacionais no perodo ps Bretton Woods. Sendo a primeira,
a tentativa frustrada dos pases europeus de estabilizarem a taxa de cmbio
em meados dos anos 1972, estabelecendo a serpente no tnel, que mantinha
as taxas de cmbio dentro de margens de flutuaes predefinidas. A segunda
foram os acordos do Plaza e do Louvre, assinados pelos ministros das finanas
dos pases membros do G-5, que permitiam que as taxas de cmbio dos principais
pases flutuassem livremente entre os anos 1980 e 1985; em 1987, no Louvre,
foram definidas bandas estreitas de flutuaes. E a terceira e de maior relevncia
o Sistema Monetrio Europeu (SME), o qual permitia que as moedas dos pases
membros do Mecanismo Cambial Europeu variassem dentro de uma banda, a qual
poderia ser alterada devido ocorrncia de desequilbrios persistentes.
Prates (2005) ressalta que a globalizao financeira consolidou e constituiu um
desdobramento de tendncias que j existiam no sistema monetrio internacional
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4. Mercado de euromoedas
O mercado de euromoedas pode ser apontado como parte fundamental de todo processo
de internacionalizao dos mercados monetrios e de capitais. Trata-se de um mercado de
depsitos bancrios de curto prazo realizado em dlar americano ou qualquer outra moeda
de fcil converso. composto por transaes bancrias realizadas em moedas diferentes da
moeda local do pas, feitas por bancos internacionais (eurobanks). Por exemplo, um banco
americano pode fazer emprstimos e captaes em eurosterlin enquanto um banco europeu
pode fazer emprstimos e captaes em eurodollar. As operaes de mdio prazo podem
ser chamadas de eurocrdito e as de longo prazo de eurobnus ou euro-obrigaes.
O mercado de euromoedas ou euromercado, segundo Pdua Lima (1985) apud Ungaro (1999),
pode ser definido como:
[...] mercado financeiro internacional, cujo prefixo euro advm do fato de ter-se
iniciado e desenvolvido fundamentalmente na Europa. Posteriormente, suas
operaes estenderam-se para outras partes do mundo, tendo-se mantido,
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Autoavaliao:
Questo 1:
Assinale a alternativa verdadeira:
a) O sistema monetrio internacional regula os pagamentos
gerados por transaes comerciais e econmicas entre
os pases, visando gerar liquidez monetria e apenas o
equilbrio interno da economia dos pases.
b) As caractersticas do sistema monetrio internacional
(SMI) em cada perodo da histria so: a forma da moeda
internacional; o regime de cmbio; e o grau de mobilidade
dos capitais. A dimenso hierrquica desse sistema no
fundamental para o seu funcionamento.
c) Segundo Eichengreen (1995), os arranjos monetrios
internacionais tornam-se frgeis e deficientes na ausncia
de uma ou mais das seguintes caractersticas: capacidade
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Questo 2:
Defina sistema monetrio internacional,
principais caractersticas e classificaes.
suas
Concluso:
Em um mundo cada vez mais globalizado, em que a maioria das transaes realizadas
no mercado financeiro so possivelmente realizadas em mbito internacional, existem
trs condies necessrias para o xito e a sobrevivncia de um sistema monetrio
internacional num mundo cheio de incertezas. Primeiramente, deve haver certa
liberdade para alterar as taxas de cmbio em resposta a distrbios que requeiram ajustes
de preos relativos demasiadamente profundos para serem efetuados por mercados
descentralizados. Segundo, devem-se adotar regras monetrias robustas. E finalmente,
devem-se dispor de mecanismos capazes de conter presses de mercado no caso de
incerteza quanto s regras de poltica econmica que sero adotadas pelas autoridades
(EICHENGREEN, 1995).
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tema 2
Apresentao do contedo:
Globalizao
Internacionais
Financeira
Finanas
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Contedo:
Neste tema, voc estudar:
Globalizao financeira e crescimento de derivativos.
Forward, swaps e taxas de juros de paridade.
A dimenso internacional da estrutura de capital.
Administrao Internacional de working capital.
Introduo ao tema:
Voc j percebeu que os ltimos anos do sculo XX assim como o incio do sculo XXI tm se
apresentado como constituidores de uma nova realidade. Observa-se a constituio de um
mundo sem fronteiras, em que todos os mercados estariam integrados e as relaes entre os
pases estariam intensificadas tanto no que diz respeito ao setor produtivo quanto aos fluxos
comerciais e financeiros (CARCANHOLO, 2002). imprescindvel ressaltar que a globalizao
financeira inscreve-se num processo histrico longo e complexo, sendo suas causas de
diferentes ordens como poltica, demogrfica e tecnolgica.
Leitura Digital :
Globalizao financeira e o crescimento de derivativos, forward, swaps e taxas
de juros de paridade
O termo Globalizao Financeira j foi definido por diversos autores, dentre as definies e
caracterizaes, tem-se:
A globalizao financeira caracterizada como a interao entre a
eliminao dos mercados financeiros locais segmentados (desregulamentao
financeira interna), a interpenetrao dos mercados monetrios e financeiros
nacionais (liberalizao financeira interna), e a integrao destes nos mercados
mundializados (liberalizao financeira externa) (CHESNAIS, 1996, apud
CARCANHOLO, 2002, p. 15).
A globalizao financeira pode ser definida como um processo de interligao dos mercados
de capitais aos nveis nacionais e internacionais, conduzindo ao aparecimento dum mercado
unificado do dinheiro escala planetria (PLIHON, 2007, p. 1).
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Contratos Futuros
Os Contratos Futuros podem ser definidos como o compromisso de compra ou venda de um
ativo, por um preo preestabelecido, em uma data futura especfica. Assim o agente assume
em determinada data uma posio comprada ou vendida e ganhar ou perder com a oscilao
dos preos at a data de vencimento do contrato. Em alguns contratos fica prevista somente
a liquidao financeira, por diferena (MARTINS, 2009).
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Contratos de Opes
Opes so contratos em que um lado adquire direitos, podendo exerc-lo ou
no, e o outro assume compromissos relacionados com os direitos, devendo
cumpri-los caso sejam solicitados. Para equilibrar a situao, a parte que aceita
os compromissos cobra um prmio como recompensa. Da mesma forma que o
mercado de contratos futuros, as operaes so realizadas em prego (TORRES,
2004).
Contratos de Swaps
Os Contratos de Swaps so operaes de balco (no constituem um mercado
organizado com padronizao das operaes e cmaras de compensao)
constitudas de uma compra (venda) casada a uma venda (compra), de forma a
trocar um risco pelo outro (CARCANHOLO, 2002).
A principal funo econmica dos swaps possibilitar a troca de rentabilidade
de valores a receber ou a pagar, embora nem sempre os swaps sejam utilizados
com essa finalidade. Nesta modalidade de derivativos, as contrapartes negociam
diretamente entre si e tm flexibilidade para definir diversas caractersticas da
operao, tais como
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Por meio dessa frmula, a taxa a termo do marco alemo por dlar uma funo do valor
do marco-dlar spot e do diferencial de juros entre Estados Unidos e Alemanha. De acordo
com a equao, o valor do dlar-marco de um ano deveria ser 1,7657 DM/US$ quando a taxa
de cmbio vista for 1,80 DM/US$ e a taxa de juros dos Estados Unidos e Alemanha forem,
respectivamente, 5% e 3% a.a.
Chaia e Fam (2001) ainda afirmam que a Teoria da Paridade da Taxa de Juros pode ser dividida
em duas vertentes, em funo da averso ao risco de mercado de seus participantes, sendo
a primeira vertente a Paridade da Taxa de Juros Coberta e, a segunda, a Descoberta. A Teoria
da Paridade da Taxa de Juros Coberta pode ser definida por meio da anlise de uma operao
financeira no arbitrada. J a Teoria da Paridade da Taxa de Juros Descoberta considera que,
no momento da definio da taxa de cmbio futura, s existe um conjunto de informaes
disponveis para anlise, e com base nele os agentes econmicos fazem as projees sobre o
valor do cmbio. Ao longo do tempo, novas informaes so agregadas s projees, fazendo
com que o cmbio no futuro altere seu valor (CHAIA e FAM, 2001).
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aos seus ativos totais apresentam maior nvel de endividamento; lucratividade - empresas
mais lucrativas possuem um ndice de endividamento menor; valor de mercado sobre valor
contbil - empresas com alto valor de mercado em relao ao valor contbil possuem menor
nvel de endividamento.
Myers (1984) apud Santos, Junior, Cicconi (2009) apresenta duas correntes tericas relacionadas
definio da estrutura de capital das empresas: a Static Tradeof Theory e a Pecking Order
Theory (ou hierarquizao). Sinteticamente, a primeira compreende que as empresas devem
buscar uma estrutura de capital tima que maximize os benefcios e minimize os custos do
endividamento. J a segunda, defende a no existncia de uma estrutura-meta de capital,
propondo a hierarquizao das fontes de financiamento, ou seja, assume-se que h preferncia
para uso de uma fonte em relao outra. O Pecking Order pode ser sustentado pela teoria
das informaes assimtricas, que defende a existncia de assimetria entre as informaes de
posse dos gestores (insiders) e aquelas disponveis ao mercado.
Em mbito internacional, o estudo de Wald (1999) apud Ceretta (2009) verificou que h
diferenas nos fatores institucionais que influenciam no endividamento conforme o pas
analisado, a partir de dados de empresas da Frana, Alemanha, Japo, Reino Unido e Estados
Unidos. Essas diferenas esto na correlao entre dvida de longo prazo e o risco do
negcio, lucratividade, tamanho e crescimento. Apesar dessas diferenas, o autor identificou
similaridades no que se refere aos fatores especficos das empresas em relao ao nvel de
endividamento (CERETTA et al., 2009, p. 16).
A dimenso internacional da estrutura de capital deve-se a globalizao financeira, a qual
permite que as organizaes tenham emprstimos com terceiros efetuados no exterior e
tambm suas prprias aes negociadas em bolsas de valores em diversos polos econmicos
pelo mundo.
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Leia o texto: ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administrao do Capital de Giro. So Paulo:
Atlas, 1997.
Leia o artigo: FAM. R.; GRAVA, J.W. Teoria da estrutura de capital as discusses persistem.
Caderno de Pesquisas em Administrao, So Paulo, v. 11, n. 11, 1 trim. 2000. Disponvel em:
<www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/c11-art04.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2013.
Leia o artigo: CARCANHOLO, M. D. Abertura Externa e Liberalizao Financeira: os impactos
sobre crescimento e distribuio no Brasil dos anos 90. Tese (Doutorado). Cincias Jurdicas e
Econmicas - Instituto de Economia. Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2002. Disponvel
em: <www.eumed.net/tesis-doctorales/mdc/cap1.doc>. Acesso em: 19 mar. 2013.
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Questo 1:
Segundo o estudo do Group of Thirty (1993), A exploso de
derivativos pode ser explicada por quatro fatores principais.
Assinale a alternativa incorreta:
a) A capacidade de reduzir custos de financiamento e fornecer
ganhos por meio da arbitragem (principal fator no crescimento
inicial dos derivativos globais, especialmente no swap de
taxas de juros e de cmbio).
b) A escolha de um nvel timo de endividamento, ou seja, de
uma estrutura de capital que ir maximizar o valor de mercado
da empresa de difcil alcance.
c) A prpria instabilidade de taxas de juros e de cmbio, elevando
a demanda por produtos que permitissem a gesto de riscos
de mercado (preos).
d) Em relao oferta dos produtos, custos decrescentes na
implementao de estratgias de arbitragem e de cobertura
de riscos, a partir da desregulamentao financeira e dos
avanos nas tecnologias de comunicao e processamento
de informaes.
e) O desenvolvimento de modelos de valorao de derivativos,
os quais permitiram aos participantes estabelecer convenes
quanto a medir, aprear e gerir riscos.
Questo 2:
Quando se deu o incio da Globalizao Financeira para os
historiadores e para os economistas?
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Concluso:
A globalizao financeira um processo que vem evoluindo h sculos e
certamente tem muito a ser desenvolvido. As constantes inovaes tecnolgicas
na rea de comunicaes facilitam cada vez mais o desenrolar das transaes
financeiras internacionalmente. Essas evolues e as constantes mudanas
nas economias dos pases criam tambm a necessidade de novos produtos no
mercado financeiros, como por exemplo, derivativos. As empresas por sua vez
buscam otimizar seus recursos financeiros na busca de uma estrutura de capital
tima e procurando gerir de forma eficiente seu capital de giro (working capital).
Referncias:
BATISTA, A. F. et al. Estrutura de Capital: Uma estratgia para o
endividamento ideal ou possvel. XXV Encontro Nac. de Eng. de
Produo Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out.- 01 de Nov. 2005. Disponvel
em: < www.abepro.org.brbibliotecaENEGEP2005_Enegep0305_0222.
pdf >. Acesso em: 17 mar. 2013.
CANUTO, O; LIMA, G. T. Desdobramentos da Globalizao Financeira:
regulao substantiva e procedimental. Texto para Discusso. IE/
UNICAMP n. 76, jul. 1999.
CARCANHOLO, M. D. Captulo 1 - Abertura externa: liberalizao
financeira externa e abertura comercial. In: CARCANHOLO, M. D.
Abertura Externa e Liberalizao Financeira: os impactos sobre
crescimento e distribuio no Brasil dos anos 90. 2002. Tese (Doutorado)
- Cincias Jurdicas e Econmicas, Instituto de Economia, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2002. Disponvel em: <www.
eumed.net/tesis-doctorales/mdc/cap1.doc>. Acesso em: 19 mar. 2013.
CARPINTRO, J. N. C. O capital de giro no investimento e financiamento
das empresas: uma aplicao no segmento das maiores empresas
do Brasil (1980-1987). 1991. Dissertao (Mestrado) - Instituto de
Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1991.
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tema 3
Apresentao do contedo:
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Contedo:
Neste tema, voc estudar:
Risco e exposio contbil.
Administrando o risco cambial.
Riscos Internacionais e custo de capital.
Fluxos internos e multinacionais.
Introduo ao tema:
Voc j percebeu que em momentos de instabilidade econmica, os investidores devem analisar
mais criteriosamente as variveis que afetam os resultados das companhias e as providncias
que elas esto tomando para se proteger contra as eventualidades que podem atingir seus
negcios, sendo o risco cambial uma dos que as deixam mais suscetveis (STUHLBERGER,
2011). Para gerenciar esses riscos cambiais a ferramenta mais utilizada o hedge, que permite
a empresa fixar hoje o valor em moeda local de um montante que ela tenha a pagar ou a
receber em moeda estrangeira numa data futura.
Leitura Digital :
Riscos cambiais
A globalizao fez com que a atuao das empresas no mercado exterior se tornasse uma
realidade para uma gama muito maior de companhias. Em contrapartida, ao abrirem-se para
o comrcio exterior essas companhias se expe a um risco inerente a esse tipo de operao:
o risco da variao cambial. O cenrio de flutuao de cmbio mudou principalmente depois
de 1973 quando o regime cambial fixo (dlar fixado ao ouro) passou a no ser mais sustentvel
e as taxas de cmbio passaram a flutuar frente ao padro ouro (HEININGER; SOUSA, 2009).
Segundo Eiteman, Stonehill e Moffett (2001) o efeito da variao cambial nas empresas
pode ser medido de vrias maneiras, sendo os trs tipos principais de exposio cambial: de
transao, operacional e contbil, conforme o quadro.
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Autoavaliao:
Questo 1:
O risco de transao mensura ganhos e perdas provenientes da
liquidao de obrigaes financeiras existentes, cujos termos
so estabelecidos em moeda estrangeira. Segundo Souza
(2008), a exposio de transao surge de:
Assinale a alternativa incorreta:
a) Compra de bens ou servios e emprstimos e financiamentos
feitos em moeda local.
b) Compra ou venda de bens ou servios a crdito quando os
preos so estabelecidos em moeda estrangeira.
c) Emprstimos ou financiamentos quando for denominada em
moeda estrangeira.
d) Ser uma contraparte de um contrato de cmbio a termo em
aberto.
e) Compra de ativos ou contrao de passivos denominados em
moedas estrangeiras.
Questo 2:
Segundo Stuhlberger (2011), quais so as duas formas das
empresas se protegerem dos riscos da variao cambial?
Discorra a respeito de cada um deles.
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Referncias:
CASTRO, A. S.R. As empresas e a crise. 2010. 70p. (Monografia)
Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 2010. Disponvel em: <www.bibliotecadigital.unicamp.
br/document/>. Acesso em: 25 mar. 2013.
EITEMAN, D. K.; STONEHILL, A. I.; MOFFETT, M. H. Administrao
Financeira Internacional. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
HEININGER, M.; SOUSA, A. F. Minimizao de Riscos Cambiais
por Pequenas e Mdias Empresas Nacionais. So Paulo, 2009.
Disponvel
em:
<http://www.ead.fea.usp.br/tcc/trabalhos/
Ruy%20Leme%202009/Marilia%20Heininger%20-%20Artigo.
pdf>. Acesso em: 24 mar. 2013.
KAUFMANN, C.; FAM, R. Anlise comparativa de alternativas
de proteo cambial utilizando instrumentos derivativos. In: I
SEMEAD JR. Departamento de Administrao. Faculdade de
Economia, Administrao e Contabilidade, Universidade de So
Paulo, So Paulo, 1999. Disponvel em: <http://www.ead.fea.usp.
br/semead/4semead/1SemeadJr/artigos/Kaufmann_e_Fam%E1.
pdf >. Acesso em: 25 mar. 2013.
NETO, A. A.; LIMA, F. G.; ARAJO, A. M. P. Uma proposta
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Questo 2
O sistema monetrio internacional pode ser definido como um conjunto de
instituies, polticas, instrumentos, leis e regras, que tem por finalidade regular
todas as atividades comerciais de carter internacional, ou seja, regula os pagamentos
gerados por transaes comerciais e econmicas entre os pases, visando gerar
liquidez monetria e o equilbrio interno e externo da economia (CORAZZA, 2007;
LOPES, 2013).
tema2
Questo2
b) A escolha de um nvel timo de endividamento, ou seja, de uma
estrutura de capital que ir maximizar o valor de mercado da empresa
de difcil alcance.
Questo2
Historiadores situam a origem do processo de globalizao no sculo
XVI, referindo-se a intensificao das trocas entre Europa com as
duas grandes civilizaes dessa poca, o mundo rabe e a China.
J para muitos economistas, o primeiro marco da globalizao
econmica e financeira situa-se no sculo XIX, quando se observa
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tema3
Questo1
a) Compra de bens ou servios e emprstimos e financiamentos
feitos em moeda local.
Questo 2
Segundo Stuhlberger (2011), essencial considerar de que forma
a empresa est se protegendo do risco cambial, seja por meio da
prtica do hedge ou da diversificao de seu portflio.
O hedge um mecanismo pelo qual a companhia pode fixar hoje o
valor em moeda local de um montante que ela tenha a pagar ou a
receber em moeda estrangeira numa data futura. Essa proteo pode
ser realizada por meio de operaes no mercado futuro, de opes
ou de swap. Contudo, as empresas devem tomar muito cuidado
para no fazerem apostas erradas em relao direo da cotao
do cmbio, de forma que elas estariam melhor caso no tivessem
realizado o hedge (STUHLBERGER, 2011).
Outro mtodo para uma empresa diminuir sua exposio cambial
a diversificao. Ao correr o risco de diversas moedas ao mesmo
tempo, a companhia deixa de estar exposta a uma nica moeda,
e seu valor fica menos sensvel s flutuaes nas taxas e cmbio
(STUHLBERGER, 2011).
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