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Mercado Financeiro

Mundial e Brasileiro
Tema 02 – Sistema Monetário e
Financeiro Internacional
Bloco 1: sistema monetário internacional e o sistema
Bretton Woods
Tânia Gofredo
Sistema monetário internacional

• Conceito:
É a estrutura, regras e procedimentos institucionais pelos quais uma moeda nacional é
trocada por outra.

• Principal objetivo:
Reduzir o desequilíbrio do balanço de pagamentos das nações.

• Como:
Adoção de regime cambial adequado para ajuste do déficit e superávit do balanço de
pagamentos para que se garanta risco baixo para o sistema financeiro global e não
provoque uma crise de liquidez.
Sistema monetário internacional

• Balanço de pagamentos:
Registro contábil que tem como principal objetivo medir as transações internacionais
entre países. Esse balanço diz respeito a geração de déficits ou superávits a partir das
transações comerciais e financeiras.
Sistema Bretton Woods

Iniciativa e motivação para a criação do Sistema Bretton Woods

• Ao final da Segunda Guerra Mundial, em julho de 1944 ocorreu a Conferência


Monetária e Financeira das Nações Unidas, em Bretton Woods (New Hampshire,
EUA) com representantes de 44 países, cuja proposta foi planejar a estabilização da
economia internacional e das moedas nacionais prejudicadas pela Segunda
Guerra Mundial.
• Essa conferência decidiu pela criação de instituições e normas cujo objetivo foi gerir
a economia mundial por meio da redução de tensões e estímulo ao comércio e ao
desenvolvimento.
• Entre essas instituições estavam o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Mundial.
Sistema Bretton Woods

O que é o sistema e o que contempla:


• O sistema se constitui em um regime cambial em que o dólar norte-americano foi
definido como um mecanismo de ajuste para as transações comerciais e
financeiras mundiais, em que a paridade das moedas dos países estava atrelada ao
dólar norte- americano e eram ajustadas ao longo do tempo.
• Operacionalização: o sistema vinculou o valor do dólar norte-americano a um valor
prefixado de ouro, ou seja, a uma taxa de US$ 35 a onça (equivalente a US$ 1 norte-
americano). Na prática, o dólar, então, oscilava de acordo com o valor do ouro e
todos os demais países passaram a definir o valor de suas moedas em termos de
dólar, como uma espécie de taxa de câmbio fixa e moedas dolarizadas.
• O dólar, nesse processo, era considerado reserva de valor.
• Período de duração: se manteve vigente de 1944 à 1960 (quase três décadas).
Sistema Bretton Woods

Fim do sistema Bretton Woods:


• O comércio passou a crescer rapidamente, e se supunha que o desequilíbrio de
pagamentos também cresceria. Existia-se uma necessidade crescente de reservas
para financiar os déficits do balanço de pagamentos.
• Enquanto o comércio mundial crescia em 1960 a uma taxa de 7% ao ano, a oferta
mundial de ouro crescia entre 1% e 1,5% ao ano. Com isso, a confiança das reservas
de ouro que dava lastro ao dólar norte-americano foi impactada.
• Geração de dúvidas quanto a capacidade do sistema em garantir a liquidez
internacional em dólares e adequação das reservas.
• A partir de todos os problemas, o sistema Bretton Woods passou a se desintegrar
gradualmente, chegando em sua ruptura em meados de 1971.
Mercado Financeiro
Mundial e Brasileiro
Tema 02 – Sistema Monetário e
Financeiro Internacional
Bloco 2: o sistema monetário vigente e o sistema
financeiro internacional
Tânia Gofredo
Sistema monetário vigente

• Após o fim do sistema Bretton Woods, não existe mais um sistema monetário
internacional ao qual os países devam submeter-se.
• Com o colapso de Bretton Woods, praticamente todas as principais moedas
começaram a ser livremente comercializadas nos mercados mundiais, e seu valor,
a flutuar de acordo com as forças de oferta e demanda. O preço oficial do ouro foi
formalmente abolido, e os governos passaram a ter livre escolha quanto ao tipo de
sistema cambial que melhor atendesse às suas próprias necessidades.
• Os países eram incitados a seguir políticas econômicas domésticas que
sustentassem a estabilidade de sua moeda em relação às demais.
• Esse processo de adoção do sistema de câmbio flutuante a partir da segunda
metade dos anos de 1970 registrou, cronologicamente, episódios importantes e
fundamentais para o estabelecimento gradativo de um novo modelo de sistema
monetário internacional ao longo dos últimos 40 anos.
Sistema monetário vigente

Arranjos cambiais:
• FMI em 1978, por meio de artigos, instituiu, os arranjos cambiais para atender a
esse novo modelo de adoção de regime cambial.
• Os países-membros do FMI escolheram esses arranjos cambiais embasados em sua
situação econômica vigente, de forma que esse arranjo escolhido tivesse estrutura
macroeconômica que garantisse sua operacionalidade.
• Há nuances nas definições desses arranjos, no entanto, basicamente os dois tipos
principais de administração de câmbio são: flutuante e fixo.
• Sistema cambial flutuante: o valor da moeda flutua de acordo com as forças de
mercado (oferta e demanda da moeda).
• Sistema cambial fixo: o valor da moeda é definido pelas autoridades monetárias do
país.
Sistema monetário vigente

Arranjos cambiais:
• A considerar as nuances e o entendimento do que embasa o regime cambial
vigente, ou seja, sistema cambial flutuante e sistema cambial fixo, os arranjos
cambiais tem uma classificação e definição específica para cada regime adotado.
Vide quadro no material de leitura.
• 98 membros do FMI, ou seja, 52% do número total, adotam regimes cambiais fixos,
respeitando suas nuances de classificação. A principal característica desse grupo
que adotou essa rigidez em relação à sua moeda, é a composição por pequenos
países e em desenvolvimento, pois para eles é interessante adotar esse regime,
pois podem atrelar suas moedas à de importantes parceiros comerciais.
Sistema monetário vigente

Arranjos cambiais:
• Portanto, não se pode afirmar que a economia mundial utiliza o regime de câmbio
flutuante.
• Há vantagens e desvantagens na adoção da taxa de câmbio flutuante ou fixa e que
não há um modelo único que sirva para todos.
Sistema financeiro internacional

• Vem crescendo substancialmente em termos de volume e de estrutura.


• Fundamento muito eficiente, estável e competitivo.
• Composto de atividades desenvolvidas pelas empresas, pelas instituições
financeiras (bancárias e não bancárias) e/ou instituições que de alguma forma
estejam envolvidas com regimes cambiais ou investimentos, inclusive os governos.
• Tem uma forte relação com os mercados financeiros nacionais e que sua expansão
tem como principal responsável a globalização financeira acelerada a partir do
avanço tecnológico iniciado na década de 1970.
• Abertura na década de 1990 de alguns mercados que contribuíram sobremaneira
para o aumento dos volumes, por exemplo: a abertura dos mercados da antiga
União Soviética, China e vários países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Sistema financeiro internacional

• A abertura das economias e o avanço tecnológico potencializou o aumento do fluxo


de investimentos, tanto em mercado de capitais, por meio de portfólios de fundos
de pensão, fundos mútuos ou seguros, assim como em investimentos diretos
estrangeiros, conhecidos como IDE. Exemplo: a Coca-Cola investe em novas
unidades de produção em outros países visando atender a um determinado
mercado, estimulada pelo baixo custo de mão de obra ou de logística.
• Essa movimentação é suportada por diversos participantes, objetivando garantir a
estabilidade financeira mundial.
• Além das empresas que são os principais participantes, têm-se o Fundo Monetário
Internacional (FMI), o Banco Mundial, os Bancos Centrais, Bancos Comerciais e
Bolsas de Valores.

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