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Manual Dengue Web

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Manual Tcnico

Padronizao das aes para


controle vetorial da dengue
desenvolvidas no municpio de
Belo Horizonte

EXPEDIENTE
Comisso organizadora
Anna Paula Menezes Vianna de Assis Gerncia Distrital de Controle de Zoonoses (GERCZO) - Oeste
Aparecida Campos Vieira Gerncia Distrital de Controle de Zoonoses (GERCZO) - Pampulha
Daniela Lage Pereira Carvalho Gerncia Distrital de Controle de Zoonoses (GERCZO) - Venda Nova
Denise Ribeiro Mesquita Gerncia de Controle de Zoononses (GECOZ) - SMSA
Fernanda Carvalho de Menezes Gerncia de Controle de Zoononses (GECOZ) - SMSA
Ione Oliveira Costa Gerncia de Controle de Zoononses (GECOZ) - SMSA
Jeane Cristina Menezes Alves Gerncia Distrital de Controle de Zoonoses (GERCZO) - Leste
Magda de Miranda Ladeira Gerncia de Controle de Zoononses (GECOZ) - SMSA
Rodneia Nogueira Duarte Gerncia Distrital de Controle de Zoonoses (GERCZO) - Oeste
Silvana Tecles Brando Gerente de Controle de Zoononses (GECOZ) - SMSA

Programao da oficina
Padronizao das aes para controle vetorial da dengue desenvolvidas no municpio de Belo Horizonte
Pblico: Tcnicos e Coordenadores da Gerncia de Controle de Zoonoses
Perodo: 17 a 21 de dezembro de 2007
Horrio: Turma manh: 08:00 s 12:00
Turma tarde: 13:00 s 17:00
Carga horria total: 20 horas
Nmero de participantes: 80
Local: Centro de Educao em Sade
Rua Frederico Bracher Jnior, n103 - Bairro Padre Eustquio.
Justificativa: tendo em vista o nmero de tcnicos incorporados recentemente na Gerncia de Controle de Zoonoses/Gecoz, a situao epidemiolgica histrica da dengue no municpio e a necessidade de padronizao das
aes de campo entre as regionais, faz-se necessrio uma capacitao para todos os tcnicos superiores de sade e
coordenadores que compem o quadro de profissionais que coordenam as aes do programa de controle da dengue do municpio.
Objetivo: discusso e padronizao das aes de controle da dengue em Belo Horizonte com adequao do Manual de Operaes de Campo/MS.

Temas:
01 - Apresentao do Plano Nacional
de Controle da Dengue PNCD
Programa de Erradicao do Aedes aegypti - PEAa,
Plano Nacional de Controle da Dengue - PNCD
e seus componentes, metas e objetivos
Plano de Intensificao da RMBH Regio Metropolitana de Belo Horizonte

Palestrante: Silvana Tecles Brando
Gerente GECOZ / SMSA
02 - Discusses em grupos das atribuies
segundo as categorias:
Tcnico Superior de Sade (bilogos e veterinrios);
Coordenador de Servio de Controle Zoonoses;
Agente de Combate a Endemias - ACE I-II, Agente Sanitrio, Encarregado de Servio de Controle de Zoonoses.
Palestrante: Anna Paula Menezes Vianna de Assis
GERCZO/Oeste

3 - Apresentao dos materiais usados em campo e formulrios


Como e quando us-los.
Palestrante: Aparecida Campos Vieira
GERCZO/Pampulha
4 - Apresentao das atividades de campo Pesquisa Entomolgica
Levantamento de ndice LIRAa (ndice de infestao
predial, ndice de Breteau, ndice de recepiente);
ndice de pontos estratgicos (PE);
Pesquisa Vetorial Especial (PVE);
Ovitrampas (instrues de instalao e planilha de
acompanhamento);
Palestrante: Jeane Cristina Menezes Alves
GERCZO/Leste

5 - Tipos de tratamento:
Focal
Perifocal
Espacial
Palestrante: Daniela Lage Pereira Carvalho
GERCZO/Venda Nova
6 - Superviso, visita e abordagem
Importncia e qualidade
Padronizao da tcnica de visita e da abordagem
Palestrante: Daniela Lage Pereira Carvalho
GERCZO/Venda Nova
7 - Ponto Estratgico - PE
Definio de critrios para
classificao de imveis como PE;
Padronizao de formulrio para acompanhamento de PE
Palestrante: Rodneia Nogueira Duarte GERCZO/Oeste
8 - Educao em Sade
Educao em sade como prtica da visita domiciliar;
Educao em sade junto s escolas e comunidades;
Educao em sade em massa;
Palestrante: Marcelo Arajo Campos
Mdico Epidemiologista
9 - Bloqueio de Transmisso
Por que no fazer?
Por que fazer?
Palestrante: Jos Eduardo Marques Pessanha
GECOZ/ SMSA
10 - Tipos de criadouros
Definio dos depsitos na lista do Sistema de Controle de Zoonoses (SCZOO) e tipos;
Definio de condutas para os principais depsitos:
controle mecnico: eliminao / remoo, lavagem,
uso de areia, borra de caf, acondicionamento;
Tratamento seletivo;
Depsitos suspensos (laje, calha, caixa dgua);
Vistoria e marcao de caixas dgua;
Depsitos naturais: uso de peixes e outros
predadores de larvas;
Lista de criadouros do LIRAa.
Palestrante: Magda de Miranda Ladeira
GECOZ/SMSA
11 - Reconhecimento Geogrfico (RG)/croqui
(confeco de utilizao)
Atividade em grupo: apresentao de zoneamento,
RG (enfatizando a contagem de imveis verticais, imveis em reas de vilas, imveis atpicos).

Demonstrao de rea zoneada com integrao junto


ao Programa de Sade da Famlia (PSF).
Palestrante: Fernanda Carvalho de Menezes
GECOZ/SMSA
12 - Planejamento, acompanhamento e
avaliao das atividades de campo
Indicadores epidemiolgicos
indicadores operacionais
Relatrios SCZOO
Palestrante: Denise Ribeiro Mesquita
GECOZ/SMSA
13 - Pactuao de metas para 2008
14 - Dinmica de encerramento
15 - Avaliao por escrito
Participantes da Oficina:
Arlene Pereira Pinho GERCZO/Centro Sul
Antonio Eustquio Ferreira Figueiredo GERCZO/Oeste
Amanda de Castro e Silva GERCZO/Oeste
Ana Carolina Dias Bocewicz GERCZO/Venda Nova
Ana Elisa Lobato Campos GERCZO/Centro Sul
Andreia Vieira Gonalves GERCZO/Noroeste
Angela Guimares Pinto Dias GERCZO/Nordeste
Ana Carolina Rabelo Xavier GERCZO/Oeste
Bencio Rodrigues Pereira GERCZO/Centro Sul
Clomar Ribeiro da Luz GERCZO/Norte
Danielle Ferreira de Guimares GERCZO/Noroeste
Danielle Foureaux Alves GERCZO/Centro Sul
Denilson Eduardo da Silva Cunha GERCZO/Nordeste
Denise Maria dos Santos GERCZO/Barreiro
Diogo Portella Ornelas de Melo GERCZO/Norte
Diva Rosana Fiorini de Aguiar GERCZO/Norte
Eduardo Rosa da Costa Gerncia Regional de Sade
Eduardo Viana Vieira Gusmo GERCZO/Nordeste
Etiene Andrade Vilela dos Santos GERCZO/Leste
Fbio Salomo de Oliveira GERCZO/ Barreiro
Francis Veber Viana Lima. GERCZO/Barreiro
Geane Peroni Brando GERCZO/Noroeste
Geicimar Gonalves GERCZO/Noroeste
Hugo Pereira Filho GRS/MG
Ivan Casas Rocha GERCZO/Norte
Ivan Vieira Sonoda LZOON
Jacqueline Reis Cunha Marinho GERCZO/Leste
Joana Darc Brasilina Fuchs GERCZO/Barreiro
Jos Carlos Nascimento LZOON
Kelly Palhares Bastos GERCZO/Noroeste
Lara Saraiva GERCZO/Venda Nova
Luciane Ftima Senra Soares Carneiro GERCZO/Leste

Luciane Rodrigues Coutinho GERCZO/Pampulha


Luiz Antnio Santa Ceclia Simes GERCZO/Centro Sul
Luiza Santos Neto GERCZO/Norte
Marcelo Guimares Soares GERCZO/Leste
Marco Tlio de Oliveira GERCZO/Barreiro
Maria Cristina Viana de Camargos GERCZO/Oeste
Marilene Diniz Gonalves Xisto GERCZO/ Leste
Marlia Dias de Paula GERCZO/Nordeste
Marina Imaculada F. Caldeira GERCZO/Barreiro
Marina Pinto Coelho Lameiras GERCZO/Noroeste
Mrian Mundim da Mota Brando GERCZO/Nordeste
Mrio Henrique de Marco Rocha GERCZO/Barreiro
Mnica Guerra Maia GERCZO/Noroeste
Renata Franco Viana Novaes GERCZO/Oeste
Renato Martins Duarte GERCZO/Nordeste
Roane Pena Viegas GERCZO/Oeste
Ronaldo Assuno da Costa GERCZO/Norte
Srgio Leo Magalhes GERCZO/Noroeste
Simone Aparecida Abreu GERCZO/Norte
Terezinha Alice de Souza GERCZO/Norte
Terezinha Maria Barbosa de Almeida GERCZO/Nordeste
Valquiria Gontijo Parreira GERCZO/Nordeste
Vivian Teixeira Fraiha GERCZO/Pampulha
Waldersson Santana GERCZO/Pampulha
Waldenia Martins de Oliveira Caldeira GERCZO/Pampulha
Wellen Moreira Nascimento Simes GERCZO/Norte

Reviso de texto
Maria da Consolao Magalhes Cunha GECOZ/SMSA
Projeto grfico e diagramao
Gerencia de Comunicao Social
Impresso
Grfica Daliana Ltda
Fotos
Fernanda Carvalho de Menezes - GECOZ/SMSA
Cristiano Fernandes da Costa - GERCZO/PAMPULHA

Secretaria Municipal de Sade - SMSA


Gerncia de Vigilncia em Sade e Informao - GVSI
Gerncia de Controle de Zoonoses - GECOZ
Ano 2009

agradecimento

A tarefa de organizar uma oficina de padronizao do processo de trabalho no foi fcil, principalmente encontrar uma forma clara e objetiva de lidar com educao em sade, assunto aparentemente simples, mas que requer sutileza no fazer. Para a equipe de controle de zoonoses da
Secretaria Municipal de Sade da Prefeitura de Belo Horizonte (SMSA/PBH) que vive, como outros
profissionais de sade, um processo de educar sem saber dimensionar os resultados, no estava
assegurado, nesta oficina, atingir o objetivo de tocar em pensamentos, inseguranas e frustraes
e refazer procedimentos.
At que surgiu o nome de Marcelo Arajo Campos, mdico epidemiologista, que se disps a refletir com o grupo, procurando associar as tcnicas da educao s nossas diversas realidades, como
na prtica da visita domiciliar, junto comunidade, Unidades Bsicas de Sade e Distritos.

Ao Dr. Marcelo Campos, os nossos agradecimentos, por sua contribuio.

Apresentao

com grande satisfao que a Gerncia de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte apresenta aos seus profissionais o Manual Tcnico Padronizao das aes
para o controle vetorial da dengue desenvolvidas no municpio, produto da oficina realizada em
2007, resultado do esforo e dedicao dos tcnicos, coordenadores e gerentes que compe toda
a equipe.
Este trabalho tem como objetivo padronizar as aes de campo realizadas no cotidiano, mas em
momento algum se prope a limitar iniciativas adequadas s realidades locais.
A elaborao deste Manual vm de encontro ao anseio desta Gerncia, tendo em vista a dimenso
do trabalho - mais de 3.500.00 vistorias realizadas por ano - e a crescente necessidade de aprimorar, qualificar e orientar os profissionais do controle de zoonoses.
Portanto, esperamos que este material seja amplamente divulgado e utilizado, cumprindo assim
seu papel, colaborando de maneira importante na obteno de resultados cada vez melhores na
preveno da dengue no nosso municpio.

Silvana Tecles Brando


Gerente de Controle de Zoonoses

Sumrio
Histrico da epidemia de dengue em Belo Horizonte........................................................................ 9
1 Noes sobre a transmisso..................................................................................................... 10
1.1 Dengue........................................................................................................................... 10
1.2 Transmisso .................................................................................................................... 10
1.3 Susceptibilidade ............................................................................................................. 10
1.4 Imunidade ...................................................................................................................... 10
1.5 O vetor - Aedes aegypti .................................................................................................. 10
2 Organizao das operaes de campo...................................................................................... 11
2.1 Atribuies segundo as categorias................................................................................... 12
2.2 Reconhecimento geogrfico - RG.................................................................................... 17
2.2.1 Passos para elaborao do reconhecimento geogrfico................................................. 18
2.2.2 Classificao do quarteiro........................................................................................... 18
2.2.3 Marcao do quarteiro............................................................................................... 19
2.2.4 Numerao dos quarteires.......................................................................................... 19
2.3 Tipos de imveis.............................................................................................................. 19
2.3.1 PC e PR (prdio comercial e prdio residencial).............................................................. 19
2.4 Quarteires concludos e no concludos......................................................................... 19
2.5 Vistorias em imveis verticais........................................................................................... 19
2.6 Atualizao de mapas e croquis....................................................................................... 20
2.7 Ficha de visita domiciliar (anexo I).................................................................................... 20
2.8 Formulrio padronizado de RG (anexo II)......................................................................... 20
3 Atividades de controle da dengue............................................................................................ 20
3.1 Pesquisa entomolgica.................................................................................................... 21
3.1.1 Levantamento de ndice rpido de infestao por Aedes aegypti (LIRAa)....................... 21
3.1.2 Pontos estratgicos....................................................................................................... 21
3.1.3 Pesquisa vetorial especial - PVE..................................................................................... 22
3.1.4 Ovitrampa.................................................................................................................... 23
3.2 Tratamento focal............................................................................................................. 23
3.2.1 Padronizao para cada tipo de criadouro..................................................................... 24
3.3 Tratamento perifocal........................................................................................................ 27
3.4 Tratamento a ultra baixo volume - UBV............................................................................ 27
3.4.1 UBV costal motorizado................................................................................................. 27
3.4.2 UBV pesado.................................................................................................................. 27
3.5 Bloqueio de transmisso.................................................................................................. 27
4 Padronizao dos materiais de campo...................................................................................... 28
5 Acompanhamentos das atividades de campo........................................................................... 29
5.1 Superviso....................................................................................................................... 29
5.2 Tipos de superviso......................................................................................................... 30
5.3 Tcnica de visita............................................................................................................... 30
5.4 Registros importantes no ponto de apoio........................................................................ 30
5.5 Pastas de coordenao e do ponto de apoio.................................................................... 30
5.5.1 - Caracterizao do Distrito Sanitrio............................................................................... 31
5.5.2 - Organizao territorial................................................................................................... 31
5.5.3 - Controle do vetor.......................................................................................................... 31
5.5.4 - rea de abrangncia..................................................................................................... 31
6 Planejar, acompanhar e avaliar as atividades de campo............................................................. 31
6.1 Estratgias e/ou recursos necessrios para o planejamento.............................................. 31

7 Lista de anexos......................................................................................................................... 32
8 Referncias bibliogrficas......................................................................................................... 33
Anexos.......................................................................................................................................... 34
Anexo I Ficha de visita domiciliar............................................................................................ 34
Anexo II Formulrio de reconhecimento geogrfico - RG........................................................ 35
Anexo III Formulrio Controle de visitas de pontos estratgicos - PE....................................... 36
Anexo IV Cientificao de situaes de risco identificadas no controle................................... 37
Anexo V Boletim de tratamento antivetorial - Boletim dirio.................................................. 38
Anexo VI Boletim dirio de pesquisa larvria.......................................................................... 39
Anexo VII Planilha de acompanhamento de ovitrampa........................................................... 40
Anexo VIII Tabela para emprego de Temephs....................................................................... 41
Anexo IX Nota tcnica do Diflubenzuron............................................................................... 42
Anexo X Tabela de criadouros................................................................................................ 50
Anexo XI Ficha de investigao ambiental.............................................................................. 51
Anexo XII Planilha de repasse dos dados de bloqueio de transmisso - UBV........................... 52
Anexo XIII Boletim de itinerrio do ACE I e II/Agente Sanitrio/Encarregado........................... 53
Anexo XIV Boletim de superviso de campo........................................................................... 54
Anexo XV Controle de entrada e sada de insumos por ponto de apoio................................. 55
Anexo XVI Caracterizao de lotes......................................................................................... 56

Histrico da Epidemia de Dengue em Belo Horizonte


A capital do estado de Minas Gerais foi inaugurada em 1897, oito anos aps a Proclamao da Repblica, quando, em oposio ao modelo monarquista, se consolidavam novos interesses polticos e
econmicos no Pas.
O antigo Arraial do Curral D'el Rey foi escolhido para abrigar a capital, que viria a ser a sntese
dos novos tempos, marcados pela ideia de modernidade e racionalidade. As formaes de distritos
industriais e de cidades dormitrio nos municpios
vizinhos iriam constituir posteriormente a Regio
Metropolitana de Belo Horizonte e consolidar a especializao da capital no setor de servios.1

reu uma epidemia pelo DEN-1 de grande magnitude, com cerca de 87 mil casos notificados, correspondendo a uma das maiores taxas de incidncias
verificadas em cidade de grande porte no Brasil
taxa anual de cerca de 4.100 casos por cem mil
habitantes. A epidemia foi explosiva, concentrou-se
nos meses de maro e abril e diminuiu abruptamente em junho e julho, com poucos casos notificados.
Em setembro, entretanto, foi verificado aumento de
casos pelo DEN-2 e confirmados casos de dengue
hemorrgico, prevendo-se a ocorrncia de nova epidemia da doena no vero de 1999. 3
De 1996 a 2008, a capital mineira registrou casos
de dengue em todos os anos conforme mostrado
no grfico 1.

Belo Horizonte chegou ao sculo XXI com quase


2,4 milhes de habitantes, distribudos em 331 quilmetros quadrados. Em mais de um sculo de histria, a cidade hoje uma das principais metrpoles
do pas e sofre como as regies densamente urbanizadas dos pases tropicais, as mazelas das doenas
veiculadas por vetores artrpodes.
A dengue a arbovirose de maior incidncia no
mundo, sendo endmica em todos os continentes,
exceto a Europa. Cerca de dois teros da populao
mundial vive em reas infestadas por mosquitos vetores dos vrus da dengue, especialmente o Aedes
aegypti.
A forma hemorrgica da doena surgiu nas
Amricas em 1981, trinta anos depois de seu aparecimento na sia, e tem mostrado uma incidncia
crescente. No Brasil, o primeiro registro de casos
de dengue ocorreu em 1920. Durante os 63 anos
seguintes, no foram relatados casos no pas e o
Aedes aegypti foi erradicado do Brasil e de mais 17
pases das Amricas em 1950 e 1960. A reinfestao do pas pelo vetor ocasionou grandes epidemias
em Boa Vista, Roraima, em 1981/1982, e no Estado
do Rio de Janeiro, em 1986, causadas pelo sorotipo
DEN -1.2
Os primeiros casos de dengue no municpio de
Belo Horizonte ocorreram em 1996. Em 1998, ocor-

casos

Fonte: pbh.gov.br

Grfico 1 Casos confirmados de dengue 1996 a 2008

ano

O crescimento da dengue foi favorecido pelo desenvolvimento desordenado da cidade, pela produo desenfreada de descartveis que so dispostos
inadequadamente no meio ambiente e manuteno
de locais com acmulo de gua nos imveis. A rapidez dos transportes areos e o transporte de materiais como pneus estabeleceram oportunidades para
os vrus e o vetor da dengue se movimentarem entre
os pases.
A persistncia da circulao favorecida pela
elevada densidade das populaes humanas, taxa
de nascimento e migrao, que continuamente repem o estoque de indivduos susceptveis, criando as oportunidades para perpetuao do ciclo de
transmisso do vrus.
Frente complexidade desse ambiente antrpico,
torna-se essencial repensar a estratgia de controle da
doena. O mecanismo de produo da morbidade requer a adoo de polticas integradas entre diferentes
segmentos da comunidade. Deve-se ter em mente que
a dengue no um problema especfico da rea da sade, embora se expresse como demanda do setor.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

1 NOES SOBRE A TRANSMISSO

1.2 Transmisso

A transmisso se faz pela picada da fmea do


mosquito Aedes aegypti, no ciclo ser humano - Aedes aegypti ser humano.
Aps a ingesto de sangue infectado, o mosquito est apto a transmitir o vrus depois de 8 a 12
dias (perodo de incubao extrnseca) e assim permanece durante toda sua vida.
No homem, o perodo entre a picada infectante
e o aparecimento de sintomas pode variar de 3 a
15 dias sendo, em mdia, de 5 a 6 dias (perodo de
incubao intrnseca).
A transmisso do ser humano para o mosquito
1.1 Dengue
ocorre enquanto houver presena de infeco no
A dengue uma doena febril aguda, que pode homem (perodo de viremia). Este perodo comea
ser de curso benigno ou grave, dependendo da for- um dia antes do aparecimento dos sintomas e vai
ma como se apresenta: infeco inaparente, dengue at o 6 dia da doena.
clssico (DC), febre hemorrgica da dengue (FHD) ou
sndrome do choque da dengue (SDC). Atualmente 1.3 Susceptibilidade
a mais importante arbovirose que afeta o ser huA susceptibilidade do homem aos vrus da denmano e constitui srio problema de sade pblica no
gue universal.
mundo.
O agente etiolgico um vrus RNA, arbovrus 1.4 Imunidade
do gnero Flavivirus, pertencente famlia FlaviviriA imunidade para um mesmo sorotipo (homlodae. So conhecidos quatro sorotipos: DEN-1, DEN2, DEN-3 e DEN-4, os quais j foram registrados em ga) permanente, entretanto a imunidade cruzada
(heterloga) existe temporariamente.
todos os continentes, com exceo da Europa.
A fonte de infeco e o reservatrio vertebrado 1.5 O vetor - Aedes aegypti
o ser humano.
Nas Amricas, os vetores so mosquitos do gnero
Os adultos de Aedes aegypti vivem em mdia 30
Aedes. A espcie Aedes aegypti a mais importante
a 35 dias;
na transmisso da doena e tambm pode ser trans S a fmea hematfaga e pica preferencialmenmissora da febre amarela urbana.4
te durante o dia;
Pode produzir entre 300 e 400 ovos durante toda
a sua vida;
Aps o repasto sanguneo em uma pessoa infectada, a fmea pode transmitir o vrus aps um perodo de 8 a 12 dias;
A capacidade vetorial se mantm durante toda
sua vida;
Os ovos so depositados pela fmea, individualmente, nas paredes internas dos depsitos que servem de criadouros, prximos superfcie da gua;
Os ovos so capazes de resistir a longos perodos
de dessecao e podem permanecer viveis por
mais de um ano. Quando colocados em contato
com a gua podem eclodir;
d
Existem estudos que relatam a transmisso tranFonte: GECOZ/SMSA
sovariana.
Antes de iniciar o detalhamento das aes de
controle de campo e a avaliao da efetividade das
mesmas essencial que se tenha o conhecimento
da doena e seu vetor.
Este manual no tem por objetivo o detalhamento da biologia dos vetores e os aspectos clnicos
da doena; caso haja necessidade de informaes
complementares, os interessados podero consultar
os manuais do Ministrio da Sade - MS. Este texto
tem o propsito de apresentar e discutir as aes de
controle vetorial.

10

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

2 Organizao das operaes de


campo

Fonte: Prodabel

A Secretaria Municipal de Sade (SMSA), rgo


da administrao direta da Prefeitura Municipal de
Belo Horizonte (PBH), tem por misso institucional
estruturar a ateno sade no municpio, buscando cumprir os princpios do Sistema nico de Sade
(SUS). Esses princpios constitucionais objetivam o
atendimento universal, a integralidade das aes, a
garantia de acesso e a equidade na ateno populao belo-horizontina.
Para permitir a efetivao de uma nova conscincia sanitria que vem sendo implantada no pas, baseada na reivindicao da sade como direito social,
a SMSA-BH optou pela reorganizao dos servios
de sade em base territorial, atravs da definio de
nove Distritos Sanitrios.
Cada um dos nove Distritos Sanitrios - que correspondem s Secretarias Regionais da Prefeitura
de Belo Horizonte - tem
definido um espao geogrfico,
populacional
e administrativo de sua
abrangncia. Em mdia,
15 a 20 unidades ambulatoriais fazem parte de
um Distrito, constitudo de
centros de sade, unidades secundrias como
as Unidades de Referncia Secundria (URS),
antigo PAM, os Centros
de Referncia em Sade
Mental e Sade do Tra-

balhador (CERSAM e CERSAT) unidades de urgncia/emergncia, as Unidades de Pronto Atendimento


(UPA), alm da unidade hospitalar pblica (Hospital
Municipal Odilon Behrens) e rede contratada. Atualmente, a rede municipal de sade de Belo Horizonte
conta com 145 Centros de Sade, sete Unidades de
Pronto Atendimento, quatro Unidades de Referncia
Secundria e mais de 40 hospitais conveniados1.
As atividades operacionais de campo da GECOZ
so desenvolvidas no mbito das reas de abrangncia referente a uma unidade bsica, que subdividida
em zonas restritas, denominadas reas de zoneamento, que correspondem rea de atuao e responsabilidade de um agente de combate a endemias I
(ACE I). Cada zona tem em mdia 1.000 imveis. Isto
proporciona maior vnculo e identificao deste profissional com a comunidade na qual ele desenvolve
seu trabalho.
A descentralizao das operaes de campo implica na incorporao de novas atividades e servios,
o que por sua vez, determina o desenvolvimento de
novos modelos de organizao de processo de trabalho adequados a cada caso particular, preservando as diretrizes gerais do SUS.
Cada rea de zoneamento vinculada a um ACE
I ou um Agente Sanitrio. Para um grupo de oito a
dez agentes haver um ACE II ou um Encarregado,
que responsvel pela equipe, que por sua vez
coordenado por um Tcnico Superior de Sade ou
um Coordenador de rea, este assumir mais reas
de abrangncia.
A seguir, para um melhor entendimento da estrutura desta Gerncia, apresentamos o organograma
e as atribuies de cada membro que executa aes
no campo e/ou laboratrio:

Secretaria Municipal de Sade

Distrito Sanitrio

Gerncia de Vigilncia em Sade e Informao

Coordenao Tcnica
de Imunizao

Gerncia de
Epidemiologia
e Informao

Gerncia de
Epidemiologia, Informao e Regulao

Gerncia de Controle
de Zoonoses

Gerncia de
Vigilncia
Sanitria

As Unidades Secundrias - Centro de Controle


de Zoonoses e Laboratrio de Zoonoses, so ligados
administrativamente ao Distrito Sanitrio e tecnicamente Gerncia de Controle de Zoonoses - SMSA.

Gerncia de
Vigilncia
Sanitria

Gerncia de
Sade do
Trabalhador

Gerncia de Ateno
Sade

Gerncia de Controle
de Zoonoses

Gerncia de Gesto
do Trabalho

Tcnico/Coordenador
Encarregado/Agente de Combate a Endemias II
Agente Sanitrio/Agente de Combate a Endemias I

Fonte: GECOZ/SMSA

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

11

2.1 Atribuies segundo as categorias5


Tcnico Superior de Sade (Bilogos e Veterinrios)
1. Conhecer as atividades dos programas de controle de zoonoses, conforme manuais e normas
tcnicas do Ministrio da Sade;
2. Executar atividades tcnicas e/ou cientficas, individualmente ou em equipe, na rea da sade
pblica, correspondentes a sua especialidade,
observada a respectiva regulamentao profissional e normas de segurana e higiene no trabalho;
3. Executar atividades de vigilncia a sade, zelar
pelo cumprimento das normas de vigilncia epidemiolgica, sanitria e segurana do trabalho;
4. Participar do planejamento, elaborao, coordenao, execuo e avaliao, dos programas,
estudos, pesquisas e outras atividades de sade,
articulando-se com as diversas instituies e setores PBH e RMBH para a implementao das
aes integradas;
5. Executar, analisar e supervisionar estudos, projetos de pesquisa, de docncia e/ou servios nas
aes executadas pela PBH; acompanhar processos de fiscalizao, executar anlises laboratoriais para fins de diagnsticos;
6. Realizar consultorias/assessorias tcnicas, nas
aes executadas pela PBH;
7. Emitir laudos e pareceres nas aes executadas
pela PBH;
8. Participar do planejamento, elaborao, execuo e avaliao de programas de treinamento em
servio e de capacitao de recursos humanos;
9. Realizar treinamentos tcnicos da equipe em:
Manejo de equipamentos de asperso de inseticidas, montagem, desmontagem, manuteno
diria e peridica;
correta manipulao e dosagem de adulticidas,
larvicidas e rodenticidas;
tcnicas de inspeo, localizao de fontes de
abrigo, acesso, alimentao e gua;
colocao de iscas e armadilhas;
uso de Equipamento de Proteo Individual (EPI);
manuteno e limpeza diria e peridica de EPIs;
conteno animal;
coleta de amostra biolgica;
atualizao de procedimentos e normas tcnicas.
10. Participar de reunies, capacitaes tcnicas e
atualizaes;
11. Participar do planejamento, elaborao, coordenao, execuo e avaliao de aes de educa12

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

o em sade e manejo ambiental junto comunidade;


12. Integrar equipe multiprofissional, promovendo a
operacionalizao dos servios, para assegurar o
efetivo atendimento s necessidades da populao;
13. Saber executar qualquer atividade do ACE I e II/Encarregado e Agente Sanitrio, quando necessrio;
14. Conhecer e discutir com os coordenadores, ACE I
e II/Encarregado e Agentes Sanitrios os aspectos
relacionados s atividades tcnicas de controle de
zoonoses, segundo as solicitaes;
15. Fazer reunies com a equipe, sempre que necessrio;
16. Organizar e redistribuir a equipe, dentro da programao existente, supervisionando o cumprimento do programa;
17. Acompanhar, avaliar, orientar e manter atualizados os registros de dados e os fluxos de informaes verificando diariamente o preenchimento
dos formulrios conforme a atividade;
18. Apoiar e orientar o ACE I e II/Encarregado e o
Agente Sanitrio no controle ambiental em solues que visem controle mecnico, fsico e qumico, assim como problemas dirios;
19. Relatar e repassar Gerncia do Centro de
Sade e/ou Gerncia Regional de Controle de
Zoonoses(GERCZO) as infraes cometidas e as
penalidades sofridas pelo ACE I e II/Encarregado
e o Agente Sanitrio, para fins de advertncia;
20. Supervisionar e avaliar o trabalho do ACE I e II/
Encarregado e do Agente Sanitrio em termos
de apresentao, abordagem ao morador, qualidade das orientaes e informaes prestadas,
bem como a qualidade do trabalho tcnico operacional desenvolvido e sua produo e intervir
se necessrio; registrar em formulrio prprio (supervises diretas e indiretas).
21. Servir de elo entre o ACE II/Encarregado, equipe
do Centro de Sade e o gerente de Controle de
Zoonoses do Distrito Sanitrio;
22. Saber ouvir, observar e orientar no momento
certo, criando clima de confiana com o ACE II/
Encarregado, evitando constrangimentos;
23. Realizar distribuio de EPIs e test-los antes de
distribu-los;
24. Verificar a limpeza e organizao do ponto de
apoio (PA), armrios, veculos e equipamentos;
25. Registrar, quando necessrio, as ocorrncias do
PA e das reas de abrangncia e verificar diariamente o livro de ocorrncias;

26. Estar em constante contato com o ACE II/Encarregado para:


vistorias conjuntas;
planejamento estratgico;
esclarecimento de dvidas;
avaliao das aes.
27. Preencher a agenda de atividades mesmo permanecendo no Distrito Sanitrio;
28. Preencher periodicamente relatrios informando
as aes realizadas e encaminh-los gerncia e
s outras instncias superiores;
29. Prestar apoio s gerncias da SMSA na elaborao e atualizao peridica dos contedos do
Plano Municipal de Sade-BH (PMS-BH) e de sua
programao anual, bem como no acompanhamento e da sua execuo, nos diversos nveis assistenciais e de apoio6;
30. Prestar apoio s gerncias da SMSA na coleta,
anlise e alimentao de dados do Sistema de
Monitoramento do SUS/BH MONITORASUS.
31. Prestar apoio s Gerncias da SMSA nas avaliaes peridicas do PMS-BH.

Tcnico Superior de Sade (Farmacutico - Bioqumico)


1. Programar, orientar, executar e supervisionar
atividades laboratoriais de vigilncia sanitria e
epidemiolgica;
2. Programar, orientar, executar, supervisionar e
responder tecnicamente pelo desempenho das
atividades laboratoriais nas reas de anlises
clnicas bromatolgicas, toxicolgicas, na produo e realizao de controle de qualidade de
insumos de carter biolgico, fsico, qumico e
outros, elaborando pareceres tcnicos, laudos e
atestados de acordo com as normas;
3. Organizar e supervisionar o processo produtivo,
distribuindo tarefas equipe auxiliar, orientando
a correta utilizao e manipulao de materiais,
instrumentos, de acordo com normas de higiene
e segurana para garantir a qualidade do produto fabricado;
4. Participar no desenvolvimento de aes de investigao epidemilogica, organizando e orientando na coleta, acondicionamento e envio de
amostras, para anlise laboratorial;
5. Participar na proviso, previso e controle de materiais e equipamentos, opinando tecnicamente
na aquisio e prestando assessoria na elaborao de projetos de construo e montagem de
reas especficas, para operacionalizao de processos;

6. Programar, orientar e supervisionar as atividades


referentes vigilncia sanitria, aplicando a legislao vigente; assessorar e responder tecnicamente pelo armazenamento e distribuio de
produtos farmacuticos de qualquer natureza;
7. Participar de equipe multiprofissional no planejamento, elaborao e controle de programas;
8. Realizar superviso, capacitao e treinamento
de recursos humanos, necessrios rea de atuao, visando o desenvolvimento e aperfeioamento dos servios prestados;
9. Executar outras tarefas correlatas com o cargo.

Coordenador de Servio de Controle de Zoonoses


1. Conhecer as atividades dos programas de controle
de zoonoses conforme manuais e normas tcnicas;
2. Executar atividades de vigilncia a sade, zelar
pelo cumprimento das normas de vigilncia epidemiolgica, sanitria e segurana do trabalho;
3. Participar do planejamento, coordenao, execuo e avaliao dos programas de atividades
de sade, articulando-se com as diversas instituies e setores da PBH e RMBH para a implementao das aes integradas;
4. Participar do planejamento, elaborao, coordenao, execuo e avaliao de programas de
treinamento em servio e de capacitao de recursos humanos;
5. Participar do planejamento, elaborao, coordenao, execuo e avaliao, de aes de educao em sade e manejo ambiental junto comunidade;
6. Integrar equipe multiprofissional, promovendo a
operacionalizao dos servios, para assegurar o
efetivo atendimento s necessidades da populao;
7. Saber executar qualquer atividade do ACE I e II/Encarregado e Agente Sanitrio, quando necessrio;
8. Conhecer e discutir com os tcnicos e/ou agentes os aspectos relacionados s atividades de
controle de zoonoses, segundo as solicitaes;
9. Fazer reunies com a equipe, sempre que necessrio;
10. Organizar e distribuir a equipe, dentro da programao existente, supervisionando o cumprimento do programa;
11. Acompanhar, avaliar, orientar e manter atualizados os registros de dados e os fluxos de informaes verificando diariamente o preenchimento
dos formulrios conforme a atividade;
12. Apoiar e orientar o ACE I e II/Encarregado e o
Agente Sanitrio no controle ambiental em soluPrefeitura Municipal de Belo Horizonte

13

es que visem controle mecnico, fsico e qumico, assim como problemas dirios;
13. Relatar e repassar gerncia do Centro de Sade
e/ou GERCZO as infraes cometidas e as penalidades sofridas pelo ACE I e II/Encarregado e o
Agente Sanitrio, para fins de advertncia;
14. Supervisionar e avaliar o trabalho do ACE I e II/
Encarregado e do Agente Sanitrio em termos
de apresentao, abordagem ao morador, qualidade das orientaes e informaes prestadas,
bem como a qualidade do trabalho tcnico operacional desenvolvido e sua produo e intervir
se necessrio; registrar em formulrio prprio
(supervises diretas e indiretas).
15. Servir de elo entre o ACE II/Encarregado, equipe
do Centro de Sade e o gerente de Controle de
Zoonoses do Distrito Sanitrio;
16. Saber ouvir, observar e orientar no momento
certo, criando clima de confiana com o ACE II/
Encarregado, evitando constrangimentos;
17. Realizar treinamentos tcnicos da equipe em:
manejo de equipamentos de asperso de inseticidas, montagem, desmontagem, manuteno
diria e peridica;
correta manipulao e dosagem de adulticidas,
larvicidas e rodenticidas;
tcnicas de inspeo, localizao de fontes de
abrigo, acesso, alimentao e gua de animais
sinantrpicos;
colocao de iscas e armadilhas;
uso de EPI;
manuteno e limpeza diria e peridica do EPI;
conteno animal;
coleta de amostra biolgica;
atualizao de procedimentos e normas tcnicas.
18. Participar de reunies, capacitaes tcnicas e
atualizaes;
19. Realizar distribuio de EPI e test-los antes de distribu-los;
20. Verificar a limpeza e organizao do PA, armrios, veculos e equipamentos;
21. Registrar quando necessrio as ocorrncias do
PA e das reas de abrangncia e verificar diariamente o livro de ocorrncias;
22. Estar em constante contato com o ACE II/Encarregado para:
vistorias conjuntas;
planejamento estratgico;
esclarecimento de dvidas;
avaliao das aes.
14

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

23. Preencher a agenda de atividades mesmo que


permanea no Distrito Sanitrio;
24. Preencher periodicamente relatrios informando
as aes realizadas e encaminh-los gerncia e
s outras instncias superiores.

Agente de Combate a Endemias ii e Encarregado de


Servio de Controle de Zoonoses
1. Conhecer as atividades dos programas de controle de zoonoses conforme manuais e normas
tcnicas;
2. Realizar todas as atividades do ACE I e Agente Sanitrio, quando necessrio;
3. Executar atividades de vigilncia a sade, zelar
pelo cumprimento das normas de vigilncia epidemiolgica, sanitria e segurana do trabalho;
4. Participar de reunies, capacitaes tcnicas e
treinamentos;
5. Realizar reunies, treinamentos prticos e tericos, dentro de sua capacidade tcnica;
6. Integrar equipe multiprofissional, promovendo a
operacionalizao dos servios, para assegurar o
efetivo atendimento s necessidades da populao;
7. Participar do planejamento, elaborao, coordenao, execuo e avaliao de aes de educao em sade e manejo ambiental junto comunidade;
8. Incentivar sua equipe a participar de treinamentos;
9. Participar do planejamento, fechamento e
avaliao das atividades com tcnicos/coordenadores e equipe;
10. Acompanhar o desenvolvimento das equipes de
campo;
11. Supervisionar e avaliar o trabalho do ACE I e
Agente Sanitrio em termos de apresentao,
abordagem ao morador, qualidade das orientaes e informaes prestadas, bem como a qualidade do trabalho operacional, sua produo
e intervir se necessrio; registrar em formulrio
prprio (supervises diretas e indiretas).
12. Conhecer e discutir com a equipe os aspectos referentes aos diversos atendimentos do servio;
13. Conhecer, organizar e distribuir sua equipe, seguindo a programao, acompanhando o cumprimento dos itinerrios, verificando o estado dos
materiais e equipamentos. Manter o itinerrio
atualizado, em local visvel, comunicando ao coordenador e/ou tcnico as possveis alteraes;

14. Acompanhar, avaliar, orientar e manter atualizados os registros de dados e os fluxos de informaes verificando diariamente o preenchimento
dos formulrios conforme a atividade.
15. Entregar, nas datas pr-determinadas pelo tcnico e/ou coordenador, os documentos formais do
servio (folhas de ponto, boletins de atividades
e relatrios);
16. Seguir as orientaes do tcnico e/ou coordenador, consultando-os em casos de dvida;
17. Avaliar sua equipe, observando o procedimento correto para execuo de cada atividade, o
manejo correto do equipamento de trabalho (incluindo o EPI), sua conservao e a dosagem dos
insumos utilizados. Acompanhar o registro nos
formulrios conforme a atividade;
18. Solicitar por escrito, ao tcnico e/ou coordenador, a necessidade de materiais e insumos (EPI,
formulrios, equipamentos, etc.) conforme fluxo
do Distrito Sanitrio;
19. Manter-se apresentvel, ser pontual e assduo,
sendo exemplo para sua equipe;
20. Verificar e cobrar de sua equipe quando necessrio, a limpeza e organizao do PA, armrios,
bolsas, uniformes e equipamentos, responsabilizando-os pelos mesmos;
21. Dar apoio ao ACE I e Agente Sanitrio na busca
de solues para atividades que exigem controle
mecnico, fsico e/ou qumico, assim como prestar a eles qualquer ajuda nos problemas dirios;
22. Relatar falhas de funcionrio de sua equipe, se
necessrio, e repassar para o tcnico e/ou coordenador;
23. Servir de elo entre os ACE I e Agentes Sanitrios,
tcnicos e/ou coordenadores de rea e equipe do
Centro de Sade;
24. Saber ouvir, observar e orientar no momento
certo, criando clima de confiana na equipe, evitando constrangimento;
25. Registrar quando necessrio as ocorrncias do
PA e das reas de abrangncia e verificar diariamente o livro de ocorrncias;
26. Manter atualizada a pasta da rea de abrangncia, em local acessvel composta da caracterizao da rea, mapas e croquis, relao de endereos dos pontos estratgicos e registro de visita
quinzenal, relao de ovitrampas, boletins de
superviso, outros;
27. Em caso de arrombamentos, furtos e/ou roubos

de materiais e equipamentos sob sua responsabilidade, comunicar chefia imediata e registrar


ocorrncia policial;
28. Confeccionar e/ou manter atualizado as informaes necessrias para os mapas e croquis de
sua responsabilidade.

Agente de Combate a Endemias i e Agente Sanitrio


1. Conhecer as atividades dos programas de controle de zoonoses conforme manuais e normas
tcnicas;
2. Executar atividades de vigilncia a sade, zelar
pelo cumprimento das normas de vigilncia epidemiolgica, sanitria e segurana do trabalho,
em especial no trabalho com produtos qumicos;
3. Executar trabalho de pesquisa de vetores envolvidos
na transmisso de doenas conforme normas tcnicas;
4. Participar dos treinamentos que lhe so administrados e esclarecer suas dvidas;
5. Realizar aes de educao em sade e manejo
ambiental;
6. Integrar equipe multiprofissional, promovendo a
operacionalizao dos servios, para assegurar o
efetivo atendimento s necessidades da populao;
7. Manusear e operar corretamente os equipamentos para aplicao de adulticidas, larvicidas e rodenticidas, que estiverem a seu encargo, obedecendo as normas tcnicas;
8. Remover, eliminar ou tratar os recipientes com
foco ou potenciais focos para reproduo de
vetores envolvidos na transmisso de doenas,
conforme normas tcnicas;
9. Aplicar produtos qumicos para o controle e/ou
combate a animais nocivos sade individual e
coletiva, observando as normas tcnicas vigentes;
10. Instalar e monitorar armadilhas, coletar e encaminhar exemplares de vetores capturados em
habitat natural e/ou em armadilhas;
11. Realizar a manuteno, limpeza, guarda, alimentao e auxiliar na eutansia de animais capturados e/ou mantidos em observao; auxiliar na
observao de animais agressores (ces e gatos);
12. Vacinar animais conforme normalizao da Secretaria Municipal de Sade;
13. Realizar conteno e coleta de sangue de ces
em papel filtro e venosa; no caso de coleta venosa, sob superviso do tcnico responsvel (bilogo e/ou veterinrio);
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 15

14. Realizar a captura de pequenos, mdios e grandes animais em vias e logradouros pblicos;
15. Realizar recolhimento domiciliar de ces com
diagnstico laboratorial confirmado de leishmaniose visceral;
16. Realizar remoo de animais no domiclio, quando houver justificativa tcnica para tal procedimento com autorizao do proprietrio;
17. Confeccionar croquis, mantendo-os atualizados,
assim como os mapas;
18. Verificar diariamente os equipamentos e a condio dos produtos (categoria, prazo de validade,
condio de uso e armazenamento) necessrios
para a realizao das atividades;
19. Preencher com letra legvel os formulrios de registros das atividades de campo, repassando-os
diariamente para o ACE II/Encarregado, tcnico
e/ou coordenador;
20. Seguir sempre as orientaes do ACE II/Encarregado, tcnico e/ou coordenador, dirigindo-se a
ele quando houver qualquer tipo de dvida;
21. Manter-se apresentvel, estar sempre com uniforme limpo, assim como a bolsa e material de
trabalho;
22. Estar pronto e uniformizado no horrio estabelecido para as atividades do dia, evitando imprevistos que possam causar atrasos;
23. Realizar cada servio como momento nico e
singular, evitando retornos e reclamaes desnecessrias;
24. Abordar o morador de forma corts, identificando-se com crach, que dever ser portado sempre em local visvel;
25. Solicitar o acompanhamento do morador para a
vistoria do local, antes de iniciar o servio;
26. Dar oportunidade aos moradores para perguntas e
solicitaes de esclarecimentos, considerando importante toda a forma de expresso e opinio;
27. Orientar a populao de forma clara e precisa, utilizando linguagem acessvel, para adoo de medidas preventivas, considerando o conhecimento
dos agravos de zoonoses, atitudes e prticas da
populao;
28. Utilizar corretamente o EPI e o uniforme de acordo com as normas de segurana do trabalho;
29. Manter o EPI devidamente conservado e higienizado, zelar pela guarda e conservao de equipamentos, materiais sob sua responsabilidade e
veculos;
30. Manter os equipamentos de trabalho, como fer16

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

ramentas, pulverizadores, devidamente limpos


e lubrificados dentro das regras de manuteno
(montagem, desmontagem);
31. Verificar e/ou testar os equipamentos sob sua
responsabilidade antes de sair para o campo;
32. Manter devidamente limpos e organizado o PA, armrios, veculos e equipamentos;
33. Proceder a guarda e a conservao de rodenticidas, larvicidas e adulticidas, de acordo com as
normas tcnicas vigentes, visando a sua conservao e uso;
34. Avisar imediatamente ao ACE II e/ou encarregado quando houver atraso na programao;
35. Registrar quando necessrio as ocorrncias do
PA e das reas de abrangncia;
36. Confeccionar e/ou manter atualizado as informaes necessrias para os mapas e croquis de
sua responsabilidade.

Tcnico de Laboratrio
1. Identificar vetores, larvas e contagem de ovos de
interesse da sade pblica; preparar e
executar exames sorolgicos de material originado de
coleta de animais;
2. Preparar e executar exames sorolgicos de material originado de coleta em seres humanos;
3. Executar as anlises laboratoriais sob superviso
de tcnico de nvel superior;
4. Acompanhar e supervisionar o trabalho dos auxiliares de laboratrio;
5. Preparar reagentes e solues utilizadas no servio de rotina no laboratrio;
6. Proceder leitura de lminas para concluso diagnstica;
7. Submeter-se a treinamento especfico;
8. Documentar anlises realizadas registrando e arquivando cpias de laudos e seus protocolos;
9. Participar das reunies tcnico-administrativas
promovidas pela chefia imediata e mediata, bem
como de reunies, prticas educativas junto
comunidade e outros eventos;
10. Operar e manter equipamentos e aparelhos utilizados em laboratrios.

Auxliar de Laboratrio
1. Auxiliar na identificao de larvas e contagem
de ovos sob superviso tcnica;

2. Preparar o material originado de coleta em animais para execuo de exames sorolgicos;


3. Receber, conferir, organizar e preparar material
biolgico para lavar e esterilizar material de acordo com as normas tcnicas vigentes, utilizando
o processo existente na Unidade;
4. Submeter-se a treinamentos especficos;
5. Documentar anlises realizadas registrando e arquivando cpias de laudos e seus protocolos;
6. Executar outras tarefas correlatas;
7. Participar de reunies tcnicoadministrativas
promovidas pelas chefias imediata e mediata,
bem como de reunies, prticas educativas junto comunidade e outros eventos;
8. Limpeza e manuteno do biotrio.

2.2 Reconhecimento Geogrfico - RG


Os espaos urbanos so cada vez mais importantes na medida em que a maior parte da populao
vive nas cidades. O processo de migrao do campo
para a cidade, que se iniciou na Europa durante a
Revoluo Industrial, ocorreu no Brasil num perodo
muito recente. At a dcada de 1940, a maior parte
da populao brasileira, vivia em reas rurais e ocupada com atividades agrcolas. Atualmente, cerca
de 80% da populao vive em cidades.
O uso do geoprocessamento na rea de sade tem histria recente, principalmente no Brasil.
As suas primeiras aplicaes datam da dcada de
1950, utilizando-se computadores de grande porte
para o planejamento urbano e posteriormente para
anlise ambiental. A digitao sistemtica de dados
e a oferta de programas de fcil manipulao e de
equipamentos de baixo custo e alta capacidade de
memria, possibilitaram a difuso do geoprocessamento no final da dcada de 1980 e incio dos
anos 1990. Essa difuso envolveu a rea de sade
ampliando o nmero de usurios desses sistemas
para mapeamento digital, organizao de dados
espaciais, produo de mapas temticos, gerenciamento, avaliao e planejamento, de acordo com a
demanda especfica e a realidade local7.
A partir de 1991, a GECOZ tornou-se co-responsvel pelo controle da dengue e da leishmaniose no
municpio (atribuio at 1990 da Fundao Nacional de Sade - FUNASA/MS), alm das atividades de
controle de roedores, controle da raiva, acidentes
escorpinicos e outros. As epidemias de dengue e
leishmaniose visceral no municpio requereram um

aumento da capacidade instalada e de recursos humanos capazes de fazer frente ao desafio de reduzir
o impacto dessas doenas, produzindo um volume
de aes em nveis cada vez mais crescentes e consequente necessidade de monitorar seus resultados.
A GECOZ deu um grande salto quando implantou seu prprio sistema de informao: SCZOO, em
1998. A construo de um sistema informatizado
atendeu a uma demanda operacional, que necessitava de informaes mais geis e confiveis, requisitos indispensveis na avaliao e planejamento
das aes necessrias para reduo do impacto das
zoonoses (mdulos ativos - dengue, leishmaniose)
nos problemas de sade do municpio8.
A padronizao dos mtodos de trabalho, com
consequente agilidade operacional e consistncia
dos dados coletados, viabilizou a homogeneidade
na visualizao de toda a rede municipal integrante da GECOZ. Os dados codificados de quarteires,
reas de abrangncia e Distritos, permitem que se
faa o georreferenciamento, com utilizao de bases geogrficas processadas pela PRODABEL, possibilitando a anlise espacial das aes e dos indicadores epidemiolgicos e operacionais, instrumentos
balizadores para tomadas de decises.
Os profissionais da GECOZ acompanham constantemente as mudanas no campo. Estes procedimentos so fundamentais na atualizao dos dados
de mapas e croquis para que sejam georreferenciados pela PRODABEL.
O trabalho com croquis e mapas, possibilita maior
rapidez e segurana para:
planejar aes de bloqueio de transmisso, mutires de limpeza, aes comunitrias, panfletagens e orientao aos profissionais;
avaliar impacto e cobertura das aes executadas nas reas;
avaliar tipos de imveis existentes para direcionar aes;
planejar necessidade de insumos e materiais de
campo;
avaliar risco de reas, tipo de aglomerados, reas verdes, etc.;
dimensionar as necessidades de sade para alocao adequada dos recursos;
classificar reas de vulnerabilidade sade atravs da definio e priorizao de regies, consideradas de maior ou menor risco para adoecer
e/ou morrer;
elaborar roteiro das reas de zoneamento dos
ACE I e Agentes Sanitrios em conjunto com
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

17

reas de Equipes de Sade da Famlia (ESF);


localizar o funcionrio no campo caso haja necessidade;
supervisionar;
realizar clculo de amostras;
realizar o georreferenciamento dos dados utilizando a base geogrfica de Belo Horizonte, identificando os endereos pelo cdigo de logradouro
com 6 dgitos e o nmero do imvel com 5 dgitos
ou o cdigo de quadras do cadastro tcnico municipal.

2.2.1 Passos para elaborao do RG10,11 e 12


Avaliar a via de acesso como referncia;
Iniciar a confeco do croqui da localidade em
papel;
Desenhar os quarteires, imveis, acidentes geogrficos e pontos referenciais encontrados, tais
como: caminhos, lagoas, rios, crregos, igrejas,
escolas, postos de sade, correios, delegacia policial, aeroportos e outros, tendo sempre como
ponto de referncia a direo da via de acesso
principal, ou seja, a via escolhida como referencial da localidade.

Fonte: Manual de Reconhecimento Geogrfico de Palmas

Ferramentas para mapeamento e anlise de dados


georreferenciados:
Hoje existem aplicativos cada vez mais amigveis,
com funes adequadas s questes da sade e de custo acessvel, que podem sem utilizados pela GECOZ.
Muitos destes sistemas so disponibilizados gratuitamente na internet e devem ser explorados para melhoria da qualidade das avaliaes dos dados gerados9.

TabWin

GeoDA

TerraView

2.2.2 Classificao do Quarteiro


O quarteiro a representao de determinado
nmero de imveis limitados por ruas, avenidas,
caminhos, rios, crregos, estradas, linhas frreas, e
outras, totalmente circundadas ou no.
Ao iniciar a visita em um quarteiro, o agente
dever seguir sempre pela direita mudando apenas
quando conclu-lo.
Os quarteires se classificam em:
Regular: aquele que pode ser circundado totalmente, ou seja, partindo-se de um ponto, retornase ao mesmo.

CrimeStat

Os programas Tabwin, TerraView e R so muito


usados para fazer o geoprocessamento e anlises
estatsticas e podem ser acessados gratuitamente
pelo site: www.datasus.gov.br.

Fonte: Manual de Reconhecimento Geogrfico de Palmas

18

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Irregular: aquele que no pode ser circundado


totalmente.

Fonte: Manual de Reconhecimento Geogrfico de Palmas

2.2.3 Marcao do Quarteiro


Para marcao e orientao dos quarteires so
usados algarismos e sinais convencionais indicativos
nas suas esquinas, os quais tero cinco centmetros
de comprimento, e sero marcados com lpis de
cera das cores azul ou preto.
Exemplos:
3 : indica o incio do quarteiro de nmero 3;
13: indica continuao do quarteiro de nmero 13;
146: indica o final do quarteiro de nmero
146 (usar somente para quarteires irregulares);
5: indica quarteiro constitudo por um s imvel.

2.2.4 Numerao dos Quarteires


Os nmeros e sinais convencionais sero marcados
altura do brao estendido em local adequado, para
que fiquem visveis a todo pessoal de campo, colocados logo aps dobrar cada esquina do quarteiro.

2.3 Tipos de Imveis


Imvel a unidade bsica do servio antivetorial,
caracterizado devidamente por ter ou no edificao de acesso exclusivo e utilizado para residncia,
comrcio e outros fins.
A numerao oficial dever sempre ser respeitada
e em imveis sem nmero o agente dever registrar
o nmero do imvel anterior mais trao e um nmero
sequencial. Ex.: imvel sem nmero ao lado do n 78:
colocar 78-1.

2.3.1 PC e PR (Prdio Comercial e Prdio Residencial)


Utilizar a marcao PC e PR para caracterizar os
prdios residenciais e comerciais. A especificao do
tipo de imvel seguir o mesmo padro do Tratamento Focal.
A marcao dever ser feita da seguinte maneira
no boletim de campo:
Colocar um P no campo residncia se for Prdio
Residencial;
Colocar um P no campo comrcio para Prdio
Comercial;
Em prdios Mistos: marcar o tipo que prevalece;
Em imveis fechados inserir P (pontinho) para
referencia da digitao.
Padronizao definida pelo grupo tcnico operacional da GECOZ/SMSA em
2007.

2.4 Quarteires concludos e no concludos


Marcar * (asterisco) somente nos quarteires que
no foram concludos. Nos casos de quarteires
concludos, colocar no final do boletim de campo o
seu nmero (do quarteiro). Manter atualizado, no
SCZOO, a concluso de todos os quarteires trabalhados.

2.5 Vistorias em imveis verticais


Fonte: Manual de Reconhecimento Geogrfico de Palmas

Fonte: Manual de Reconhecimento Geogrfico de Palmas

Prdios com at dois andares devero ser tratados como imveis horizontais, ou seja, devero ser vistoriados em sua rea total. Exemplo:
residncia em cima e comrcio no trreo, com
porta para a rua: vistoriar todos os comrcios e
a residncia, considerando cada um como um
imvel:
RG: Prdio = 01 imvel;
Cada comrcio = 01 imvel;
Prdio residencial e/ou comercial com trs ou
mais andares e (contando nvel da rua) e com
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

19

apenas uma portaria (vistoriar somente a rea


externa comum) colocar PC ou PR;
Galerias e shopping centers com mais de dois
andares vistoriar rea comum.
Padronizao definida pelo grupo tcnico operacional da GECOZ/SMSA em
2007.

OBS: Quando se tratar de uma residncia,


independente do nmero de andares, vistoriar tudo e o RG ser 01 imvel (residncia).

2.6 Atualizao de mapas e croquis


Os croquis e mapas devem ser permanentemente
atualizados durante as atividades de todos os programas.
Esta atualizao tarefa de todos os agentes que
estiverem desenvolvendo atividades na rea, registrando as alteraes encontradas no traado virio
de ruas, quarteires e imveis.

2.7 Ficha de visita domiciliar (anexo I)


Tem por finalidade registrar a visita e a atividade realizada por todos os profissionais de zoonoses
com registro de data, hora de concluso, atividade
realizada e identificao do profissional.
A ficha de visita dever ser colocada no lado interno
da porta do banheiro ou da cozinha, e permitir um
melhor acompanhamento das aes neste imvel.

2.8 Formulrio padronizado de RG (anexo II)


Formulrio elaborado para padronizar as informaes de todo o municpio, sendo esta atividade realizada em todo 3 tratamento focal, simultaneamente.

3 atividades de controle da dengue


No existem medidas de controle especficas direcionadas ao homem, uma vez que no h nenhuma
vacina ou droga antiviral. A notificao dos casos
suspeitos, a investigao do local provvel de infeco e a busca ativa de casos so elementos fundamentais.
O controle do Aedes aegypti passou a ser realizado pelo municpio de Belo Horizonte em 1991, com
rotinas de pesquisa larvria, controle focal e vigiln20 Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

cia de PE. Nos anos de 1993 a 1995, as pesquisas


larvrias no foram realizadas devido insuficincia
de pessoal de campo e necessidade de conter um
surto de Leishmaniose Visceral na cidade, mas manteve-se a vigilncia de pontos estratgicos.
Em 1996 e 1997 foram realizadas, em cada ano,
duas pesquisas larvrias uma por semestre. Esses
levantamentos eram realizados com amostra de 6,6
%. Entretanto, por motivos operacionais, o tempo
de realizao era de aproximadamente dois meses,
o que trazia como consequncia erros de avaliao,
uma vez que as reas pesquisadas no incio poderiam, ao longo de dois meses, apresentar mudanas
no perfil da infestao vetorial.
Em 1998, Belo Horizonte vivenciou sua maior
epidemia com mais de 86.000 casos confirmados da
doena e com os maiores ndices prediais. A implantao do PEAa no municpio, fortaleceu as aes de
combate ao vetor, com significativo aumento dos
recursos. Com o incremento do recurso humano
tornou-se possvel realizar trs pesquisas e quatro
tratamentos ao ano, dando inicio a um maior controle e a uma melhor avaliao dos dados.
A implantao da identificao larvria no LZOON
em 1997 e a construo de um sistema de informao em rede favoreceram a agilidade na obteno
dos resultados das pesquisas, facilitando o acompanhamento e avaliao dos trabalhos desenvolvidos.
Foram realizadas em 1999, trs pesquisas e cinco
tratamentos focais com variaes importantes dos
ndices de infestao. Nos anos seguintes foram
mantidos os cinco tratamentos e as pesquisas variaram de trs a quatro por ano.
Em 2002 o MS institui o PNCD em substituio
ao PEAa, incorporando novas diretrizes e novos
componentes ao programa. Em outubro de 2006
a pesquisa larvria passa a ser executada com nova
metodologia: levantamento rpido de ndices de infestao por Aedes aegypti (LIRAa).

3.1 Pesquisa entomolgica


3.1.1 Levantamento de ndice rpido de infestao
por Aedes aegypti (LIRAa)13
Realizado anualmente nos meses de janeiro, maro e outubro tem como objetivo permitir o diagnstico rpido da situao entomolgica para auxiliar
no direcionamento das aes de controle vetorial e
de educao em sade.
Em agosto de 2007, a SMSA realizou um LIRAa
piloto no Distrito Sanitrio Oeste com algumas
adaptaes ao manual original do MS. Tais alteraes contemplaram as caractersticas do municpio
e foram utilizadas por todos os Distritos Sanitrios
a partir de outubro de 2007, em conformidade
ao acordado com a Secretaria de Estado da Sade
(SES-MG) e o MS.
Metodologia adaptada:
Diviso do municpio em 74 estratos em reas
contnuas e contguas com um nmero total entre 8,1 a 12 mil imveis;
Vistoria de todos os quarteires, exceto os quarteires que so pontos estratgicos;
Amostra de 5% dos imveis do municpio, sendo vistoriado 1 imvel a cada 20, no vistoriando nem contando os PEs;
Coleta de amostras (larvas e pupas) de todos os
recipientes encontrados (mximo de 10 exemplares de larvas e/ou pupas por tubito);

Exemplo: Encontrando, no mesmo imvel,
seis pneus coletar larvas de cada um em seis tubitos
diferentes.
Insero de um novo campo no SCZOO para entrada da informao dos imveis fechados que
passaram a ser registrados no boletim;
Manuteno da utilizao dos boletins de campo do municpio;
O quantitativo de imveis programados contempla uma perda de 15% de imveis pendentes. A metodologia no contempla resgate de
imveis;
Contagem de imveis fica restrita ao quarteiro.
O LIRAa permite determinar com rapidez e preciso os seguintes ndices:

ndice de Infestao Predial: a relao expressa em


porcentagem entre o nmero de imveis positivos e
o nmero de imveis pesquisados
IIP = imveis positivos x 100%

imveis pesquisados
ndice de Breteau: a relao entre nmero de recipientes positivos e o nmero de imveis pesquisados corrigidos de forma que o resultado seja expresso para 100 imveis (densidade vetorial).
IB= Recipientes positivos x 100

imveis pesquisados
ndice de Recipiente: a relao em porcentagem entre
o nmero do tipo de recipientes positivos e o nmero
de recipientes positivos pesquisados (qualitativo).

IR= Recipientes positivos X x 100%



Total de recipientes positivos

Importncia dos indicadores vetoriais:


So instrumentos de avaliao das medidas de
controle;
Apresentam valores e dados referentes aos tipos
de recipientes;
Permitem redirecionar e/ou intensificar medidas
de controle;
Permitem alterar estratgias de controle adotadas.

3.1.2 Pontos Estratgicos


Conceito:
So considerados PE os imveis com grande
concentrao de depsitos preferenciais para
desova do Aedes aegypti.14
So imveis com grande probabilidade de infestao por Aedes aegypti, seja devido presena
de grandes quantidades de recipientes ou ainda
por serem possveis portas de entrada de mosquitos oriundos de outras localidades.15
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

21

Padronizao de Aes para Pontos Estratgicos PE


1. Em reas infestadas o controle do mosquito
nos PEs deve ser priorizado;
2. A vigilncia do PE deve ser realizada quinzenalmente, com coleta e encaminhamento das
amostras de larvas sempre que encontradas;
3. Nas visitas aos PEs, o agente dever realizar trabalhos educativos, controle mecnico, controle
qumico e coleta de larvas;
4. O cadastro de PEs deve ser atualizado contando
com a colaborao das equipes de campo que
podero identificar novos PEs, cuja classificao
ser definida pelo tcnico ou coordenador. Estes devem mapear as mudanas de localizao
dos PEs entre reas ou identificar a excluso
de um imvel da lista de PE. Em casos de alteraes na lista a GECOZ deve ser comunicada
para a atualizao do banco de dados;
5. O PE deve ser cadastrado em planilha prpria
que possibilita o acompanhamento do consumo de larvicida, adulticida, focos encontrados
e a avaliao junto ao SCZOO. Estas devem ser
atualizadas a cada ciclo de tratamento focal
(anexo III);
6. O ACE I e o Agente Sanitrio, responsvel pela
visita, dever orientar o proprietrio ou responsvel para melhorias do ambiente e, se necessrio, cientificar (anexo IV);
7. Quando necessrio, promover aes intersetoriais;
8. O ACE II/Encarregado dever elaborar um cronograma de visitas, observando feriados. O mesmo
dever ser afixado no PA em local visvel;
9. Em PEs de grande porte, com grande quantidade de depsitos de difcil acesso, recomenda-se
o uso de nebulizador porttil motorizado;
10. Toda vistoria em PE deve ser registrada em dois
boletins (tratamento focal e pesquisa larvria)
mesmo que no sejam encontradas larvas ou
utilizado larvicida. Estes dados sero digitados
nos mdulos especficos para PE no SCZOO
(Anexos V e VI);
11. Todos os boletins gerados nas visitas a PE devero ser identificados PE quinzenal para que
sejam digitados em seu banco especfico, prioritariamente;
12. O PE no ser visitado durante o tratamento
focal, uma vez que sua inspeo feita quinzenalmente.
22

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

OBS: As equipes de campo devem trabalhar com o objetivo de eliminar as condies que caracterizam o imvel como PE,
utilizando para isto recursos como:
cientificao;
educao em sade;
acompanhamento junto Vigilncia Sanitria e Fiscalizao Urbana;
aes intersetoriais (Sade Mental, Gerncia Regional de Limpeza Urbana GERLU, Superintendncia de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP, Gerncia
Distrital de Epidemiologia, Informao e
Regulao - GEREPI, Gerncia Regional
de Educao - GERED, outros).

3.1.3 Pesquisa Vetorial Especial - PVE


A Pesquisa Vetorial Especial consiste na execuo
de pesquisa eventual de Aedes aegypti em funo de
denncia de sua presena ou quando houver interesse
de alguma pesquisa entomolgica diferenciada.
Ex: casos suspeitos, confirmados de dengue, raios
positivos de ovitrampa, solicitaes (denncia), monitoramentos e outros.
OBS: Os boletins de Pesquisa Larvria
devem conter a especificao PVE e no
canto superior o motivo pelo qual a pesquisa foi realizada, para que os dados do
boletim possam ser corretamente digitados
no sistema de informao. Este registro
ser digitado no campo Motivado por
do SCZOO.
Ex: PVE: Motivado Por: caso suspeito/
confirmado.
Opes de motivado por no sistema:
1. Outros;
2. Caso suspeito e/ou confirmado;
3. Raio de ovitrampa positiva;
4. Mutires de limpeza;
5. Denncia;
6. Educao em sade;
7. Raio de PE;
8. Imvel especial;
9. Tampa de caixa dgua ausente ou quebrada;
10. Ovitrampa (larva dentro de armadilha);
11. LIRAa;
12. Notificao casa fechada.

3.1.4 Ovitrampa

3.2 Tratamento focal

As ovitrampas so armadilhas de ovoposio,


estrategicamente instaladas, com o objetivo de
atrair as fmeas do Aedes aegypti para a postura
dos ovos.
So instaladas em raios de 200m. A distncia
preconizada entre as armadilhas de aproximadamente 400m.
A partir de 2001, Belo Horizonte utilizou esta
ferramenta complementar ao levantamento de ndice larvrio. Inicialmente as ovitrampas foram instaladas em algumas reas piloto para padronizar a
ao. Em agosto de 2002, todos os Distritos Sanitrios passaram a adotar essa metodologia com o
intuito de monitorar, em todos os perodos do ano,
a disperso do vetor, para intensificar as estratgias
de controle do Aedes aegypti antes da ocorrncia
de casos da doena.

Esta atividade preconiza a visita a 100% dos imveis do municpio at o 3 andar de acordo com o
manual do MS. No entanto, Belo Horizonte definiu
em oficina realizada em 2005 que passaria a trabalhar somente os imveis horizontais da cidade. Esta
normatizao foi definida com base em estudos
epidemiolgicos que comprovaram o maior risco de
se infectar por dengue em moradores de imveis
horizontais, quando comparados com os moradores
de imveis verticais16. Ao analisar os levantamentos
de ndices larvrios de janeiro de 2003 a maro de
2005, apenas 0,9% dos apartamentos apresentaram positividade e o principal criadouro encontrado
foi o prato de vaso de planta. Em 2005, as GERCZO
passavam por uma reestruturao dos contratos de
pessoal de campo, fazendo-se necessrio direcionar
os recursos humanos para as reas de maior risco de
ocorrncia da doena, com o menor impacto possvel nas aes de controle.
No tratamento focal utilizado o controle qumico que consiste na aplicao de um larvicida nos
depsitos que no possam ser vedados, removidos
ou eliminados mecanicamente. O larvicida atualmente utilizado o Temephs granulado a 1% e
a tabela de medidas, encontra-se no anexo VIII.
partir do primeiro tratamento focal de 2009, conforme orientao do MS (anexo IX), o Temephs
ser substitudo por um inibidor de crescimento de
larvas (Diflubenzuron). A informao da quantidade do produto utilizado em cada imvel deve ser
registrada no boletim de campo conforme seu uso
(mililitros e/ou grama).
O controle qumico deve ser sempre seletivo,
priorizando as aes educativas e de controle.
Para a execuo do tratamento focal existem tcnicas de visita que devem ser seguidas e que sero
abordadas no tpico superviso (5.2)
Para uso dos qumicos foram padronizados nesta
oficina os criadouros (anexo X) e a conduta a ser
tomada em cada caso, conforme tabela ao lado:

Foto: FUNASA

Foto: Fernanda Carvalho de Menezes

Material e Instalao:
Preparao da infuso: em dois litros de gua,
deixar 16,7 gr. de Panicum maximum (capim colonio) em infuso por sete dias.
Recipientes pretos (diferentes volumes): 300 ml,
500 ml, 400 ml. Usar a infuso diluda a 10% :
270 ml de gua e 30 ml de infuso;
450 ml de gua e 50 ml de infuso;
360 ml de gua e 40 ml de infuso;
Periodicidade de instalao: quinzenal.
Tempo de permanncia no imvel: sete dias.
Local de instalao: peridomiclio, em locais
sombreados, abrigados da chuva e com menor fluxo de pessoas e animais, em uma altura de aproximadamente 0,8 m a 1,5 m do cho.
Resultados: monitoramento das reas, direcionamento das aes, priorizao de reas, desencadeamento de aes intersetoriais e outros.
Planilha de acompanhamento das ovitrampas
(anexo VII).

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

23

3.2.1 Padronizao para cada tipo de criadouro

N
SCZOO

CRIADOURO

CONDUTA PACTUADA
PARA BH

OBSERVAES

Naturais: minas, axilas


de folhas (bromlias), ocos de rvores,
buracos em rochas, interndios de bambus,
bacias formadas em
razes de rvores, etc.

- Evitar o acmulo de gua


em folhas;
- Tampar buracos.
- No tratar. (**)

Axilas de folhas:
- Orientar o jato de gua no mnimo
duas vezes por semana;
- Orientar para furar as folhas na
base.
Minas:
- Instruir para drenagem.
Ocos de rvores:
- Preencher com terra ou cimento.
- No tratar.

- Como ltima
alternativa, orientar
a utilizao de gua
sanitria

Caixa d gua: qualquer depsito de gua


colocado em nvel
elevado, permitindo a
distribuio do lquido
pela fora da gravidade.

- Providenciar cobertura ou
vedao.
- Tratar como ltima alternativa. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Orientar para limpeza;
- Caso haja larvas e/ou pupas no
momento da vistoria, orientar para
retirar a gua e limpar;
- Caso no esteja tampada (vedada),
tratar, cientificar e retornar para verificar
a resoluo do problema.

Marcar com giz


de cera toda caixa
dgua vistoriada e
tratada da seguinte
forma:
T 05/07 (tratada no 5
TF 2007);
V 05/07 (vistoriada no
5 TF 2007).

Tanques (depsitos de
gua em geral mantidos ao nvel do solo).

- Providenciar cobertura ou
vedao;
- Se indispensveis, proteger/lavar, caso contrrio,
descartar.
- Tratar como ltima alternativa.(**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Se a gua no for utilizada, retirla do recipiente e guard-lo em local
coberto.

Poos / Cisternas

- Providenciar cobertura ou
vedao;
- Se indispensveis, proteger/lavar, caso contrrio,
descartar.
-Tratar como ltima alternativa.(**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.

Recipientes Domsticos: filtro, bacia,


balde, etc.

Vistoriar;
- Orientar para lavar com
freqncia;
- Guardar em local coberto.
-No tratar. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Orientar a lavar com bucha duas
vezes por semana.
- No tratar.

Barris/Tambores
(depsitos de gua
em geral mantidos ao
nvel do solo).

- Providenciar cobertura ou
vedao;
- Se indispensveis, proteger/lavar, caso contrrio,
descartar.
- Tratar como ltima alternativa. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Se a gua no for utilizada, retirla do recipiente e guard-lo em local
coberto.

24

CONDUTA DO MANUAL
DO MS14

Vasos/Jarros de Plantas -Vistoriar;


-Orientar para lavar com
freqncia;
- Proteger;
- Colocar areia.
-No tratar. (**)

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Pratos de vasos
- Priorizar a eliminao;
- Se indispensveis, manter conduta
do Manual do Ministrio.
Jarros de planta
- Orientar para desfazer da planta
aqutica, seja atravs do plantio em
terra ou da eliminao;
- Orientar a lavagem das razes e troca da gua duas vezes por semana.
-No tratar.

N
SCZOO

CRIADOURO

CONDUTA DO MANUAL
DO MS14

Bebedouros de
Animais

- Vistoriar;
- Orientar para lavar com
frequncia.
- No tratar.(**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Orientar a lavar com bucha
duas vezes por semana.
- No tratar.

Calhas

- Consertar calhas, lajes e


toldos;
- Lavar com frequncia.
- Tratar como ltima alternativa. (**)

- Fazer correo se houver necessidade para evitar entupimento;


- Orientar para a limpeza e
conservao de calhas para que
no sejam obstrudas, evitando o
acmulo de gua;
- Quando necessrio, cientificar e
retornar para verificar a resoluo do problema.
-No tratar.

Piscinas

- Lavar com frequncia;


- Proteger.
- Tratar como ltima alternativa.
(**)

- Orientar para clorar adequadamente, estando ou no em uso;


- Estando em desuso, orientar tambm para cobrir adequadamente;
- Verificando-se que no h manuteno (tratamento) adequada,
orientar para faz-lo e fechar um
prazo para uma segunda vistoria;
- Se no retorno o problema no
foi sanado, tratar e encaminhar
para a Vigilncia Sanitria.

Redes de Esgoto

-No h.

- Verificar vedao e, se necessrio, orientar para reconstituio


de tampas de caixas de gordura,
redes de esgoto, etc.;
- Se estiver entupida providenciar
o desentupimento e limpeza.
- No tratar.

Pneus

- Todos os pneus inservveis, quando possvel, devero ser removidos para


eliminao. Os utilizveis,
depois de inspecionados e
secos devem ser mantidos
em ambiente coberto,
protegidos da chuva.
- Tratar como ltima alternativa. (*)

Orientar para o descarte adequado: encaminhar para URP - Unidade de Recebimento de Pneus;
- Se indispensveis, orientar para
manter em local seco, protegido
da chuva e/ou furar;
- Caso as orientaes no sejam
seguidas, acionar a Vigilncia
Sanitria.
- Tratar como ltima alternativa.

Latas (inservveis)

- Encaminhar para destino


adequado;
- Se indispensveis,
guardar em local coberto.
- No tratar. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Priorizar eliminao;
- Orientar para colocar em local
coberto retirando a gua e lavando com bucha;
- Colocar com a boca do recipiente para baixo;
- Fazer cientificao com prazo
para resoluo;
-Avaliar necessidade de aes
especficas.

10

11

12

13

CONDUTA PACTUADA
PARA BH

OBSERVAES

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

25

N
SCZOO

CRIADOURO

CONDUTA DO MANUAL
DO MINISTRIO DA
SADE14

CONDUTA PACTUADA
PARA BH

OBSERVAES

Garrafas/Vidros
(inservveis)

- Encaminhar para destino


adequado;
- Se indispensveis, guardar em local coberto.
- No tratar.
(**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Priorizar eliminao;
- Orientar para colocar em local
coberto retirando a gua e lavando
com bucha;
- Colocar com a boca do recipiente
para baixo;
- Fazer cientificao com prazo para
resoluo;
- Avaliar necessidade de aes
especficas.

Recipientes Plsticos
(inservveis)

- Encaminhar para destino


adequado;
- Se indispensveis, guardar em local coberto.
- No tratar. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Priorizar a eliminao;
- Orientar para colocar em local
coberto retirando a gua e lavando
com bucha;
- Colocar com a boca do recipiente
para baixo;
- Fazer cientificao com prazo para
resoluo;
- Avaliar necessidade de aes
especficas.

16

Material de Construo - Encaminhar para destino


adequado;
- Se indispensveis, guardar em local coberto.
- No tratar. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Priorizar a eliminao;
- Se necessrio,orientar a lavar com
bucha duas vezes por semana.

- Consertar calhas, lajes e


toldos;
- Lavar com frequncia.
- Tratar como ltima alternativa. (**)

17

Outros: depsitos de
tipos variados como
caixas de descarga e
aparelhos sanitrios,
piles, cuias, pias,
lavatrios, regadores,
registros de gua, depsitos de geladeira,
diques de garagem,
etc.
Observaes: Cacos de
vidro no muro
Lajes

- Encaminhar para destino adequado; Providenciar escoa- Se indispensveis, manter em local mento de gua.
coberto;
- Agir de acordo com a situao,
priorizando sempre a eliminao.
- Tratar como ltima alternativa.
- Orientar o morador para quebrar
os que acumulam gua, determinando um prazo, podendo ser utilizado
o Termo de Cientificao.
- No tratar.
- Manter conduta do Manual Ministrio.

Rede Pluvial

-Vedar ralos em desuso;


-consertar os que acumulam
gua;
-lavar com frequncia.
-Tratar como ltima alternativa. (**)

Manter conduta do Manual do


Ministrio.
- Solicitar a limpeza pelo setor responsvel da regional;
- caso observado acmulo de gua,
tratar.

14

15

Observao: bocas de

18

lobo

(*) Dengue Instrues para Pessoal de Combate ao Vetor Manual de Normas Tcnicas.
(**) Ministrio da Sade Diagnstico Rpido nos Municpios para Vigilncia Entomolgica do Aedes
aegypti no Brasil LIRAa - Metodologia para Avaliao dos ndices de Breteau e Predial Braslia - DF

26

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

OBS: Os casos em que a conduta for


tratar como ltima alternativa devero
ser avaliados pelo tcnico e/ou coordenador verificando a necessidade de ao diferenciada, com relatrio tcnico e acompanhamento da atividade realizada

3.3 Tratamento perifocal


Consiste na aplicao de uma camada de inseticida de ao residual nas paredes externas dos depsitos situados em pontos estratgicos, por meio
de aspersor manual (podendo-se utilizar o aspersor
motorizado em locais onde houver indicao) com o
objetivo de atingir o mosquito adulto que a pousar
na ocasio do repouso ou da desova.
O inseticida que vinha sendo usado era a Alfacipermetrina do grupo dos piretrides que, conforme
orientao do MS, foi substitudo pelo organofosforado Fenitrothion, a partir de novembro de 2008.
A realizao de tratamento perifocal deve ser
avaliada pelo tcnico conforme necessidade, considerando situaes tais como:
dificuldade de acesso ao tratamento focal;
rotatividade de criadouros;
frequncia na presena de larvas;
perodo chuvoso;
positividade das ovitrampas no raio;
notificao de casos suspeitos/confirmados.
Recipientes que armazenam gua para o consumo humano, como caixas dgua, tonis, tanques
e outros, devero ser mantidos hermeticamente fechados; recipientes utilizados para alimentao devero ser protegidos.

3.4 Tratamento a ultra baixo volume - UBV


Consiste na aplicao espacial de inseticidas a baixssimo volume. Nesse mtodo as partculas so muito
pequenas, geralmente se situando abaixo de 30 micras de dimetro, sendo de 10 a 15 micras o dimetro
mdio.

3.4.1 UBV costal motorizado


A aplicao deve ser realizada em faixa de 10 m
de largura fazendo um ngulo o mais perpendicular
possvel, seguindo traado em sentido contrrio ao
do vento, para a proteo do operador. Necessrio
que se trabalhe em dupla, com demarcao progressiva das faixas que o operador ir percorrer.

Deve-se iniciar a
operao pelo fundo do
quintal movimentando
o bocal da bomba em
todas as direes. O intra-domiclio tratado
direcionando o inseticida atravs das janelas
e portas (trs segundos
em cada andar trreo e Foto: Cristiano Fernandes da Costa
seis segundos no andar superior).
O nmero de ciclos desta atividade de somente
1 (um), pelas seguintes razes:
Respeito ao morador (incmodo da ao, efeitos colaterais na sade das pessoas);
Limites na interveno (baixa eficcia);
Restries operacionais (a alocao de recursos
para esta atividade feita em detrimento de outras aes tambm importantes);
Risco de induo de resistncia aos produtos
qumicos (j detectado em outros locais, inclusive no Brasil);
Dar ao morador ideia de que esta ao a principal medida de combate ao vetor;
Impacto ambiental.
O produto qumico que ser utilizado a partir do
primeiro tratamento focal de 2009 ser o Malathion
que um organofosforado.

3.4.2 UBV pesado


Esta atividade de controle no utilizada em Belo
Horizonte, desde o ano de 2001, dado o baixo poder de eficcia do mtodo.

3.5 Bloqueio de transmisso


O uso do UBV deve ser restrito e transitrio, para promover a rpida interrupo da transmisso de dengue.
Associado a esta ao, deve-se priorizar a eliminao de depsitos, atravs de mutires de limpeza
e tratamento focal, avaliao de positividade das
ovitrampas e do Levantamento de ndice.
Deve-se considerar como critrios para a utilizao do UBV costal motorizado em abrangncia geogrfica as seguintes situaes:
1. Casos suspeitos de dengue, acumulados e/ou
confirmados na rea em semanas subsequentes
e o percentual de descarte para cada regio;
2. Investigao ambiental* revelando presena de
larvas e/ou vetores alados de Aedes aegypti;
3. Ovitrampas positivas sequencialmente e com ndices significativos de densidade de ovos;
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

27

4. ltima pesquisa vetorial na rea apresentando


ndices altos;
5. Avaliao de PEs prximos ao caso;
6. Pendncias elevadas de tratamento em imveis
da rea.
*Investigao ambiental: instrumento complementar que consiste em avaliar o ambiente, onde
reside o indivduo infectado pelo vrus dengue (caso
suspeito e/ou confirmado) e seu entorno (anexo XII).
Os critrios acima servem como base para uma
discusso a ser feita com a Vigilncia Epidemiolgica do Distrito Sanitrio e o nvel central da SMSA,
discusso que deve subsidiar a tomada de deciso
da realizao ou no da ao de UBV. Definindo-se
por esta ao, os Distritos Sanitrios devero passar
sistematicamente a planilha de dados de UBV, para
a GECOZ/SMSA para que possam ser digitados e
avaliados. (anexo XI).
No ano de 2002, para uniformizao das aes
de UBV nos Distritos Sanitrios, foram criadas as
medidas de controle vetorial e de bloqueio de transmisso, o que possibilitou maior integrao, melhor
planejamento e mais agilidade na execuo das
aes, tanto da Gerncia de Epidemiologia e do
Controle de Zoonoses quanto de outros setores.
POR QUE NO FAZER?
1. O Aedes aegypti vive em armrios, debaixo de
cama, etc;
2. Perodo limitado de atividade alimentar;
3. Efeito no residual do produto;

4. Ao sobre inimigos naturais do vetor (aranhas,


largatixas, liblulas, pssaros e outros);
5. Resistncia do Aedes aegypti a inseticidas convencionais que foi registrada em pases do Caribe: Temephs, Malathion, Fenitrothion e Fenthion (piretride1 cyhalothrin) reunio OPAS,
1996, Rio de Janeiro;
6. Ao no seletiva, com impacto ambiental;
7. Impacto na sade das pessoas;
8. Seleo de resistentes aos produtos qumicos.
POR QUE FAZER ?
1. Hbito do vetor: diurno;
2. Preferncia por ambientes domsticos e peridomsticos;
3. Ao complementar e rpida na reduo vetorial.

4 padronizao dos materiais de


campo
De acordo com as funes e quando no exerccio delas, exigir que os profissionais de controle de
zoonoses tragam consigo os materiais necessrios
para a execuo das aes. Para que o trabalho da
equipe seja eficiente essencial que todos possuam e zelem por seus materiais, que so os descritos
abaixo:
Bolsa de lona;
lcool 70% para remessa de larvas ao laboratrio;
Tubitos;
Bacia plstica pequena;
Bloco de anotao;

Medidas de controle vetorial/Bloqueio de transmisso


Quando fazer
Zoonoses

Epidemiologia

Casos suspeitos
Sim
No

Outros casos suspeitos ou


confirmados na rea em
semanas subsequentes?
Sim
No

Pesquisa intensificada
(pente fino)

Investigao ambiental
presena de vetor?
Sim
No

Remoo de criadouros
e tratamento focal

ltima pesquisa com


ndice alto?
Sim
No

UBV porttil
Concentrados em
quarteires prximos?
Sim
No

28

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Ponto estratgico
sob controle
Sim
No
Pendncias
Sim
No

Cola branca;
2 Pesca-larvas de nylon de cores diferentes sendo
um para coleta de amostras de focos em gua
potvel e outro para gua suja;
Espelho pequeno para examinar depsito pela
reflexo da luz do sol;
Fita mtrica;
Lpis de cera;
Lpis preto;
Borracha;
Lanterna com duas pilhas;
Lixa;
Prancheta;
Colher somente de soro;
Plstico para guardar pesca larvas;
Frasco tipo spray para acondicionamento do
lcool;
Pipeta;
Luvas descartveis;
Jarra plstica graduada;
Pote rosqueado com tampa para acondicionamento do inibidor;
Seringa de 20 a 30 ml;
Mscara descartvel;
Folhetos educativos;
Carteira de identidade;
Crach de identificao;
Croquis e mapas a serem trabalhados no dia;
Saco de lixo;
Formulrios:
. Tabela de criadouros (Anexo X);
. Tabela de semana epidemiolgica;
. Boletim dirio de tratamento (Anexo V);
. Tabela de diluio do Diflubenzuron (Anexo IX);
. Ficha de visita domiciliar (Anexo I);

Fotos: Fernanda Carvalho de Menezes

Alguns outros materiais, como a picola e a escada, devero ficar no PA e seu uso dever ser programado para reservatrio de difcil acesso tipo: calhas,
caixas dgua, lotes com reservatrios, cuja retirada
no possa ser feita imediatamente, mas que possam
ser perfurados, evitando assim o acmulo de gua.

Picola

Escada

Fotos: Fernanda Carvalho de Menezes

5 ACOMPANHAMENTOS DAS ATIVIDADES


DE CAMPO
5.1 Superviso17
Trata-se do conjunto de atividades que visam
avaliar os principais aspectos da operacionalizao
dos trabalhos desenvolvidos no campo.
Est efetivamente ligada melhoria da qualidade dos trabalhos, pela avaliao rotineira das aes,
permitindo tambm a conduo de um processo
continuado de capacitao em servio.
A superviso uma atividade que deve ser executada rotineiramente pelo ACEII/Encarregado e tambm pelos tcnicos/coordenadores.
Caractersticas:
Processo educativo contnuo;
Aplicao de conhecimentos cientficos;
Necessidade de habilidade no trato com as pessoas;
Processo democrtico e cooperativo;
Planejada com objetivos definidos;
Qualitativa e quantitativa;
Fundamentada em programas e normas;
Tem carter preventivo;
Respeita os diferentes perfis dos ACE I e Agentes Sanitrios;
Objetiva corrigir erros e estimular acertos.

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29

Resumo do Processo de Superviso


causas
Falta de capacidade tcnica
Mal entendimento ou informao insuficiente

domiciliar, conforme descrito no tem 2.7 (ficha de visita domiciliar). importante lembrar que em cada inspeo ao imvel, o agente dever cumprir sua atividade em companhia de um responsvel maior de idade.

Falta de deciso ou convico


Procedimentos falhos no trabalho
Equipe e condies ambientais insatisfatrias
Relaes e problemas sociais

solues
Treinamento adequado
Boa comunicao
Motivao e persuaso
Reviso tcnica
Promoo dos recursos necessrios
Ateno s causas determinantes e ajustamentos necessrios

5.2 Tipos e superviso


Superviso direta: Realizada com a presena do
agente.
Superviso indireta: Calculada por amostragem
(sorteio dos boletins de campo) realizada atravs de
informaes fornecidas pelos responsveis dos imveis trabalhados que tenham acompanhado a vistoria
realizada pelo agente supervisionado.
Meta:
- Mnimo de um agente/dia;
- Mnimo de cinco visitas por agente durante a
superviso;
- Mnimo de cinco agentes supervisionados por
semana.

5.3 Tcnica de visita


Abordagem adequada ao morador, lembrando
sempre dos passos: apresentao, objetivos da visita
e orientaes finais.
Concedida a licena para visita, deixar a bolsa em
local adequado, evitando entrar com a mesma no
imvel.
Vistoria externa do imvel (ptio, quintal ou jardim), seguindo sempre pela direita. Prosseguir a
inspeo do imvel pela vistoria interna, devendo
ser iniciada pela parte dos fundos, passando de um
cmodo a outro at o da frente. Em cada um deles,
a inspeo deve ser feita a partir da direita.
Concluda a inspeo, preencher a ficha de visita
30

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Fonte: FUNASA

5.4 Registros importantes no ponto de apoio


Os registros devem rotineiramente ser atualizados e acompanhados pelo ACE II/Encarregados e
tcnico/coordenador da rea:
Itinerrio afixado em local de fcil acesso e visvel a qualquer pessoa (anexo XIII);
Controle das supervises diretas e indiretas
(anexo XIV);
Controle de entrada e sada de insumos por
ponto de apoio (anexo XV);
Placas de sinalizao dos produtos qumicos;
Apostila de segurana/ produtos qumicos;
Formulrio de Controle das visitas aos PEs (pesquisa e tratamento) (anexo III);
Controle de atendimento ao Servio de Atendimento ao Cidado - SAC.

5.5 Pastas de coordenao e do ponto de apoio


O ACE II/Encarregado e o tcnico/coordenador
devero manter atualizados os dados durante o ano
nos PAs, com o objetivo de subsidiar as supervises
e os planejamentos. O coordenador de rea dever
ter seus dados consolidados e acompanhar a atualizao dos mesmos, por rea de abrangncia.

Dados que devem constar nas pastas:

5.5.1 - Caracterizao do Distrito Sanitrio:


Dados da rea geogrfica;
Populao estimada;
Limites geogrficos.

5.5.2 - Organizao Territorial


Listagem de Centros de Sade;
Nmero de Equipes de Sade da Famlia (ESF);
Listagem de hospitais pblicos e privados;
Unidade de Pronto Atendimento (UPA);
Nmero de aglomerados populacionais;
Saneamento ambiental (abastecimento de gua,
coleta de lixo e rede de esgoto);
Listagem de telefones teis (Centros de Sade,
GEREPI, GERLU, Parques e Jardins e outros).

5.5.3 - Controle do Vetor


Recursos humanos: listagem com os nomes
completos da equipe de controle de zoonoses
das reas de abrangncia e o nome do tcnico/
coordenador da rea;
Veculos: cronograma com o registro de nmero
das placas;
Controle dos equipamentos para bloqueio: registrar o nmero de patrimnio dos equipamentos sob sua responsabilidade;
Mapas: por rea de abrangncia, zoneamento
(referenciar ao PSF) e de ovitrampas;
RG: Nmero total de imveis e nmero total de
imveis para dengue;
Censo canino e felino;
Nmero de domiclios por agente, relao de
quarteires;
Relao dos PEs (tipo e endereo);
Relao dos endereos das ovitrampas;
Relao dos imveis problema (ex.: casas fechadas);
Relao das escolas pblicas estaduais e municipais, associaes comunitrias da rea de
abrangncia;
Planilha de acompanhamento de ovitrampas;
Planilha dos casos de dengue.

5.5.4 - rea de abrangncia


rea de Abrangncia:
Lista com nomes completos de:
.Tcnicos e ou coordenadores;

.ACE I e ou agente sanitrio;


.ACE II e ou encarregado;
.Nmero de imveis e quarteires;
.Nmero de imveis por agente;
.Endereos de pontos estratgicos.
Mapas com zoneamento dos agentes:
.Nmero de zonas;
.Relao de quarteiro por agente;
.Referncia por ESF;
.Endereos dos PAs;
.Nmero de ovitrampas com endereos e planilha de acompanhamentos;
.Nmero de Agente Comunitrio de Sade
(ACS) e porcentagem da cobertura da rea;
.Nmero de escolas pblicas com endereos;
.RG da rea de abrangncia;
.Relao de terreno baldio, casas fechadas,
caixas dgua descobertas.
Populao de Aglomerados:
.Abastecimento de gua por setor;
.Coleta de lixo;
.Saneamento.

6 Planejar, acompanhar e avaliar


as atividades de campo
um processo dinmico que no se prende
execuo de uma nica tarefa porque associam objetivos, iniciativas, procedimentos. Planejar definir
um conjunto de procedimentos que devem ser utilizados cotidianamente pelos responsveis por qualquer programa e que devem ser acompanhados,
observando sempre a sua evoluo para no final
medir os resultados.

6.1 Estratgias e/ou recursos necessrios para


o planejamento
INFORMAO: dispor de conhecimentos bsicos
imprescindvel para uma boa organizao e execuo das aes. Nesta fase necessrio ter sempre
atualizados os dados:
Total de domiclios das reas sob sua responsabilidade;
Total de quarteires;
Total de reas zoneadas e quantidade de equipes que compem aquela rea;
Total de pontos estratgicos e seus endereos;
Conhecer as reas de risco e nmero de habitantes.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 31

Os dados acima, contribuiro para sabermos a


necessidade de:
Recursos humanos para a execuo das atividades;
Insumos;
Materiais de consumo;
Equipamentos;
Veculos.

Tcnicas operacionais e mtodos:


importante que o tcnico/coordenador domine
as tcnicas e os mtodos utilizados pelo servio e
para isso preciso conhecer:
As etapas e metas do programa;
Os produtos qumicos utilizados e seu grau de
toxidade;
As tcnicas de aplicao;
A necessidade de capacitao dos agentes.

Indicadores:
De estrutura;
Nmero de agente imveis;
Nmero de pontos estratgicos/bombas/imveis.

Epidemiolgicos:
Incidncia de dengue/100 mil habitantes;
Incidncia de dengue hemorrgico/100 mil
habitantes;
Nmero de casos autctones de dengue notificados por localidade ou rea de abrangncia e
semana epidemiolgica de inicio de sintomas.

Entomolgicos:
ndice predial para Aedes aegypti;
ndice de Breteau para Aedes aegypti;
Frequncia relativa de depsitos positivos para
Aedes aegypti para cada tipo, por rea e ano.

Execuo:
Estabelecer as prioridades e os atores que faro
parte desta ao;
Elaborar o plano;
Executar o planejamento;
Interpretar os dados;
Avaliar se o objetivo foi alcanado e as falhas;
Propor alterao de procedimentos.

32

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

7 lista de anexos
I Ficha de Visita Domiciliar
II Formulrio de Reconhecimento Geogrfico RG
III Formulrio de Controle de Visitas de Ponto
Estratgicos-PE
IV Cientificao de Situaes de Risco Identificadas no Controle
V Boletim de Tratamento Antivetorial Boletim Dirio
VI Boletim Dirio de Pesquisa Larvria
VII Planilha de Acompanhamento de Ovitrampas
VIII Tabela para Emprego de Temephs
IX Nota Tcnica do Diflubenzuron
X Tabela de Criadouros
XI Ficha de Investigao Ambiental
XII Planilha Repasse dados de Bloqueio de
Transmisso - UBV
XIII Boletim de Itinerrio do ACE I e II/Agente
Sanitrio/Encarregado
XIV Boletim de Superviso de Campo
XV Controle de Entrada e Sada de Insumos
por Ponto de Apoio
XVI Caracterizao de lotes (sugesto)

8 Referncias Bibliogrficas
www.pbh.gov.br

Claro, Lenita Barreto Lorena, Tomassini, Hugo Coelho Barbosa, Rosa, Maria Luiza Garcia - Preveno
e controle do dengue: uma reviso de estudos sobre conhecimentos, crenas e prticas da populao. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, 20(6):1447-1457, nov-dez, 2004.
2

Frana, Elisabeth, Paula, Juliana Colen de, Silva, Rosnia Raquel, Anunciao Luciana Rodrigues Participao da Populao em Projeto de Controle de Dengue em Belo Horizonte, Minas Gerais:
uma Avaliao - Informe Epidemiolgico do SUS 2002; 11(3/4): 205 - 213.
3

Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Guia de Vigilncia Epidemiolgica - 6ed.
Braslia, 2005.

Projeto de Reestruturao de Contratao Temporria de Recursos Humanos Gerncia de Controle de


Zoonoses Maio 2006

Dirio Oficial do Municpio Belo Horizonte ano XIII N 2977 11/28/2007 - Decreto n 12.960 de 27
de novembro de 2007. Regulamenta a Gratificao de Incremento das Aes do Plano Municipal de
Sade, instituda no art. 15 da Lei n 9.443, de 18 de outubro de 2007.

Brasil. Ministrio da Sade. Desenvolvimento da Anlise da Situao de Sade. Braslia, 2007. www.
capacita.geosaude.cict.fiocruz.br/referncia.php

Pessanha, Jos Eduardo Marques, Carvalho, Fbio Raimundo. A criao de um sistema informatizado com nfase na padronizao dos mtodos, para auxiliar as aes de zoonoses no municpio
de Belo Horizonte. Revista de Informtica. Ano 1, n 1, 63-74, 1999.

Gerncia de Epidemiologia, Informao e Regulao da Secretaria Municipal de Sade - Apresentaes


Internas - Maria Cristina de Mattos Almeida.

Manual de reconhecimento geogrfico da FUNASA de 1996.

10

Manual Reconhecimento Geogrfico - Sucam 1983: http://pide.cpqrr.fiocruz.br/index.php?pagina=10&P


HPSESSID=fbcea0fe854a688c53a385bd71fcffb9 acesso em 12/12/2007.
11

Manual de Reconhecimento Geogrfico de Palmas - http://www.saude.to.gov.br/pagina_adm/download/


manual_de_rg.pdf acesso em12/12/2007.
12

Ministrio da Sade Diagnstico Rpido nos Municpios para Vigilncia Entomolgica do Aedes aegypti
no Brasil LIRAa - Metodologia para Avaliao dos ndices de Breteau e Predial Braslia DF.
13

Brasil. Fundao Nacional de Sade Dengue Instrues para Pessoal de Combate ao Vetor Manual de Normas Tcnicas. Braslia: 2001.
14

Manual de Diretrizes e Procedimentos no Controle do Aedes aegypti . Ribeiro Preto. So Paulo, 2001.

15

CUNHA, Maria da Consolao Magalhes, CAIAFFA, Waleska Teixeira, OLIVEIRA, Claudia di Lorenzo,
KROON, Erna Geesier, PESSANHA, Jos Eduardo Marques, LIMA, Joseane Aline, PROIETTI, Fernando Augusto - Fatores Associados Infeco do Dengue no Municpio de Belo Horizonte, Estado de Minas
Gerais, Brasil: Caractersticas Individuais e Diferenas Intraurbanas. Epidemiologia e Servios de Sade.
Brasilia, 17(3) : 217-230, jul-set, 2008.

16

Fundao Nacional de Sade Noes sobre Superviso Textos adaptados da publicao contribuio
ao desenvolvimento do processo de superviso MS.
17

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33

Anexos
Anexo I
Ficha de visita domiciliar

34

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Anexo II
Formulrio de reconhecimento geogrfico - RG

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35

Anexo III
Formulrio de controle de visitas de pontos estratgicos/PE

36

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Anexo IV
Cientificao de situaes de risco identificadas no controle

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37

Anexo V
Boletim de tratamento antivetorial
boletim dirio

38

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Anexo VI
Boletim dirio de pesquisa larvria

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39

Anexo VII
Planilha de acompanhamento de ovitrampa

40

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Anexo VIII
Tabela para emprego de temephs

Peso lquido de larvicida


nas medidas usadas:
Colher de soro - medida
maior: 8,1g
Colher de soro - medida
menor: 1,2g.
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41

Anexo IX
Nova tcnica do Diflubenzuron

42

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Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

43

44

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

45

46

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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47

48

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49

Anexo X
Tabelas de criadouros

50

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Anexo XI
Ficha de investigao ambiental

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51

Anexo XII
Planilha de repasse dos dados de bloqueio de transmisso - UBV

52

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Anexo XIII
Boletim de itinerrio do Agente de Combate a Endemias I e II

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

53

Anexo XIV
Boletim de superviso de campo

54

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Anexo XV
Controle de entrada e sada de insumos por ponto de apoio

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55

Anexo XVI
Caracterizao de lote

56

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