Jeová Falso Deus
Jeová Falso Deus
Jeová Falso Deus
NDICE
Deus..............................................................................005
Como surgiu a blia........................................................007
Introduo......................................................................011
O Nome de Jeov..........................................................019
O Sermo da Montanha.................................................024
Os Mal-Aventurados......................................................030
Os Bem-Aventurados....................................................038
Os Mandamentos..........................................................045
Jeov o Verdadeiro Deus?.........................................070
Jeov, o Deus dos Mortos.............................................078
Jeov e a Serpente.......................................................084
A Grande Batalha.........................................................129
As Duas Mortes............................................................131
Holocausto Perptuo....................................................138
Aberraes de Deus?...................................................154
A Contaminao...........................................................160
Jeft..............................................................................176
A Lepra de Naam........................................................185
O caso de Davi..............................................................188
Por que os Sacerdotes Mataram Jesus.........................190
O Evangelho Pregado a Abrao....................................213
O Anjo de Jeov............................................................244
A Mo de Jeov............................................................255
Quem a Mo de Jeov...............................................262
DEUS
A palavra Deus deve traduzir a idia de um ser transcendente e
absoluto em perfeio e glria. Deus est acima da obra por ele criada.
Deus incognocvel, intangvel, imutvel, inacessvel, impondervel.
Um de seus atributos a incompreensibilidade. Sua cincia e sua
sabedoria no podem ser pesquisadas pela mente humana. Sua paz
infinita no pode ser perturbada pela hostilidade das criaturas em
conflito; sua luz inacessvel no pode ser alcanada e ofuscada pelas
densas trevas que envolvem uma humanidade faminta de coisas que
passam, nem pode ser tocada pelos planos malficos e maquinaes
destruidoras, frutos da ambio dos homens.
Seu amor paternal e fecundo est sempre ocupado em melhorar a
vida das suas criaturas, em ajudar e salvar os fracassados e cados,
bombardeando incessantemente a terra com os raios luminosos desse
amor divino, derramado sobre todos, bons e maus, justos e injustos, como
diz o Evangelho.
Deus amor, e o amor no destri, no se vinga, no envia pragas
e pestes sobre os cativos do mal e do pecado, no mata ningum, antes
comunica a vida.
Este livro, em momento algum, atinge a pessoa do Deus e Pai de
Jesus Cristo, nem pe em dvida a sua obra, ou as escrituras sagradas.
Tambm no h neste livro nenhuma referncia que possa macular
a pessoa de Jesus Cristo ou a sua Igreja em todas as suas formas. Temos
profunda admirao pelo povo Judeu, um povo de fibra e f, que tem
atravessado milnio sobrevivendo a perseguies e destruies nos
cativeiros.
No somos tambm inimigos ou adversrios de Jeov, seu Deus.
Este livro o resultado de quarenta anos de exaustivas pesquisas a
respeito do Deus dos Hebreus e o Deus Pai de Jesus Cristo. Os
argumentos apresentados so todos extrados das prprias escrituras
sagradas, e atravs deles provamos que a escritura faz referncia a vrios
deuses, e no a um s.
O amigo ter muitas surpresas durante a leitura, mas no deve
parar at que chegue ao fim deste volume.
Bibliografia:
Manual Bblico de Hallev
Dicionrio Enciclopdico da Bblia Ed. Vozes
DAVIS, John D. Dicionrio da Bblia
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INTRODUO
Na noite escura da indagao sobre a existncia de Deus,
encontramos nas escrituras sagradas dezenas de pontos luminosos,
formando uma deslumbrante constelao de testemunhos que
podem conduzir um bom estudante s verdades transcendentes.
Nas escrituras sagradas, encontramos sados do mesmo
ventre como gmeos, um Caim e um Abel, isto , a bondade e a
perversidade, o amor e o dio, a luz e as trevas, o falso e o
verdadeiro, a apostasia e a perseverana.
Disse Aristteles: A verdade e a mentira no . Na Bblia, o
falso aquele que exerce as funes de quem , sem ser. "Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai, que est nos cus. Muitos
diro naquele dia: Senhor, Senhor, no profetizamos ns em teu
nome? E em teu nome no expulsamos demnios? E em teu nome
no fizemos muitas maravilhas? ento lhes direi abertamente:
nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vs que praticais a
iniquidade (Mat.7:21 a 23) Existiram as obras, os sinais, a
autoridade; existiu at a alegao de que era verdadeiro diante de
Jesus, mas era falso; a verdade no existiu.
Paulo, o apstolo, revela-nos que h deuses falsos. Ser
possvel? "Porque, ainda que haja tambm alguns que se chamem
deuses, quer no ceu quer na tefra (como h muitos deuses e muitos
senhores). Todavia, para ns h um s Deus, o Pai, de quem
tudo e para quem ns vivemos; e um s Senhor, Jesus Cristo, pelo
qual so todas as coisas, e ns por ele. " (I Cor.8:5 e 6).
Se Paulo tivesse falado que h muitos deuses e muitos
senhores na terra, poderamos imaginar que estivesse falando de
dolos ou mitos da imaginao humana, mas Paulo, o grande
Apstolo e pensador, afirma que, no cu, h muitos deuses e
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O NOME DE JOVA
O nome Jeov" no Velho Testamento era escrito com quatro
consoantes do alfabeto hebraico: "YHWH". Ningum sabia a
pronncia, e foi o prprio Jeov que a revelou a Moiss, ao p do
monte Horebe, antes da libertao do jugo egpcio: "E Deus disse
mais a Moiss: Assim dirs aos filhos de Israel: Jeov, Deus de
vossos pais, o Deus de Abrao, o Deus de Isaque e o Deus de Jac,
me enviou a vs; este meu nome eternamente, e este meu
memorial de gerao em gerao".(xo.3:15).
Quanto origem, remonta ao tempo de Enos, neto de Ado e
filho de Sete: "E a Sete mesmo tambm nasceu um filho, e chamou
o seu nome Enos. Ento se comeou a invocar o nome de Jeov
(Gn.4:26).
Aps o dilvio. Jeov se revela a Abrao, chamando-o e
fazendo-lhe promessas: "Ora, Jeov disse a Abrao: Sai-te da tua
terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu
te mostrarei: E far-te-ei uma grande nao, e abenoar-te-ei, e
engrandecerei o teu nome e tu sers uma bno, "E
ABENOAREI OS QUE TE ABENOAREM, E AMALDIOAREI
OS QUE TE AMALDIOAREM" (Gn.l2:l a 3).
Quando o rei Balaque chamou o profeta Balao para
amaldioar o povo de Israel, este respondeu a Balaque "Contra
Jac no vale encantamento, nem adivinhao contra Israel"
(Num.23:23).
"Disse Jeov a Balao: No amaldioars este povo, porquanto
bendito . (Nm.23:12) Que contra-senso de um Deus! A
maldio dos homens no valeu contra os seus benditos, e as
maldies de Jeov so fulminantes contra os indefesos
terrqueos? Para os seus apadrinhados, ele, com seu poder divino e
protetor. troca as inteis maldies em bnos, e para os que no
so seus. troca as maldies vs e inteis, frutos da
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O SERMO DA MONTANHA
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OS MALAVENTURADOS
Os primeiros mal-aventurados foram Ado e Eva. Assim
comeou o grande ministrio de Jeov: MINISTRIO DAS
MALDIES E DOS MAL-AVENTURADOS. Vamos comear o
Sermo da Montanha com as mal-aventuranas de Jeov. Ado e
Eva, puros, inocentes e cheios de iluses e planos para o futuro,
pois Ado disse: Esta agora osso dos meus ossos e carne da
minha carne; esta ser chamada varoa, porquanto do varo foi
tomada. Portanto deixar o varo o seu pai e a sua me e apegarse- sua mulher, e sero ambos uma s carne. (Gn.2:23, 24).
O primeiro presente de npcias que receberam foi uma
serpente.
O segundo mal-aventurado foi No. Homem que pregou cem
anos e ningum se converteu (II Ped.2:5). Mas como iam se
converter se eram todos malditos de Jeov? E viveu Lameque
cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, e chamou o seu nome
No, dizendo: Este nos consolar acerca de nossas obras e do
trabalho de nossas mos, por causa da terra que Jeov
amaldioou. (Gn.5:28, 29). Tambm saiu da boca do malfadado
No a maldio que caiu sobre seu neto Cana, porque Co viu a
sua nudez. A maldio foi to violenta que os cananeus se
tornaram sodomitas. E foi o termo dos cananeus desde Sidom,
indo para Gerar, at Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, e
Adm, e Zeboim, at Lasa. (Gn.l0:19). Jeov fez cumprir essa
maldio e depois destruiu essas cidades a fogo e enxofre. (Gn.
19:24, 25). No entrou na escola das maldies.
O terceiro mal-aventurado foi Abrao, que creu em Jeov, e
deixou tudo em obedincia ao chamado, mas, coagido pela fome,
desceu ao Egito, onde Sara, sua mulher, foi levada para o palcio
de Fara, tornando-se a ser sua amante. (Gn.12:10 a 16). Depois,
muito a contragosto, mas em obedincia a Jeov, Abrao teve de
mandar embora Ismael, o seu filho primognito.
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(Gn.2I:9 a 12).
O quarto mal-aventurado foi Jac, cujos filhos, com exceo
de Jos, eram invejosos, traidores, incestuosos, cruis e assassinos.
Rubem foi incestuoso (Gn.35:22). Simeo e Levi, vingativos e
assassinos (Gn.34:25 a 27). Jud praticou adultrio com a prpria
nora, Tamar (talvez o termo mais apropriado seja incesto)
(Gn.38:15 a 18). Todos juntos, por inveja, queriam matar Jos
(Gn.37:19, 20).
Jac, num desabafo de pai angustiado, disse: Tendes-me
turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra,
os cananeus e perizeus; sendo eu pouco povo em nmero, ajuntarse-o, e ficarei destrudo, eu e a minha casa. (Gn.34:30).
De outra vez, Jac, chorando disse: Tendes-me desfilhado;
Jos j no existe, Simeo no est aqui; e agora levareis a
Benjamim. Todas estas coisas vieram sobre mim. (Gn.42:36)
Tudo isso, alm dos vinte anos de trabalho forado na casa de
seu tio Labo. A cristandade toda ainda chama Jac de enganador
do prprio irmo. Ele que foi enganado, e mal-aventurado.
O quinto mal-aventurado foi Jos, vendido como escravo,
passou a vida no Egito, longe do pai a quem tanto amava; longe da
sua terra, obrigado a casar com a egpcia Asenate, filha de Potifera,
sacerdote de Om; e seus filhos foram egpcios (Gn.4l:45, 50,51).
A prova de que Jos era infeliz no Egito est no fato de fazer
seus irmos jurarem que levariam seus ossos para sua terra.
(Gn.50:25,26).
O sexto mal-aventurado foi Moiss, que serviu Jeov
quarenta anos fielmente, sofrendo tudo o que o povo sofreu,
agentando as suas queixas e provocaes, suas ingratides e
injustias, segurando um Jeov furioso e irado, que a todo
momento queria destruir o povo. Numa ocasio, a discusso
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entre Moiss e Jeov foi to dura, que Moiss pediu que seu nome
fosse riscado do livro da vida de Jeov. Por que Moiss no pediu a
morte, mas que seu nome fosse riscado do livro da vida? Porque as
pessoas quando morrem fisicamente, permanecem vivas
espiritualmente, e seus nomes continuam no livro da vida.
Conclumos que Moiss, ao pedir que seu nome fosse riscado do
livro de Jeov, preferia as trevas eternas a conviver com um Deus
sem misericrdia (Ex.32:30 a 32). Aps tanto sofrimento, tentando
conduzir o povo para o seu repouso em Cana, por quarenta anos,
Moiss recebe o prmio de Jeov: Voc no vai entrar na terra
prometida . (Num.20:9 a Deut.4:21). Realmente, Moiss foi um
mal aventurado.
O stimo mal-aventurado foi Davi, que amou a Jeov, O
buscou, glorificou-O nos seus Salmos, guerreava as guerras de
Jeov (I Sam.25:28). Todas as vezes que Jeov precisou, l estava
Davi para vencer gigantes ou exrcitos. Quantas glrias deu a
Jeov, mas contrariamente, Jeov no guerreava as guerras de
Davi. Num momento dramtico de sua vida, quando estava em luta
com as paixes da carne, Jeov ocultou-se nas trevas (Sal-18:11).
Davi perdeu a batalha. Imediatamente Jeov sacou da espada e
investiu contra Davi dizendo: Agora pois, no se apartar jamais a
espada da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher
de Urias, o heteu, para que te seja por mulher; e a Urias mataste
com a espada dos filhos de Amon (II Sam.l2:9,10).
Reconhecemos que o pecado de Davi foi grave, preciso
ponderar duas coisas:
A primeira que Abimeleque era rei de Gerar, um
incircunciso que quis tomar Sara por sua mulher, e Jeov apareceulhe em sonhos e avisou: Se voc tocar nessa mulher, um
homem morto. O motivo da proibio no era salvaguardar a
honra de Sara, pois Jeov j tinha permitido que ela fosse amante
de Fara (Gn.l2:14 a 16). O problema Jeov ter protegido um
estranho e mpio, e no ter usado da mesma
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(Mat.5:13).
Jesus afirma que a terra foi toda contaminada desde Ado, e
quando a lei foi dada por Jeov no Monte Sinai, em vez de
purificar a terra, isto , os coraes dos homens, contaminou mais,
pois pela lei vem o conhecimento do pecado, e as paixes dos
pecados so produzidas pela lei - (Rom.3:20 e 7:5). Mas agora,
disse Jesus, vs sois o sal da terra, isto , a terra vai ser purificada
pelo sal purificador do Evangelho, e pelo testemunho dos santos. E
prossegue Vs sois a luz do mundo: no se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte. Nem se acende a candeia e se
coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e d luz a todos os
que esto na casa. (Mat.5:14,15).
Agora Jesus declara que at sua vinda em carne, o mundo
estava mergulhado em trevas. Eram to densas, que o povo de
Israel, o povo de Jeov, tambm andava em trevas. (Is.9:2) - E
Jeov estava no meio deles: E vs sabereis que eu estou no meio
de Israel, e que eu sou Jeov, vosso Deus, e ningum mais (Joel.
3:17).
No executarei o poder da minha ira; no voltarei para destruir
Efraim, porque eu sou Deus e no homem; e o santo de Israel no
meio de ti (Os.l 1:9). Jeov justo no meio de Jerusalm
Jeov habita em Jerusalm (Esd.7:15).
O texto mais chocante est em Nm.35:34, No
contaminareis a terra na qual vs habitareis, no meio da qual eu
habitarei, pois eu, Jeov, habito no meio dos filhos de Israel.
Como fica? Jeov estava no meio do seu povo escolhido, e o
povo andava em trevas?
Quando Jesus chegou no meio do povo judeu, disse: Eu sou
a luz do mundo; quem me segue no andar em trevas, mas ter a
luz da vida. (Jo.8:12).
Se os sacerdotes escolhidos por Jeov para ministrar no
templo, eram os prncipes das trevas, muito mais o povo, que era
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OS MANDAMENTOS
Jesus, num monte, proclama as novas leis:
1 mandamento Ouvistes o que foi dito aos antigos: no
matars; mas qualquer que matar ser ru de juzo (Mat.5:21).
Eu, porm, vos digo que qualquer que, sem motivo se encolerizar
contra seu irmo ru de juzo; e qualquer que disser a seu irmo:
Raca, ser ru do sindrio; E qualquer que lhe disser: louco, ser
ru do fogo do inferno (Mat.5:21,22).
A primeira coisa a analisar : por que Jesus, ao dar suas leis,
compara com as de Jeov? Podia d-las sem usar de comparaes.
A resposta simples: se no comparasse, no mudaria a lei e o
velho sacerdcio levtico; no revelaria a excelncia da nova lei em
relao pobreza da velha; no revelaria que o seu ministrio
superior ao de Jeov. A comparao tem o efeito de rebaixamento
de posto do autor da lei antiga, que violada, condena o infrator
morte inexorvel: A alma que pecar, esta morrer (Ez.l8:4).
Quebrantando algum a lei de Moiss, morre sem misericrdia
(Heb. 10:28).
A lei de Jesus, ao ser violada, no mata, pois se matasse,
interromperia o processo de crescimento daquele que nasceu
novamente para a eternidade, e ainda se alimenta de leite.
A segunda coisa perguntar:
Como a justia dos discpulos de Jesus superior dos
escribas e fariseus, se a nova lei exige menos, isto , se violada no
produz a morte? A resposta simples: exige tanto que no pode
condenar. Na velha lei, o pecado s se consumava quando o
assassino matava o outro, ou por vingana, por dio, ou por outros
motivos. Mas antes de matar consumia-se de ira e dio. Na nova
lei no pode sentir ira ou dio, pois tem de amar o inimigo e
perdo-lo. (Mat.5:44). Quem aborrece o prximo est enquadrado
na lei de Cristo e quem mata est enquadrado na lei
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olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem,
assim se lhe far (Lev.24:19,20).
O teu olho no poupar; vida por vida, olho por olho, dente por
dente, mo por mo, p por p (Deut.l9:21).
Algum alegar que, naquele tempo e naquelas
circunstncias, tinha de ser aquela a lei e que no tempo de Jesus era
diferente. Eu respondo que hoje no diferente do tempo de
Moiss. Os homens so to brbaros ou piores ainda. Basta ler nos
jornais os crimes e as barbaridades que so cometidas diariamente
nos centros civilizados.
O problema do olho por olho simples: Paga-se o mal com o
mal.
A lei de Jeov ensinava a pagar o mal com o mal, pois a
lei da vingana. Em Mat.5:39, Jesus liquida com a lei do olho
por olho: Eu, porm, vos digo que no resistais ao mal; mas,
se algum te bater na face direita, oferece-lhe tambm a outra.
Isto , no te rebaixes ao mau comportamento do teu
prximo. Se teu vizinho d coices como um animal, voc vai virar
animal tambm? Essa lei de Jeov reduz o homem escala das
bestas. Quando Jesus manda oferecer a outra face, est ensinando o
perdo, a compreenso, a ajuda; oferecer a outra face buscar os
motivos da agresso; tentar arrancar o prximo da situao
inferior e primitiva, elev-lo a um estado de nobreza compatvel
com a razo humana, to prxima dos anjos. A lei de Jeov
mergulhou os homens nas densas trevas das reaes violentas e
bestiais. O Apstolo Paulo entendeu a doutrina de Cristo, dizendo:
A ningum torneis mal por mal (Rom.l2:17).
No te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem
(Rom.l2:21).
O sentimento de vingana tornou-se to acentuado em Israel,
por causa do olho por olho, que foram edificadas seis cidades para
os que temiam vinganas, pois a lei de Jeov no ensina o perdo
(Nm.35:9 a 12). Olho por olho exclui o perdo
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e estimula o dio.
Lei do olho por olho, dente por dente incorporou-se de tal
maneira na cultura do povo hebreu que qualquer tipo de bem que
se fazia era cobrado igualmente. Se um hebreu ficava enfermo, seu
vizinho cuidava da sua plantao, mas considerava como um
crdito para quando ficasse doente. Qualquer favor ou ato de
bondade tinha de ser compensado. Era a lei do olho por olho e
dente por dente, que Jesus aniquilou no Sermo da Montanha,
estabelecendo a verdadeira lei do amor desinteressado e sublime,
prprio dos filhos de Deus Pai.
Jesus continua: E ao que quiser pleitear contigo, tirar-te o
vestido, larga-lhe tambm a capa (Mat.5:40).
Este ensinamento refere-se disputa entre dois scios num
negcio, ou dois irmos herdeiros dos mesmos bens. O filho de
Deus no entra nessas questes mesquinhas, pois tem alvos mais
sublimes pela lei do amor.
Se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele
duas (Mat.5:41).
Aqui Jesus ensina a terminar bem o bem que foi comeado.
Um parente ou um amigo est necessitado e obriga o prximo a
uma ajuda pesada numa hospedagem prolongada, por exemplo.
Depois de alguns meses, o amigo ou o parente, sobrecarregado,
estraga o bem que fez atropelando o hspede e criando um inimigo
por causa da caridade mal-feita. Jesus est modelando o carter dos
discpulos nas veredas do amor. D a quem te pedir, e no te
desvies daquele que quiser que lhe emprestes (Mat.5:42).
Jesus nos ensina o desprendimento das coisas materiais, to
til para revelar um carter nobre e to danoso ao egosta e
avarento. A lei do olho por olho de Jeov tornava os homens
mesquinhos.
Analisemos o comportamento de Jeov em relao ao mal:
Jeov paga o mal com o mal, paga o bem com o mal e paga com o
mal a quem no fez nem mal nem bem. Provemos:
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a) Ouve tu, terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o
prprio fruto dos seus pensamentos; porque no esto atentos s
minhas palavras e rejeitam a minha lei. Porque Jeov dos
exrcitos, que te plantou, pronunciou contra ti o mal, pela maldade
da casa de Israel e de Jud. (Jer.l 1:17).
Em Lev.26:40,41, Jeov diz: Eles andaram contrariamente
para comigo, eu tambm andei contrariamente e os fiz entrar na
terra dos seus inimigos.
b) Jeov pagou com o mal pelo bem que recebeu de Moiss,
que, por quarenta anos, padeceu fome, afrontas e queixas do povo
de Jeov e intercedeu por eles, at expondo a vida. O prprio Jeov
testificou Moiss como um varo fiel e humilde, mais que todos.
Pois a paga que Jeov deu ao pobre Moiss foi: E disse-lhe
Jeov: Esta a terra que jurei a Abrao, a Isaque, e a Jac,
dizendo: A tua semente a darei; mostro-ta para a veres com os teus
olhos, porm para l no passars. (Dcut.34:4).
Ainda bem que Moiss viu o visvel, mostrado por Jeov,
mas creu no invisvel, na herana celestial, pela f. Mas h um caso
pior que o de Moiss: quando Davi decidiu levar a arca do concerto
de Jeov, da casa de Abinadabe, em Gibe, para Jerusalm,
puseram-na em um carro novo, e os filhos de Abinadabe, Uz e
Ai, guiavam o carro. Davi e toda a casa de Israel alegravam-se
perante Jeov; com toda a sorte de instrumentos (harpas, saltrios,
tamboris, pandeiros e cmbalos). Chegando a eira de Nacom, o
carro inclinou e a arca de Jeov comeou a cair. Uz, filho de
Abinadabe, que por muitos anos cuidou da arca em sua casa,
segurou com as mos para que no casse. Jeov, irado porque Uz
teve a imprudncia de tocar na arca, fulminou o jovem, que caiu
morto. Foi assim que Jeov pagou Abinadabe por zelar pela arca
quarenta anos, e tambm pelo cuidado e zelo de Uz. Jeov
estragou a festa de Davi. (II Sam.6:9,10).
c) Jeov paga com o mal a quem no fez nem bem nem
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mal.
Preparai a matana para os filhos por causa da maldade de seus
pai (Is.l4:21).
E veio a palavra de Jeov a Jeremias, dizendo: Manda a todos os
do cativeiro, dizendo: Assim diz Jeov acerca de Semaas, o
neelamita: porquanto Semaas vos profetizou, e eu no o enviei, e
vos fez confiar em mentiras, portanto assim diz Jeov: Eis que
visitarei a Semaas, o neelamita e a sua descendncia; ele no ter
ningum que habite entre este povo... (Jer.29:30a32).
d) Jeov o criador do mal (Is.45:7) - Queria o mal de
Jerusalm (Jer.21) - Ele poderia vigiar o bem para salvar o seu
povo, mas vigia o mal para destruir. (Dan.9:13,14) - Chegou a ser
arguido por Moiss: Jeov! Por que fizeste mal a este povo? Por
que me enviaste? (Ex.5:22,23).
e) Jeov ensina a pagar o mal com o mal: Afligireis os
midianitas, e os ferireis, porque eles afligiram a vs outros...
(Nm.25:17,18).
Um deus que tem uma escola do mal, s pode ser um deus
mau.
6 mandamento Ouviste o que foi dito: Amars o teu
prximo e aborrecers o teu inimigo. Eu, porm, vos digo: Amai os
vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que
vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem
(Mat.5:43,44).
Jeov ensinava o seu povo a guardar rancor contra os
adversrios, a cultivar o dio contra os inimigos, e em seguida, a
aguardar oportunidade para a vingana. Diz a Escritura: Jeov
um Deus zeloso e que toma vingana; Jeov toma vingana e
cheio de furor; Jeov toma vingana contra os seus adversrios e
guarda a ira contra os seus inimigos (Na.l:2).
Jesus, ordenando aos discpulos que amem os inimigos, e os
abenoem, coloca Jeov abaixo dos homens, pois os inimigos no
so dominados pela violncia e sim pelo amor.
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cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. H um que vos
acusa, Moiss, em quem vs esperais. (Jo.5:45).
Jeov criou para si um povo imperfeito, como diz Isaas:
Agora, pois, ouve, Jac, servo meu, e tu Israel, a quem escolhi.
Assim diz Jeov, que te criou e te formou desde o ventre, e que te
ajudar. (Is.44:1, 2).
A todos que so chamados pelo meu nome, e os criei para minha
glria; eu formei sim, eu os fiz. Trazei o povo cego, que tem olhos,
e os surdos, que tm ouvidos. (Is.43:7, 8).
Criou para sua glria um povo cego e surdo desde o ventre?
Criao imperfeita! E por que eram imperfeitos? Porque a medida
da perfeio foi dada no monte Sinai. A lei de Jeov perfeita e
refrigera a alma (Sal. 19:7)
Como pode ser perfeita uma lei que no aperfeioa ningum?
Porque o precedente mandamento ab-rogado por causa da sua
fraqueza e inutilidade. (Heb.7:18).
Uma lei perfeita que fraca e intil? E o escritor continua:
(Pois a lei nenhuma coisa aperfeioou), e, desta sorte,
introduzida uma melhor esperana, pela qual chegamos a Deus.
(Heb.7:19).
Uma lei, dada por Jeov, que no conduz a Deus no
perfeita, antes intil. Paulo aponta onde est a imperfeio da lei:
Que diremos pois? a lei pecado? De modo nenhum; mas eu no
conheci o pecado seno pela lei; porque eu no conheceria a
concupiscncia, se a lei no dissesse: No cobiars. (Rom.7:7).
A lei boa porque probe, e m porque revela o mal
proibido, e assim a fora do pecado a lei. (I Cor. 15:56).
A medida da perfeio no Novo Testamento Cristo, pois
Paulo diz: At que todos cheguemos unidade da f e ao
conhecimento do Filho de Deus, a VARO PERFEITO, medida
da estatura completa de Cristo.(Ef.4:13).
Temos assim duas medidas dadas por Deus: A LEI E
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JEOV E A SERPENTE
Ento Jeov Elohim disse serpente: Porquanto fizeste isto,
maldita sers mais que toda besta e mais que todos os animais do
campo, sobre o teu ventre andars, e p comers todos os dias da
tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua
semente e a sua semente; esta te ferir a cabea e tu lhe ferirs o
calcanhar. (Gn. 3:14,15).
Este dilogo entre Jeov Elohim e a serpente revela que no
so a mesma pessoa. Assim, temos, de maneira clara, trs pessoas
distintas neste texto: Jeov, a serpente e Elohim, pois Jeov afirma
que superior a Elohim, como lemos no (Sal.97:9). Pois tu,
Jeov, s o altssimo em toda a terra, muito mais elevado que
todos os Elohins.
Estes trs personagens esto ligados desgraa e
condenao de Ado e de seus descendentes. H entretanto um
detalhe a ser observado neste quadro: a serpente enganadora
Satans, ou o diabo, ou drago, segundo a Bblia: E foi
precipitado o grande drago, a antiga serpente, chamada diabo, e
Satans, que engana a todo o mundo. (Apoc.l2:9).
O detalhe interessante que, para a serpente, o homem e
Jeov so iguais, pois tentou a ambos, e ambos caram nas suas
malhas. No livro de J, o tentado no foi o homem, mas sim Jeov,
que enganado pela serpente, feriu a J duas vezes, na expectativa
de que, sendo ferido, blasfemaria diante da face de Jeov, o que
no aconteceu. Foi enganado, porque J no blasfemou e as
desgraas foram inteis. Pode um Deus verdadeiro ser enganado
pelo diabo? Pode um Deus bom ser manipulado pelo diabo e
submeter seus servos fiis suplcios atrozes sem razo? (J
1:6al2e2:la7).
Pode um Deus real ser tentado pelo mal, se est escrito que
no pode? Ningum, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado;
porque Deus no pode ser tentado pelo mal, e a
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seguros; nas suas mos Deus lhes pes tudo. (J 12:6) - Levam
o jumento do rfo, tomam em penhor o boi da viva, desviam do
caminho o necessitado; e os miserveis da terra juntos se
escondem. Eis que, como jumentos monteses no deserto, saem
sua obra, madrugando para a presa; o campo raso d mantimento
a eles e a seus filhos. No campo regam o seu pasto, e vindimam a
vinha do mpio. Ao nu fazem passar a noite sem roupa, no tendo
ele coberta para o frio. Pelas correntes das montanhas so
molhados, e, no tendo refgio, abraam-se com as rochas. Ao
orfozinho arrancam do peito, e aceitam o penhor do pobre.
Fazem com que os nus vo sem vestido e aos famintos tiram as
espigas. Dentro dos seus muros fazem o azeite; pisam os lagares, e
ainda tm sede. Desde a cidade gemem os homens, e a alma dos
feridos clama, E CONTUDO DEUS LHO NO IMPUTA COMO
LOUCURA (J 24:3 a 12).
A impresso que fica que Jeov no estava interessado em
preservar e assegurar a retido de J, mas em destru-la, pois no
mesmo livro lemos: Porventura o homem ser de algum proveito
a Jeov? Antes a si mesmo o prudente ser proveitoso. Ou tem o
todo poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que
tu faas perfeitos os teus caminhos? (J 22: 2,3).
A lei de Jeov era boa e santa (Rom.7:12), mas tinha dois
defeitos: PROTEGIA O PECADOR E DERRUBAVA OS
JUSTOS. Vejamos: os dez mandamentos eram a lei moral que
proibia o pecado, por isso era boa. Mas Jeov estabeleceu a lei
cerimonial ministrada pelo sacerdcio levtico. Nestas cerimnias,
o pecador oferecia sacrifcios a Jeov pelas mos dos sacerdotes,
para expiar os pecados, e assim era justificado. Ora, o justo, vendo
que o mpio perverso, aps ter feito o mal, atravs de sacrifcios era
tido por Jeov como justo, era ento estimulado a fazer o mal e
depois a oferecer bodes e bezerros, pois no tinha lucro em
permanecer puro com tanto esforo. Era mais fcil ter um curral de
bodes.
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teu nome? E ele disse: Jac; No se chamar mais o teu nome Jac, mas
Israel; pois como prncipe lutaste com Deus e com os homens e
prevaleceste. E Jac lhe perguntou, e disse: D-me, peo-te a saber o teu
nome. E disse: Porque perguntas pelo meu nome? E abenoou-o ali.
(Gn. 32:24 a 29). Como prncipe lutou com o anjo, e prevaleceu;
chorou e lhe suplicou. Em Betel o achou, e ali falou conosco. Sim, com o
Senhor, o Deus dos exrcitos (Os. 12:4,5).
O varo que lutou com Jac e foi vencido era um anjo, (Elohim).
E o anjo falou que Jac havia lutado com Elohim; e Osias diz que esse
Elohim Jeov: se Jeov tem corpo como os anjos, anjo, e Deus no
tem corpo, logo, Deus, o Pai de Jesus, no Jeov. E tambm o Deus Pai
Esprito e invisvel. Deus Esprito, e importa que os que o adoram
o adorem em esprito e em verdade." (Jo.4:24) "Ora, ao Rei dos
sculos, imortal, invisvel, ao nico Deus, seja honra e glria para todo
1 o sempre. (I Tim.l:17).
O que acabamos de provar que Jeov se revelou como Deus, mas
no , pois Deus no d testemunho de si mesmo. E ainda mais, usando
como provas de sua divindade pragas, pestes, maldies, destruies,
mortandades e cativeiros. Todos os que olham para Jeov pensam ver
Deus nas suas palavras, mas vem o adversrio nas suas obras.
Se Jeov, sendo anjo, se apresenta como Deus, ento quem ? Se o
diabo o pai da mentira, como diz Jesus em (Jo.8:44), por que foi Jeov
que ps o esprito da mentira na boca dos falsos profetas? (I Rs.22:23).
Se no mesmo texto de Joo, Jesus afirma que o diabo o homicida, por
que Jeov era o matador do Velho Testamento? Matar pecadores fazer
justia, mas matar inocentes homicdio em massa: Preparai a
matana para os filhos por causa da maldade de seus pais. (Is.l4:21).
Jesus afirma que os maus cuidam bem dos filhos que certamente
no so bons, pois dificilmente um pai mau gera filhos bons. (Luc.ll:13) .
O prprio Jeov atesta isso com suas
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em (Ex.20:2 e Deut.3:22).
ADONAY. Esta palavra se traduz como Senhor. Abrao
disse: Adonay Jeov, isto . Senhor Jeov: (Gn. 15:8). Alm de
qualificar a pessoa como Senhor, como em (Gn. 24:18), Rebeca
chama o servo de Abrao de Adonay (Senhor), e o servo de Abrao
chama a Abrao Adonay. (Gn. 24:37). Jesus Senhor, logo, no
Velho Testamento aplica-se Adonay a Jesus Cristo. No (Sal.
110:1), Jeov convida Adonay para assentar-se sua direita, e
Jesus confirmou que era Ele o Adonay. (Mat.22;41 a 45). Concluise que Jeov e Adonay so duas pessoas diferentes.
EL SHADAY. Traduz-se por Deus Todo Poderoso. Jeov
apareceu para Abrao e disse: Eu sou El Shaday, isto , sou Deus
Todo Poderoso. (Gn.17:1). Mas em (Ex. 6:3), Jeov diz: Eu
apareci a Abrao, a Isaque, e a Jac, como o Deus Todo Poderoso
(El Shaday); mas pelo meu nome, Jeov, no lhes fui perfeitamente
conhecido. Jeov aqui est afirmando que El Shaday no uma
imagem exata de sua pessoa e no reflete tudo o que Jeov . Se
assim, no so a mesma pessoa. Vou exemplificar: Jos se
apresentou aos irmos como sendo Fara; mas seus irmos no
perceberam que era Jos. (Gn.42: 5 a 8). Por mais que Jos
tentasse ser diferente, no conseguia. (Gn.42:24). Quando Jos se
revelou aos irmos, o seu choro foi to alto que os egpcios
ouviram. (Gn.45:l a 3). Vemos que quem , , e no pode deixar
de ser. Jos no deixava claro ser o amoroso Jos, mesmo debaixo
das roupas e aparncia de egpcio. Algum poder dizer: mas Jeov
no revelou em El Shaday todo o seu amor como aconteceu com
Jos. Se amor se traduz pela peste, Jeov ama muito, pois no livro
de (Hab.3:5) lemos: Adiante de Jeov vai a peste, e raios de fogo
sob seus ps. Porque enviarei contra ele a peste, e o sangue
nas suas ruas e os traspassados cairo no meio dela, estando a
espada em roda contra ela; e sabero que eu sou o Senhor.
(Ez.28:23).
A espada de Jeov a peste. (I Crn.21:12) Que espada
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(Lev.25:42 eS1.44:12).
Ser Jeov o pai de Jesus, o Deus mau, que depois de males
sem conta, praticados contra seu prprio povo, manda o Filho,
manso e humilde, para mudar sua imagem? Seria como o marido
que maltrata a esposa, e depois usa o filhinho para atra-la
novamente. Este quadro no nada convincente para uma
inteligncia observadora. Quem poder confiar num pai que vende
os filhos uma vez? Digo mal: vendeu muitas vezes, em numerosos
cativeiros. Deus, o Pai, amor, bondoso e jamais entregou o seu
povo. Alis, Paulo retrata o carter do Pai em (Rom.8:31 a 39):
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus por ns quem ser
contra ns? Aquele que nem mesmo a seu prprio filho poupou,
antes o entregou por todos ns, como nos no dar com ele todas
as coisas? Quem intentar acusao contra os escolhidos de
Deus? Deus quem os justifica. Quem os condenar? Pois
Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos,
o qual est direita de Deus, e tambm intercede por ns. Quem
nos separar do amor de Cristo? A tribulao, ou a angstia, ou a
perseguio, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como est escrito: Por amor de ti somos entregues morte todo o
dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em
todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que
nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida,
nem os Anjos, nem os Principados, nem as Potestades, nem o
presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem
alguma outra criatura poder nos separar do amor de Deus, que
est em Cristo Jesus nosso Senhor.
A Bblia fala de dois tipos de morte: a fsica e a espiritual. A
morte fsica, morte da carne, no considerada por Jesus como
verdadeira e absoluta, pois todos, bons e maus, vo ressuscitar no
fim dos tempos para serem julgados. Porque todos havemos de
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o que tiver feito por meio do
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estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princpio com
Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que
foi feito se fez. Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
(Jo.l:l a 4). Jesus Cristo, na cruz, fez propiciao a Deus pelos
pecados dos cristos e tambm por todos os que no so cristos,
todos aceitos por Deus, ao contrrio de Jeov. (II Jo.2:2). Tambm
Paulo nos revela que o Pai prova o seu amor para conosco, pois
Cristo morreu por ns, mesmo ns sendo pecadores. (Rom.5:8).
Por este texto entendemos que o Pai amava os pecadores quando
Jeov os odiava. Ainda no mesmo captulo, Paulo diz: Porque se
ns, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de
seu Filho, muito mais agora, estando j reconciliados, seremos
salvos pela sua vida. (Rom.5:10). Atravs deste texto ficamos
sabendo que o Pai ama os inimigos sem que eles o amem, e enviou
Jesus para morrer por eles e reconcili-los com o Pai, ao contrrio
de Jeov. Leiamos (Na.1:2): Jeov um Deus zeloso e que toma
) vingana; Jeov toma vingana e cheio de furor; Jeov toma )
vingana contra seus adversrios, e guarda ira contra seus
inimigos. Que diferena entre o Pai e Jeov! Entre um e outro vai
a distncia do cu ao inferno.
Paulo fala: Isto , Deus estava em Cristo reconciliando )
consigo o mundo, no lhes imputando os seus pecados, e ps em )
ns a palavra da reconciliao. (II Cor.5:19). Como acontece a
reconciliao com o Pai? A imagem de Jeov, era a de um Deus
tirnico, cruel, vingativo, destruidor, furioso, injusto. Os judeus,
decepcionados; ficaram inimigos desse Deus. segundo as palavras
de Paulo em (Rom.5:10). O profeta Jeremias tambm se
decepcionou, dizendo: Iludiste-me Jeov, e iludido fiquei; mais
forte foste do que eu, e prevaleceste; sirvo de escrnio todo o dia;
cada um deles zomba de mim. Porque desde que eu falo, grito;
clamo; violncia e destruio; porque se tornou um oprbrio para
mim, e um ludibrio todo o dia. Ento eu disse: no me lembrarei
mais dele. e no falarei mais no seu nome.
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A GRANDE BATALHA
A tentao de Jesus era composta por trs pessoas. Duas
delas ns j conhecemos, so Jesus e o diabo; e a terceira? Em
(Luc.4:l) lemos: E Jesus, cheio do Esprito Santo, voltou do
Jordo e foi levado pelo Esprito ao deserto; e quarenta dias foi
tentado pelo diabo. Mas em (Mat.4:l), est escrito: Ento foi
conduzido Jesus pelo Esprito ao deserto, para ser tentado pelo
diabo. Reparemos no seguinte detalhe: o Esprito o autor do
episdio da tentao? Como pode ser isso? A Palavra de Deus
afirma: Ningum, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado
porque Deus no pode ser tentado pelo mal, e a ningum tenta.
(Tg.l:13) Se Deus, o Pai, a ningum tenta, como pde o seu
Esprito Santo conduzir Jesus ao deserto para ele ser tentado
pelo diabo? Estaria o prprio Deus tentando a Cristo, ou melhor,
conduzindo-o pelo caminho da tentao? Ora, o Esprito Santo
de Deus o mesmo Deus, porque Deus o Esprito. (Jo.4:24).
Paulo ensina que, quando o Esprito Santo habita dentro do
Cristo, Deus quem est habitando:Porque, por ele, ambos
temos acesso ao Pai, em um mesmo Esprito. Assim que, j no
sois estrangeiros, nem forasteiros mas concidados dos santos e
da famlia de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apstolos e
dos profetas, de que Jesus Cristo a principal pedra da esquina;
No qual, todo o edifcio, bem ajustado, cresce para templo santo
no Senhor. No qual, tambm, vs, juntamente, sois edificados para
morada
de
Deus
em
Esprito.
(Ef.2:18a22).
Tambm lemos na primeira carta de Joo, no captulo 5, verso 7:
Porque trs so os que testificam no cu: O Pai, a Palavra e o
Esprito Santo; e estes trs so um.
Ora, se o Esprito Santo e o Pai so um, e o Pai a ningum
tenta, nem causa ou veculo de tentao, conclumos que o
esprito que conduziu Jesus ao deserto para ser tentado pelo diabo
no o Esprito Santo. (Mat.4:l). Observando com ateno a
narrativa de (Luc.4:l), percebemos que ali haviam dois espritos: o
Esprito Santo, que era o Pai dentro dele para resistir e vencer Satans,
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AS DUAS MORTES
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O HOLOCAUSTO PERPTUO
Este ser o holocausto contnuo por vossas geraes, porta da
tenda da congregao perante Jeov, onde vos encontrarei, para
falar contigo ali. (Ex. 29:42).
No Velho Testamento, o Deus Jeov exigia satisfao pelo
pecado, inexistente no Novo Testamento, pois em (II Cor.5:19),
lemos: Isto , Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o
mundo, no lhes imputando os seus pecados; e ps em ns a
palavra da reconciliao. L, o pecador era tido por inimigo, e
aqui tido por amigo? L cobrava o pecado e aqui no cobra? L
havia condenao e aqui, salvao? Como fica?
Ou Deus mutvel ou imutvel; ou faz acepo de pessoas
ou no; ou o Deus Jeov e o Deus Pai de Jesus Cristo no so a
mesma pessoa.
O primeiro homem, Ado, pagou com a vida a
desobedincia. E ordenou Jeov Elohim (Jeov Deuses) ao
homem dizendo: De toda a rvore do jardim comers livremente;
mas da rvore da cincia do bem e do mal, dela no comers;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrers.
(Gn.2:16,17). Ado e sua mulher, desobedecendo, comeram o
fruto proibido. Ento Jeov Elohim disse: Eis que o homem
como um de ns, sabendo o bem e o mal; ora pois, para que no
estenda a sua mo, e tome tambm da rvore da vida, e coma e
viva eternamente; Jeov Elohim, pois o lanou fora do jardim do
Eden, para lavrar a terra de que fora tomado. (Gn.3:22,23).
Para Jeov Elohim, a culpa de Ado foi to grave, que lanou a
maldio da morte sobre toda a sua descendncia, com todo tipo de
pestes e pragas. (Gn.3:17al9).
O pecado e o mal passaram a fazer parte da natureza humana:
Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim tambm a morte passou a todos os homens,
por isso que todos so pecadores. (Rom.5:12).
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ABERRAES DE DEUS?
Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e
cujo nome SANTO: Num alto e santo lugar habito.
(Is.57:15).
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi Jeov assentado sobre
um alto e sublime trono, e o seu squito enchia o templo. Os
serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas; com duas
cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus ps e com
duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: SANTO,
SANTO, SANTO JEOV DOS EXRCITOS; toda a terra est
cheia da sua glria. (Is.6:l a 3). Dai a Jeov a glria devida ao
seu nome; adorai a Jeov na beleza da sua santidade. (Sal.29:2).
Tu s to puro de olhos, que no podes ver o mal, e a
vexao no podes contemplar. (Hab.l:13).
Passando pois Jeov perante a sua face, clamou: Jeov,
Adonai, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande
em beneficncia e verdade (x.34:6).
Misericordioso e piedoso Jeov; longnimo e grande em
benignidade (Sal.l03:8).
A bondade, a piedade, a misericrdia e longanimidade so
atributos da santidade, to bem proclamados pelo prprio Jeov.
No ano em que veio Tart a Asdode, enviando-o Sargom,
rei da Assria, e guerreou contra Asdode, e a tomou; falou Jeov,
pelo mesmo tempo, pelo ministrio de Isaas, filho de Ams,
dizendo: Vai, solta o cilcio de teus lombos, e descala os sapatos
dos teus ps. E ASSIM O FEZ, INDO NU E DESCALO. Ento
disse Jeov: Assim como o meu servo Isaas andou trs anos nu e
descalo, por sinal e prodgio sobre o Egito e sobre a Etipia,
assim o rei da Assria levar em cativeiro os presos do Egito, e os
exilados da Etipia, tanto moos como velhos, nus e descalos, e
com as ndegas descobertas, para vergonha do Egito. (Is.20:l a
4).
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A CONTAMINAO
Jeov era deus santo e puro e zelava pela pureza do seu povo,
para que no se contaminasse. Um israelita no podia tocar corpos
de mortos, pois ficava imundo sete dias. No podia comer certos
tipos de carne, pois ficaria imundo (Lev.ll:8). Se bebesse vinho,
ficava imundo (Lev.l0:9, 10). A prtica do sexo, para Jeov, era
por si s imundo, mesmo praticado no matrimnio: Tambm o
homem, quando sair dele a semente da cpula, toda a sua carne
banhar com gua, e ser imundo at a tarde. Tambm todo o
vestido, e toda a pele em que houver semente da cpula, se lavar
com gua, e ser imundo at a tarde, e tambm a mulher, com
quem o homem se deitar com semente da cpula, ambos se
banharo com gua, e sero imundos at a tarde. (Lev.l5:16 a
18).
No te deitars com a mulher do teu prximo para te
contaminares com ela pela cpula (Lev.18:20).
Como pode um deus to zeloso da pureza ordenar a
contaminao do seu templo? E disse-lhes: Contaminai a casa e
enchei os trios de mortos (Ez.9:7). Se pelo menos tivesse dito:
Como a maldade da casa de Israel e de Jud muito grande, eu
quis ao menos poupar o templo e o santurio onde habita a minha
glria, mas foi impossvel Assim no seria o autor da
contaminao do santurio. Mas foi o contrrio (Ez.9:9,10).
As promessas de Jeov so de arrepiar os cabelos. No livro
de Deuteronmio, ele faz promessas monstruosas aos que
transgridem suas leis: Teus filhos e tuas filhas sero dados a
outro povo, os teus olhos o vero, e aps deles desfalecero todos
os dias; porm no haver poder na tua mo (Deut.28:32).
Desposar-te-s com uma mulher, porm outro homem
dormir com ela (Deut.28:30).
Que comportamento estranho para um deus que se diz
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Sam.l3:13,14).
Achei a Davi, meu servo; com o meu santo leo o ungi. Com ele a
minha mo ficar firme, e o meu brao o fortalecer. Ele me
invocar dizendo: Tu s o meu pai, meu Deus, e a rocha da minha
salvao. Tambm por isso lhe darei lugar de primognito; falo-ei mais elevado do que os reis da terra. A minha benignidade
lhe guardarei para sempre, e o meu concerto lhe ser firme, e
conservarei para sempre a sua descendncia, e o seu trono como
os dias do cu (Sal.89:20,21e 26 a 29). Convm lembrar o que
Jeov disse de si mesmo: Deus no homem para que minta, nem
filho do homem para que se arrependa (Nm.23:19). E Jeov,
para revelar a Davi e humanidade que ele um Deus verdadeiro e
fiel, reafirma sua promessa: No quebrarei o meu concerto, no
alterarei o que saiu dos meus lbios. Uma vez jurei por minha
santidade que no mentirei a Davi (Sal.89: 34, 35).
Davi, por seu lado, amava profundamente a Deus, mas era
homem sujeito a pecar: Eis que em iniqidade fui formado, e em
pecado me concebeu minha me. (Sal.51:5).
Davi, apesar de amar a Jeov, cometeu um pecado grave.
Cometeu um adultrio com a mulher de um de seus mais bravos e
fiis generais. Como a mulher concebeu um filho, Davi,
desesperado pelas conseqncias de tal procedimento, urdiu um
plano para remediar ou resolver a situao: que o marido se
deitasse com a esposa para se tornar o pai do bastardo rejeitado.
Como o marido no quis de modo nenhum se deitar com a esposa,
Davi o mandou para a frente de batalha condenando-o morte.
Que crime hediondo para Davi!
Jeov, irado, mandou imediatamente o profeta Nat
repreender Davi com as seguintes palavras: Porque, pois,
desprezaste a palavra de Jeov, fazendo o mal diante de seus
olhos? A Urias, o heteu, feriste a espada, e a sua mulher tomaste
por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom.
Agora, pois, no se apartar a espada jamais da tua
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acusou Davi como autor do crime por ter ordenado que colocassem
Urias na frente da batalha; ao afirmar que ia suscitar o mal dentro
da casa de Davi e que outros tomariam suas mulheres, tornou-se o
autor do estupro de Tamar. Aps o incesto, enxotada da casa de
Amnom como uma mulher vulgar, Tamar tirou as vestes reais,
jogou cinza sobre si, colocou as mos sobre a cabea e saiu
chorando e clamando. Absalo, seu irmo, soube da violncia e
desonra da irm e, depois de dois anos, preparou um banquete. Os
convidados eram seus irmos. L pelas tantas, deu ordem aos
servos para assassinarem Amnom. E a fria de Jeov que no
esquece e no perdoa. A justia de Jeov no a do Deus Pai de
Jesus Cristo, cheio de amor, mas a justia injusta. Davi matou
um, Jeov mata trs, pois Absalo foi atravessado por Joabe.
Absalo, aps o fratricdio, foge e, aps trs anos, volta e
promove uma revolta por meio de bajulaes aos cidados, e
calnias contra o pai, formando um grupo de simpatizantes. O
levante do filho contra o prprio pai aconteceu. Davi, com a
conscincia culpada, resolve fugir. Absalo chega a Jerusalm e
ocupa o trono. Ento, Absalo, aconselhado por Aitofel, sbio
conselheiro de Davi, porm um traidor, colocou uma tenda no
terrao do palcio real e, vista de todo o povo, copulou com todas
as concubinas de seu pai Davi. Foi um espetculo digno de
Sodoma, sob as ordens do deus Jeov, que destruiu Sodoma e
Gomorra por pecados semelhantes. Jeov o autor do primeiro
cinema pornogrfico. Finalmente, Deus se considera no direito de
fazer escola. O Reino de Israel acabou h 2.600 anos, o templo de
Salomo foi destrudo, o sacerdcio eterno dos levitas sumiu, mas
a pornografia ficou.
Olhando desgraas, mortes, estupros, incestos, vinganas,
rebelies e maldies acontecidos na vida de Davi, nos lembramoos do que Jeov falou a seu servo Moiss: E Jeov desceu numa
nuvem, e se ps ali junto a ele; e ele apregoou o nome de Jeov.
Passando pois Jeov perante a sua face,
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pareceu bem aos seus olhos fazer. Ento veio a mim a palavra de
Jeov, dizendo: No poderei eu fazer de vs como fez este oleiro,
casa de Israel? Diz Jeov: Eis que, como o barro na mo do
oleiro, assim sois vs na minha mo, casa de Israel. (Jer.l8:l a
6).
Tendo cado em idolatria e imoralidade, Jeov os entrega na
mo dos midianitas por sete anos (Jui.6:l). Chegou a vez de
Gideo, um dos mais brilhantes heris do Velho Testamento. O
povo estava acossado e empobrecido pelos midianitas e
amalequitas, que clamaram a Jeov em desespero. Jeov envia um
profeta, que lembra ao povo as libertaes operadas pelo seu
grande Deus, termina dizendo: Eu sou Jeov, vosso Deus
(Jui.6;l a 10).
O anjo de Jeov aparece a Gideo, debaixo de um carvalho e
diz: Jeov contigo, varo valoroso (Jui.6: 12). Chamado pelo
seu Deus, Gideo trouxe como presente bolos asmos, carne e
ingredientes. Foi tudo colocado sobre uma penha e consumido
pelo toque divino do anjo. Gideo edificou ali um altar a Jeov.
Todos estes lances cinematogrficos absorvem e encantam: a
prova do velo de l e o orvalho, feito por Gideo; a seleo dos
trinta e dois mil valentes (de incio vinte e dois mil covardes
voltaram atrs); a prova das guas que eliminou mais nove mil e
setecentos. Com trezentos homens, Gideo obrou prodgios, tocou
buzinas e quebrou cntaros vazios. Um espetculo to sofisticado
como os mais requintados da Broadway. Por trs, o projeto
destruidor do carter do povo que o Pai predestinou para a
santidade. O prprio Gideo, aps seus triunfos, cai em pecado da
idolatria, e Jeov despeja sua ira sobre seus setenta filhos,
matando-os impiedosamente pelas mos de Abimeleque, tambm
seu filho: E fez Gideo um dolo, e p-lo na sua cidade, em Ofra;
e todo Israel se prostituiu ali aps ele; E FOI POR TROPEO A
GIDEO E A SUA CASA (Jui.8:27e9;4, 5).
o caso de perguntar, mais uma vez a Jeov, o Deus cuja
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JEFT
Voltamos ao caso de Jeft, o filho de uma prostituta, porm
varo valente e valoroso (Jui.11:1). Os filhos de Israel estavam
acossados pelos filhos de Amom. Foram, ento, convidar Jeft para
conduzi-los a uma soluo vantajosa no conflito, surgido de uma
questo de terras. Jeft reuniu seu exrcito para a peleja, mas,
temendo o poderio dos filhos de Amom, pediu um voto a Jeov,
dizendo: Se totalmente deres os filhos de Amom na minha mo,
aquilo que, saindo da porta da minha casa, me sair ao encontro,
voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso ser de Jeov, e o
oferecei em holocausto. (Jui.l 1:30,31).
Jeft feriu os filhos de Amom mortalmente, numa vitria
sensacional, pois Jeov deu os filhos de Amom na sua mo:
Vindo pois, Jeft; a Mizp, sua casa, eis que a sua filha lhe saiu
ao encontro com adufes e com danas, e era ela s, a nica, no
tinha outro filho nem filha. (Jui.l 1:34). Quando Jeft a viu,
rasgou os seus vestidos, e disse: Ah! Filha minha, muito me
abateste, e s dentre os que me turbam! Porque eu abri a minha
boca a Jeov, e no tornarei atrs. E ela lhe disse: Pai meu,
abriste a tua boca a Jeov; faze de mim como saiu da tua boca,
pois Jeov te vingou dos teus inimigos, os filhos de Amom. Disse
mais a seu pai: Faa-se-me isto; deixa-me por dois meses que v, e
desa pelos montes, e chore a minha virgindade, eu e as minhas
companheiras. E disse ele: Vai. E deixou-a ir por dois meses;
ento foi-se ela com as suas companheiras, e chorou a sua
virgindade pelos montes. E sucedeu que, ao fim de dois meses,
tornou ela para seu pai, o qual cumpriu nela o seu voto que tinha
votado; e ela no conheceu varo. E daqui veio o costume em
Israel. Que as filhas de Israel iam de ano em ano a lamentar a
filha de Jeft, o gileadita, por quatro dias no ano. (Jui.11:35 a
40).
O primeiro ponto a ponderar que Jeov se fez igual a
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A LEPRA DE NAAM
Naam, chefe do exrcito do rei da Sria, era um grande homem
diante do seu senhor, e de muito respeito, porque por ele Jeov
dera livramento aos siros; e era este varo homem valoroso,
porm leproso. E saram, tropas da Sria, e da terra de Israel, e
levaram presa uma menina que ficou ao servio da mulher de
Naam. E disse a menina sua senhora: Oxal meu senhor
estivesse diante do profeta que est em Samaria: Ele o restauraria
da sua lepra (II Rs.5: 1 a 3).
Sabedor desta boa notcia, Naam falou com o rei e obteve
licena para ir a Israel, a fim de que o profeta Eliseu o restaurasse
da lepra. Chegou o grande general Naam porta da casa de
Eliseu, o profeta de Israel, com seus cavalos, servos e seu carro.
Ento Eliseu mandou um mensageiro, dizendo: - Vai e lava-te sete
vezes no rio Jordo, e a tua carne te tornar, e ficars purificado.
Naam, depois de muito relutar, acabou aceitando o conselho dos
seus prudentes servos. Ento desceu, mergulhou no Jordo sete
vezes e a sua carne tornou como a carne de um menino e ficou
purificado.
Ento, voltou casa do homem de Deus, com toda a sua
comitiva, e disse: - Eis que tenho conhecido que no h em toda a
terra um Deus seno o de Israel. Agora, toma, pois, um presente da
minha mo. Eliseu respondeu: - Vive Jeov, em cuja presena
estou, que nada tomarei da tua mo. E Naam se foi de volta, feliz,
para a Sria.
Ento Geazi, o servo de Eliseu, foi atrs de Naam, e
alcanando-o, disse-lhe: Meu Senhor, Eliseu mandou dizer: -Eis
que vieram a mim dois mancebos dos filhos dos profetas; d-lhes,
pois, um talento de prata e duas mudas de vestidos. E disse Naam:
- S servido tomar dois talentos e as duas mudas de vestidos.
Chegando Geazi presena do profeta Eliseu, este o repreendeu
com as seguintes palavras: Porventura no foi contigo o meu
corao, quando aquele homem voltou de sobre o
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O CASO DE DAVI
Quando o rei Saul morreu, o general Abner constituiu
Isbosete, filo de Saul, como rei em seu lugar. Por outro lado, Davi
aclamado rei em Jud. Houve algumas escaramuas. Isbosete
assassinado e Abner passa para o lado de Davi e fizeram aliana.
Joabe tinha um irmo chamado Asael. Este Asael, quando os dois
exrcitos estavam em guerra, perseguiu Abner e acabou sendo
morto. Ento Joabe assassinou Abner traio por dois motivos:
para vingar a morte do irmo morto, e para no perder o lugar de
general. Quando Davi soube da histria, disse: Inocente sou eu, e
o meu reino, para com Jeov, para sempre do sangue de Abner.
Fique-se sobre a cabea de Joabe e sobre toda a casa de seu pai, e
nunca da casa de Joabe falte quem tenha fluxo, nem quem seja
leproso, nem quem se atenha ao bordo, nem quem caia a espada,
nem quem necessite de po (II Sam.3:28 a 30).
Vamos perguntar a Davi: Davi, por favor, explique-nos a
sua atitude. Voc tem um corao conforme o corao de Deus
(Atos 13:22). Como pde lanar sobre a descendncia de Joabe
cinco maldies? Os descendentes so inocentes! Davi tinha um
corao como o de Jeov e lanou cinco maldies sobre os
inocentes descendentes de Joabe, revelando que isso estava no
corao de Jeov. Que aberrao! No Novo Testamento est
escrito: Abenoai aos que vos perseguem, abenoai e no
amaldioeis (Rom.l2:14).
Este o Esprito de Cristo. Amaldioando o seu prximo
voc no revela ter um corao igual ao de Jesus Cristo, mas igual
ao de Jeov. A luz do Novo Testamento, ningum pode ter um
corao como o de Cristo sem nascer de novo, logo Davi teve um
corao como o de Jeov (Jo.3:3 a 6). O esprito de Jeov opera o
bem e o mal (Lam.3:38). Davi, conforme o esprito de Jeov,
operou o bem e o mal conjuntamente. O bem, ao repreender Joabe,
e o mal, ao penalizar seus descendentes.
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Jeov a Ezequiel:
A alma que pecar, essa morrer (Ez. 18:4). A Jeov, o Senhor,
pertencem as sadas da morte (Sal.68:20). Agora entendemos
porque Jeov no queria a converso dos judeus e por isso os
cegou para que no aceitassem a Cristo. Queria-os mortos, pois
Jeov o deus dos mortos.
Isaas diz: Porque com fogo e com a sua espada entrar
Jeov em juzo com toda a carne; E OS MORTOS DE JEOV
SERO MULTIPLICADOS (Is. 66:16).
Jeov d tanto valor morte, que, falando do novo cu e da
nova terra, diz: Porque, como os cus novos, e a terra nova, que
hei de criar, estaro perante a minha face, diz Jeov; assim h de
estar a vossa posteridade e o vosso nome. E ser que desde uma
lua nova at outra, e desde um sbado at ao outro, VIR TODA
CARNE ADORAR PERANTE MIM, DIZ JEOV, E SAIRO, E
VERO OS CORPOS MORTOS DOS HOMENS QUE
PREVARICARAM CONTRA MIM: PORQUE O SEU BICHO
NUNCA MORRER, NEM O SEU FOGO SE APAGAR; E
SERO UM HORROR PARA TODA A CARNE (Is.66: 22 a 24).
Os leitores podem imaginar Jeov criando um novo cu e
uma nova terra e obrigando os seus salvos a contemplar
eternamente um monturo de defuntos ptridos? esse o mtodo de
Jeov fazer com que os homens no pequem?
O Pai, ao contrrio, o Deus da vida: Porque a vida foi
manifestada, e ns a vimos e testificamos dela. E vos anunciamos
a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi, manifestada (IJo.l:2).
E a vida eterna esta; que te conheam a ti s, por nico Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste ( Jo.l7:3).
Agora vamos ver o novo cu e a nova terra, que Jesus vai
criar: E vi um novo cu, e uma nova terra. Porque j o primeiro
cu e a primeira terra passaram, e o mar j no existe. E eu, Joo,
vi a santa cidade, a nova Jerusalm, que de Deus
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Outro (Is.45;18).
Mas Jesus disse: QUEM FALA DE SI MESMO BUSCA A
SUA PRPRIA GLRIA, MAS O QUE BUSCA A GLRIA
DAQUELE QUE O ENVIOU, ESSE VERDADEIRO. E NO H
NELE INJUSTIA (Jo.7:18).
E clamava Jesus no templo, ensinando, e dizendo: vs conheceisme, e sabeis donde sou; e eu no vim de mim mesmo, mas aquele
que me enviou verdadeiro, o qual vs no o conheceis
(Jo.7:28).
Com isto, Jesus declarava que quem o enviou no foi o Jeov
que eles conheciam. Os judeus no suportaram estas palavras
contra Jeov e queriam matar a Jesus.
Quarto - Jesus afirmou que ningum pode ir ao Pai sem
passar:
Porque eu sou Jeov teu Deus, o Santo de Israel, o teu
salvador (Is.43;3).
Eu, eu sou Jeov, e fora de mim no h salvador
(Is.43:11). Com estas palavras, Jeov chama Jesus de mentiroso,
ou h duas salvaes. Para mim, creio ser mais racional dar crdito
a Jesus, que no falava de si mesmo nem buscava a sua prpria
glria. No pode haver dois caminhos, porque os judeus mataram
Jesus Cristo para ficar com Jeov. Esto at hoje orando a Jeov no
Muro das Lamentaes, sem Jesus Cristo e sem salvao.
Se Jesus mentiu, Jeov o Pai, mas se Jesus falou a verdade,
Jeov no o Pai, nem salvador, mas mentiroso. Que um
mentiroso? o que promete e no cumpre, ou o que conta lorotas,
ou passa pelo que no . Jeov primeiro salva e depois destri os
que no crem, e Jesus salva quem primeiro cr. So mtodos
diferentes. Vejamos: Mas quero lembrar-vos, como a quem uma
vez soube isto, que havendo o Senhor (Jeov), salvo um povo,
tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que no creram
(Jud.5).
Vejamos agora o mtodo de Jesus: Quem crer e for
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Glorie (Ef.2:8,9).
No Velho Testamento, era o esforo humano, mas no Novo
Testamento, a misericrdia divina. Um rico aparecia diante de
Jeov com bois gordos, ovelhas e cabritos em abundncia, mas
havia pobres que no tinham o que oferecer. Nesse caso, o pecado
no era perdoado. (Ridculo!) (Lev.4:20). Jeov exigia: Ningum
aparecer vazio perante mim. Pode no haver comida na mesa,
mas o sacrifcio obrigatrio.
A lei de Moiss, isto , de Jeov, foi extinta na Igreja pela
sua fraqueza e inutilidade, e concomitantemente tambm os
sacrifcios da lei.
Porque mudando-se o sacerdcio, necessariamente se faz
tambm mudana da lei. Porque aquele de quem estas coisas se
dizem, pertence a outra tribo, da qual ningum serviu no altar.
Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Jud, e
concernente a essa tribo nunca Moiss falou em sacerdcio
(Heb.7:12 a 14).
Porque o precedente mandamento ab-rogado (suprimido) por
causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa
aperfeioou), e desta sorte introduzida uma melhor esperana
pela qual chegamos a Deus (Heb.7:18,19).
Por estes textos, vemos que a lei e os sacrifcios foram
reprovados e anulados pelo Pai. O sacerdcio Levtico, que
ministrava aqueles sacrifcios, considerado falso pelo Apstolo
Pedro, que, falando da Igreja, diz: Mas vs sois a gerao eleita,
O SACERDCIO REAL, A NAO SANTA, O POVO
ADQUIRIDO, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Ped.2:9).
E possvel aceitar um sacerdcio que no seja real? Jeov
estabeleceu um sacerdcio que no real? Algum dir: O
sacerdcio Levtico era figura do sacerdcio de Cristo. A figura
permanece diante do original, pois ambos caminham na mesma
direo. Abel foi figura da morte de Cristo, e permanece depois
que Cristo veio (Heb.12:24). Jos no Egito figura de Cristo
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ungir um de seus filhos para ser o novo rei. Samuel ento lhe disse:
Saul vai saber disso e vai me matar!. Ento disse Jeov: Toma
uma bezerra das vacas em tuas mos, e dize: Vim sacrificar a
Jeov. A verdadeira inteno da misso era ungir um novo rei;
Jeov encobre a verdade usando como artifcio um sacrifcio? Isso
mentira de Jeov, e alm da mentira ficamos sabendo que os
sacrifcios de Jeov eram s fantasia e no tinham valor algum.
Paulo, servo de Deus e apstolo de Jesus Cristo, segundo a f
dos eleitos de Deus, E O CONHECIMENTO DA VERDADE, QUE
SEGUNDO A PIEDADE. Em esperana da vida eterna, a qual
DEUS, QUE NO PODE MENTIR, prometeu antes dos tempos
dos sculos (Tt.l:l e 2)
Este texto revela duas coisas importantes: a primeira que a
verdade segundo a piedade, e no segundo o furor da ira.
Biblicamente o furor maldito: Simeo e Levi so irmos; as
suas espadas so instrumentos de violncia. No seu secreto
conselho, no entre minha alma, com a sua congregao minha
glria no se ajunte; porque no seu furor mataram vares, e na
sua teima arrebataram bois. Maldito seja o seu furor, pois era
forte, e a sua ira, pois era dura (Gn.49:5-7)
O povo de Israel, ao p do monte Sinai, tinha feito um
bezerro de ouro fundido. Quando Moiss, o servo de Jeov,
descendo do monte o viu, aconteceu o seguinte: Ento peguei as
duas tbuas, e as arrojei de ambas as minhas mos, e as quebrei
aos vossos olhos, e me lancei perante Jeov, como dantes,
quarenta dias e quarenta noites; no comi po fiem bebi gua, por
causa de todo o vosso pecado, que haveis pecado, fazendo o mal
aos olhos de Jeov, para o provocar a ira. Porque temi, por causa
da ira e do furor, com que Jeov tanto estava irado contra vs,
para vos destruir; porm ainda por esta vez Jeov ouviu. Tambm
Jeov se irou muito contra Aro para o destruir; mas tambm orei
por Aro (Deut.9:17-20).
No livro de xodo, as palavras de Jeov foram: Agora,
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O ANJO DE JEOV
Quem o anjo de Jeov? Jesus tambm tem um anjo. Quem
esse anjo? Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas
coisas nas Igrejas; eu sou raiz e a gerao de Davi, a
resplandecente estrela da manh. (Apoc.22:16). Revelao de
Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as
coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou,
e as notificou a Joo, seu servo. (Apoc.l:l).
Jesus tem um anjo que testifica a sua obra, a sua natureza
divina como Filho de Deus, a sua obra salvfca e as suas
revelaes a seus discpulos. Mas quem o anjo de Jesus?
Vejamos: esse anjo realizou toda a obra de Cristo e da Igreja aps a
ressurreio e ascenso de Jesus aos cus. Foi ele que abriu as
portas da priso, onde foram lanados os apstolos pelas mos do
sumo sacerdote e seus sequazes da seita dos saduceus, invejosos
dos sinais, prodgios e maravilhas que eles faziam. Diz assim o
texto bblico: E a multido dos que criam no Senhor, tanto
homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que
transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e
em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este
passasse, cobrisse alguns deles, e at das cidades vizinhas
concorria muita gente a Jerusalm conduzindo enfermos e
atormentados de espritos imundos, os quais todos eram curados.
E levantando-se o sumo sacerdote, e todos os que entravam com
ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja, e
lanaram mo dos apstolos, e os puseram na priso pblica. Mas
de noite um anjo do Senhor abriu as portas da priso, e tirando-os
para fora, disse: Ide, e apresentai-vos ao templo, e falai ao povo.
(At.5:14 a 20). (Este anjo do Senhor o anjo de Jesus).
Mais frente, Herodes mandou encerrar Pedro na priso com
a inteno de mat-lo, sob a guarda de muitos soldados. Diz
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A MO DE JEOV
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tem poder para cumpri-las, deixa de ser Deus. Seria mais sbio no
fazer promessas vs.
Segundo o ensinamento do Novo Testamento, Jesus Cristo
fez a promessa de dar aos seus discpulos um reino eterno, e no
foram os pecados dos discpulos que anularam a promessa, pois
Jesus, na cruz, desfez os pecados para conservar a promessa.
Os pecados de prostituio dos filhos do sacerdote Eli eram
muito graves e, em conseqncia, Jeov permitiu que os filisteus,
inimigos mortais de Israel, tirassem a arca do concerto do
tabernculo que estava em Sil. Levando-a cidade de Asdode,
colocaram-na junto do deus Dagom, no seu templo. E diz a
palavra que A MO DE JEOV SE AGRAVOU SOBRE OS DE
ASDODE, E OS ASSOLOU E OS FERIU COM HEMORRIDAS,
A TODOS (I Sam. 5:6)
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QUEM A MO DE JEOV?
Aps o adultrio com Batseb, Davi tentou de diversas
maneiras que Urias se deitasse com a esposa para se tornar o pai da
criana concebida no adultrio; mas Urias negou-se a se deitar com
a esposa de forma to obstinada que Davi, planejando despos-la,
concebeu um plano: mandar Urias frente da peleja, pois Israel
estava em guerra contra os filhos de Amom.
Joabe, seu capito, recebendo a carta lacrada pelas mos do
pobre e inocente Urias, cumpriu fielmente as ordens. Colocou o
condenado na frente mais violenta da batalha e saiu de trs. Morreu
Urias o heteu. Davi, apaixonado, desposou Batseb e ficou livre do
escndalo. Jeov esperou a consumao total do crime hediondo,
motivado pela escravido do sexo e mandou o profeta Nat a Davi
com a seguinte mensagem: Por que, pois, desprezastes a palavra
de Jeov, fazendo o mal diante dos seus olhos? A Urias, o heteu,
feriste espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher, E A ELE
MATASTE COM A ESPADA DOS FILHOS DE AMOM. (II Sam.
12:9).
Quem matou a Urias foram os filhos de Amom, mas para
Jeov, quem matou foi Davi, autor intelectual e mandante, isto ,
os filhos de Amom foram a mo de Davi para matar Urias.
Temos um outro caso interessante no Novo Testamento. Os
prncipes dos sacerdotes entregaram Jesus nas mo de Pilatos para
que o matasse. Leiamos o texto: Portanto, estando eles reunidos,
disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabs ou Jesus
chamado Cristo? Porque sabia que por inveja o haviam entregado.
E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer:
No entres na questo desse justo, porque num sonho muito sofri
por causa dele. Mas os prncipes dos sacerdotes e os ancios
persuadiram a multido que pedisse Barrabs e matassem Jesus. E,
respondendo o presidente, disse-lhes: qual desses dois quereis
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