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Transporte Aeroviário

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Captulo 6

TRANSPORTE AEROVIRIO

PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DAS


MODALIDADES DE TRANSPORTE
AREA (ou AEROVIRIA)

Esta modalidade de transporte apresenta grande velocidade do meio


de transporte;

Atinge regies inacessveis para outros modais;

Possui menor capacidade em peso


comparativamente aos outros modais;

No atende aos granis;

Possui fortes restries s cargas perigosas;

Pelas suas caractersticas de velocidade e custos elevados,


normalmente esta modalidade utilizada para cargas de alto valor,
transporte de passageiros ou situaes de emergncia;

volume

das

cargas,

O Transporte areo necessita, alm das aeronaves, de


elevados investimentos na construo de aeroportos e nos
sistemas de proteo ao vo;
Esta modalidade de transporte perde muito de sua flexibilidade
de deslocamento pela necessidade de apoio terrestre para se
desenvolver.

Custos Fixos altos;


Custos Variveis altos.

TRANSPORTE AREO NO BRASIL


O gerenciamento do Transporte Areo Brasileiro feito pelo Ministrio da
Defesa (Comando da Aeronutica) com a finalidade de apoiar, controlar e
desenvolver a aviao civil no Brasil.
O principal organismo brasileiro a ANAC Agncia Nacional da Aviao
Civil que substituiu o DAC (Departamento da Aviao Civil).
A ANAC, vinculada Secretaria de Aviao Civil da Presidncia da
Repblica, uma autarquia especial, caracterizada por independncia
administrativa, autonomia financeira, ausncia de subordinao
hierrquica e mandato fixo de seus dirigentes, que atuam em regime de
colegiado.
Tem como atribuies regular e fiscalizar as atividades de aviao civil e
de infraestrutura aeronutica e aeroporturia. Para tal, o rgo deve
observar e implementar as orientaes, diretrizes e polticas estabelecidas
pelo governo federal, adotando as medidas necessrias ao atendimento
do interesse pblico e ao desenvolvimento da aviao.

ATIVIDADE REGULATRIA DA ANAC


Pode ser dividida em duas vertentes:
Regulao tcnica: busca principalmente a garantia da segurana aos
passageiros e usurios da Aviao Civil, por meio de regulamentos que
tratam sobre a certificao e fiscalizao da indstria. Isto decorre da
necessidade de que as operaes areas cumpram rgidos requisitos de
segurana e de treinamento de mo de obra.
Regulao econmica: refere-se ao monitoramento e possveis
intervenes no mercado de modo a buscar a mxima eficincia. Para
tanto, so emitidos regulamentos que abrangem no somente as
empresas areas, mas tambm os operadores de aerdromos.
importante ressaltar que no esto no campo de atuao da
ANAC as atividades de investigao de acidentes aeronuticos e o controle
do espao areo, que ficam a cargo, respectivamente, do Centro de
Investigao e Preveno de Acidentes (CENIPA) e do Departamento de
Controle do Espao Areo (DECEA).

DECEA (DEPARTAMENTO DO CONTROLE DO ESPAO AREO)


o rgo que tem a responsabilidade de gerenciar todo o sistema de
proteo ao vo no Brasil.

Centro Integrado de Defesa Area


e Controle de Trfego Areo
(Cindacta):
cada uma das Unidades
da Fora Area Brasileira que
executam as atividades de controle
do trfego areo comercial e militar,
vigilncia do espao areo e
comando das aes de defesa area
no Brasil.

PRINCIPAIS ORGANISMOS INTERNACIONAIS NO


SETOR DE TRANSPORTE AREO
OACI - Organizao da Aviao Civil Internacional (sigla em ingls:
ICAO) : tem sede em Montreal (Canad), congrega mais de 150 pases,
aonde se discutem e fixam direitos e deveres de seus membros,
homogeneizando o transporte areo internacional.
IATA - Associao Internacional do Transporte Areo: congregando
companhias areas de quase todo o mundo, definem tarifas e condies de
servio para os transportadores.
ACI - Conselho Internacional dos Aeroportos: rene as principais
companhias administradoras de aeroportos, a INFRAERO a
representante brasileira.

FAA - Administrao Federal da Aviao: rgo regulamentador norteamericano cujos padres so reconhecidos internacionalmente.

AEROVIAS
O transporte aerovirio tem suas vias calculadas,
constituindo-se em rotas, localizadas atravs de satlites
geoestacionrios. As regras de operao so discutidas e
implementadas pela Organizao da Aviao Civil Internacional
OACI, complementadas pelos regulamentos internos dos pases, que
organizam e disciplinam a utilizao de seu espao areo.
Nas rotas muito frequentadas, regras mais restritas de
navegao foram impostas, com determinao de horrios, altura de
voo e faixas de largura bem delimitada, constituindo-se as chamadas
aerovias, com igual procedimento na aproximao dos aeroportos,
formando-se cilindros virtuais de aeronaves em espera de
aterrisagem.

UMA VISO DAS AEROVIAS

Malha
Aeroviria
Brasileira

SISTEMA DE ATERRISSAGEM POR INSTRUMENTOS


DAS AERONAVES

ILS (Instrument Landing System)

um dispositivo que fornece


informaes essenciais: o eixo da pista e a
planeio. O sistema auxilia o piloto no pouso
teto e visibilidade restritas, cujos
previamente definidos pela categoria do ILS.

ao piloto duas
trajetria ideal de
sob condies de
parmetros so

Ver vdeo

H trs categorias de ILS:


Cat I: Altura mnima 60 m / Visibilidade: Entre 800 e 550 m;
Cat II: Altura mnima 30 m / Visibilidade: No menos que 300 m;
Cat III: A: Altura mnima 30 m / Visibilidade: 175 m
B: Altura mnima 15 m / Visibilidade: 175 m
C: Teto ZERO / Visibilidade ZERO
Conforme o exposto acima, a altura e a visibilidade
variam de acordo com a categoria do sistema. No caso do ILS
Cat 3A, a aeronave conduzida at uma altura de 30 metros
sobre a cabeceira da pista, exigindo tambm uma visibilidade
mnima de 175 metros como parmetro para o prosseguimento
do pouso. Essa visibilidade medida por um instrumento
chamado RVR (Runway Visual Range, em portugus,
Visibilidade ao Nvel da Pista).
Ver vdeo de um pouso

SISTEMA ANTICOLISO DE AERONAVES


TCAS (do ingls Traffic Collision Avoidance System, que
significa "Sistema Anticoliso de Trfego") um pequeno conjunto de
equipamentos eletrnicos de bordo que constitui um sistema de segurana
de voo. incorporado s aeronaves com o objetivo de evitar colises areas
com outras aeronaves.
O TCAS funciona atravs da comunicao eletrnica entre todas as
aeronaves que estejam equipadas com um transponder apropriado. Utiliza a
frequncia de 1030 MHz para "interrogar" todos os transponders das
aeronaves que estejam ao seu alcance. Os transponders dessas aeronaves
ento "respondem" a interrogao, utilizando a frequncia de 1090 MHz.
Este ciclo de "perguntas e respostas" eletrnicas pode ocorrer diversas vezes
por segundo.

Atravs dessa troca constante de dados, o computador interno do


TCAS constri um mapa tridimensional das aeronaves que se encontram no
espao areo circunvizinho e abastece esse espao tridimensional com
informaes tais como localizao, rumo, altitude e velocidade das demais
aeronaves. Utilizando esses dados, o sistema ento projeta a posio futura
de todas as aeronaves, e assim determina os potenciais riscos de coliso.
importante salientar que o TCAS (e suas variantes) interage
apenas com aeronaves que possuam transponder e estejam com ele ligado
(em operao).
O uso do TCAS obrigatrio em todas as aeronaves de transporte
areo comercial, e tambm naquelas com peso mximo de decolagem
superior a 5700Kg ou que tenham mais de 19 assentos (independentemente
de serem usadas para transporte comercial).

FUNCIONAMENTO DO TCAS
Quando a resposta do transponder de uma aeronave recebida, a
aeronave detectada passa a ser exibida em um display, no painel de
instrumentos, e tanto a posio quanto o movimento relativo entre as
aeronaves passam a ser avaliados. Quando a distncia e/ou a trajetria
relativa entre elas atinge um certo nvel de risco, o sistema emite uma
mensagem oral ("Traffic! Traffic!") aos pilotos. Se a situao evolui para um
grau de perigo de coliso, o sistema emite comandos orais e visuais, no
painel da aeronave, indicando manobras evasivas a serem empregadas
imediatamente pelo piloto em comando. Esse comando visual e oral

chamado RA (Resolution Advisory ou Aviso de Resoluo). Quando a


aeronave conflitante tambm for equipada com o sistema TCAS, as
manobras evasivas so negociadas pelos equipamentos entre si, de modo
que os RAs ou avisos de resoluo sejam dados aos pilotos em direes

divergentes.

EXEMPLO DE USO DO TCAS


Na imagem, pode-se observar a
presena de dois avies situados frente
do atual avio: um encontra-se 800 ps
mais alto (indicao "+08"), em trajetria de
descida (pequena seta orientada para
baixo), portanto em risco de coliso; o
outro avio encontra-se mais frente e 600
ps mais alto (indicao "+06"), em altitude
constante (ausncia de seta). O cone em
formato de losango (ou diamante)
representa uma aeronave e fica "slido"
(preenchido) quando a aeronave est
dentro da regio de risco -- como o caso
da primeira -- e "vazio" (oco, no
preenchido) quando a aeronave est fora
da regio de risco -- como o caso da
segunda aeronave.

Ver vdeo

GERAES DE TCAS
TCAS I
O TCAS I a primeira gerao de tecnologia de evitao de coliso.
um sistema mais barato e menos capaz que os modernos TCAS II. O TCAS I
monitora a situao de trfico ao redor da aeronave em um raio de 65 km e
oferece informaes de rumo e altitude de outras aeronaves. Alm disso, o
sistema gera alertas de coliso na forma de TA (Traffic Advisory ou Aviso de
Trfego).
O TA alerta ao piloto que outra aeronave est prxima de sua
vizinhana, emitindo um alerta sonoro de "traffic, traffic", mas no oferece
nenhuma forma de correo. Cabe ao piloto e ao controle de trfego decidir o
que fazer. Quando a ameaa termina, o sistema anuncia "clear of conflict", ou
livre de conflito.

TCAS II
O TCA II a segunda gerao desse tipo de instrumento e atualmente
usado na maioria da frota da aviao comercial.
O TCAS II oferece todos os benefcios do TCAS I, mas oferece ao
piloto instrues orais para que o perigo seja evitado. Os avisos podem ser do
tipo "corretivos" que sugerem ao piloto mudanas de altitude atravs de alertas
do tipo "descend, descend" ou "climb, climb" (desa, desa ou suba, suba), ou
preventivos que sugerem aes. Outros alertas podem ser emitidos, entre eles
"Monitor Vertical Speed", que sugere ao piloto que monitore sua velocidade
vertical.
O sistema TCAS II opera de forma sincronizada entre todos os avies
de uma mesma vizinhana. Se em um deles o TCAS II alerta o piloto a descer,
em outra aeronave o sistema informa o comandante a subir, maximizando
assim a separao entre duas aeronaves.

TCAS III
O TCAS III a prxima gerao dos sistemas anticoliso, e
atualmente encontra-se em fase de desenvolvimento. O sistema dever
permitir aos pilotos manobras horizontais, alm das manobras verticais
disponveis nas duas classes atuais. O sistema poder instruir o comandante a
"virar direita e subir", enquanto na outra aeronave o alerta seria de "virar
esquerda e descer", permitindo total separao entre os avies: tanto vertical
como horizontal.

ALARMES FALSOS
Apesar dos sistemas ocasionalmente dispararem alarmes falsos, os
pilotos so instrudos a considerarem verdadeiras todas as mensagens do
TCAS e imediatamente responderem aos Ras (Avisos de Resoluo). Tanto a
FAA como as autoridades de aviao dos pases signatrios da ICAO
estabelecem que, em caso de conflito entre as mensagens do TCAS e as do
controle de trfego areo, devem ser seguidas as mensagens do TCAS.

AERONAVES
As aeronaves podem ser de propriedade de:
empresas comerciais de aviao;
organismos governamentais;
pessoas fsicas e jurdicas diversas.
Constituem territrio do pas em que esto
registrados. Sua passagem e aterrisagem por outras
naes, no caso de aeronaves comerciais, obedecem
Conveno de Chicago (liberdades do ar).

Podem ser de uso:


Militar:

Geral:

Comercial:

TIPOS DE AERONAVES
H inmeros modelos de avies, os quais podem ser classificados
em trs tipos de acordo com a sua configurao e utilizao:
Full Pax Avio de Passageiro
Aeronaves exclusivamente para transportar passageiros. Possuem o
deck superior destinado para o transporte de passageiros e o deck inferior
para as cargas como bagagens e pacotes.
Combi Avio Misto
Utilizadas para o transporte de passageiros e cargas. Semelhante ao
Full Pax o andar inferior destinado as cargas. J no andar superior, ao fundo
da aeronave, separadamente da ala de passageiros, a qual fica na frente,
tambm h um local com o propsito de acondicionar as cargas.
All Cargo ou Full Cargo Avio de Carga
Aeronaves com a nica finalidade de realizar o transporte de cargas,
consequentemente, no transportando passageiros. Possuem uma forma
robusta, possuindo uma grande capacidade.

CAPACIDADE DE CARGA DAS AERONAVES


A capacidade de carga de uma aeronave depende
de seu tamanho, potncia, distncia a ser percorrida,
configurao e tipo de utilizao/finalidade a que est
reservada.

Com isso perceptvel que os avies destinados


somente ao transporte de cargas (Full/All Cargo) tm uma
capacidade superior, seguidos pelas aeronaves tipo
Combi e Full Pax.

EXEMPLOS DE CAPACIDADE DE CARGA DE AERONAVES EM TONELADAS


TIPO QUANTO UTILIZAO - AERONAVE

TONELADAS

All Cargo Antonov 124/100

120

All Cargo Boeing 747

100

All Cargo DC 10

60

All Cargo Ylliushshin

45

Combi Boenig 747

44

Combi MD 11

25

Full Pax MD 11

23

Full Pax Boeing 747

20

Full Pax DC 10

14

Full Pax Airbus 300

12

Pela anlise da Tabela acima percebe-se que o Boeing 747 pode ter qualquer
configurao e, medida que foi se tornando uma aeronave mais de passageiros, foi
perdendo sua capacidade, 100, 44 e 20 toneladas, respectivamente para a aeronave
Full/All Cargo, Combi e Full Pax.

DIMENSES MAIS RELEVANTES DAS AERONAVES

Dimenses frontais caractersticas de uma aeronave

Dimenses laterais caractersticas de uma aeronave

O maior avio comercial da histria


Em 18/01/2005, com 80 metros de envergadura, dois andares
e capacidade para 555 passageiros (pode chegar a 850 em
configurao de classe econmica), o novo avio da francesa Airbus
superou o top de linha da Boeing. A americana tinha at hoje o maior
avio comercial, com capacidade para 416 pessoas (ou at 524 em
configurao de classe econmica). O avio da Boeing pode voar

13.450 quilmetros sem escala. J o A380 alcana 15 mil quilmetros.

AEROPORTOS
O planejamento de aeroportos um processo bastante complexo.
Um aeroporto compreende um grande nmero de atividades, as quais
apresentam necessidades diferentes e muitas vezes conflitantes.

A atividade de planejamento no pode estar focada unicamente em


um determinado aeroporto, mas avaliar tambm a sua relao com o sistema
areo regional, nacional e internacional. Consiste no estabelecimento da
configurao do aeroporto, com indicao:
Dos seus elementos mais importantes;
Proposio para uso da terra (zona de proteo do aeroporto);
Planejamento da rea de terminal;
Planejamento das vias do acesso;

Plano de viabilidade econmica e financeira

ALGUMAS DEFINIES NA REA AEROPORTURIA


1. Aerdromo: Toda rea destinada a pouso, decolagem e movimentao
de aeronaves.
2. Aerdromo Civil:
aeronaves civis.
3. Aerdromo Militar:
aeronaves militares.

Aerdromo destinado, em princpio, ao uso de


Aerdromo destinado, em princpio, ao uso de

4. Aerdromo Privado: Aerdromo civil que s poder ser utilizado com


permisso de seu proprietrio, sendo vedada sua explorao comercial.
5. Aerdromo Pblico: Aerdromo civil destinado ao trfego de aeronaves
em geral.

6. Aeroporto: Todo aerdromo pblico dotado de instalaes e facilidades


para apoio de operaes de aeronaves, embarque e desembarque de
pessoas e cargas.

TIPOS DE OPERAO NOS AEROPORTOS


1. OPERAO VISUAL - Visual Flight Rules (VFR): operao de
aeronaves sujeita a regras de vos visuais.
2. OPERAO POR INSTRUMENTOS - Instrument Flight Rules (IFR):
operao de aeronaves em aproximao sujeita s regras de voo por
instrumentos. Podem ser:
2.a. IFR DE NO PRECISO: aquela baseada em auxlios de rdio
que no possuem indicao eletrnica de trajetria de planeio. Utilizam
para orientao auxlios navegao de no-preciso, tais como:
NDB(ADF) - nondirectional beacon (automatic direction finder), VOR very high frequency omnirange station, VDF - demonstrated flight diving
speed, ASR - airport surveillance radar.
2.b. IFR DE PRECISO: a operao que utiliza, que ILS o sistema
de pouso automtico do aeroporto. usado para pousos em baixa
visibilidade. O ILS guia o avio com segurana para o pouso,via piloto
automtico.

PARMETROS TCNICOS DOS AEROPORTOS


Um aeroporto se caracteriza pelos seguintes parmetros tcnicos
de sua (s) pista (s) e instalaes:

a. Nmero, orientao e altitude das pistas;


b. Comprimento, largura, pavimento e capacidade de suporte das mesmas;
c. Pistas de taxiamento de aeronaves e ptios para seu estacionamento;
d. Iluminao de pistas e equipamentos fixos de aproximao;
e. Radares de localizao e aproximao; equipamentos de
radiocomunicao;
f. Edifcios de administrao, embarque, desembarque e armazenagem;
g. Servios alfandegrios, de controle sanitrio e de polcia de fronteira;
h. Tancagem, servios de abastecimento, de bombeiros e de socorro
pessoal de emergncia;
i.

hangares para aeronaves, oficinas de reparao e manuteno, etc.

PLANO BSICO DE ZONA DE PROTEO DE


AERDROMOS

Tem por finalidade regulamentar e organizar o uso do solo


nas reas circunvizinhas aos aerdromos, sendo um documento de
aplicao genrica ou especfica composto por um conjunto de
superfcies imaginrias, bi ou tridimensionais, que estabelece as
restries impostas ao aproveitamento das propriedades localizadas
dentro da Zona de Proteo de um aerdromo.

Dependendo das caractersticas locais, pode ser aplicvel um


Plano Bsico de Zona de Proteo de Aeroportos (PBZPA) ou um
Plano Especfico de Zona de Proteo de Aerdromos (PEZPA).

O PBZPA define uma srie de gabaritos que no podem ser


ultrapassados, impondo limites quanto presena de edificaes e
outros objetos, naturais ou artificiais, que venham a representar perigo
ou risco s operaes areas.

PISTA DE POUSO E DECOLAGEM


A pista de um aeroporto representou, no passado, ser principal,
no apenas em termos de dimenso, mas tambm de custo. A pista
era o elemento que mais demandava ateno, seja na determinao
de seu comprimento e de sua espessura.
Na medida que o transporte areo deixou de ser elitista, tornandose quase um transporte de massa para distncias mdias e grandes (o
que ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos), os aeroportos
modificaram-se de forma a atender a uma demanda com
caractersticas distintas da anterior.
Assim, ampliou-se a capacidade no espao areo, permitindo um
maior fluxo de avies, o que implicou, por sua vez, em um maior
aproveitamento das pistas medido em movimentos por hora. Assim foi
necessrio ampliar o terminal de passageiros, que passou a ter um
papel mais importante entre os diversos subsistemas de um aeroporto.

1. Comprimento das pistas


Para a definio do comprimento de pista leva-se em considerao o mix
de aeronaves (mais especificamente da aeronave crtica) e as condies
fsicas locais. Do mix se identifica a aeronave crtica, aquela que exige o maior
comprimento de pista para operar, e a aeronave de projeto que aquela que
precisa da maior espessura de pavimento para uma referida previso de
frequncia de passadas.
O Comprimento bsico de pista (distncia mnima necessria para
operao das aeronaves) funo :
Altitude (ao nvel do mar);
Terreno (sem declividade- plano);
Efeito de ventos (vento nulo);
Condies atmosfricas (condies da Atmosfera Padro, isto , 15
graus Celsius ao nvel do mar e presso de 1013 mb);
Peso operacional da aeronave crtica (que depende da carga paga
(pay-load) e da etapa a ser cumprida (peso do combustvel).

Para a obteno do comprimento de pista necessrio, o comprimento


bsico deve sofrer as seguintes correes:
7% para cada 300 m acima do nvel do mar;

1% para cada C da temperatura de referncia acima da temperatura


padro;
10% para cada 1% de declividade longitudinal efetiva da pista.
(declividade longitudinal efetiva obtida pela razo entre a diferena da
cota mxima e a cota mnima da pista pelo seu comprimento).
A determinao do comprimento de pista necessrio para a operao
de decolagem de uma aeronave efetuada atravs de bacos de
desempenhos especficos editados pelos fabricantes de aeronaves nos
manuais "Airplane Characteristics for Airport Planning". Estes bacos fornecem
como resposta a Distncia de Decolagem, TOD. Anlises que exijam um maior
detalhamento tm de ser efetuadas consultando manuais especficos, como,
por exemplo, o "Airplane Flight Manual" das aeronaves. O comprimento
necessrio de pista para decolagem sempre maior que o da aterrissagem,
dada a diferena das tonelagens de uma mesma aeronave.

2. Sistema de Taxiamento
Pista de taxiamento (taxiway): por onde as aeronaves se
deslocam desde a pista de pouso e decolagem at os terminais de
passageiros, de cargas e hangares;
Pista de manobra (apron taxiway): do acesso as reas de
manobra e espera das aeronaves junto pista de pouso e decolagem;
Pista de estacionamento (taxilane): do acesso aos locais de
estacionamento das aeronaves junto aos terminais;

3. Orientao e Nmero de Pistas


No devem acontecer operaes de pouso e decolagem,
se o valor da componente transversal do vento for superior a:

20 ns (37 km/h): para aeronaves cujo comprimento de pista de


referncia seja superior ou igual a 1.500 m;

13 ns (24 km/h): para aeronaves cujo comprimento de pista de


referncia esteja entre 1.200 m e 1.500 m;

10 ns (19 km/h): para comprimentos inferiores a 1.200 m


(aeronaves mais leves).

Pista nica:
uma pista melhor posicionada para os ventos predominantes, o
rudo, o uso do solo e para outros fatores determinantes. Durante as
condies de VFR (visual flight rules), esta pista deve acomodar at 99
operaes de aeronaves por hora. Sob condies IFR (instrument flight rules),
acomodam entre 42 a 53 operaes por hora, dependendo da combinao de
trfego e de auxlio navegao disponveis.

AEROPORTO DE
FUNCHAL - ILHA
DA MADEIRA

Pistas Paralelas:
H 4 tipos de pistas paralelas. So designadas de acordo com o
espaamento entre os seus eixos. O nmero de operaes por hora ir variar
de acordo com o nmero total de pistas e do mix de aeronaves. Em condies
de IFR e trfego predominantemente de aeronaves menores, o nmero de
operaes variam entre 64 a 128 por hora.

AEROPORTO DE CONGONHAS SO PAULO

Pistas em V abertas:
So duas pistas que divergem em diferentes direes, mas NO se
interceptam, formando uma configurao que parece com um V aberto".
Esta configurao til quando h pouco ou nenhum vento, uma vez que
permite a ambas as pistas serem usadas ao mesmo tempo. Quando os ventos
fortes se formam em uma direo, s uma pista ser utilizada. Quando as
decolagens e desembarques so feitos longe dos dois extremos, o nmero de
operaes por hora aumenta significativamente. Quando as decolagens e
desembarques so feitos prximos aos dois extremos, o nmero de operaes
por hora pode ser reduzida em 50%.

Direo do vento

Direo do vento

AEROPORTO DO GALEO RIO DE JANEIRO

Pistas Cruzadas:
Duas ou mais pistas que se interceptam. Este tipo de configurao
utilizada quando h ventos fortes predominantes em mais de uma direo ao
longo do ano. Quando os ventos em uma direo so considerados fortes as
operaes sero limitadas a apenas uma pista. Com ventos moderados,
ambas as pistas podem ser utilizadas simultaneamente.

A maior capacidade
de operaes realizado
quando a interseco perto
do final. A capacidade e o
nmero de operaes varia
muito com esta configurao
de pista e depende da
localizao da interseo e
da maneira como as pistas
so operados (IFR, VFR).

AEROPORTO AFONSO PENA CURITIBA

4. Sinalizao das Pistas

PISTA 9-27", em
virtude da sua
orientao leste -oeste

PISTA 18-36", em virtude da sua orientao norte-sul

Visual Approach Slope Indicator System (VASIS)

O
VASIS
(Visual
Approach
Slope
Indicator
System) e suas derivaes, como
o PAPIS (Precision Approach
Path
Indicator
System),
constituem-se em auxlios com uso
de luzes para operao (diurna ou
noturna), que permitem ao piloto se
localizar em relao a uma
trajetria indicada de descida (se
acima, se abaixo ou sobre a
trajetria
de
aproximao
especificada pela equipamento).

PAPI - Indicador de Percurso de Aproximao de Preciso


um sistema de luzes , colocados do lado esquerdo da pista ou
ambos, que tm por objetivo informar aos pilotos sobre a altitude precisa,
em que se encontra o avio, quando este faz a aproximao pista, para
aterrar.
Sistema de quatro luzes

4 vermelhas: o avio est bastante abaixo do


percurso de aproximao (ngulo de descida
baixo);
3 vermelhas, 1 branca: o avio est abaixodo
percurso de aproximao (ngulo de descida
baixo);
2 vermelhas, 2 brancas: o avio est no
percurso de aproximao correto (ngulo de
descida ideal);
1 vermelha, 3 brancas: o avio est acima do
percurso de aproximao (ngulo de descida
alto);
4 brancas: avio est bastante acima do
percurso de aproximao (ngulo de descida
alto).

Precision Approach Path Indicator (PAPI)

Precision Approach Path Indicator (PAPI)

VASIS ou PAPIS

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