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Argumentos Contra A Doação de Órgãos

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Argumentos contra a doao de rgos

1.

A crena religiosa, determinantes contrrios doao de rgos, como


filosofias msticas e crenas especficas (espiritualistas e/ou esotricas);

2.

A falta de entendimento da famlia em compreender a morte enceflica dificulta


a assimilao de que uma pessoa possa estar morta;

3.

O familiar tem dificuldade em aceitar a manipulao do corpo do parente;

4.

O familiar favorvel doao desconsidera a sua inteno de doar por medo


da represso por parte de outro membro da famlia.

5.

respeitado o desejo do falecido, manifestado em vida, de no ser um doador


de rgos.
Legislao
Das Disposies Gerais
Art.1 A distribuio gratuita, de rgos e partes do corpo humano
2Pargrafo nico. A realizao de transplantes ou enxertos, rgos e partes do corpo
humano, s poder ser autorizada aps a realizao de todos os testes baseados nas
normas regulamentares expedidas pelo Ministrio da Sade.
Da Disposio Post Mortem
Art.3 A retirada post mortem de tecidos, rgos e partes do corpo destinadas a
transplante deve ser precedida de diagnstico de morte enceflica, registrada por 2
mdicos.
3Art. 4 A retirada de rgos, tecidos e partes do corpo, depender da autorizao do
cnjuge ou parente, de at segundo grau, maior de idade, firmado em documento
escrito testemunhado por duas pessoas presentes na verificao da morte.
Tecido fetal
Afinal, quem o feto? Quais os "direitos sobre" e quais os "direitos dos" embries
supranumerrios, qual a relao do feto com a me, em termos legais e ticos, quanto
propriedade dos tecidos? Que direitos tem o feto? Se direitos existem, quem deles
deve cuidar? O feto abortado deve ser cuidado e manipulado como simples material
biolgico (de risco) descartvel? Deve ter nmero de registro hospitalar? Deve ser
considerado, para efeitos de trato e manipulao, da mesma forma que uma perna

amputada ou como poro ressecada de um rgo? Embora dentro da me, o feto a


ela pertence?

Art. 14. Remover tecidos, rgos ou partes do corpo de pessoa ou


cadver, em desacordo com as disposies desta Lei:
Pena - recluso, de dois a seis anos, e multa, de 100 a 360 dias-multa.
1. Se o crime cometido mediante paga ou promessa de recompensa
ou por outro motivo torpe:
Pena - recluso, de trs a oito anos, e multa, de 100 a 150 dias-multa.
2. Se o crime praticado em pessoa viva, e resulta para o ofendido:
I - incapacidade para as ocupaes habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou funo;
IV - acelerao de parto:
Pena - recluso, de trs a dez anos, e multa, de 100 a 200 dias-multa
3. Se o crime praticado em pessoa viva e resulta para o ofendido:
I - Incapacidade para o trabalho;
II - Enfermidade incurvel ;
III - perda ou inutilizao de membro, sentido ou funo;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - recluso, de quatro a doze anos, e multa, de 150 a 300 dias-multa.
4. Se o crime praticado em pessoa viva e resulta morte:
Pena - recluso, de oito a vinte anos, e multa de 200 a 360 dias-multa.
Art. 15. Comprar ou vender tecidos, rgos ou partes do corpo humano:
Pena - recluso, de trs a oito anos, e multa, de 200 a 360 dias-multa.
Pargrafo nico. Incorre na mesma pena quem promove, intermedeia,
facilita ou aufere qualquer vantagem com a transao.

Art. 16. Realizar transplante ou enxerto utilizando tecidos, rgos ou


partes do corpo humano de que se tem cincia terem sido obtidos em
desacordo com os dispositivos desta Lei:
Pena - recluso, de um a seis anos, e multa, de 150 a 300 dias-multa.
Art. 17 Recolher, transportar, guardar ou distribuir partes do corpo humano
de que se tem cincia terem sido obtidos em desacordo com os dispositivos
desta Lei:
Pena - recluso, de seis meses a dois anos, e multa, de 100 a 250 diasmulta.
Art. 18. Realizar transplante ou enxerto em desacordo com o disposto no
art. 10 desta Lei e seu pargrafo nico:
Pena - deteno, de seis meses a dois anos.
Art. 19. Deixar de recompor cadver, devolvendo-lhe aspecto condigno,
para sepultamento ou deixar de entregar ou retardar sua entrega aos familiares
ou interessados:
Pena - deteno, de seis meses a dois anos.
Art. 20. Publicar anncio ou apelo pblico em desacordo com o disposto
no art. 11:
Pena - multa, de 100 a 200 dias-multa.
SOBRE TRANSPLANTE DE TECIDO FETAL
Adotada pela 41 Assemblia Geral da Associao Mdica Mundial em Hong
Kong, setembro de 1989
PREMBULO
A indicao teraputica de transplante de tecido fetal para desordens como diabete
e doena de Parkinson levantou novas dvidas na discusso tica de pesquisa fetal.
Estas dvidas so distintas se dirigidas aos anos setenta quando enfocada em
procedimentos invasivos executados por alguns investigadores em fetos vivos e
viveis. Elas tambm esto distantes das dvidas que foram levantadas pelo
desenvolvimento de novas tcnicas para diagnose pr-natal como fetoscopia e a
prova da vilosidade corinica. Embora o uso de tecido transplantado de um feto
depois de aborto espontneo ou induzido parea ser anlogo ao uso de tecido de
rgos de cadver, o assunto moral para muitos a possibilidade que a deciso de
fazer um aborto esteja junto com a deciso de tecido fetal para o procedimento de
transplante.
A utilizao de tecido fetal humano para transplante, na sua maior parte, fundada
em um grande banco de dados de pesquisa derivado de modelos de animais de
experincia. Neste momento, o nmero de tais transplantes executado foi
relativamente pequeno mas as vrias aplicaes esto prometendo com certeza a
abertura para a investigao clnica daquelas desordens. Pode se esperar que a
demanda para transplante de tecido fetal para estruturas neurais ou pancreticas

aumente mais conclusivamente tal observao e que este procedimento, a longo


prazo, promova a reverso desses dficits neurais e endrcrinos.
Em primeiro lugar as preocupaes ticas atualmente identificadas para os
transplantes fetais influenciar a deciso de uma mulher para ter um aborto. Estas
preocupaes so baseadas, pelo menos em parte, na possibilidade que algumas
mulheres podem desejar ficar grvido com o propsito exclusivo de abortar o feto e
doar o tecido a um parente ou vender o tecido por interesse financeiro. Outros
sugerem que uma mulher que estiver em dvida sobre uma deciso de abortar
pode ser sensibilizada atravs de argumentos sobre o bem que poderia ser
alcanado se ela optasse por terminar a gravidez. Estas preocupaes exigem a
proibio de: (a) a doao de tecido fetal para receptores reais; (b) a venda de tal
tecido; e (c) o pedido para consentir usar o tecido para transplante antes de uma
deciso concludente relativa ao aborto que foi feito. O processo de aborto tambm
pode ser influenciado indevidamente pelo mdico. Por conseguinte, devem ser
consideradas medidas para assegurar que decises para doar tecido fetal para
transplante no influenciem as tcnicas que induzem ao aborto ou do prprio
procedimento com respeito idade gestacional do feto. Tambm evitar conflitos de
interesses dos mdicos e de outro pessoal de cuidados de sade envolvidos na
prtica de abortos que no se beneficiam direta ou indiretamente da pesquisa ou do
uso de transplantes de tecidos derivados do feto abortado. A recuperao e
preservao de tecido utilizvel no podem se tornar o enfoque principal do aborto.
Assim, os componentes de equipes de transplante no devem influenciar ou
participar do processo de aborto.
H um lucro comercial potencial para os envolvidos na recuperao,
armazenamento, preparao e entrega de tecidos fetais. Tecido fetal provindo de
procedimentos sem lucro designado reduziria a possibilidade de influenciar
indiretamente uma mulher para adquirir seu consentimento para doao dos restos
fetais abortados.
RECOMENDAES
A Associao Mdica Mundial afirma que o uso de tecido fetal com fins de
transplante ainda est em fase experimental e s deve ser eticamente permissvel
quando:

Forem seguidas as recomendaes da Declarao de Helsinque da


Associao Mdica Mundial e da Declarao de Transplante de rgos
Humanos com referncia ao doador e ao receptor de transplante de tecido
fetal.

O uso do tecido fetal for consistente at certo ponto com a Declarao da


Associao Mdica Mundial para Uso de rgos em Vivo e quando aquele
tecido no tenha sido provido em troca de remunerao financeira.

O receptor no deve ser designado pelo doador.

Uma deciso concludente relativa ao aborto deve ser feita antes de iniciar a
discusso sobre o uso do transplante de tecido fetal. Independncia absoluta
deve ser estabelecida e garantida entre a equipe mdica que executa o
aborto e a equipe que usa o feto com propsitos teraputicos.

A deciso relativa epoca do aborto ser baseada no estado de sade da


me e do feto. Decises relativas tcnica de induzir o aborto, como
tambm a determinao da poca do aborto em relao idade de
gestacional do feto, sero baseadas na preocupao com a segurana da
mulher grvida.

O pessoal de cuidados de sade envolvido na interrupo de uma gravidez


particular no pode participar ou recebe qualquer benefcio do transplante
de tecido do aborto da mesma gravidez.

O consentimento informado em nome do doador e do receptor deve ser


obtido conforme a lei aplicvel.

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