Manual Estética Revisado-11set13 PDF
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INSTALAO E FUNCIONAMENTO DE
INSTITUTOS DE
BELEZA
SEM RESPO NSABILIDADE MDICA
Geraldo Alckmin
Governo do Estado de So Paulo
Giovanni Guido Cerri
Secretaria de Estado da Sade de So Paulo
Marcos Boulos
Coordenadoria de Controle de Doenas
Maria Cristina Megid
Centro de Vigilncia Sanitria
Maria Aparecida Martins de Aguiar
Diviso Tcnica de Servios de Sade
Elaborao
Fernando Pereira
Maria Isabel Santacruz Jimenez Marcatto
Marta de Almeida Magliari
Mnica Aparecida Fernandes Grau
Zalcia Ulises Sales
Rosa Maria Vranjac
Rosins Maradei
Sandra Regina Prata Pilon
Reviso
Ndia Carvalho da Silva Mller
permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte
.
SUMRIO
1.
Introduo ...........................................................................................................
2.
Objetivo ..............................................................................................................
3.
4.
5.
Esteticista ...........................................................................................................
6.
7.
10
10
11
12
15
17
17
20
25
29
30
32
33
35
39
8.
9.
1. INTRODUO
Nos ltimos anos, o Centro de Vigilncia Sanitria de So Paulo tem sido
frequentemente consultado, a respeito dos riscos de transmisso de agentes infecciosos,
nos estabelecimentos de embelezamento.
Justifica-se a relevncia deste tema, a grande quantidade de solicitaes de
pareceres demandada por parte de profissionais da rea de Embelezamento e, sobretudo,
pelas evidncias cientficas que apontam para a possibilidade de contrair alguma
infeco,
pela
manipulao
de
artigos
habitualmente
empregados
nesses
Cabeleireiros
Barbearias
Clnicas de Depilao
Manicure e pedicuro
Os institutos de beleza sem responsabilidade mdica so considerados
Artigo 25: Os institutos de beleza, sem direo mdica, limitar-se-o aos servios compatveis
com sua finalidade, sendo terminantemente proibida aos que neles trabalham a prtica de intervenes de
cirurgia plstica, por mais rudimentares que sejam, bem com, a aplicao de agentes fisioterpicos e a
prescrio de medicamento..
Artigo 218: Os estabelecimentos de que trata esta seo esto sujeitos a vistoria pela autoridade
sanitria, e s podero ser utilizados para o fim a que se destinam, no podendo servir de acesso a outras
dependncias.
Pargrafo nico So permitidas outras atividades afins, a critrio da autoridade sanitria,
respeitando as reas mnimas exigidas.
2. OBJETIVO
O presente Manual tem por objetivo oferecer subsdios aos profissionais da rea
de embelezamento que possibilite desenvolver atividades com segurana, minimizando
riscos e possveis danos sade dos profissionais e dos clientes.
4. CABELEIREIRO/ BARBEIRO/MANICURO/PEDICURO
5. ESTETICISTA
Para os procedimentos denominados no invasivos, como: limpeza de pele,
drenagem linftica, estimulao russa e bronzeamento artificial a jato, imprescindvel:
ser realizado por esteticista, devendo estar afixado em local visvel no
estabelecimento, o certificado de qualificao;
Exame mdico que dever ser realizado antes do profissional assumir suas
atividades no estabelecimento.
b) Exame Peridico
Exame mdico que dever ser realizado antes de qualquer mudana de funo do
profissional. Entende-se por mudana de funo, qualquer alterao de atividade, posto
de trabalho ou setor, que implique na exposio do profissional a risco diferente a que
estava exposto.
e) Exame Demissional
Exame mdico a ser realizado obrigatoriamente, dentro dos 15 dias que
antecederem o desligamento definitivo do profissional. Para o profissional cabeleireiro,
se o ltimo exame (admissional ou peridico), foi realizado a menos de 135 dias, est
dispensado do exame demissional.
7.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL
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Fonte: BRASIL, Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria Anvisa. Segurana do paciente em servios de sade.
Limpeza e desinfeco de superfcie. Braslia, 2010
Modo correto
Modo incorreto
deixar secar.
deixar secar.
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VASO SANITRIO
Periodicidade: Diariamente e sempre que apresentar-se sujo.
Procedimento:
-
acionar a descarga;
MOBILIRIO
Periodicidade: Diariamente, sempre que houver respingo de algum produto.
Procedimento:
-
deixar secar.
PORTAS E PAREDES
Periodicidade: uma vez por semana e sempre que necessrio
Procedimento:
OBS: A
deixar secar
ROUPAS
Periodicidade: diariamente
Procedimento:
-
As toalhas e lenis devem ser de uso individual ou descartvel e devem ser trocadas a
cada cliente.
FILTROS DE AR-CONDICIONADO
Os estabelecimentos que utilizarem o ar condicionado para climatizao dos
ambientes, obrigatoriamente, seguiro a Portaria 3523/GM de 28/8/98 do Ministrio da
Sade, que dispe sobre a higienizao dos filtros dos aparelhos de ar-condicionado.
Cuidados bsicos:
retirar os filtros;
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Roupas limpas;
Unhas aparadas;
A lavagem correta das mos uma das mais importantes medidas utilizada na
diminuio da propagao de doenas. Esta lavagem tem a finalidade de livrar as mos da
sujeira, removendo bactrias, transitrias e residentes, como tambm, clulas
descamativas, plos, suor, oleosidade da pele, e dever ser feita antes e depois de atender
cada cliente.
Os profissionais devem adotar este procedimento como um hbito e seguir as
recomendaes e etapas de desenvolvimento da seguinte tcnica:
Lavagem bsica das mos
Ficar em posio confortvel, sem tocar a pia e abrir a torneira, de preferncia,
com a mo no dominante, isto , com a esquerda, se for destro, e com a direita,
se for canhoto;
Manter se possvel, a gua em temperatura agradvel, j que a gua quente ou
muito fria resseca a pele. Usar de preferncia sabo lquido;
Ensaboar as mos e friccion-las em todas as suas faces, espaos interdigitais,
articulaes, unhas e extremidades dos dedos (Figura 1);
Enxaguar as mos, retirando totalmente a espuma e resduos de sabo;
Enxug-las com papel-toalha descartvel;
Fechar a torneira utilizando papel-toalha descartvel (evitar encostar na torneira ou na pia).
LIMPEZA
Consiste na lavagem, enxgue e secagem do material, com objetivo de remover
Tempo de ao.
Custo.
A limpeza dos artigos pode ser feita por processo manual, utilizando-se as mos
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escova;
Observaes
Utilizar E.P. I.
Deixar o tempo determinado pelo
fabricante da soluo.
4. Enxugar os artigos.
Lavadora ultrassnica
mquinas lavadoras;
lavadoras ultra-snicas;
Procedimento
Colocar os instrumentais abertos
na lavadora
Colocar detergente na mquina
Observaes
Utilizar E.P.I.
Deixar o tempo determinado pelo fabricante da
soluo.
Utilizar a quantidade de detergente apropriada
recomendado pelo fabricante.
Usar EPI.
Utilizar gua corrente para o enxge.
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b) Artigos No Crticos
Os artigos no crticos de uso permanente, como: tigelas de vidro, plstico ou de
ao inox usadas para colocar gua destinada ao amolecimento de cutculas das unhas das
mos ou ps, devem ser lavados com gua e sabo a cada atendimento e fazer uso de
protetores plsticos, descartveis, para cada cliente; caso, no utilize o protetor plstico
descartvel, estes utenslios devem ser desinfetados.
b.1) Desinfeco refere-se ao mtodo capaz de eliminar a maior parte dos
germes patognicos, com exceo dos esporos (germe mais resistente). O tipo de
desinfeco indicada para os estabelecimentos de embelezamento a desinfeco de
mdio nvel, descrita a seguir:
Materiais indicados:
Utenslios passveis de transmisso de doenas decorrentes do uso coletivo,
como, por exemplo, os recipientes destinados a imerso dos ps e mos.
lcool a 70%
algodo ou gaze
Procedimentos:
-
Este procedimento deve ser feito a cada utilizao, ou seja, para cada cliente. Caso o
servio opte por no realizar a desinfeco destes recipientes com lcool 70%, dever
revestir o utenslio com protetor plstico descartvel que deve ser desprezado a cada
uso.
b.2) Esterilizao refere-se ao mtodo capaz de eliminar todos os
microorganismos patognicos, inclusive os esporos.
A esterilizao nesses estabelecimentos dever ser feita mediante aplicao de
processos fsicos (autoclaves e estufas).
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b.2.1)
Alicate de cutcula
Navalhas de barbeiros
Dentre outros
Material necessrio:
-
Autoclave
Fita adesiva
Tipo de material
Como fazer
Procedimento
-
Observaes
Deix-la completar
esterilizao.
VALIDADE - 07 DIAS
b.2.2)
Alicate de cutcula
ciclo
de
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Material necessrio:
-
Tipo de material
De superfcie: tesouras, alicates de unha etc.
Como fazer
Procedimento
Observaes
Carregar a estufa
continuao
Procedimento
Observaes
VALIDADE - 07 DIAS
No se deve interromper o processo em nenhuma situao: abrir a porta da estufa, por exemplo.
Fornos eltricos ou equipamentos com lmpada ultravioleta no esterilizam os materiais de metal
9. REA FSICA
Os estabelecimentos que realizam atividades de salo de cabeleireiro, institutos de
beleza, barbearia, podem possuir os seguintes ambientes, com suas respectivas reas
fsicas:
Recepo e arquivo (administrao);
rea de trabalho dos cabeleireiros;
rea de trabalho dos barbeiros;
Setor de qumica;
rea de lavatrios para lavagem de cabelo;
Setor das manicures/pedicures;
Sala de depilao;
rea de guarda de estoque de produtos e equipamentos;
Sanitrios - um para cada sexo - para o pblico;
Vestirios para funcionrios;
rea de rouparia (no obrigatrio);
rea de armazenamento de resduos slidos.
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Distncia mnima do eixo da primeira cadeira para as paredes laterais (ambos os lados) =
0,60 m
Para os secadores de cabelo e barbeadores eltricos devem ser previstos tomadas na altura
mnima de 2,30 m.
SETOR DE QUMICA
rea Fsica compatvel com o nmero de lavatrios de forma a permitir que os mesmos
respeitem a seguinte metragem linear:
SETOR DE MANICURE/PEDICURE
rea fsica compatvel com cadeiras, de forma a permitir que respeitem a seguinte
metragem linear:
SALA DE DEPILAO
A dimenso mnima para as cabines 4,50 m2.
Os estabelecimentos que exercem atividade de depilao devem manter cabines
individuais, exclusivamente para esta finalidade, com espao, iluminao e ventilao adequados
prtica profissional e acomodao confortvel para o usurio.
A cabine deve possuir: bancada (para lavagem dos utenslios) com lavatrio e gua
corrente para manuseio dos materiais do profissional e material de higienizao.
Quando houver Box com maca para procedimento de depilao, esta deve possuir rea
mnima de 2,4 m2 com dimenso mnima de 1,50 m para todos os Box.
REA DE GUARDA DE ESTOQUE DE PRODUTOS E EQUIPAMENTOS
A rea fsica para guarda do estoque de produtos e equipamentos deve ser compatvel
com a quantidade e necessidade do estabelecimento.
. Esta rea deve ser ventilada adequadamente, de forma a preservar a qualidade e
integridade do estoque de produtos e equipamentos. A iluminao deve ser compatvel com sua
rea fsica.
Para a guarda de toalhas deve ser previsto local (armrio fechado) e prateleiras revestidas
com material impermevel.
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10. PRODUTOS
Os produtos considerados produtos para a sade tanto em uso, como
armazenados no estabelecimento devem obrigatoriamente atender o preconizado na
legislao sanitria especfica sobre registro no rgo competente do Ministrio da Sade
e estar dentro do prazo de validade.
Os produtos qumicos, saneantes domissanitrios, que forem submetidos a
fracionamento ou diluio devem ser acondicionados em recipientes devidamente
identificados, de forma legvel, por etiqueta, com o nome do produto, composio
qumica, sua concentrao, data de envase e de validade, e nome do responsvel pela
manipulao ou fracionamento.
O fracionamento a que se refere o item anterior deve ser de acordo com as
especificaes contidas no rtulo do fabricante.
vetado o procedimento de reutilizao das embalagens de produtos qumicos.
As ceras para depilao devem ser fracionadas em pores suficientes para cada
cliente, sendo vetada a reutilizao de sobras de ceras ou de qualquer outro produto
qumico.
Os estabelecimentos que oferecem servios de cabeleireiros e congneres ficam
obrigados a afixarem, em local visvel ao pblico, cartaz com os seguintes dizeres:
O formol considerado cancergeno pela OMS - Organizao Mundial de Sade. Quando
absorvido pelo organismo por inalao e, principalmente, pela exposio prolongada,
apresenta como risco o aparecimento de cncer na boca, nas narinas, no pulmo, no sangue e
na cabea.
Fonte: http://www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia.asp?busca=sim&id=7479
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11. EQUIPAMENTOS
Os estabelecimentos de que trata este Manual devem dispor de todos os
equipamentos necessrios realizao das atividades a que se propem, mantendo-os
higienizados e em condies adequadas de funcionamento e ergonomia.
Os equipamentos e instrumentais devem ser disponibilizados em quantidade
suficiente para atender a demanda do estabelecimento respeitando os prazos para limpeza,
desinfeco ou esterilizao dos mesmos.
Todos os equipamentos devem possuir registro no rgo competente do
Ministrio da Sade, sendo observadas suas restries de uso. Dispor de programa de
manuteno preventiva e corretiva dos equipamentos, mantendo os registros atualizados.
Os equipamentos destinados esterilizao de materiais devem possuir registro no
rgo competente do Ministrio da Sade.
A higienizao dos equipamentos de ventilao artificial deve atender as
orientaes do fabricante, em se tratando de equipamento individual ou seguir normas
tcnicas especficas, em se tratando de central de ar condicionado.
O estabelecimento deve possuir refrigerador exclusivo para guarda de produtos
que necessitam ser mantidos sob refrigerao, munido de termmetro, com registro dirio
de temperatura. vetado armazenar tais produtos em refrigerador de guarda de alimentos.
Os estabelecimentos de que trata este Manual devem possuir equipamentos de
proteo contra incndio, dentro do prazo de validade, conforme o preconizado em
legislao especfica.
Os produtos utilizados para embelezamento pertencem categoria dos cosmticos
e so regulamentados pela ANVISA/MS - Agncia Nacional de Vigilncia
Sanitria/Ministrio da Sade.
FINALIDADE
Sabonete anti-sptico.
Depilatrio qumico.
Enxaguatrio colorante.
Antes de aplicar qualquer produto sobre a pele, cabelos ou unhas, pergunte ao seu
cliente se ele (a) tem algum tipo de alergia aos componentes qumicos do produto que
voc vai utilizar.
Equipamentos: siga corretamente as instrues do fabricante. Guarde o manual em local de
fcil acesso para que possa ser consultado sempre que necessrio.
Produtos qumicos base de formol para escova progressiva esto proibidos, pois, no possuem
registro na ANVISA para esta finalidade. O formol cancergeno e provoca queimaduras na
pele e mucosas, irritao nos olhos, podendo levar cegueira, tanto o cabeleireiro quanto o
cliente.
Leia com ateno o manual tcnico de seu equipamento e siga corretamente as instrues do
fabricante. Guarde o manual em local de fcil acesso para que possa ser consultado sempre
que necessrio.
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12. DEPILAO
DEPILAO
O profissional deve:
A cera no pode ser reaproveitada por nenhum tipo de processo. Deve ser de uso nico,
descartada aps o uso.
Resduo infectante
-
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Resduo Comum
Resduo Infectante
14. GLOSSRIO
AIDS
Doena muito grave provocada por um vrus que destri as defesas imunitrias do
organismo, e o expe a diversas infeces oportunistas temveis. O vrus (chamado HIV,
que a sigla, em ingls, para vrus da imunodeficincia humana) transmitido pelo
sangue e pelo esperma.
AMBIENTE
Aparelho composto por vasos de presso equipados com acessrios, que possuem duas
cmaras concntricas, cilndricas ou retangulares, separadas por um espao (chamado
camisa), no qual introduzido vapor. A autoclave utilizada para esterilizao de
materiais.
ARTIGOS
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DESINFETANTES
Cabeleireiros;
Pedicuro e Manicura;
Embelezamento facial e corporal;
Barbeiro;
Depilao;
Outros estabelecimentos assemelhados no citados anteriormente.
EQUIPAMENTOS
Conjunto de medidas que visa garantir o bem estar fsico e mental do indivduo, facilitar
sua adaptao harmoniosa ao meio ambiente, conservar a sade e prevenir a doena.
LIMPEZA
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MATRIA ORGNICA
Qualquer fludo corporal. Ex: sangue, saliva, lgrima, urina, fezes, suor, dentre outro.
MATERIAL DE SUPERFCIE
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