6.3.3.diretrizes Atencao Reabilitacao Acidente Vascular Cerebral1 PDF
6.3.3.diretrizes Atencao Reabilitacao Acidente Vascular Cerebral1 PDF
6.3.3.diretrizes Atencao Reabilitacao Acidente Vascular Cerebral1 PDF
MINISTRIO DA SADE
9 788533 42083 0
Deficincia
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Diretrizes de Ateno
Reabilitao da Pessoa com
Acidente Vascular Cerebral
Braslia DF
2013
MINISTRIO DA SADE
Secretaria de Ateno Sade
Departamento de Aes Programticas Estratgicas
Diretrizes de Ateno
Reabilitao da Pessoa com
Acidente Vascular Cerebral
Braslia DF
2013
2013 Ministrio da Sade.
Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para
venda ou qualquer fim comercial. Venda proibida. Distribuio gratuita. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e
imagens desta obra da rea tcnica. A coleo institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada, na ntegra, na Biblioteca
Virtual em Sade do Ministrio da Sade: <www.saude.gov.br/bvs>.
Ficha Catalogrfica
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Aes Programticas Estratgicas.
Diretrizes de ateno reabilitao da pessoa com acidente vascular cerebral / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno
Sade, Departamento de Aes Programticas Estratgicas. Braslia : Ministrio da Sade, 2013.
72p. : il.
ISBN 978-85-334-2083-0
CDU 616.831
1
Embora o termo acidente vascular enceflico venha sendo bastante utilizado atualmente, por reco-
nhecer outras estruturas enceflicas que podem ser acometidas pela leso, essa doena cerebrovas-
cular popularmente conhecida no Brasil pelo termo AVC. Por essa razo ser adotado na presente
diretriz este termo.
5
6
2 OBJETIVO
3 INTRODUO
7
Segundo dados da World Stroke Organization (Organizao
Mundial de AVC), um em cada seis indivduos no mundo ter um
AVC ao longo de seu curso de vida. Tais dados chamam ateno para
a importncia de aes voltadas vigilncia sade dessas pessoas,
tanto no sentido de reabilitao quanto de preveno e promoo da
sade, a fim de favorecer a qualidade de vida da populao.
Estas informaes sustentam a importncia dos cuidados
pessoa com AVC no tocante s suas necessidades nos diferentes nveis
de ateno do Sistema nico de Sade (SUS). Em face destes dados,
faz-se imprescindvel a todos os profissionais de Sade o conhecimento
sobre os aspectos conceituais, epidemiolgicos e preventivos do AVC,
com o foco no desenvolvimento de metas voltadas para o cuidado
dessas pessoas.
8
etria no existe ainda lateralidade definida), a dificuldade para rolar e
sentar ativamente a partir dos 8 meses de idade podem ser indicativos
de uma dificuldade motora e da necessidade de atendimento direcio-
nado por equipe multiprofissional. No preciso esperar o subsequente
atraso na aquisio da marcha, marco do desenvolvimento que ocorre
no final do primeiro ano de vida, para que este encaminhamento seja
feito. importante tambm observar os distrbios de comunicao,
como atrasos na aquisio de fala e de linguagem.
3.2 Tipos
9
10
4 EPIDEMIOLOGIA
5 FATORES DE RISCO
11
cada de forma diferenciada e facilita o desenvolvimento de uma par-
ceria entre os servios de Sade e seus usurios em torno do mesmo
objetivo, ou seja, da eliminao ou da reduo desses fatores de risco.
Pessoas que esto dentro do grupo de risco no modificveis
podem ser beneficiadas com maior ateno nos cuidados bsicos de
sade. O grupo pertencente a riscos modificveis precisa de incentivo
e apoio para mudana de estilo de vida. Nos fatores de risco potenciais,
o desafio no permitir que estes se tornem um risco efetivo. A seguir,
destacam-se os principais fatores de risco em trs grupos:
Grupo de risco no modificvel
Idosos
Sexo masculino
Baixo peso ao nascimento
Negros (por associao com hipertenso arterial maligna)
Histria familiar de ocorrncia de AVC
Histria pregressa de AIT
Condies genticas como anemia falciforme
Grupo de risco modificvel
Hipertenso arterial sistmica
Tabagismo
Diabetes Mellitus
Dislipidemia
Fibrilao atrial
Outras doenas cardiovasculares
Grupo de risco potencial
Sedentarismo
Obesidade
Uso de contraceptivo oral
Terapia de reposio hormonal ps-menopausa
Alcoolismo
Aumento da homocistena plasmtica
Sndrome metablica por aumento da gordura abdominal
Uso de cocana e anfetaminas
12
6 CLASSIFICAES
13
6.2 Classificao Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Sade (CIF)
A CIF apresenta um modelo biopsicossocial do processo de
funcionalidade e incapacidade humana, o qual reflete a interao din-
mica de diferentes dimenses da sade: biolgica, individual e social.
A verso final foi aprovada pela OMS em 2001. Tem sido amplamente
utilizada para melhor entendimento do processo de sade, funciona-
lidade e incapacidade dos indivduos acometidos pelo AVC, uma das
primeiras condies de sade a receber ateno de diferentes grupos
de pesquisa.
O modelo conceitual da CIF, assim como a sua estrutura, tm
sido amplamente recomendados para nortear as abordagens clnicas
direcionadas para essas pessoas e, portanto, essa diretriz recomenda o
seu uso. A CIF pode ser utilizada como ferramenta de poltica social,
como, por exemplo, para o planejamento e para o desenvolvimento de
polticas pblicas de Sade.
14
7 DIAGNSTICO
7.1 Deteco
A pessoa que apresentar sinais e sintomas como: diminuio
da sensibilidade e/ou fraqueza que tenha comeado de forma sbita
na face, no brao e/ou na perna, especialmente se unilateral; confu-
so mental, dificuldade para falar ou para compreender o que dito,
que tenha comeado de forma sbita; alteraes visuais em um ou em
ambos os olhos de instalao sbita; dificuldade para andar, perda de
equilbrio e/ou da coordenao iniciados de forma sbita; dor de cabe-
a intensa, de instalao sbita, sem causa conhecida, deve ser levada
para atendimento emergencial, por serem sugestivos de um AVC.
16
8 ATENO SADE DA PESSOA
COM AVC NA REDE DE CUIDADOS
PESSOA COM DEFICINCIA
2
NIH Stroke National Institute of Health
17
H necessidade da realizao de avaliaes clnicas e instru-
mentais especializadas indicadas para detectar o nvel de comprome-
timento, recursos funcionais e definir cuidados fundamentados em
mtodos destinados recuperao de dficits ou desenvolvimento de
compensaes.
A ateno integrada sade do paciente com AVC requer uma
abordagem interdisciplinar, que contempla a programao de reunies
peridicas dos profissionais para a discusso de cada caso, incluindo
as estratgias de atendimento. Dessa forma, a famlia poder receber
orientaes uniformes e consensuadas pela equipe envolvida na reabi-
litao, o que facilita a adeso ao tratamento.
O apoio emocional, principalmente no sentido de favorecer
comportamentos que estimulem resilincia, motivem e aumentem o
envolvimento da famlia, fundamental para o sucesso do programa
de reabilitao. Nesse nvel de ateno, o processo de reabilitao se
torna condio necessria promoo de ganho de autonomia para as
atividades de vida diria, readaptao nova condio, preveno de
agravos, aquisio de novas habilidades funcionais, reduo de perda
funcional e possvel retorno ao mercado de trabalho.
Como parte do cuidado qualificado, importante a garantia de
acesso dos usurios s Unidades Bsicas de Sade (UBS). A Ateno
na Rede Bsica associa um conjunto de aes no mbito individual e
coletivo e deve buscar no s a assistncia, mas tambm a preveno
e a reduo das taxas de internao e/ou reinternao por AVC. Para
tanto, algumas medidas bem estabelecidas precisam ser consideradas:
Educao permanente de recursos humanos a fim de
identificar precocemente pessoas com os fatores de risco
para o AVC e garantir acompanhamento nas UBS, alm da
identificao de sinais e sintomas iniciais, favorecendo o
pronto atendimento imediato;
Formao das equipes de Sade da Famlia pelos Ncleos
de Apoio Sade da Famlia (Nasf), com o propsito
de capacitar os agentes comunitrios de Sade e demais
membros da Estratgia Sade da Famlia (ESF), identificar
18
pessoas com AVC e fornecer orientaes e os primeiros
cuidados de reabilitao territorial;
Encaminhamento para o profissional capacitado para que
seja feita prescrio de recursos em tecnologia assistiva,
tais como: rteses, cadeiras de rodas e cadeiras de rodas
para banho, alm de adequao do ambiente fsico, quando
necessrio, por meio de critrios seguros e que auxiliem
nos primeiros cuidados ps-evento;
Incentivo formao de programas de Reabilitao
Baseada na Comunidade (RBC);
Promoo de campanhas educativas por variadas mdias,
para a populao em geral, com uso de linguagem acessvel
e no alarmante, visando preveno com divulgao dos
fatores de risco e a sinais precoces do evento, para que a
prpria populao possa reconhecer os grupos de risco
e procurar assistncia o mais rpido possvel, quando
necessria;
Estimulao da educao em sade dos grupos de risco,
coordenada por profissionais de Sade habilitados nas
UBS, com o objetivo de promover a discusso acerca de
medidas preventivas, tais como mudanas de hbitos
alimentares e estmulo atividade fsica, alm de permitir
a troca de experincias;
Aes que facilitem a incluso escolar, laboral ou social de
pessoas com AVC;
Realizao de abordagens e prticas grupais e oficinas
socioeducativas, focais, operativas, teraputicas, entre
outras;
Integrao das aes da reabilitao aos outros
equipamentos do territrio (escolas, igrejas, associaes,
reas de esporte e lazer).
19
20
9 AVALIAO FUNCIONAL DA
PESSOA COM AVC
21
22
10 REABILITAO DA PESSOA
COM AVC
23
alimento e/ou da saliva e escape do alimento para a faringe antes do
incio da deglutio; presena de tosse, pigarro/ou engasgos durante a
refeio; alteraes vocais. Alm desses sinais e sintomas, importante
estar atento ocorrncia de emagrecimento nos ltimos meses, pero-
dos de febre, sinais de desconforto respiratrio, aumento da frequncia
respiratria durante ou aps as refeies, que podem ser manifestao
da entrada de alimento na via respiratria na ausncia de tosse, o que
configura a aspirao silente. O Quadro 1 mostra algumas das altera-
es da deglutio e intervenes recomendadas para ateno hospi-
talar e ambulatorial.
ALTERAES
DA INTERVENO
DEGLUTIO
Alteraes
Nos casos graves com baixo nvel de conscincia e de aten-
relacionadas
o, introduzir a via alternativa de alimentao e aguardar
aos seguintes
melhora do quadro clnico, antes de solicitar avaliao da
aspectos:
deglutio;
Nvel de
Na presena de distrbios leves de ateno e cooperao,
conscincia
pode-se adequar o ambiente para a alimentao, reduzin-
Orientao
do-se ao mximo outros estmulos durante as refeies,
Ateno
reduzir a quantidade de comida, fracionar a alimentao
Cooperao
e adequar consistncia alimentar.
Compreenso
continua
24
continuao
ALTERAES
DA INTERVENO
DEGLUTIO
Auxiliar a introduo do alimento boca, facilitando a
captura de todo o alimento e o fechamento dos lbios,
quando o paciente no puder fazer sozinho;
Evitar ofertar alimentos antes que o anterior seja total-
mente deglutido;
Alterao da
Estimulao sensorial intra e extraoral;
preparao e do
Exerccio miofuncional de lbios, lngua, bucinadores e
controle motor
mastigatrios;
oral do bolo
Adequar consistncia e volume alimentar;
alimentar
Manobra de deglutio com esforo;
Manobra de queixo para baixo;
Adequar utenslios para a introduo do alimento;
Aumentar a presso intraoral;
Treino de mastigao.
Retorno do Adequar consistncia e volume alimentar;
alimento para o Manobra de deglutio com esforo;
nariz Exerccio miofuncional de esfncter velofarngeo.
Alternar com alimentos de menor consistncia alimentar,
desde que ambas sejam seguras deglutio;
Adequar consistncia e volume alimentar;
Exerccio miofuncional de lbios, lngua, bucinadores e de
elevao larngea;
Uso de Biofeedback;
Sensao de Aumentar a presso intraoral;
alimento parado Manobras:
na garganta Deglutio com esforo;
Queixo para baixo;
Deglutio mltipla;
Rotao de cabea associada com deglutio e tosse;
Exercitador e incentivador respiratrio;
Masako;
Mendelsohn.
continua
25
concluso
ALTERAES
DA INTERVENO
DEGLUTIO
Adequar consistncia e volume alimentar;
Exerccio miofuncional para maximizar a ao da muscu-
latura suprahiidea e esfinctrica da laringe;.
Manobras:
Deglutio com esforo;
Tosse e engasgo Queixo para baixo;
Rotao de cabea associada com deglutio e tosse;
Exercitador e incentivador respiratrio;
Masako;
Mendelsohn;
Supragltica.
Uso de vlvula de fala;
Para pacientes
Observar se h sada de contedo alimentar pelo traque-
que fazem uso de
ostoma;
traqueostomia
Adequar consistncia e volume alimentar.
Fonte: (CORBIN-LEWIS; LISS; SCIORTINO, 2009; DANIELS; HUCKABEE, 2008).
26
recomendada a introduo de via alternativa de alimenta-
o para pacientes ps-AVC com quadros graves de disfagia, em risco
nutricional e de complicaes pulmonares. O objetivo da reabilitao
ser retomar a dieta via oral com manuteno do estado nutricional,
buscando evitar as complicaes pulmonares e, principalmente, o ris-
co de pneumonia aspirativa.
PARALISIA
INTERVENO
FACIAL
Estratgias passivas, no caso de associao com alteraes
Central de compreenso (linguagem ou cognio);
(Supranuclear) Uso de massagem indutora, durante ao motora auto-
mtica.
continua
27
concluso
PARALISIA
INTERVENO
FACIAL
Compressa fria: na hemiface e no msculo desejado;
Batidas com as pontas dos dedos;
Exerccios miofuncionais isomtricos, com associao de
Nuclear: Fase
massagem (manual, lenta e profunda) indutora no sentido
flcida
do movimento;
Uso de feedback visual;
Realizao de exerccios com ativao cortical.
Exerccios miofuncionais isotnicos;
Nuclear: Fase de Realizao de contrao com contrarresistncia;
recuperao de Uso de feedback visual;
movimentos Conscientizao;
Realizao de exerccios com ativao cortical.
Liberao do movimento: estratgias de relaxamento e
alongamento, associadas dissociao;
Exerccios miofuncionais isotnicos;
Sequelas: Exerccios miofuncionais isotnicos com dissociao de
Contraturas e
movimentos;
sincinesias
Uso de calor mido;
Estimulao do controle voluntrio;
Uso de feedback: eletromiografia, espelho, terapeuta.
Fonte: (CALAIS, et al., 2005).
28
Intervenes destinadas ao manejo dos dficits sensoriais podem
envolver:
Tocar o membro superior do ombro at a mo;
Favorecer a discriminao de objetos com a mo afetada;
Estimular o reconhecimento da posio de partes do corpo
no espao, sem auxlio da viso;
Identificar diferentes movimentos e suas direes no
espao, sem auxlio da viso;
Identificar desenhos com a ponta dos dedos, com os olhos
fechados;
Estimular sensibilidade da face com diferentes texturas e
temperaturas.
Identificar e integrar os objetos do cotidiano pelas suas
propriedades sensoriais. Por exemplo: olfato, viso, tato,
paladar, audio; ensinar estratgias compensatrias ao
dficit de sensibilidade:
o Usar a viso para identificar situaes de risco;
o Ajustar a abertura da mo para pegar objetos com
diferentes funes;
o Discriminar objetos pelas suas texturas ou peso
diferenciados;
o Discriminar pesos diferenciados nos objetos;
o Proporcionar a descarga de peso corporal no hemicorpo
afetado;
o Discriminar sabores e odores.
29
Quadro 3 Alteraes visuais do paciente ps-AVC e a conduta sugerida
aos profissionais na ateno hospitalar e ambulatorial
ALTERAES
INTERVENO
VISUAIS
Lupas para aumentar o tamanho do que est sendo visto,
Perda de viso
culos antirreflexo ou sobreposies para reduzir o con-
central
traste excessivo de imagens e brilho.
Aumento do campo de viso com auxlios pticos e de-
Perda de campo senvolvimento de estratgias compensatrias, comu-
visual mente utilizadas para melhorar a conscincia da perda de
campo visual e tratamento restaurador visual.
Problemas com
Exerccios podem melhorar os movimentos dos olhos; um
movimentos
tampo pode ser usado para eliminar a viso dupla.
oculares
Para casos de incapacidade de reconhecer cores, rostos,
objetos, cenas complexas ou de texto, importante o uso
Problemas de
de estratgias adaptativas, tais como a utilizao de ou-
processamento
tros sentidos (por exemplo, toque ou audio) para pro-
visual
cessar a informao de uma maneira diferente e reapren-
der ou adaptar o reconhecimento visual.
Fonte: UK Stroke Association (2012).
30
10.1.1.6 Limitao de atividades motoras e funcionais
A desordem motora envolve tanto a manuteno postural
quanto as transferncias. Algumas estratgias/manobras para o ganho
funcional nas atividades motoras esto descritas no Quadro 4.
LIMITAO INTERVENO
Prtica de exerccios de alcance de objetos (em todas as
Dificuldade direes) alm do comprimento do brao, com supervi-
em manter-se so ou assistncia de outra pessoa, se necessrio;
sentado Adequao da postura sentada para favorecer o alinha-
mento corporal.
Posicionamento dos ps atrs da linha dos joelhos;
Altura do assento deve ser elevada quanto menor o grau
de fora muscular dos membros inferiores;
O movimento deve iniciar com o tronco em posio ver-
tical;
Oscilar o tronco superior frente, empurrar os ps para
Dificuldade em baixo e levantar-se;
passar de sentado
Solicitar aumento da velocidade do movimento (caso es-
para de p
teja muito lento);
Solicitar direcionamento do olhar ao nvel da linha do ho-
rizonte;
Solicitar que o paciente segure o membro superior plgico
pelo punho, a fim de reduzir o peso do brao durante a
troca de postura.
continua
31
continuao
LIMITAO INTERVENO
Exerccios que envolvam a distribuio de peso nos
membros inferiores com deslocamentos do centro de
massa corporal:
Movimentos da cabea para cima e para os lados;
Movimentos de rotao de tronco (girar para olhar sobre
os ombros);
Dificuldade Alcance de objetos frente, lateralmente, posteriormente,
de manter-se acima e abaixo.
na posio Progresso da dificuldade das tarefas:
ortosttica
Mudar a base de suporte (ps juntos, um p frente do
outro, um p no degrau);
Aumentar o peso e a distncia dos objetos;
Aumentar o tamanho dos objetos, para que se possa utili-
zar ambas as mos para o alcance;
Aumentar a demanda de velocidade.
Prtica especfica e repetitiva da marcha ou de seus
componentes. Alm do treino convencional, podem ser
utilizados:
Pista de visual;
Dificuldade para Marcha assistida;
deambular
Biofeedback;
Suporte de peso corporal;
rteses de tornozelo-p para deformidades do p e/ou
dispositivos de auxlio, quando necessrio.
continua
32
concluso
LIMITAO INTERVENO
Terapia por Contenso Induzida;
Treinamento repetitivo especfico tarefa;
Treinamento assistido;
Prtica mental;
Uso de Biofeedback;
Estimulao eltrica;
Terapia do espelho;
Graduar a velocidade para alcance em diferentes direes;
Graduar a abertura da mo em relao ao objeto algo da
Dificuldade preenso;
com habilidades Ensinar o soltar objetos: arrancando-os da mo com aux-
manuais (alcance, lio do membro superior no afetado; soltar por tenodese;
preenso, soltar com auxlio de suportes externos; soltar desenro-
manipulao e lando o objeto da mo com ajuda do membro superior
soltar) no afetado e soltar ativo;
Utilizar objetos de diferentes pesos, formas, tamanhos,
temperaturas, texturas, funes diversas;
Realizar atividades com o membro superior tanto unilate-
ral quanto bilateral, nos diferentes planos e eixos de movi-
mento;
Estimular a visualizao da mo em atividade;
Ensinar estratgias compensatrias para uso do membro
superior afetado como auxiliar em funes, quando indi-
cado.
Fonte: (NATIONAL STROKE FOUNDATION, 2010).
33
Quadro 5 Limitao das Atividades de Vida Diria ps-AVC e condutas
sugeridas aos profissionais na ateno hospitalar e ambulatorial
LIMITAES
NAS
ATIVIDADES INTERVENO
DE VIDA
DIRIA
Posicionar o paciente em diagonal em relao mesa, for-
necendo maior suporte para o membro superior partico/
plgico se necessrio, colocar um antiderrapante debaixo
do lado afetado, a fim de mant-lo sobre a mesa durante a
refeio;
Incentivar o uso dos membros superiores para segurar o
copo, tendo o membro partico/plgico como apoio du-
rante essa funo;
Alimentao Incentivar a utilizao do membro superior partico/plgi-
co, como auxiliar todas as tarefas da alimentao, tais como
cortar alimentos, passar manteiga ou margarina no po, be-
ber de um copo com lquidos, servir-se de alimentos, dentre
outras atividades.
Tecnologia Assistiva: engrossadores para talheres, faca em
bscula ou faca para cortar pizza, tbua de madeira com
pinos para cortar alimentos; copos com ala dupla, copos
com recorte para auxiliar na ingesto de lquidos; pratos
fundos e com borda facilitam a alimentao.
continua
34
continuao
LIMITAES
NAS
ATIVIDADES INTERVENO
DE VIDA
DIRIA
Incentivar o uso do membro superior partico/plgico para
a higiene bsica do corpo;
Direcionar o membro partico/plgico com o auxlio do
membro no partico/plgico na tarefa de ensaboar e en-
xaguar todo o corpo;
Na postura sentada, cruzar as pernas para facilitar a higiene
dos membros inferiores;
Inclinar o tronco para frente, a fim de facilitar a higiene nos
membros superiores.
Tecnologia Assistiva: uso de ventosas de dupla face para
Banho fixar o sabonete na parede, sabonete lquido com ejeo
base de presso; uso de bucha com encaixe na mo afetada
para auxiliar na higiene corporal; utilizao de escova com
cabo alongado para alcanar partes do corpo como costas e
membros inferiores. A utilizao de cadeira de banho pode
facilitar e favorecer maior segurana durante essa atividade.
Os cantos das paredes do banheiro e barras instaladas na
horizontal ou vertical podem ser utilizados como referncia
durante a higiene; antiderrapantes no piso evitam riscos de
queda e fornecem maior segurana. Prolongar a ducha pode
incentivar a pessoa a enxaguar com maior eficincia as partes
do corpo. Toalhas com ala tambm facilitam o enxugar-se.
Posicionar o membro superior partico/plgico sobre o la-
vatrio e incentivar o mximo uso, quer seja como apoio ou
como funo principal nas tarefas de higiene elementar;
Ensinar o abrir a torneira com o auxlio do membro parti-
co/plgico, quando indicado.
Higiene Tecnologia Assistiva: uso de fio dental adaptado em y
elementar para higiene dos dentes; copo plstico como auxiliar para
bochecho e enaxgue bucal; torneiras e saboneteiras que
funcionem sob presso/ejeo; pequena escova para encaixe
nas mos, a fim de escovao da prtese dentria; escovas
de dente e barbeador eltricos, engrossadores para batom,
barbeador, escova de dentes e de cabelo.
continua
35
concluso
LIMITAES
NAS
ATIVIDADES INTERVENO
DE VIDA
DIRIA
Para tronco superior: sempre abotoar a ltima e a primeira
casa da roupa, a fim de facilitar a orientao no abotoar;
Estimular a vestir primeiro o membro superior partico/
plgico, a fim de manter o membro no afetado livre para a
finalizao de complementos do vesturio (botes, fechos,
zperes etc) e de ajustes da roupa;
Ensinar a vestir o suti encaixando os fechos antes de vesti-
-los ou fech-los na cintura, a fim de facilitar a atividade;
Para tronco inferior: vestir calas, shorts, na postura sentada.
Cruzar uma perna sobre a outra e encaixar um segmento,
fazer o mesmo para encaixar o outro membro. Subir a cala
descarregando peso sobre o glteo ou deitar na cama e ro-
lar para os dois lados a fim de subir a cala at o quadril;
Para abotoar, posicionar o membro afetado prximo
casa a fim de gerar estabilidade e abotoar com o uso do
membro superior no comprometido;
Vesturio de Para calar meias, cruzar as pernas para facilitar o alcance.
tronco superior Antes de calar, pode-se facilitar puxando o calcanhar da
e inferior
meia para fora, colocar a mo no afetada dentro da meia e
vestir puxando a face externa da meia em direo ao torno-
zelo;
Calar os sapatos cruzando as pernas ou com auxlio de
uma caladeira. Amarrar o cadaro de forma adaptada,
com um n em cada lado ou com um lao de apenas uma
orelha.
Tecnologia Assistiva: utilizar adaptao com gancho para
abotoar; cadaro adaptado em mola, evitar sandlias sem
tiras no tornozelo, pois facilitam quedas; uso de roupas mais
largas, com velcros; utilizao de abotoadores para golas;
argolas anexadas aos zperes facilitam o vestir. Utilizar um
banco pequeno para apoiar os ps pode facilitar o alcance
para calar o sapato. Alas dos dois lados da cama facilitam
o rolar para o vestir-se. Barras fixadas na parede tambm
podero ajudar no posicionamento para que o vestir seja
feito com segurana.
Fonte: (CRUZ; TOYODA, 2009; CRUZ, 2012; 2009).
36
10.1.3 Comunicao
As leses cerebrais decorrentes do AVC, dependendo da rea
de comprometimento, podem gerar sequelas relativas linguagem oral
e escrita (afasias), distrbios auditivos, planejamento (apraxia oral e
verbal) e execuo da fonoarticulao (disartrias/disartrofonias), visto
que o Sistema Nervoso Central se apresenta como um sistema fun-
cional complexo, hierarquicamente organizado e de funcionamento
integrado.
Todos estes eventos, isolados ou em conjunto, podem trazer
ao paciente uma dificuldade em comunicar-se, que pode implicar
em isolamento social que, por sua vez, pode desencadear ou agravar
quadros depressivos.
10.1.3.1 Afasia
As afasias so distrbios que afetam os aspectos de contedo,
forma e uso da linguagem oral e escrita, em relao sua expresso e/
ou compreenso, como consequncia de uma leso cerebral; envolve
os processos centrais de significao, seleo de palavras e formulao
de mensagens. Este distrbio observado na expresso de smbolos
por meio da comunicao oral, escrita (dislexias e agrafias adquiridas)
ou gestual, tratando-se de uma dificuldade do paciente em lidar com
elementos lingusticos. O Quadro 6 apresenta algumas abordagens te-
raputicas a serem realizadas junto do paciente afsico com alterao
predominante do componente expressivo e compreensivo.
37
Quadro 6 Abordagens teraputicas sugeridas na interveno do
paciente afsico
AFASIA INTERVENO
Garantir estimulao auditiva e visual, dentro de um contex-
to adequado;
Combinar estmulos auditivos e visuais com significao atri-
buda;
Controlar extenso do estmulo;
Comunicao por meio de palavra-chave, com sequncia
Expressiva narrativa;
Usar o gesto e a escrita como auxiliares expressividade;
Estimular respostas do paciente, garantindo a integrao de
aferncia, processamento e eferncia;
Mtodos teraputicos:
o Terapia meldica;
o Comunicao alternativa, com recomendao para
atividades funcionais.
Estimular os componentes de durao, intensidade e fre-
quncia dos sons verbais e no verbais;
Tarefas de designao de objetos e figuras;
Identificar temtica central;
Associar o estmulo apresentado a vivncias anteriores e ao
Compreensiva contexto;
Exerccios de associao do significado, com recursos visuais,
auditivos, gestuais e contextuais;
Utilizar os efeitos de preditividade, de previso pragmtica,
de expectativa, de redundncia e de nfase adequada ao sig-
nificado da mensagem.
Fonte: (BASSO et al., 2011; PEACH, 2004).
Como orientao em relao aos cuidados do paciente afsi-
co, sugere-se que, nas condutas utilizadas, sejam adotadas as seguintes
estratgias:
Usar de simplicidade e objetividade durante o discurso
direcionado ao paciente afsico;
Garantir que a atividade esteja dentro das necessidades e
das capacidades apresentadas pelo paciente;
Controlar o estmulo, em relao quantidade e ao significado;
38
Avaliar a efetividade de cada procedimento com cada
paciente;
No realizar abordagens infantilizadas, tratando o adulto
como tal;
Falar de frente para o paciente, com reduo da velocidade
de fala;
Usar repetio e redundncia;
Apresentar uma tarefa de cada vez;
Fazer uso de frases curtas, claras e diretas;
Reduzir estmulos competitivos;
Usar sinais de alerta, previamente combinados com o
paciente;
Saber esperar pela resposta do paciente.
39
Como conduta, sugerem-se algumas estratgias clnicas que
podem ser utilizadas no tratamento da dispraxia de fala:
Melhora da produo encadeada de fonemas, por meio de
tcnicas de treinamento articulatrio, incluindo modelo e
pista visual;
Estimulao integral, com aumento da aferncia visual,
auditiva, ttil e somestsica;
Controle de nfase e ritmo de fala;
Uso de palavras e sentenas, com aumento gradativo de
velocidade e complexidade fontica;
Uso de prosdia, com marcador de tempo ou de melodia;
Tcnicas de facilitao intersistmica, em que a
reorganizao acontece pelo uso de sistemas e habilidades
relativamente intactos para facilitar a produo de fala;
Tcnicas com utilizao de pistas visuais e tteis em face e
pescoo para determinar o gesto articulatrio;
Uso de comunicao alternativa, com recomendao para
atividades funcionais.
Tais estratgias seguem os princpios da reaprendizagem moto-
ra, com definio e controle de quais tarefas motoras praticadas duran-
te a sesso, graus de variao, frequncia, intensidade e complexidade
dos gestos articulatrios, alm do feedback em relao ao desempenho
e preciso dos movimentos; sem perder de vista o aspecto funcional.
10.1.3.3 Disartria
As disartrias so desordens que envolvem a produo da ar-
ticulao e fonao de origem neurolgica. As manifestaes mais
comumente observadas no ps-AVC so: articulao imprecisa, voz
montona em relao frequncia e intensidade, alterao da pro-
sdia, rouquido, soprosidade, voz fraca, hipernasalidade, voz tensa,
velocidade de fala varivel e pausas inapropriadas. A combinao des-
tes sinais pode comprometer a inteligibilidade de fala do paciente, in-
terferindo de maneira negativa na socializao e contribuindo para o
isolamento social e para o surgimento de quadros depressivos.
40
A terapia fonoaudiolgica precisa contemplar as necessidades
de cada paciente e visa, sumariamente, melhorar a inteligibilidade de
fala e garantir bom desempenho comunicativo ao paciente, seja com o
uso de recursos verbais ou no verbais, orais, gestuais e/ou grficos. O
Quadro 7 apresenta sugestes de abordagens teraputicas dirigidas aos
pacientes disrtricos ps-AVC.
ALTERAES CONDUTA
Adequar apoio respiratrio, ampliar o volume respira-
trio para a fonao;
Respirao
Aplicao de exerccios para melhorar a coordenao
pneumo-fonoarticulatria.
Introduo de abordagens teraputicas que visam
suavizao da emisso na presena das alteraes hi-
percinticas, tais como: tcnicas dos sons nasais e fri-
Qualidade vocal
cativos;
Introduo de tcnicas que aumentem a aduo e a
sustentao gltica, aumento da presso subgltica.
Exerccios para a ampliao dos movimentos articula-
trios, por meio da utilizao de exerccios isotnicos
de lbios, lngua e mandbula;
Articulao
Tcnicas para melhorar a preciso articulatria, a agili-
dade e a velocidade articulatria;
Adequao de ponto e modo de articulao.
Tcnicas para a ampliao da ressonncia oral, com
abordagens que melhoraro a preciso articulatria e
tcnicas de sobrearticulao que auxiliaro na redu-
o da hipernasalidade;
A adequao da ao da musculatura do esfncter ve-
Ressonncia
lofarngeo ser trabalhada por meio de exerccios de
empuxo e da tcnica de som basal;
Em alguns casos, quando existe paralisia da muscula-
tura do esfncter velo-farngeo, so necessrias adap-
taes de obturadores.
continua
41
concluso
ALTERAES CONDUTA
Tcnicas para a adequao da variao de frequncia e
intensidade de acordo com o contedo da mensagem
expressa;
Prosdia
Adequar velocidade de fala;
Adequar o uso de pausas de acordo com o contedo
durante a mensagem.
A melhora da qualidade vocal, ressonncia e articulao,
com base nas propostas gerais apresentadas acima,
poder resultar na adequao da compreenso da
fala, porm muitas vezes sero necessrias outras
estratgias, tais como:
Falar sempre de frente para a pessoa;
Definir o assunto a ser falado para facilitar a compre-
enso da fala do sujeito;
Inteligibilidade de fala Realizar questionamentos que propiciem respostas
nicas, o que facilita a compreenso do que ele deseja
expressar;
Auxiliar a comunicao oral a outras formas como: os
gestos, desenhos, escrita, expresses faciais, entre ou-
tras. Nunca se comunicar apenas com mmica;
Manter ambiente calmo, sem muito barulho, por
exemplo, televiso ligada no momento da conversa;
Dar tempo para que a pessoa se expresse.
Fonte: (BRADY et al., 2011).
42
primeiramente para o indivduo, que se v funcionalmente limitado
e dependente de terceiros para a realizao de tarefas bsicas da vida
cotidiana, e, em um segundo momento, para a equipe de reabilitao,
que se depara com mosaico de alteraes funcionais que exercem in-
fluncia imperativa nas decises clnicas.
Por intermdio da avaliao neuropsicolgica (ANP), pos-
svel investigar o funcionamento cognitivo, emocional e interpesso-
al. A ANP prope identificar as habilidades e limitaes por meio da
combinao de testes psicomtricos, avaliao comportamental, ob-
servao clnica e anlise do contexto scio-ocupacional e seu nvel
pr-mrbido.
Deve-se realizar uma triagem para dficits cognitivos e
perceptuais em todos os pacientes usando ferramentas de
rastreio validadas;
Os pacientes identificados durante a triagem como tendo
dficit cognitivo devem ser encaminhados para a avaliao
neuropsicolgica completa;
A escolha da bateria de testes deve considerar fatores
intervenientes como a idade do paciente, o tempo e a
gravidade da leso, as dificuldades motoras e sensoriais e a
escolaridade;
Esses pacientes devem ser observados com relao
evoluo do quadro cognitivo, pois podem evoluir para
um quadro de demncia vascular.
43
das, sem relao direta com fator causal, podendo, inclusive, ocorrer
de forma dissociada ao estado de humor do sujeito acometido, que
pode reconhecer esse comportamento como inadequado, o que au-
menta ainda mais a sua ansiedade e contribui para o seu isolamento.
No existe medicao especfica para esse transtorno e indica-
-se a avaliao de uso de antidepressivo, quando associado a quadro de
depresso. A compreenso por parte do paciente, de seus cuidadores e
de sua famlia sobre a origem neurolgica do problema reduz o risco
de que esse problema se torne o centro de preocupao e diminua a
ansiedade gerada pelos episdios. importante que se ressalte que o
episdio passageiro e se espere sem crticas ou demonstraes de
desagrado, encorajando a volta do estado de regulao de humor do
sujeito. Objetiva-se com a reduo do impacto negativo e a manuten-
o do programa de reabilitao minimizar o transtorno, para ganho
de qualidade de vida, autonomia e insero social.
COMPLICAO INTERVENO
Medicao antiespstica;
Toxina botulnica associada cinesioterapia para graus
Espasticidade
moderados e severos;
Estimulao eltrica e/ou biofeedback.
continua
44
continuao
COMPLICAO INTERVENO
Cinesioterapia;
Imobilizao seriada para contraturas graves e persis-
Contratura
tentes, quando necessria;
Interveno cirrgica.
Eletroestimulao;
Fortalecimento muscular;
Dispositivos de suporte firmes;
Subluxao de
Bandagens no ombro;
ombro
Medidas educativas e treinamento do paciente, cuida-
dor, familiar e equipe clnica sobre o manuseio correto
e posicionamento do membro superior afetado.
Bandagens elsticas e intervenes educativas;
Dor no ombro Medidas analgsicas recomendadas para dores muscu-
loesquelticas.
Tratamento farmacolgico;
Analgesia local;
TENS;
Terapia do espelho;
Sndrome Complexa
Posicionamento com rtese;
Regional Dolorosa
Manter membro superior elevado acima da linha do
tipo 1 ou Distrofia
corao;
Simptico Reflexa
Drenagem linftica;
Massagens e banho de contraste;
Tratamento psicolgico;
Cirurgias.
Dispositivo de presso intermitente;
Eletroestimulao;
Elevao dos membros acima da linha do corao,
Edema das quando em repouso;
extremidades Movimentao passiva contnua com elevao dos
membros;
Massagem retrgrada;
Banho de contraste.
Dficit do
Condicionamento Treinamento aerbico regular.
Cardiorrespiratrio
continua
45
continuao
COMPLICAO INTERVENO
Antibioticoterapia;
Pneumonia
Avaliao da deglutio para a determinao da via
aspirativa
de alimentao.
Trombose Venosa
Mobilizao precoce para evitar instalao.
Profunda
Afastar causas medicamentosas, infecciosas e emocio-
nais;
Aes educativas e informativas; tcnicas de simpli-
Fadiga ficao de tarefas e conservao de energia, a partir
de posicionamentos, tabela de Borg como parmetro
para continuao da atividade, verificao do pulso
carotdeo.
Diagnstico de risco e tratamento das condies
associadas;
Manter alimentao rica em vitaminas e protena;
Inspeo regular da pele, medidas de higiene (manter
o paciente limpo e seco, com ateno troca de
fraldas a cada 3 horas);
Manter a hidratao;
Manter roupas de cama limpas, secas e bem esticadas;
Alvio de presso (posicionamento em colcho e
cadeira com uso de almofada/travesseiros e coxins
lceras de presso
adequados; tcnicas corretas para as transferncias, e
mudana regular de decbito);
Ensinar, aos indivduos que so capazes, a levantar o
seu peso a cada 15 minutos, quando sentados. Para
aqueles que no conseguem, o alvio de presso e/ou
a mudana de decbito deve ser realizada por outra
pessoa
Utilizao de recursos fsicos (eletroestimulao,
ultrassom e laser);
Tratamento da ferida e das condies associadas.
continua
46
concluso
COMPLICAO INTERVENO
Diagnstico do risco;
Programa de exerccios individualizados para tarefas
especficas como manter-se em equilbrio e treino de
marcha podem reduzir o nmero de quedas;
Tecnologias Assistivas, estratgias compensatrias e
uso de adaptaes ambientais, como: reorganizao
do mobilirio, iluminao adequada, antiderrapante
em pisos, escadas com corrimo, rampas, barras
Quedas
para banheiro e em outros ambientes que exijam
necessidade de adequao para maior segurana
e independncia; prescrio de meios auxiliares de
locomoo, quando necessrio, a fim de reduzir riscos
de quedas, tais como bengalas, cadeiras de rodas e
andadores;
Orientaes: durante trocas posturais e para
deslocamentos no espao domiciliar e comunitrio.
Fonte: (NATIONAL STROKE FOUDATION, 2010).
47
ceral, melhora significativamente a sensibilidade insulina, diminui os
nveis plasmticos de glicose, reduz expressivamente a presso arterial
e os nveis de triglicrides, com aumento do HDL-colesterol.
48
tivos delineados. Diante de tal perspectiva, o enfoque no deve estar
somente nas incapacidades do sujeito, mas em toda a dinmica que o
envolve, levando em considerao o meio sociofamiliar em que est
inserido e o impacto de ter um membro da famlia acometido por le-
so cerebral com importantes sequelas. Com isto, a reeducao dos
familiares e cuidadores tambm se faz de suma importncia para o
progresso do tratamento.
49
50
11 CUIDADORES
51
52
12 BENEFCIOS ESPERADOS
53
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Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Diretrizes de Ateno
Reabilitao da Pessoa com
Acidente Vascular Cerebral
Braslia DF
2013